Moura Dubeux registra lucro de R$ 70 milhões no primeiro trimestre

A Moura Dubeux [MDNE3], incorporadora líder de mercado no Nordeste, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com o maior lucro líquido já registrado para o período inicial de um ano: R$ 70 milhões, conforme balanço trimestral protocolado nesta quarta-feira (14/05) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A margem líquida foi de 16,0% e o Retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE) atingiu 18,7%. O desempenho consistente garantiu a distribuição de R$ 50 milhões em dividendos no mês de maio. 

O CEO Diego Villar destaca que os resultados refletem um movimento de crescimento sólido: “Mais do que um resultado isolado, esse desempenho reforça o amadurecimento do nosso modelo de negócio, a resiliência da nossa estratégia e a eficiência crescente da empresa.” 

A Companhia iniciou 2025 com um volume significativo de lançamentos, totalizando R$ 402 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) Líquido com três novos empreendimentos. Entre os destaques estão dois projetos da marca Mood, localizados em Fortaleza (CE) e Maceió (AL), além de um Condomínio de alto padrão em Salvador (BA). A Mood é voltada ao público de média renda que busca apartamentos modernos, sofisticados e com foco em design contemporâneo. 

Em termos de comercialização, as Vendas e Adesões Líquidas somaram R$ 551 milhões, um avanço de 48,1% em comparação ao mesmo período de 2024 e de 5,8% em relação ao último trimestre de 2024. A Velocidade de Vendas (VSO) Líquida dos últimos 12 meses foi de 57,7%, o maior patamar dos últimos três anos, enquanto os lançamentos mais recentes alcançaram uma VSO de 60%. 

Outro dado relevante é o estoque saudável da empresa, com R$ 2,1 bilhões em valor de mercado. Apenas 6,2% das unidades já estão prontas, o que, segundo a Companhia, evidencia a força comercial da marca e a assertividade dos lançamentos. Mais de 90% do estoque atual será entregue entre 2025 e 2029, garantindo previsibilidade de receita nos próximos anos. 

Crescimento sustentável e eficiência operacional 

A Moura Dubeux também tem investido na ampliação de seu banco de terrenos, que ao final de março contabilizava 59 ativos, com potencial de R$ 9,6 bilhões em VGV Bruto. A estratégia de aquisição, baseada em permuta (81% dos terrenos), reduz a necessidade de desembolso financeiro imediato, preservando o caixa da Companhia. 

No trimestre, 56 projetos estavam em andamento — 36 condomínios e 20 incorporações —, totalizando mais de 12 mil unidades e R$ 8,4 bilhões em VGV. Dentre as cinco entregas realizadas no período, destaca-se o Arborê, primeiro projeto da Mood a ser concluído. “A Mood avança como uma nova avenida de crescimento e já se consolida como unidade geradora de resultados, com margem saudável e execução eficiente”, observa Villar. 

Receita em expansão e eficiência operacional 

A Receita Líquida no primeiro trimestre atingiu R$ 439 milhões, aumento de 42,3% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço foi impulsionado pelo progresso físico das obras e pela monetização do fee de comercialização de terrenos em três projetos. O Lucro Bruto chegou a R$ 148 milhões, com Margem Bruta de 33,8%, enquanto a Margem Bruta Ajustada foi de 35,6%, ambas, crescendo em relação aos trimestres interiores. 

As despesas também permaneceram sob controle. As comerciais representaram 5,9% das Vendas e Adesões Brutas (queda de um ponto percentual na comparação anual), e as administrativas corresponderam a 6,0% da Receita Líquida, também apresentando diluição. O EBITDA Ajustado foi de R$ 89 milhões, com Margem de 20,3%, avanço de 2,8 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024. 

A geração de caixa operacional nos últimos 12 meses manteve-se positiva e a Dívida Líquida da empresa corresponde a apenas 7,8% do seu Patrimônio Líquido, patamar considerado confortável e abaixo da média do setor. 

O Lucro Líquido acumulado nos últimos 12 meses foi de R$ 279 milhões, um crescimento de quase 70% em comparação ao período anterior. 

Confiança renovada 

A Moura Dubeux mantém a expectativa positiva para os próximos meses. Dentre os lançamentos previstos para o segundo trimestre de 2025 estão o Lucena Plaza, que faz parte da segunda fase do desenvolvimento do Novo Cais, no Recife Antigo, e o Mansão Seara, projeto de alto padrão na orla de Fortaleza (CE), desenvolvido em parceria com o renomado arquiteto Arthur Casas. 

“Acreditamos que o potencial comercial desses projetos possa nos levar a superar, mais uma vez, o volume de vendas registrado no primeiro trimestre”, avalia o CEO. “Mais do que crescer, buscamos avançar com excelência. O primeiro trimestre é o início de mais um ciclo virtuoso para a Moura Dubeux. Nossa ambição é clara: construir uma companhia que honre sua história e lidere o futuro do mercado imobiliário no Nordeste”, conclui Diego Villar.