Conhecida como a “geração da internet”, as pessoas nascidas entre os anos de 1980 e 2000 estão começando a dar as caras no e ao mercado imobiliário. Com a reputação de exigir meios mais sustentáveis e funcionais de vida, as demandas da geração que consolidou o freelancer no mercado de trabalho agora desenham as moradias do futuro.
Para adaptar-se ao modo de vida tecnológico e sustentável do novo milênio, as plantas imobiliárias, ao passo que têm cada vez mais integrado ambientes e cômodos em espaços mais reduzidos que as moradias tradicionais, otimizam, assim, funcionalidade e aproveitamento, moldando a socialização dentro dos apartamentos e facilitando a realização de tarefas domésticas. De acordo com dados levantados pela Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), a média do espaço total dos apartamentos de dois quartos caiu 17,9% já em 2013.
“A moradia do futuro vai ter a cara da geração do futuro, que é uma geração que se importa mais com funcionalidade, praticidade e sustentabilidade do que com ambientes e cômodos apertados e que pouco se compõem entre si”, afirma Thiago Monteiro, sócio da Haut, empresa de design e construção imobiliária. “Uma característica que distingue por completo esta geração das anteriores, entretanto, é a tecnologia digital como dado integral da rotina. Afinal, é a geração que praticamente nasceu com smartphones e gadgets em mãos, que consegue executar as mais diversas tarefas com um simples toque numa tela. Portanto, é esta geração também que tem gerado as ofertas das smart houses, é ela que dá nome e vida à moradia do futuro”, completa.
Quem mora e quem aluga a moradia do futuro
Segundo pesquisa feita pela LendEDU, 72% das pessoas entre 20 e 35 anos preferem gastar dinheiro com experiências do que com bens materiais. “Esta geração opta por ambientes menores porque oferecem interações sociais mais hospitaleiras e intimistas. É a geração dos rooftops aconchegantes, não mais das ostensivas salas de jantar. São estas pessoas que inauguraram os serviços de hospitalidade em domicílios particulares, por exemplo, tanto como consumidores quanto como investidores. E o mercado imobiliário tem estado de olho e passado a contemplar esse dado também”, explica Thiago Monteiro.