O número de fusões e aquisições realizadas pelas empresas do setor imobiliário no primeiro semestre caiu em comparação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2020, foram 39 operações contra 22 este ano – queda de 43%. Os dados são de uma pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG.
O relatório aponta que todas as 22 operações fechadas no primeiro semestre deste ano foram domésticas, ou seja, realizada entre companhias brasileiras. Ainda de acordo com o material, os setores com maior quantidade de transações foram os seguintes: empresas de internet (268), tecnologia da informação (131) e instituições financeiras (92).
“O segmento imobiliário tem registrado bom desempenho nos últimos anos, ainda que a economia atravesse um período de incertezas e se observam reajustes sequenciais nas taxas de juros. O ambiente político e econômico brasileiro demanda cautela por parte dos investidores, que aguardam melhor momento para realizar investimentos. Entretanto, apesar de ter sofrido uma leve queda, ainda há uma tendência de recuperação no meio prazo”, resume o sócio-líder do setor imobiliário da KPMG, Eduardo Tomazelli.
Resultados Brasil – melhor semestre dos últimos dez anos
As empresas brasileiras realizaram 804 operações de fusões e aquisições, no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram fechados 514 negócios. Trata-se do melhor semestre dos últimos dez anos.
“Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo no período de pandemia. Com a retomada gradativa dos números a economia observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui no Brasil para poder crescer. O primeiro semestre teve o melhor resultado da década”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.