Segundo Banco Central, imóveis financiados terão acesso à linha de crédito home equity
Mudar para um apartamento maior, comprar um lote e construir uma casa, investir num lançamento imobiliário ou até mesmo abrir o próprio negócio são alguns dos sonhos da maioria das pessoas. E, para isso, muitas recorrem a empréstimos pessoais – ou consignados – que possuem altas taxas de juros.
Uma alternativa para realizar o que deseja é a linha de crédito conhecida como home equity, oferecida por quase todos os bancos e que conta com juros mais baixos – cerca de 12% ao ano. Essa é a melhor opção entre todas as formas de crédito pessoal. “Com o home equity, o cliente pode pegar um valor de até 70% para dar de sinal numa nova propriedade. Ele consegue comprar um lançamento e ainda vender com calma o imóvel que está como garantia. Em muitos casos, na hora de fazer um upgrade de apartamento, por exemplo, a ansiedade acaba levando a vender o imóvel a um valor muito abaixo de mercado. Por isso o home equity é uma operação vantajosa”, explica Pedro Cunha, professor do MBA de Incorporação e Construção Imobiliária da FGV e diretor-presidente da CR2 Empreendimentos Imobiliários.
O home equity já existe no Brasil há mais de 10 anos. Há duas semanas, o Banco Central autorizou o negócio para quem está com o imóvel financiado. Até então, só era possível fazer a transação quem estava com o imóvel quitado. “Outra vantagem, muito comum quando se fala em investimento, é rentabilizar com esse imóvel que será dado como garantia. Comprar um outro imóvel, alugar e, com essa renda, pagar os juros do novo financiamento”, completa Cunha.
Claro que em qualquer operação que envolva valores relevantes de dinheiro e um bem patrimonial é necessário ter cautela. Analisar o valor a ser pago mensalmente e a quantidade de meses que estará comprometida. “A preocupação que o consumidor tem que ter é com a capacidade de pagamento. O ideal é ter uma renda três vezes maior do que a parcela do financiamento. Eu recomendo a pegar o máximo de tempo possível”, orienta o executivo.