Espaço Smart investe R$ 50 milhões na abertura de 12 novas lojas

Com o propósito de transformar a construção civil no Brasil e América do Sul por meio da metodologia de light steel frame, a Espaço Smart, construtech que se tornou o maior ecossistema do setor, vai investir mais de R$ 50 milhões em sua operação neste ano. O capital será empregado para a abertura de 12 novas lojas físicas ainda em 2024, além da compra de novos maquinários com tecnologia de ponta visando o aumento da capacidade produtiva de light steel frame, esquadrias de PVC, perfil de drywall e revestimentos.

Atualmente com 34 unidades físicas espalhadas em 12 estados brasileiros e duas delas no Paraguai, a empresa com indústrias e matriz em Ponta Grossa (PR), projeta ainda atingir um faturamento de R$1 bilhão até 2026. No ano passado, a marca registrou receita de R$ 380 milhões e a ideia é atingir R$ 500 milhões em 2024.

Segundo Fernando Scheffer, fundador e diretor de marketing da Espaço Smart, a empresa alcançou esse crescimento sem qualquer aporte financeiro externo e sem vender participações. “E também não está em nosso radar a utilização do modelo de franquia para avançarmos no território nacional”, afirma Fernando Scheffer, fundador e diretor de marketing da Espaço Smart. “Em estudos feitos com alguns parceiros, identificamos que ao menos 76 cidades brasileiras têm potencial para receber uma loja nossa. No entanto, também já estamos estruturando novas possibilidades de expansão na América Latina”, complementa.

As cidades que vão contar com as novas unidades são: Passo Fundo (RS), Gramado (RS), Manaus (AM), Palmas (TO), Fortaleza (CE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Dourados (MS), Sinop (MT), Campinas (SP) e Santos (SP). “As unidades irão manter o padrão da Espaço Smart, incluindo showrooms, salas de reunião climatizadas e áreas de estoque”, revela Rubens Campos, diretor geral. A expectativa é que cada loja gere mais de 100 empregos diretos. 

Ainda de acordo com o diretor geral, o movimento estratégico visa atender o aumento da demanda por construção a seco nessas localidades, impulsionada pelo uso das tecnologias steel framing, telhado shingle e drywall. “Estamos entusiasmados com o nosso desenvolvimento, mas principalmente com a ampliação de presença no Norte e Nordeste, onde ainda há muito espaço para crescimento do mercado. Observamos que essas regiões apresentam um grande potencial de adoção do conceito e, portanto, a ideia é contribuir com o amadurecimento do ecossistema em todo o país”, afirma.


Mais do que lojas

Além da atuação no varejo, o ecossistema da construtech envolve desde a indústria, com produção do perfil de aço engenheirado, revestimentos e esquadrias para as obras em steel frame, e um time de arquitetura e engenharia especializada no método construtivo. A estrutura contempla ainda o e-commerce, no qual permite que os consumidores comprem uma casa ou edificação comercial pronta a partir de poucos cliques. Outro foco da marca é o serviço de financiamento próprio. O Smart Crédito permite a aquisição de materiais e casas prontas em até 240 parcelas com taxas competitivas. Por fim, a Espaço Smart tem uma parceria de treinamento com o SENAI com objetivo de formar e treinar montadores de casa em steel frame.

Em termos de mercado, de acordo com Scheffer, a construção a seco representa cerca de 1% do setor de construção civil. Por isso, é indispensável que seja promovida uma educação do consumidor por meio da integração do digital com o físico. “O steel frame é um conceito fora do convencional. Dessa maneira, há a necessidade de aproximar o consumidor final dos nossos produtos e soluções a fim de deixá-los confortáveis. Para isso, investimos em PDX’s que contam com showrooms responsáveis por demonstrar toda a jornada da metodologia e experiências imersivas e tecnológicas como realidade aumentada (RA), realidade virtual (RV), 3D e inteligência artificial (IA) em nossas plataformas”, explica. 

Ao chegar em uma das lojas da marca, o cliente se depara com tecnologias de realidade virtual e aumentada, além de experiências que refletem as principais vantagens do steel frame em uma residência como, por exemplo, sentir o isolamento acústico a partir do método de construção.

Oceano azul  

O mercado de construção civil brasileiro tende a ser tradicional. Por esse motivo, o setor é um dos menos abertos à tecnologia e inovação. Diante desse contexto, o que poderia ser uma dificuldade, é na verdade visto como uma oportunidade. “Sempre tratamos a pequena participação do steel frame no segmento como um campo aberto para inovar. Enxergamos que só chegamos aonde estamos por conta da nossa mentalidade jovem, que nos fez investir em uma alta tecnologia e não somente em um novo conceito, mas também nos projetos de Omnichannel onde proporcionamos experiências únicas aos clientes a partir da união do físico com o digital nos PDX’s”, diz Rubens Campos, CEO da Espaço Smart.

Atualmente a Espaço Smart conta com mais de 550 colaboradores e, em nove anos de trajetória, comercializou mais de 3.500 casas prontas para um público de médio a alto padrão. Em 2023, a construtech vendeu 560 casas a um ticket médio de R$ 400 mil por unidade. Já 40% de tudo o que foi comercializado no ano passado foram de produtos de marca própria produzidos ou importados pela construtech. 

“No ano passado, chegamos a um faturamento de aproximadamente R$ 400 milhões. Esse marco, em meio a um cenário macroeconômico nem sempre favorável, nos revela que as nossas estratégias estão mais forte do que nunca. Em 2024, a previsão é atingir um faturamento de R$ 500 milhões e comercializar 750 casas prontas”, conclui Campos.