A Danpris, construtora da Grande São Paulo focada em Minha Casa Minha Vida e Médio padrão, segue com muito trabalho e, apesar de ter adiado os lançamentos devido à pandemia, se mantém firme e estima que a operação voltará mais forte no segundo semestre – “não demitimos ninguém e as obras voltaram ao ritmo anterior à pandemia há três semanas”, conta Dante Seferian, CEO da construtora.
“Todo o nosso administrativo está em home office e nas obras adotamos novas medidas sanitárias, além de aumentar os cuidados em relação à higienização de ambientes, aferição de temperatura dos colaboradores, uso de máscaras e distância nos canteiros”, explica Dante.
“Os fornecedores e fabricantes também estão trabalhando normalmente, o que com certeza ajuda nossa indústria a se manter de pé e mesmo com muitos cuidados, estamos conseguindo respeitar os prazos que assumimos nos lançamentos”, complementa o CEO.
Outro fator muito importante e que ajuda as construtoras a manter o fluxo das obras e garantir os postos de trabalho são observadas nas medidas adotadas pela Caixa que conforme Dante explicou, “a instituição financeira definiu que o mutuário com financiamento imobiliário terá uma carência de seis meses para pagar as próximas prestações, o que é muito bom para quem tem financiamento e trabalha com Minha Casa Minha Vida como nós”.
Em relação às vendas, Seferian ressaltou que – “o ritmo diminui, mas já era imaginado que isso iria acontecer por conta da instabilidade provocada pela situação. Hoje, temos dois tipos de compradores: o que tem medo de arriscar na Bolsa e percebe que o imóvel pode ser um investimento mais seguro e o que tem o dinheiro no banco e resolve buscar investimentos imobiliários para garantir patrimônio. Por conta do fechamento dos stands, as vendas caíram para cerca de 40% se comparado ao período anterior. O serviço está sendo feito de maneira online. Temos toda a infraestrutura para realizar uma venda remota e nosso cliente pode inclusive percorrer o decorado no site” – afirma.
Para o pós-pandemia, o CEO da Danpris estima que o Governo precisará se debruçar para ajudar todos os setores e criar programas de auxilio para impulsionar vendas e consumo, buscar uma reação mais enérgica e uma recuperação gradual da economia brasileira. “Muita coisa está sendo feita durante esse período de isolamento e estamos conseguindo provocar uma quebra de paradigmas na economia e a burocracia depois doCovid-19 vai diminuir” – finaliza Dante.