A SafeLive, startup que nasceu do Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em Engenharia, chega ao mercado com a proposta de levar aprendizado imersivo aumentado para a área de saúde e segurança do trabalho no setor da construção civil, que conta, na maioria dos casos, com treinamentos baseados em EAD (Ensino à Distância), uma modalidade que não é inclusiva para os profissionais iletrados.
A partir do uso de Realidade Virtual mista e gamificada, seja com o Gêmeo Digital, que utiliza um treinamento sob medida, ou Genérico, ou seja, com procedimentos padronizados, a companhia visa evitar a exposição de riscos operacionais e ocupacionais durante o aprendizado dos colaboradores.
“O universo imersivo gamificado de aprendizado proporciona treinamentos seguros e salva vidas porque simula a realidade, evitando a exposição de colaboradores a processos críticos, como o de altura ou de alta tensão, além de promover experiências que estão em conformidade às Normas Regulamentadoras (NR), o que aumenta a retenção do conhecimento e o engajamento aos protocolos de segurança do trabalho”, comenta o CEO do Construtivo e sócio da SafeLive, Marcus Granadeiro.
O Brasil registra uma morte por acidente de trabalho a cada 3 horas e 40 minutos, segundo o Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho. Entre 2012 e 2018, foram contabilizados 17,2 mil acidentes fatais por falta de medidas efetivas de segurança do trabalho. Para Granadeiro, o treinamento imersivo proporciona vivenciar falhas sem danos, gerando memórias cognitivas aos colaboradores, que podem acessá-las em uma situação real, tornando o processo mais efetivo e produtivo.
Apesar do foco inicial ser o setor da construção civil, o objetivo é transformar essa operação numa spin-off para atuar em outros segmentos. “Já estamos sendo acelerados pelo programa Conecta Startup Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que é executado pela Softex e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)”, comenta Marcio Lario, sócio da SafeLive e responsável pelas ações comerciais da startup.
Pelo programa, que incentiva empresas em estágios iniciais a fazer negócios com grandes organizações, a SafeLive está desenvolvendo um projeto para a área de treinamento de manutenção autônoma da 3M Company, que será a porta de entrada da startup para o setor industrial.