Indústria de Materiais de Construção continua sentindo os efeitos negativos da pandemia do COVID-19

ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quarta-feira, 03, a nova edição do seu Termômetro revela que para 70% das empresas associadas o desempenho nas vendas em abril foi considerado ruim ou muito ruim. Já em maio essa mesma expectativa cai para 61% das empresas, enquanto 22% vislumbram período regular. Para o próximo mês (junho), a expectativa de ter vendas regulares sobe para 26%. 

Quando perguntadas sobre as expectativas sobre ações governamentais, mesmo com as muitas medidas adotadas ainda predomina nas empresas o pessimismo, sentimento de 61% das associadas. Para 26% háindiferença, e as demais 13% otimismo. 

Um importante dado positivo apontado na pesquisa é que, apesar dos impactos da crise, a pretensão de investimentos no médio prazo subiu de 36%, em abril, para 43% em maio. O nível de utilização da capacidade instalada registrado foi de 53% no mês de maio, praticamente o mesmo do mês anterior (54%). 

Uma das prioridades da ABRAMAT nesse momento, além da saúde das pessoas, é a preservação do emprego. “Vemos que as empresas estão lançando mão de todas as alternativas possíves para preservar empregos, mesmo diante desta grave crise que estamos todos enfrentando. Para tanto, além da preocupação primordial com medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde, continuamos trabalhando por um ambiente que permita a sustentabilidade e continuidade dos negócios, durante e após a crise, para que a oferta de emprego e renda seja mantida” comentou Rodrigo Navarro, presidente executivo da ABRAMAT. A indústria de materiais de construção é responsável pelo emprego de cerca de 620.000 pessoas por todo o Brasil. 

Novas tecnologias reduzem impacto ambiental na construção civil

O Brasil gera por dia 290 mil toneladas de entulho, o suficiente para construir mais de 2 mil estádios do Maracanã. Conectado com a sustentabilidade e de olho no futuro do planeta, o Grupo A.Yoshii reduziu em 65% a geração de resíduos, em um dos processos construtivos, com a mudança para o uso da alvenaria racionalizada

No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em 2020, a data será histórica, ano em que vivemos uma pandemia global, e algumas boas notícias demonstram que o planeta está passando por uma série de impactos positivos devido à baixa atividade humana causada pelo isolamento social. Durante os últimos meses, em todo o mundo, foram verificadas mudanças na qualidade do ar e da água. De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), houve queda de 50% na poluição do ar na cidade de São Paulo já na primeira semana após o início da quarentena.

A pandemia da Covid-19 vem alertando ainda mais para os cuidados que devemos ter com o meio ambiente se queremos ter um futuro saudável no planeta. Por isso, ações voltadas à proteção da natureza são cada vez mais utilizadas dentro da construção civil.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon) o Brasil produz, por ano, cerca de 87,2 milhões de metros cúbicos de resíduos de construção civil, o equivalente a 22% do volume útil armazenado do Reservatório Cantareira (sem considerar reserva técnica). O país gera por dia 290 mil toneladas de entulho, o suficiente – se esse material desperdiçado fosse reciclado – para construir 2.134 estádios do Maracanã.

O setor da construção civil é hoje o responsável por grande parte do volume de resíduos sólidos gerados em meios urbanos com grande impacto ambiental, e as construtoras vivem o desafio de reduzir tal posição. Entre os itens mais desperdiçados nas obras estão entulhos como concreto, bloco cerâmico e argamassas. 

Atuando há 55 anos no mercado de construção civil, o Grupo A.Yoshii vem implantando em suas obras projetos sustentáveis, eficientes e economicamente viáveis, sem perder o padrão de qualidade. Para reduzir o uso desses materiais, os engenheiros buscam soluções com menor impacto durante a cadeia produtiva, aplicando melhorias e alterando alguns processos.

“Utilizamos a alvenaria racionalizada em nossas obras, uma metodologia para elevação das alvenarias dos empreendimentos para melhorar a configuração dos blocos. Isso permite que as instalações (elétrica, hidráulica, ar condicionado, gás, etc.) sejam embutidas na alvenaria sem a necessidade de cortes dos blocos, reduzindo a geração de resíduos em 65%, em um dos processos construtivos, com a mudança para o uso da alvenaria racionalizada, aproveitando melhor a matéria-prima”, conta o engenheiro ambiental do Grupo, Wellington Luiz de Oliveira.

Em todos os empreendimentos da A.Yoshii são utilizadas tecnologias para racionalizar o consumo, como: aeradores em torneiras; vaso sanitário com acionamento de dual flush; utilização de sensores de presença no sistema de iluminação; uso de vidros de fachada que apresentam eficiência energética; reuso de água pluvial, entre outros. 

O Grupo também apresenta sistemas sustentáveis dentro dos seus showrooms. “Em Campinas (SP), por exemplo, possuímos uma Usina Fotovoltaica (UFV) instalada para atendimento do consumo gerado por essa unidade. Da mesma forma, temos uma UFV instalada em nossa matriz em Londrina (PR), que em 12 meses de utilização já gerou 116.000 kWh, suficiente para abastecer 63 residências no mesmo período”, explica Wellington.

A construtora adotou, ao longo dos anos, diversas práticas para diminuir os impactos da indústria da construção civil ao meio ambiente, além de incentivar os colaboradores a inovarem continuamente buscando as melhores práticas para a execução dos serviços, alinhados à sustentabilidade corporativa. “O futuro da construção é a busca por processos mais industrializados e tecnológicos, para  que os recursos sejam utilizados de forma mais racional, com redução dos desperdícios em canteiros de obra”, ressalta.

Programas ambientais

A A.Yoshii promove, ainda, ações e debates com seus colaboradores. O programa Melhoria Contínua atua nas obras com o objetivo de incentivar ideias inovadoras para melhoria do processo construtivo, com base na experiência dos trabalhadores. “Nesse programa eles podem sugerir melhorias para execução das atividades, por meio do uso de ferramentas e materiais, sempre alinhados à segurança dos colaboradores nos canteiros de obra”, conta a engenheira de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo A.Yoshii, Letícia Catenace da Costa.

Já o programa Campanha de Economia incentiva o consumo consciente dos recursos naturais e preserva a saúde e segurança do colaborador. Mensalmente são coletados dados de consumo de água e energia, geração de resíduos e inspeções de segurança. Estes índices são comparados com dados de referência do Grupo, e trimestralmente é feita uma premiação da obra que possuir melhor desempenho.

“Desde a sua criação, o programa Melhoria Contínua foi um meio de incentivo para o desenvolvimento de práticas voltadas à sustentabilidade, incluindo aqueles que são monitorados pela Campanha de Economia, como: automação do sistema de iluminação dos canteiros de obra; automação de bombas para evitar desperdício de água; e tratamento de água contaminada com resíduos de pintura”, finaliza Letícia.

Startup Housi lança serviço de moradia por assinatura

A Housi, plataforma digital de moradia on demand, 100% digital e sem burocracia, acaba de lançar o primeiro serviço de moradia por assinatura do mundo. A plataforma, que tinha foco em estadias short stay, possibilitará, agora, que os usuários façam locações residenciais de longo prazo, por meio de um plano de assinatura com pagamento mensal via cartão de crédito.

Para assinar um pacote de moradia, basta acessar os canais da Housi (site e app), selecionar o imóvel, o período de estadia (de no mínimo 30 dias), realizar o pagamento via cartão de crédito e, depois, entrar no imóvel (já mobiliado e com serviços de TV) sem nenhuma burocracia. Todo o processo é digital, sem fiador. Os valores para locações mensais variam de acordo com a região e características do imóvel.

O morador também pode fazer um upgrade ou downgrade de unidade, com ajuste do valor, ou ainda mudar para outro imóvel que integre o ecossistema Housi sem nenhuma cobrança no caso de a unidade ter o mesmo custo mensal da anterior.

A aposta da Housi nesse tipo de serviço surgiu da demanda crescente por estadias de longo período com perfil de moradia durante a quarentena, que aumentou mais de 50% de abril para maio dentro do ecossistema da startup.

“Antecipamos o lançamento do plano de moradia por assinatura para atender à alta demanda de locações longas, estilo moradia, que explodiu no último mês devido à pandemia. A expectativa, agora, é intensificar a oferta dessa plataforma, que funciona como uma assinatura da Netflix, que você pode aderir ou cancelar pelo aplicativo, sem nenhuma burocracia, a qualquer momento”, explica Alexandre Frankel, CEO da Vitacon.

Para atender a demanda de estadias curtas também durante o período de confinamento, a Housi lança, ainda, um outro produto, com foco em períodos curtos – o Housi Break. As locações dos apartamentos serão feitas por hora para atender quem precisa “dar um tempo” do ambiente de casa, oferecendo a alternativa de poder ficar em “outra casa”, mais tranquila, silenciosa e segura (sem aglomerações), para se concentrar em outras atividades.

As unidades seguem um padrão da empresa, mobiliadas e equipadas com cooktop, geladeira, cama, sofá, wifi e TV a cabo. Possuem infraestrutura e serviços pay per use com atendimento 24 horas por dia e limpeza semanalmente. Os moradores da Housi também podem contar com um ecossistema de parceiros que proporcionam experiências e serviços que otimizam o tempo, trazem mais agilidade e proporcionam economia por meio dos descontos acordados. São mais de 20 empresas parceiras, entre elas: Apptité, BTFit, Docway, ifood, Grow, Lev, Singu e Turbi.

A Housi disponibiliza cerca de 5 mil apartamentos para serem locados em sua base. Os imóveis estão localizados na rua Bela Cintra, em São Paulo, onde o prédio é proprietário da Housi, além de unidades pulverizadas em empreendimentos de outras incorporadoras, situados em diversos bairros da cidade.

Campanha Promocional

A startup, ainda, acaba de lançar a campanha que dá três meses gratuitos para quem fechar a locação de uma unidade residencial pelo período de um ano. O valor total ainda pode ser parcelado em 12 vezes.

A ação tem o objetivo de atrair novos consumidores para ocuparem as unidades por um período longo, como moradia mesmo. “É uma alternativa para quem está buscando um espaço pronto para morar em São Paulo e sem nenhuma burocracia para locação. Também é uma forma de driblarmos a vacância das unidades devido à suspensão dos serviços de hospedagens curtas por conta da pandemia”, finaliza Frankel.

Preço de venda residencial mantém tendência pré-pandemia e avança 0,23% em maio

■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, apresentou alta nominal de 0,23% em maio, superando ligeiramente as variações observadas em abril (+0,20%) e em março (+0,18%). Comparativamente, a variação mensal do índice também superou o comportamento esperado do IPCA/IBGE para maio (-0,40%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada essa variação dos preços ao consumidor, calcula-se que o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará o referido mês com alta real de 0,63%. Individualmente, dentre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, aquelas que apresentaram maior elevação de preço médio no último mês foram: Curitiba (+1,05%), Campo Grande (+0,99%) e Manaus (+0,57%). Em contraste, Recife exibiu o maior recuo no preço médio entre as capitais monitoradas (-1,47%), sendo acompanhada por Porto Alegre (-0,26%) e Maceió (-0,21%). No tocante às duas cidades de maior representatividade no Índice FipeZap, São Paulo apresentou alta de 0,29% em maio, superando a variação observada no Rio de Janeiro, onde a alta mensal registrada foi de 0,21%.

■ Balanço parcial de 2020: ao final de maio, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 0,92%, ante variação de -0,18% esperada para o IPCA no período*. Na comparação direta entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada ao consumidor no mesmo período, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com alta real de 1,10%. Na ótica por cidade, a maior parte das capitais monitoradas apresentou avanço no preço médio de venda de imóveis residenciais no período, com destaque para: Florianópolis (+3,67%), Curitiba +(2,72%) e Campo Grande (+2,56%). Em contraste, apenas 3 das capitais monitoradas exibiram queda nominal no preço médio dos imóveis : Recife (-2,53%), Fortaleza (-1,51%) e João Pessoa (-0,70%).

■ Últimos 12 meses: nesse horizonte temporal, o Índice FipeZap de Venda Residencial acumula um avanço nominal de 0,60%. Comparando-se com a inflação acumulada nos últimos 12 meses (+1,86%), de acordo com o IPCA (IBGE)*, o índice exibe queda real de 1,24%. Entre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, Florianópolis registra o maior aumento nominal no preço médio (+4,40%), seguida por Vitória (+4,25%) e Salvador (+3,07%). Em contraste, Fortaleza acumula a maior queda no preço médio de venda residencial entre as capitais (-8,68%), sendo acompanhada por Brasília (-2,95%) e o Recife (-2,63%).

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em maio de 2020, o preço médio calculado foi de R$ 7.294/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Dentre elas, Rio de Janeiro se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.330/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.105/m²) e Brasília (R$ 7.444/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², figuraram: Campo Grande (R$ 4.238/m²), Goiânia (R$ 4.297/m²) e João Pessoa (R$ 4.299/m²).

Evento online reúne líderes de oito países e cinco continentes para discutir Covid-19 e suas implicações para o mercado imobiliário

Na próxima quarta-feira, 3 de junho, a RE/MAX promoverá um evento inédito: o Real Estate World Connection. Ele reunirá os CEOs da empresa de oito países, contemplando cinco continentes, para discutir as implicações da Covid-19 no mercado imobiliário e na economia como um todo. 

O encontro será virtual, claro, e terá como moderadores Peixoto Accyoli, CEO da RE/MAX Brasil, e Ján Repa, Vice-Presidente da RE/MAX Internacional, com sede nos Estados Unidos. Ao reunir representantes de diferentes países, como Itália, Israel e África do Sul, a ideia é debater os diferentes estágios da pandemia e como as transações imobiliárias têm sido afetados por ela. De certa forma, o que acontece hoje na Itália é o que o Brasil deverá enfrentar em alguns meses. 

A RE/MAX é a empresa que mais vende imóveis no mundo – média de uma unidade a cada 30 segundos. Com 8.300 franquias espalhadas por 115 países, sendo quase 400 delas no Brasil, se destaca por sua capilaridade e mix de vendas diversificado. Por isso, é um excelente termômetro de mercado tanto do ponto de vista nacional como internacional. 

As inscrições para o Real Estate World Connection podem ser feita pelo site www.rewc.online. O evento contará com tradução simultânea para o português. 

Real Estate World Connection 
Quando: 3 de junho (quarta-feira), às 9h 
Inscrições: www.rewc.online 
Apoio: RE/MAX 

Mercado da construção civil ganha novo canal de comunicação

As boas práticas, o compartilhamento de tecnologia, conhecimento e informação técnica faz parte do DNA da indústria brasileira do cimento, por intermédio de suas entidades representativas, principalmente pela Associação Brasileira de Cimento Portland, ABCP, o braço técnico da indústria. 

Com o novo cenário imposto pela pandemia da COVID-19, muitas organizações tiveram que adaptar seus processos para o meio digital. Com a ABCP não foi diferente e para isso criou um canal digital de comunicação com o mercado da construção, voltado à capacitação dos profissionais, estudantes e empresas que buscamliteratura técnica e atualização tecnológica. 

Esse novo canal é a ABCPonLINE, uma plataforma que transmitirá inicialmente pela internet uma série de webinários gratuitos e no futuro cursos à distância a pagamento, todos sobre temas relacionados ao uso do cimento, concreto, produtos derivados e sistemas construtivos à base do insumo, contribuindo com a qualificação da cadeia produtiva da construção civil. 

“Já vínhamos estudando há algum tempo a fim de apresentar um novo formato de aprendizagem para os cursos, ampliando o alcance e o acesso à atividade, sem descontinuar as consagradas atividades presenciais” explica Paulo Camillo Penna, presidente da ABCP. “Antes de lançarmos o novo canal, buscamos apoiar parceiros qualificados que já atuavam no segmento virtual, como os envolvidos com o movimento#todospelaconstrução“, completa Penna. 

As primeiras ações do ABCPonLINE se deram na última semana de maio, com 3 webinários (palestras gratuitas) sobre tecnologias e sistemas construtivos que, juntos, reuniram mais de 800 profissionais e devem prosseguir como um novo recurso de comunicação com os consumidores de cimento, concreto, argamassas e artefatos. 

Para mais informações, basta consultar http://abcp.org.br/cursos/

O que é evicção e sua relação com a fraude no direito imobiliário

Por Fernando Nekrycz  

Adquirir um imóvel é um sonho para a grande maioria dos
brasileiros. Contudo, ao finalmente comprarem  uma propriedade, muitas
pessoas não se atentam aos possíveis riscos a que estão sujeitas –
até mesmo de ter o negócio jurídico invalidado. Isso pode levar à
perda da propriedade/posse do imóvel pelo comprador e sua
restituição ao vendedor, conhecido como evicção.  A fraude contra
credores e a fraude contra a execução são alguns desses vícios
sociais do negócio jurídico no mercado imobiliário.  

Trata-se de um meio ilícito de evitar que os credores de um devedor
insolvente, ou prestes a se tornar  um (que não possui patrimônio
para pagar a dívida), tomem seus bens como pagamento. É uma prática
regulamentada pelos artigos 158 a 165 do Código Civil. Ou seja, a
pessoa maliciosamente abre mão da posse de seus bens, reduzindo-os
para evitar a perda. Um bom  exemplo é o caso de uma venda de
imóvel, em que o devedor se torna insolvente ao praticar a venda de
um bem, prejudicando seus eventuais credores. 

Para que a fraude aconteça, são necessários três elementos: 1) o
_eventus damni_, elemento objetivo que se configura pelo dano efetivo
causado ao credor devido à alienação dos bens do devedor; 2) o
_consilium fraudis_, elemento subjetivo que se configura pela má-fé
tanto do alienante quanto do adquirente, ou seja, há o conhecimento
de que a venda possa prejudicar os credores; 3) a anterioridade do
crédito, isto é, a dívida deve ser anterior à alienação  do bem
e os credores posteriores não podem pleitear a anulação do negócio
jurídico.  

Dessa forma, como saber se a aquisição de um imóvel configura
fraude? É necessário verificar as hipóteses  desse ilícito. Entre
elas estão: a venda por um preço abaixo do valor do mercado; a
transmissão gratuita de bens, como doações; a transmissão onerosa
desses bens (somente quando a insolvência for notória); o perdão de
dívidas por parte do devedor a pessoas  que também deviam a ele; e a
antecipação de pagamento de dívida não vencida feita a um dos
credores em detrimento dos demais. Entretanto, há também casos em
que a possibilidade de fraude é excluída, como ocorre na aquisição
de imóvel mediante depósito judicial  e na permuta de igual valor ou
maior, porque mantém o patrimônio do devedor.   

Se a fraude realmente for constatada, os credores quirografários
(que não possuem garantia real de  pagamento) prejudicados podem
pedir a anulação do negócio jurídico, com prazo de até quatro
anos, por invalidade através da Ação Pauliana ou Ação
Revogatória contra o devedor, a pessoa que realizou o negócio e
contra terceiros adquirentes que tenham agido  de má-fé. Além
disso, o comprador desse imóvel perderá a propriedade/posse
(evicção de direitos), que voltará a ser do vendedor que, por sua
vez, vai responder pelas eventuais dívidas junto aos credores.  

Já a fraude contra a execução, regulamentada pelo artigo 593 do
Código de Processo Civil, é considerada  um ato contra a dignidade e
a administração da justiça. Nesse caso, não exige ação própria
para anulação – basta o simples pedido do credor nos autos da ação
de execução para anular o negócio. A prática ocorre quando há uma
ação judicial em curso capaz de  reduzir o devedor à insolvência.
Um exemplo disso é quando a pessoa aliena seus bens após ser citada
em um processo de execução, não restando nada para garantia do
juízo.  

Portanto, antes de adquirir um imóvel, é essencial tomar muito
cuidado com a negociação. É preciso  ter ciência dos possíveis
riscos que podem surgir, solicitando as certidões do imóvel do
vendedor, suas respectivas empresas e dos antigos proprietários.
Além disso, busque sempre apoio especializado e seja orientado por um
advogado de sua confiança e com  experiência em transações
imobiliárias. Dessa forma, o sonho do imóvel não corre o risco de
se transformar em um pesadelo.  

Fernando Nekrycz, CEO da Xaza, plataforma de intermediação
imobiliária que facilita a compra  e venda de imóveis exclusivos

O que a pandemia significa para o mercado imobiliário?

Por Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty

Quando começamos a vivenciar um reaquecimento nas vendas dos imóveis em meio a circunstâncias favoráveis como a queda da taxa de juros básicos (SELIC), menor taxa de financiamento da história e a primeira alta do PIB da Construção Civil desde 2014, a pandemia de COVID-19 nos surpreendeu e tem trazido muitos desafios e mudanças radicais à vida de todo mundo. Não apenas no âmbito da saúde, mas também nas relações sociais e comerciais e, consequentemente, nos negócios.

Isso porque o atual cenário desencadeou uma crise de confiança em empregados e empregadores devido a uma série de incertezas a serem encaradas: se irão contrair a doença, se os seus empregos ou empreendimentos serão afetados, se o governo fará seu papel para achatar a curva de contágio e preservar a economia, quando teremos uma vacina ou tratamento comprovadamente eficaz, entre outras dúvidas.

O mercado imobiliário, que geralmente trabalha com a comercialização de um patrimônio que costuma ser o mais valioso das pessoas, e é tão habituado às visitas físicas nas propriedades e empreendimentos, foi um dos primeiros a sofrer grandes mudanças. Clientes vendedores estão evitando abrir suas casas, estandes de vendas estão fechados e os compradores também preferem se preservar de qualquer contato físico.

Com isso, os vendedores que, pela primeira vez em muitos anos, começavam a viver um empoderamento com a retomada do mercado e o aumento dos preços, agora voltaram aos mesmos patamares dos anos anteriores com a queda das visitas pelo distanciamento social necessário.

De que maneira os diferentes segmentos são afetados?

O mercado de imóveis econômico deverá ser diretamente afetado pelo desemprego. Projetos de habitação popular como o Minha Casa, Minha Vida dependem de crédito. Para isso, é necessário renda comprovada. A extensão da crise e o tempo de retomada da economia serão determinantes para o setor.

Já os imóveis intermediários são comprados por pessoas que ocupam cargos de chefia (como gerentes e profissionais autônomos). Ou seja, costumam ter pouca poupança e dependem também de crédito e financiamento. A instabilidade financeira tende a fazer com que prefiram não arriscar dívidas.

Enquanto isso, o mercado de alto padrão possui menos necessidade de crédito. Porém, em cenários conturbados, esse público, que normalmente já mora em casas confortáveis, adia o processo de tomada de decisão por entender que não é o momento de capitalizar. Instabilidades políticas, quedas na bolsa, investimentos em risco, perda da rentabilidade nas aplicações e o dólar alto são fatores que tendem a frear qualquer negociação atual por tempo ainda indeterminado.

No meio de tudo isso, acontece, é claro, as locações. Aos afetados pela crise que precisarão devolver o imóvel ou o financiamento, ou desistiram da compra, o aluguel se mostra como a solução para o momento.

Em toda crise, há oportunidades!

No entanto, diante de todas as instabilidades, adquirir um imóvel para investimento e diversificação do portfólio ainda se mostra interessante, não só pela possibilidade de renda, mas para apreciação do ativo em si.

Com isso, uma parte da demanda do mercado tende a se manter estável. Principalmente porque, mesmo em cenários que parecem até apocalípticos, há sempre aspectos favoráveis. O atual nível da taxa de juro e crédito imobiliário oferecem opções interessantes de investimento. Os que já possuem caixa devem aplicar para conseguir boas ofertas. Incorporadoras e lançamentos que proporcionam descontos ou facilidades de pagamento – algumas vêm dando até 90 dias para o primeiro pagamento – ajudam a fazer essa movimentação.

Para os vendedores ou pessoa com necessidade de crédito, o Home Equity é outra alternativa. Mais uma vez usufruindo da taxa de crédito vantajosa, essa modalidade de empréstimo que usa como garantia a própria residência disponibiliza financiamento de até 50% do valor total. Nesse período, acredito que veremos muitas pessoas buscando esse empréstimo para ter recursos.

Além disso, não podemos esquecer que, com a alta do dólar, é de se esperar ver investimento estrangeiro ajudando a movimentar o setor.

Expectativa pós-pandemia: tecnologia é a maior aliada

De toda maneira, os negócios não vão parar. E também não podemos esquecer que, depois da pandemia – que vai, sim, passar -, eles vão continuar. Para isso, as imobiliárias precisam se adaptar às necessidades do momento e oferecer soluções, seja para clientes imediatos, seja para os que usarão o tempo de quarentena para se dedicar à seleção do seu futuro imóvel.

Não estou falando de álcool em gel. Mas de tecnologia. É preciso lembrar que, para uma empresa que vive da venda de imóveis, a única coisa que mudou é a visita. Todo o processo já era, na grande maioria das vezes, feito por intermédio de um telefone ou computador. Então, é hora de aproveitar esse período de isolamento, em que temos mais tempo e atenção dos clientes, para oferecer um atendimento ainda mais personalizado e extremamente dedicado.

Mesmo com a abertura gradual das atividades que vem sendo planejada, a retomada das negociações tal qual ocorriam até o início do ano será lenta – e provavelmente só será concluída quando a COVID-19 (e seus efeitos na economia) não for mais uma ameaça. Para isso, diversas soluções para contornar essas limitações têm sido implementadas e acredito que nos auxiliarão e permanecerão em parte ou totalidade incorporadas pós crise.

As plataformas tecnológicas vieram suprir as deficiências das transações e fazer com que todos reflitam sobre tudo dentro dos seus negócios, especialmente no setor imobiliário.

Por enquanto, boas imagens e bons vídeos podem substituir as visitas. Embora, para grande parte dos compradores, esse contato físico com o imóvel seja uma etapa crucial, as opções tecnológicas ainda podem trabalhar a nosso favor para ir já adiantando o processo de seleção, para um negócio que será fechado assim que pudermos todos voltar às ruas.

Esse recurso também pode – e deve – continuar sendo usado no futuro, para pessoas que estejam distantes por qualquer outro motivo. Além da visita virtual, o mapeamento online dos imóveis no mercado e a assinatura digital não só do contrato mas também da escritura contribuem para a transação 100% tecnológica, que deverá ser a única possível no futuro, revolucionando desde já completamente a experiência dos clientes e o modo como trabalhamos.

Afinal, a crise chegou, e é severa. É um momento em que toda a equipe busca apoio e inspiração em seus líderes. Mas, com serenidade e resiliência, é possível avaliar bem o cenário e trabalhar com aquilo que é possível ser feito, com planejamento e ações concretas, para, depois, voltarmos a ver a retomada da escalada em vendas e o aumento dos preços dos imóveis previsto para este ano, que, apesar de sofrer uma pequena contenção, não deverá ter uma queda significativa de forma geral.

SKR estima dobrar VGV e faturamento em 2020

A SKR Arquitetura Viva, incorporadora e construtora de alto padrão focada em design e inovação, ainda estuda manter o ritmo de crescente desenvolvimento iniciado no ano passado e pausado pelo Covid-19. Com três lançamentos confirmados, a empresa pretendia fechar o ano com o VGV de R﹩ 450 milhões em lançamentos, mais que o dobro do ano passado. Mas já projeta dividir isso entre o segundo semestre desse ano e o primeiro de 2021.

“Estamos vivendo um período atípico, mas mantendo o foco e o otimismo, seguimos trabalhando para que os empreendimentos estejam preparados para o lançamento, e poderemos, inclusive, “reescalonar” entre esse ano e o próximo, já que pelo que estamos observando o ano fiscal e o ano escolar também vão sofrer alterações. Mas ainda vamos manter o previsto e o VGV vai ultrapassar o dobro em relação ao ano de 2019. Queremos estar prontos para continuar no trilho do crescimento quando tudo voltar ao normal”, afirma Silvio Kozuchowicz, CEO da empresa.

Em 2019 foram dois lançamentos, cada empreendimento com VGV de em média R﹩100 milhões – “Hoje são quatro obras em andamento, redobramos os cuidados com as equipes nas obras e tivemos uma pequena redução no ritmo com a Pandemia, mas nada que comprometa os planos de entregas do ano. Também decidimos adiar o início da obra em Moema para não incomodar a vizinhança nesse momento de reclusão e home-office. Todos sabem como é barulhento o início de uma obra” – ressalta o CEO.

“Vamos totalizar 59 empreendimentos entregues esse ano. Focamos no conforto e bem-estar do morador, por isso construímos apartamentos maiores com tecnologia, design e acabamento impecáveis. Os lançamentos de 2020 têm o VGV mais alto do que a nossa média, queremos que eles tenham tudo o que a SKR oferece de melhor”, complementa Silvio.

Sienge lança ebook sobre o cenário pós-Covid-19 para auxiliar empresas da construção civil

Certamente, um dos assuntos mais comentados – senão o mais comentado – nestes últimos tempos está sendo o COVID-19, seus impactos na economia mundial e seus desdobramentos no Brasil. Para a indústria da Construção, a preocupação é ainda maior, já que a área passou por um longo período de desaceleração e sinalizava fôlego renovado no primeiro trimestre deste ano. Diante deste cenário, o Sienge, solução líder no País em gestão na área de construção civil, acaba de desenvolver um ebook sobre o cenário pós-Covid-19 para construtoras e incorporadores de todos os portes.

Direcionado para gestores de empresas do ramo de construção civil e empreendedores, o material compila as principais medidas tomadas pelo o governo que podem ser aproveitadas pelo setor. Além disso, aborda as melhores práticas de gestão para lidar com a crise, tais como, medidas governamentais, práticas comprovadas de gestão de caixa, mudanças nas obrigações fiscais, bem como formas para estar pronto para a retomada da economia.

Guilherme Quandt, Head de Gestão Estratégica e de Mercado do Sienge, explica que o objetivo é ajudar as empresas a olhar para além do cenário atual e, dessa maneira, se preparar para a retomada. “As informações que reunimos neste ebook são um importante guia para observar quais aspectos financeiros e econômicos podem auxiliar os gestores a preparar um bom plano de ação para sua construtora ou incorporadoras, já que a partir de agora é hora de adaptar-se a um novo cenário, com algumas ameaças, porém com várias oportunidades”, afirma.

O conteúdo está dividido em três blocos principais – a primeira parte traz informações relacionadas a Despesas Financeiras e Obrigações Fiscais e Legais. O segundo bloco aborda os pontos mais relevantes apresentados por Caixa Econômica Federal e BNDES, que poderão auxiliar na manutenção do capital de giro das empresas. Na terceira e última parte, o material apresenta insights compartilhados por especialistas de boas práticas para garantir o equilíbrio de contratos de obras públicas e privadas e sobre possíveis mudanças no comportamento do mercado imobiliário.

“Esperamos que este material auxilie as construtoras ou incorporadoras a traçarem alternativas para amenizar os impactos das últimas semanas e manter a sua operação em um cenário positivo, passando com segurança pela pandemia”, finaliza Quandt.

Para fazer o download do ebook, basta acessar o http://bit.ly/3cy75BS e preencher o formulário. É importante lembrar que o Sienge tem um posicionamento bastante forte na produção e disseminação de conhecimento para a indústria da construção. O blog do Sienge recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano em busca de seus mais de 800 conteúdos gratuitos. Além disso, o Sienge conta com uma programação completa da webinars sobre temas relevantes para a indústria da construção e o mercado imobiliário.
Não deixe de conferir em http://www.sienge.com.br/blog/