Atuação de corretores em operações do mercado imobiliário no Brasil ainda é pequena, diz Propdo

Dados da proptech israelense indicam que os profissionais do setor participam de cerca de 40% das negociações no Brasil; nos EUA, eles atuam em 95% das operações 

A profissão de corretor ganha cada vez mais importância na intermediação de negócios e, consequentemente, membros. Dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRESCI-SP) revelam que cerca de 19 mil pessoas ingressaram no mercado imobiliário paulista entre janeiro e outubro de 2022, totalizando 255 mil no Estado de São Paulo. 

Apesar do grande número de profissionais disponíveis, a atuação ainda é pequena. Segundo a Propdo, proptech israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no segmento imobiliário, o Brasil é um dos países com menor número de acordos com a presença de um agente do mercado imobiliário, com cerca de 40%. Enquanto isso, nos Estados Unidos são 95% e na Europa a média fica entre 60 e 70%. 

“Muitas empresas e corretores ainda trabalham com métodos que inibem o desenvolvimento e a captação de clientes importantes. O que os números nos mostram é que é necessário investir em novas tecnologias e recursos para conquistar compradores e vendedores”, comenta Nathan Varda, head da Propdo no Brasil.  

O executivo explica que o corretor é a pessoa que facilita transações entre traders, vendedores e compradores e atua como um intermediário. “Ele age como um conselheiro, pois demonstra conhecer o imóvel e as peculiaridades da região em que a propriedade está localizada. Além disso, está apto a negociar, fazer avaliações de imóveis e criar planos de vendas. Para isso, ele deve utilizar ferramentas tecnológicas capazes de compilar e analisar dados, além de contar e oferecer suporte jurídico ao cliente, promover conexões com profissionais e encontros com compradores”, diz. 

Varda comenta que é muito comum que as grandes empresas do ramo não atuem em mercados menores. “Elas buscam oportunidades de negócios maiores, mais macro, mas isso não impede os corretores de atuarem nos pequenos negócios, que também são de extrema importância para movimentar o mercado”, afirma o especialista. Segundo ele, “nas operações menores, o cliente está mais interessado em detalhes como a segurança na região, por exemplo. O profissional pode se destacar por entender desses aspectos”. 

Uso da tecnologia 

As ferramentas mais modernas disponíveis aos profissionais do mercado imobiliário são pautadas pelas novas tecnologias, em especial a inteligência artificial. Elas auxiliam na precificação dos imóveis, planejamento, transparência, encurtam a distância entre corretores e clientes, auxiliam na análise das tendências do mercado e promovem meios de trabalhar em modelos de exclusividade. 

Para estimular o mercado paulistano, a Propdo, em parceria com Quick2Sell, empresa de soluções para compradores, vendedores e corretores de imóveis, com mais de 5.000 associados, e Animacasa, empresa do mercado imobiliário com 20 anos de experiência, lançaram este ano a Investire, ferramenta baseada em inteligência artificial e tecnologia de ponta para auxiliar pessoas que desejam investir no ramo na capital paulista. A plataforma está disponível no site http://investire.com.br/ e visa apoiar investidores com pouca experiência ou conhecimento no setor, contribuindo também para o trabalho dos corretores. 

“Desenvolvemos produtos baseados em inteligência artificial, com 99,5% de assertividade nos resultados, para apoiar os corretores no uso de suas habilidades para vender mais, atendendo, inclusive, as demandas de pequenos investidores. Para isso, utilizamos ferramentas para avaliação de imóveis, captação de clientes qualificados (vendedores, compradores e investidores), além de ajudar com dados do mercado. Para um corretor que está crescendo e quer oferecer algo diferente ao seu cliente, temos as melhores soluções”, finaliza Varda.