A APSA, uma das maiores empresas de gestão de propriedades urbanas no país, com serviços que vão de gestão total e administração de condomínios, locação e venda de imóveis a seguros está completando 90 anos de criação, se auto intitulando a nonagenária que ama e entende de novas tecnologias.
Com investimentos que beiram R$ 10 milhões em ferramentas para facilitar o dia a dia de síndicos e moradores, a empresa celebra a idade avançada com números grandes: atua em 7 estados, fatura 120 milhões e administra patrimônios de terceiros na ordem de 94 bilhões ao ano, com um portfólio que alcança cerca de 3 mil condomínios e 9 mil imóveis. A fórmula da longevidade tem sido apostar nos relacionamentos, sejam eles físicos ou digitais, além da excelência e qualidade dos serviços.
“Estamos sempre disponíveis e buscando o tempo todo entender como ser mais acessíveis. Somos figitais. Com vários serviços e canais de atendimento e relacionamento digitais e também com unidades presencias, em lojas e escritórios. Nosso público é muito eclético e oferecer multicanais faz diferença. Temos tudo o que o cliente precisa para facilitar o dia a dia, seja numa loja, escritório ou aplicativo. Voltamos a abrir mais lojas físicas e criamos novas facilidades no site e no aplicativo. Nossa paixão é fazer o cliente viver bem, temos foco total no cliente”, relata o diretor superintendente Fernando Schneider, que divide a liderança da empresa com o primo Leonardo Schneider.
Ambos são parte da terceira geração que atua na empresa, fundada por quatro sócios alemães para prover crédito imobiliário em 1º de julho, em Porto Alegre, com o nome de Auxiliadora Predial (cujas iniciais inspiraram o nome APSA quando houve uma cisão nos anos 80). O avô Carlos Henrique Schneider era um imigrante alemão e entrou na empresa como empregado, vendendo consórcios e foi crescendo, comprando ações, implantando novos negócios como a administração de condomínios, até o dia em que na iminência da empresa fechar a filial em que ele trabalhava, foi à matriz apresentar seu plano para a continuidade da operação do Rio de Janeiro. Em 1944, houve perseguição aos alemães por conta da segunda guerra, a empresa ficou muito prejudicada e foi tomada a decisão de fechar a unidade carioca e a de mais seis cidades e ficar apenas com a de Porto Alegre.
“Mais adiante, nosso avô Carlos levou para trabalhar na empresa seus dois filhos: Ronald, meu pai e Carlo Leonardo, pai do Leonardo e do Leandro Schneider, a segunda geração, e reconstruiu o que hoje é a APSA. Somos uma empresa familiar e naturalmente passamos por dificuldades para conciliar visões diferentes. Mas não tardamos em contratar profissionais independentes, consultorias. Montamos conselhos de administração, de sócios e de família e todos nos auxiliaram muito para nos tornarmos o que somos hoje, essa mistura rica de tecnologias, inovações, serviços diferenciados e proximidade com o cliente, quando é o que ele precisa. Valorizamos muito as pessoas. Não à toa temos aqui diversos gerentes e funcionários que atuam na empresa há 10, 15 ou até mais anos. Nosso diretor executivo Washington Rodrigues, está aqui desde 1973. E nossa universidade corporativa já formou mais de 300 pessoas”, relata Fernando.
E o futuro? Como a APSA se prepara? Fernando diz que os condomínios são hoje os lugares que precisam funcionar melhor. “As pessoas estão cada vez mais dentro dos seus condomínios. Lá participam de eventos, se divertem, socializam, e agora até trabalham. Nós estamos buscando comodidades para que a vida seja cada vez mais simples. Olhamos o condomínio como o lugar onde tudo pode acontecer. Nossa missão é atuar junto a parceiros para que as coisas aconteçam, sobretudo as startups. E está dando muito certo. Toda hora temos novidades: mercadinhos, lavanderia, carros compartilhados. Ainda há espaço para outros serviços”, finaliza.