A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quarta-feira, 30, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas estão divididas em relação aos resultados em março. Para 33% dos associados da ABRAMAT o mês apresentará resultado bom e 43% apontam o período como regular.
Já para abril a expectativa é que o otimismo diminua, com 57% das empresas associadas estimando resultado regular, e 29% bom. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de fevereiro de 2022, indicando que o mês foi de resultados regulares no setor. Para 10% o segundo mês do ano trouxe resultados muito bons, para 14% bom, e para 43% regular.
O Termômetro da ABRAMAT também traz informações acerca do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em março, a utilização da capacidade industrial foi de 71%, na média das empresas associadas, 2 pontos percentuais abaixo em relação a fevereiro de 2022, e 9 pontos percentuais a menos do que em março de 2021, em linha com a diminuição da demanda, mas em patamar similar ao período pré-pandemia.
As pretensões de investimento em março de 2022 também apresentam queda significativa, com redução de 24 pontos percentuais em relação ao mês anterior, refletindo a postergação de investimentos projetados, com 62% das indústrias de materiais indicando que devem investir nos próximos 12 meses seja para aumento da capacidade produtiva, seja na modernização dos meios de produção. Em março do ano passado, este indicador era de 67%.
“As pesquisas conduzidas pela ABRAMAT continuam demonstrando um grau de otimismo, porém ainda mais cauteloso para este terceiro mês do ano. O panorama geral ainda é muito incerto e precisamos ter precaução a respeito dos diferentes impactos das muitas externalidades influenciando a economia doméstica e internacional, e a atual edição do termômetro da ABRAMAT indica isso. Entendemos que a demanda por materiais nas obras do setor imobiliário deverá se manter aquecida, pois há muitas obras em andamento que se iniciaram no ano passado e seguirão neste ano, porém temos alguma incerteza sobre a manutenção da demanda dos consumidores finais, devido à tendência de direcionamento dos gastos para outros produtos e serviços que tiveram fortes restrições na pandemia (eventos e viagens, por exemplo) e também devido à inflação geral, alta de juros e outros fatores que geram insegurança para investimentos em construção. A perspectiva, portanto, é de um otimismo moderado, com a continuidade de muito trabalho pela frente”, explica Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.