A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa terça-feira, 05, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas estão com otimismo moderado em relação aos resultados de setembro. Para 40% dos associados da ABRAMAT o mês apresentará resultado bom e 16% apontam o período como muito bom.
Para outubro, a expectativa é de equilíbrio na série histórica, com 52% das empresas associadas estimando resultado bom e 36% considerando o período regular. A pesquisa também apresenta dados consolidados de agosto de 2021, indicando que o mês foi de resultados moderados para setor, com 24% dos associados considerando o período muito bom, 32% bom e 36% regular.
O Termômetro da ABRAMAT também traz informações acerca do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em setembro, a utilização da capacidade industrial obteve ligeira queda, de 1 p.p. em relação a agosto, passando de 78% (agosto) para 77% (setembro).
Em setembro, as pretensões de investimento apresentaram ligeiro aumento, de 2 p.p. ante agosto, com 72% das indústrias de materiais indicando investimentos nos próximos 12 meses, seja para aumento da capacidade produtiva, seja para modernização dos meios de produção. Em setembro do ano passado, período de início de recuperação econômica após a primeira onda da pandemia, este indicador era de 77%.
O otimismo moderado está relacionado também à preocupação da indústria em relação a crise hídrica que o país vem enfrentando. Em setembro, 28% das empresas associadas à ABRAMAT demonstraram preocupação muito grande com a questão e 44% indicaram preocupação grande.
“Podemos notar que há um otimismo moderado e cauteloso por parte do setor, que vê o segundo semestre com sobriedade em relação ao desempenho das vendas. O que chama atenção no último termômetro da ABRAMAT é o fato de que 72% dos associados demonstram preocupação grande ou muito grande com a crise hídrica e a consequentemente a energética, que poderão elevar custos de produção devido a aumento da tarifa de energia e riscos pontuais de interrupção de fornecimento.”, revela Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.