Entre os condôminos, uma dúvida é bastante comum: “por que condomínio é tão caro?”. Para que o empreendimento possa funcionar adequadamente e, ainda, proporcionar conforto, segurança e bem-estar a todos, existem custos, que podem ser relativamente baixos ou altos, a depender da gestão do síndico e necessidades apresentadas pelos condôminos. Para explicar como esse valor é calculado, o CEO e cofundador da fintech CondoConta, banco exclusivo para condomínios, Rodrigo Della Rocca, separou algumas informações relevantes que explicam como é usado o valor pago todos os meses.
O que é a cota condominial?
A cota condominial é o valor pago mensalmente pelas unidades de um condomínio a fim de compor o caixa e cobrir as despesas comuns. Os recursos são essenciais para custear as diversas operações necessárias que mantêm o empreendimento funcionando. Isso implica em manutenções, segurança, consertos, equipe de colaboradores, contas de consumo e outros gastos – como melhorias.
Esse valor pode variar?
Para entender as variações, é importante lembrar que existem dois tipos de cotas condominiais — ordinárias e extraordinárias, com características distintas. A cota ordinária inclui os custos referentes às necessidades básicas da gestão condominial, como Consumo de água, gás, luz e esgoto nas áreas comuns; Salários, encargos e contribuições previdenciárias dos funcionários do condomínio;Manutenção e conservação das instalações e equipamentos hidráulicos, elétricos e mecânicos de uso comum;Equipamentos de prevenção contra incêndios;Manutenção das áreas comuns de lazer, como piscina ou academia;Pequenos reparos nas instalações elétricas e hidráulicas de uso coletivo;Rateio de saldo devedor durante o período da locação do imóvel; e Reposição do fundo de reserva do condomínio utilizado durante o período da locação.
Já a cota extraordinária, atribuída ao condômino, ou proprietário do imóvel, compreende os gastos incomuns, como obras e reformas que alteram a estrutura integral do imóvel; Pinturas das fachadas; Instalação de iluminação na área do condomínio; Indenizações trabalhistas e previdenciárias pela dispensa de empregados do condomínio, desde que ocorram antes do início da locação; Instalação de equipamento de segurança, contra incêndio, telefone ou de lazer; Despesas com decoração e paisagismo; e Constituição do fundo de reserva.
Como é o cálculo por proprietário?
O valor total dos custos para manter o condomínio é dividido entre o total de moradores de modo igual ou pela “fração do solo”. Por exemplo: o proprietário de um apartamento com três quartos pagará mais do que quem tem um imóvel com dois dormitórios ou menor fração Em tese, quanto maior o número de apartamentos, menor será o valor do condomínio para cada morador.
Não tenho o valor do condomínio. É possível negociar?
Imprevistos acontecem. Motivo pelo qual você já deve ter se perguntado, o que acontece se eu não conseguir pagar a cota condominial? Quando um valor não é pago por um dos proprietários, os adimplentes têm que pagar pelos inadimplentes. Isso porque o condomínio precisa manter-se funcionando, as luzes, limpeza, gestão, portaria, precisam manter-se em funcionamento. Por isso, é dever de todos arcarem com os valores. O condomínio geralmente não consegue negociar ou parcelar o valor. Mas, atualmente, existem soluções financeiras que permitem que o síndico receba os valores da cota condominial à vista, enquanto o condômino ganha mais opções de pagamento, outra empresa especializada em oferecer soluções financeiras para condomínios facilita as formas de pagamento. Essa solução está em alta. Na pandemia, a adesão à nossa solução Receita Garantida, cresceu 210%.