Preocupação com impacto das diferentes externalidades continua
A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quinta-feira, 02, a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. A pesquisa de opinião realizada com as lideranças do setor indica que as empresas associadas permanecem otimistas em relação aos resultados de agosto. Para 57% dos associados da ABRAMAT o mês apresentará resultado bom e 26% apontam o período como muito bom.
Para setembro, a expectativa é mais equilibrada, com 39% das empresas associadas estimando resultado bom e 35% considerando o período regular. A pesquisa também apresenta dados consolidados de julho de 2021, indicando que o mês foi considerado de bons resultados para setor, com 43% dos associados indicando o período como muito bom, 39% bom e 17% regular.
O Termômetro da ABRAMAT também traz informações acerca do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais de construção. Em agosto, a utilização da capacidade industrial obteve ligeira queda, de 2 p.p. em relação a julho, chegando a 78%, mantendo nível superior ao período pré-pandemia .
Em agosto, as pretensões de investimento apresentaram redução mínima, de 1 p.p., ante julho, com 70% das empresas associadas à ABRAMAT indicando investimentos nos próximos 12 meses, seja para aumento da capacidade produtiva, seja para modernização dos meios de produção. Em agosto do ano passado, período do início da recuperação do setor pós primeira onda de casos da pandemia, este indicador era de 81%.
“Os números do último termômetro da ABRAMAT indicam a manutenção do otimismo moderado no setor. Os resultados seguem positivos, no entanto o ambiente de incertezas tem motivado a cautela das lideranças dos nossos associados. A despeito do grande avanço da vacinação em todo país, o setor mostra preocupação com a variante delta da COVID-19 e com a condição macroeconômica do cenário doméstico e internacional. Destacam-se nesse âmbito o aumento na tarifa de energia, a variação do câmbio e o aumento do preço das commodities, reflexo de desequilíbrios relacionados ao reaquecimento gradual da atividade econômica internacional”, revela Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.