Ainda não sabemos como será o mundo pós-pandemia e seu reflexo nos setores que movimentam a economia do país. No que diz respeito ao mercado imobiliário, os impactos da Covid-19 revelam novas formas de morar e necessidades que estão moldando tendências. Uma que já vem se tornando aposta no setor é a construção de empreendimentos de uso misto ou mixed-use.
“Esses projetos seguem o conceito work, play, life (trabalho, lazer e vida) e estão crescendo com maior intensidade principalmente com a popularização do home office”, destaca Guilherme Pimentel, diretor comercial do Grupo EPO, que completará, neste ano, 29 anos de atuação no mercado imobiliário mineiro.
Um dos grandes projetos da construtora nesse nicho é o Navegantes, localizado na região da Lagoa dos Ingleses, entre Nova Lima e Itabirito, em Minas Gerais. O empreendimento faz parte do CSul Lagoa dos Ingleses, o maior projeto de desenvolvimento urbano sustentável da América Latina, que segue os conceitos do novo urbanismo e irá desenvolver a região com novos bairros planejados que contemplam empreendimentos residenciais, comerciais, industriais, culturais e de lazer, pautados pela sustentabilidade, trazendo fomento e diversificação econômica para toda região. Para Fabíola Carvalhido, arquiteta e urbanista da CSul, o Navegantes resume bem a proposta de desenvolvimento planejado e integrado que vem se instalando na Lagoa dos Ingleses.
“Esta é uma mudança importante que segue práticas já adotadas nas cidades inteligentes e é uma forte tendência para o futuro. Ao agregar habitação, trabalho, serviços e lazer em um mesmo projeto há um ganho em mobilidade, qualidade de vida e conforto. Se pegarmos como exemplo a região central de uma grande cidade, há grande movimentação de pessoas durante o dia, em função do comércio e serviços, mas à noite as ruas ficam desertas, o que gera insegurança. Já no novo urbanismo, com os empreendimentos de uso misto ganhando mais força, há esse ganho em segurança e comodidade, pois há vida 24h por dia”, explica Fabíola.
As pessoas já estão se encaixando em um novo normal, e mudaram sua mentalidade em relação a forma de morar e trabalhar. “A construção desse tipo de empreendimento deve ser vista como uma linha de negócios com identidade própria. Quem opta por um empreendimento deste modelo busca trabalhar e/ou morar em localizações privilegiadas com muito conforto e qualidade mas, acima de tudo, com praticidade, por isso, o empreendimento tem de ser inovador”, explica Guilherme Pimentel.
A obra do Navegantes foi dividida em duas fases. A primeira etapa, já finalizada e em funcionamento, contempla um centro comercial, com lojas como: Supermercado Super Nosso, Drogaria Araujo, Lojas Americanas, Kopenhagen, Hermes Pardini, 5àsec, Store.
Para a segunda fase, está prevista a construção de espaços corporativos e apartamentos. Guilherme pontua que o projeto é benéfico tanto para os usuários finais, quanto para os investidores. “Imagina que seu meio de transporte diário para o trabalho é a escada ou o elevador? Este é um dos privilégios para quem mora ao lado do trabalho. Afinal, ninguém quer passar tanto tempo no carro entre o trabalho e a casa”, observa.
O diretor do Grupo EPO enfatiza que quem compra uma sala comercial num projeto como esse sabe que poderá atender parte dos moradores do prédio residencial. “Para investidores e empreendedores, fica a certeza de ter um bom público inicial para se relacionar e apresentar seus produtos e serviços. Além disso, comerciantes e profissionais que possuem salas comerciais num mixed-use contam com toda infraestrutura de segurança e monitoramento para clientes e profissionais”, ressalta.
Lagoa dos Ingleses vive boom
Caracterizada anteriormente pelos loteamentos de condomínios e pouca oferta de comércio e serviços, a Lagoa dos Ingleses vem se transformando, nos últimos anos, com a chegada de empreendimentos como o Navegantes.
A região viu seu desenvolvimento ser acelerado, principalmente como reflexo da pandemia, ampliando a oferta de serviços comerciais para o público que mora e frequenta o Vetor Sul da região metropolitana de BH. Diversos novos negócios se instalaram na região no último ano, principalmente entre os meses de junho e setembro.
“Com belas paisagens naturais e infraestrutura organizada e segura, a região passou a ser vista com outros olhos e acabou sendo redescoberta pelas pessoas durante a pandemia. Acreditamos que esse crescimento na demanda imobiliária, que acelerou ainda mais o desenvolvimento da região, é um movimento que veio para ficar”, ressalta Fabíola Carvalhido da CSul.