Por Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty
Com a economia prejudicada devido à crise provocada pelo novo coronavírus, houve uma série de incentivos para tentar alavancá-la. Um dos principais está no movimento do Comitê de Política Monetária do Banco Central que fez algo histórico: baixou a taxa Selic para 2%, atingindo, novamente, seu menor patamar.
O número, que é a taxa básica de juros da nossa economia, representa significantes mudanças no mercado imobiliário. Toda vez que a Selic é reajustada para baixo o custo do crédito fica mais barato.
Para quem está pensando em comprar um imóvel a longo prazo, o valor do financiamento imobiliário tende a seguir a taxa de juros, uma vez que os bancos que oferecem esse tipo de crédito costumam reduzir os valores cobrados ao consumidor final nesse cenário. Sendo assim, as taxas exigidas por essas instituições também são as menores da história.
Isso favorece não só quem está planejando comprar uma residência como incentiva pessoas que estão buscando diversificar seu portfólio a investir nesse mercado. Principalmente porque o valor baixo da Selic também significa que o retorno dos investimentos em renda fixa (como Tesouro Direto) também serão menores.
Vale pontuar que, atualmente, a valorização dos imóveis, principalmente de alto padrão, já tem sido superior ao CDI. E a aplicação nesse mercado ainda traz muito menos riscos se comparada à instabilidade da Bolsa de Valores.
Além disso, o investimento no mercado imobiliário também se torna uma opção mais vantajosa frente à poupança, já que, com a inflação baixa e em reação a um mercado que começa a se recuperar, os rendimentos perdem valor.
Esse cenário, porém, deve ser aproveitado rapidamente. Com a retomada do número de venda de imóveis nos últimos meses e as vacinas que vêm mostrando resultados de forma veloz e promissora, a população está voltando a se sentir mais segura para consumir e fechar contratos. Isso significa que o preço das propriedades deve aumentar rapidamente.