A Newcore – aplicativo que aproxima potenciais compradores a corretores autônomos de imóveis – registrou um crescimento de 47,3% nas vendas, no segundo trimestre, período mais crítico da economia em função da pandemia de Covd19, ante os primeiros três meses do ano. No primeiro semestre, as vendas foram 27% superiores ao segundo semestre de 2019.
A captação de novos imóveis na plataforma também apresentou dados positivos, com uma elevação de 36%, no primeiro semestre ante o último do ano anterior. Mesmo em meio à retração da economia, em função da pandemia, 27,6 mil novos imóveis foram cadastrados nos seis primeiros meses de 2020, ante os 20,2 mil de julho a dezembro do ano passado. Ao todo, são mais de 55 mil imóveis à venda em sua plataforma.
O segundo semestre começou sinalizando o mesmo movimento de alta, já que, em julho, foram captados 4.262 novos imóveis e, apenas nas duas primeiras semanas de agosto, foram 1.521 entradas.
“As quedas consecutivas das taxas de juros têm impulsionado o interesse por imóveis, com financiamentos cada vez mais acessíveis. Esse cenário colocou novamente imóveis como uma boa alternativa de investimento, seja para moradia, na comparação da parcela com o aluguel, seja para auferir rendimentos com locação”, reforça Luiz Moraes, CEO da Newcore. O financiamento imobiliário cresceu 34% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Home office altera perfil de imóveis procurados
O isolamento social e a adoção do sistema de home office, durante o primeiro semestre deste ano, alterou o perfil dos imóveis procurados em São Paulo. A demanda por casas ou apartamentos de 3 dormitórios, que correspondia a 34,7% do total, na primeira quinzena de março, subiu para 38,5%, em julho. Também aumentou a parcela dos compradores que buscaram por imóveis com 4 ou mais dormitórios, de 3,8% para 5,9%, no mesmo período de comparação. No sentido inverso, a procura por imóveis com 2 dormitórios passou de 50,8% para 47,8%, e por 1 dormitório, de 10,6% para 7,8%.
“Essa mudança no perfil de demanda reflete basicamente um dos efeitos do isolamento, que foi a adoção do home office e a necessidade de mais espaço e conforto em casa. Essas mudanças devem deixar um legado daqui para frente, com a continuidade das jornadas flexíveis mesmo após o fim da pandemia”, afirma Arthur Nasser, COO e co-fundador da Newcore.
Dados do IBGE apontaram que, em maio, 19,8 milhões de pessoas estavam trabalhando em home office no Brasil. No final do primeiro semestre, com o afrouxamento das medidas de restrição, esse número foi reduzido para 12,5 milhões. No entanto, grandes corporações, como Google, Coca-Cola, CVC e Twitter, decidiram adotar o sistema de home office, se não em definitivo, pelo menos até dezembro.