O mercado imobiliário brasileiro manteve sua trajetória de crescimento nos últimos 12 meses encerrados em janeiro de 2025, com destaque para o forte desempenho dos lançamentos, que registraram alta de 23,4% nesse período, segundo o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
O avanço foi impulsionado especialmente pelo segmento Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que teve crescimento de 29,7% nos lançamentos em unidades e de 29,6% em valor. Já o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) também mostrou amplitude com incremento de 5,5% nas unidades lançadas e 20,0% no valor dos empreendimentos. No total, o valor real dos lançamentos cresceu 22,2%, refletindo o apetite dos consumidores e a resiliência diante do cenário econômico.
As vendas de imóveis novos também tiveram desempenho positivo no período, com aumento de 13,3% no valor das vendas no acumulado de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, em comparação com o período anterior. A alta nas vendas foi puxada pelo segmento MCMV, que cresceu 10,6% em volume e 7,0% em valor. Já o segmento MAP apresentou aumento expressivo de 16,6% no valor real das vendas – evidenciando a valorização dos empreendimentos.
O cenário favorável permitiu que, ao longo dos últimos anos, os lançamentos fossem feitos em patamar adequado, o que refletiu em uma redução nos estoques. Esse volume correspondeu a cerca de 11,8 meses de consumo, um patamar saudável para o setor. Entre os segmentos, a oferta final do MAP corresponde a 13,1 meses de consumo, enquanto as unidades disponíveis do MCMV, cerca de 11,7 meses de consumo.


“A consistência do crescimento nos lançamentos e no valor das vendas mostra que o setor de incorporação imobiliária segue forte e resiliente. O programa Minha Casa, Minha Vida segue sendo um pilar essencial para o acesso à moradia no Brasil, enquanto o segmento de médio e alto padrão reforça sua atratividade e valorização constante”, afirma Luiz França, presidente da ABRAINC.
Com resultados que confirmam a solidez e adaptabilidade do setor imobiliário, o estudo da ABRAINC-FIPE reforça a importância de políticas públicas que favorecem o financiamento e o investimento em habitação, fatores essenciais para que o setor siga como um dos principais motores da economia brasileira.
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