A Loft, plataforma digital que utiliza a tecnologia para simplificar a compra, reforma e venda de apartamentos, acaba de concluir a captação de cotas B do fundo imobiliário Loft I FII. A totalidade das cotas oferecidas foi arrematada pelos investidores. O montante captado nesta rodada foi de R$ 216 milhões, e a oferta foi coordenada pela Credit Suisse Hedging-Griffo.
Esta é a segunda investida da Loft no mercado de capitais. A primeira foi a oferta das cotas A deste mesmo fundo, também coordenada pela Credit Suisse Hedging-Griffo, ocorrida em fevereiro passado, quando R$ 110 milhões foram captados de investidores. Agora o fundo Loft I FII passa a somar um capital total de R$ 408 milhões, dos quais R$ 82 milhões detidos pela própria Loft. “A empresa neste momento dispõe de mais de R$ 550 milhões em seus fundos imobiliários para adquirir apartamentos”, afirma o founder e co-CEO da Loft, Mate Pencz.
Pencz diz que a estimativa da aquisição de mais 1,2 mil apartamentos com o novo aporte se dá por conta do ciclo completo de compra e venda de um apartamento da Loft, que dura aproximadamente 4 meses. “Considerando um valor médio de investimento de R$ 1,3 milhão por apartamento e o montante total do Loft I FII, de R$ 408 milhões, a capacidade de transações ultrapassa 1,2 mil apartamentos, dado que esperamos pelo menos 4 ciclos nos próximos 2 anos neste fundo”, detalha Pencz.
A Loft foi fundada em agosto de 2018. Começou operando em 3 bairros de São Paulo. Hoje já está em 16 bairros na capital paulista. Nos próximos meses a empresa começará a operar no Rio de Janeiro e em 2020 deverá começar a operar em outras três capitais brasileiras. Desde a sua fundação, já recebeu aportes de equity de aproximadamente R$ 400 milhões provenientes de investidores globais de venture capital, como o Andreessen Horowitz, Fifth Wall, Vulcan, QED e Thrive Capital, além de fundos locais como a Monashees, Valor Capital e Canary.
Em pouco mais de um ano a Loft entrou em velocidade de hyper growth. A receita com vendas de apartamentos já cresceu mais de 13 vezes (1300%) nos dez primeiros meses de 2019. Em janeiro este montante somava R$ 3,9 milhões, equivalente a um índice anualizado de R$ 47 milhões. Já a receita apurada em outubro superou R$ 50 milhões, com um índice anualizado de R$ 610 milhões.
A empresa busca atingir um VGV (valor dos imóveis colocados à venda pela empresa no mês) anualizado de mais de R$ 2 bilhões no final de 2019. “O sucesso e agilidade da emissão das cotas B do nosso fundo imobiliário demonstra a confiança do mercado no nosso negócio, e nos dá fôlego para seguirmos expandido nos próximos meses”, conclui Pencz.