Fusões e aquisições no setor imobiliário sobem 50%, diz KPMG

O setor imobiliário registrou 12 fusões e aquisições no terceiro trimestre de 2024, uma alta de 50% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 8 transações. Sobre os tipos de transações, das 12 operações mais recentes realizadas, 9 são domésticas, 2 são do tipo cross border1 (CB1), quando empresa de capital majoritário estrangeiro adquire, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil e 1 do tipo cross border2 (CB2), quando empresas brasileiras adquirem, de estrangeiros, empresa estabelecida no exterior. Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.

“O setor imobiliário demonstrou uma robustez notável no terceiro trimestre de 2024, com um aumento significativo de 50% nas fusões e aquisições em comparação ao ano anterior. A prevalência de transações domésticas, que representaram 75% do total, destaca a força e a vitalidade do mercado interno. Esse crescimento sublinha a confiança contínua dos investidores nas oportunidades oferecidas pelo Brasil, sinalizando um ambiente extremamente favorável para o desenvolvimento e a consolidação do setor imobiliário nacional.” analisa Juan Diaz, sócio de Deal Advisory e Estratégia na KPMG do Brasil.

A pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.196 operações de fusões e aquisições nos nove meses deste ano, um aumento de 5% na comparação com o mesmo intervalo de 2023, quando foram finalizadas 1.142 transações. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia da informação com 355, empresas de internet com 199 e instituições financeiras com 68 negócios concretizados. Se considerados dados trimestrais, a alta foi de 3,7%, de 405 no terceiro trimestre de 2023 para 420 no terceiro trimestre de 2024.

“O mercado de fusões e aquisições apresentou um crescimento no número de transações em relação aos nove meses anteriores. Companhias de tecnologia da informação continuaram como o principal setor em número de operações, fortemente impulsionado por fundos de capital de risco e private equity, que corresponderam a mais de 65% das transações do setor”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.