O mercado de escritórios em São Paulo vem demonstrando sinais de recuperação consistente, com uma queda significativa na taxa de vacância e um aumento na absorção de espaços corporativos, de acordo com uma recente pesquisa da Colliers, líder global em serviços imobiliários e administração de investimentos. No último trimestre, a taxa de vacância na capital paulista caiu para 21%, uma melhora de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse movimento é acompanhado por uma absorção líquida de 43 mil metros quadrados de área corporativa, refletindo a retomada da demanda por imóveis de alto padrão.
A pesquisa da Colliers também destaca o crescente interesse por imóveis monousuários, ou seja, edifícios ocupados exclusivamente por uma única empresa. Esse tipo de ocupação, que havia perdido espaço nos últimos anos devido aos custos elevados de manutenção e operação, voltou a ganhar relevância entre grandes empresas. Um dos principais atrativos dos imóveis monousuários é a possibilidade de personalização completa do espaço, permitindo que as empresas adaptem o ambiente de trabalho às suas necessidades específicas e reforcem a identidade corporativa. “Um exemplo recente desse movimento é a ocupação integral do Edifício Verbo Divino, na Chácara Santo Antônio, pela Gol Linhas Aéreas, além do Banco Master, que transferiu parte de suas operações para o Edifício Auri Plaza, consolidando sua presença na Vila Olímpia”, afirma Paula Casarini, CEO da Colliers.
Além disso, o recém-inaugurado WPP Campus São Paulo, localizado na Vila Leopoldina, será totalmente ocupado pela multinacional britânica WPP, que utilizará os 47 mil metros quadrados do empreendimento para concentrar suas operações de publicidade e relações públicas. Esse retorno ao modelo monousuário reforça a importância estratégica de oferecer às empresas um controle total sobre seus espaços, permitindo maior eficiência operacional e a criação de um ambiente de trabalho que reflita os valores e a cultura da organização.
Com o cenário econômico em fase de estabilização e a demanda crescente por espaços que ofereçam flexibilidade e uma identidade única, o mercado de imóveis monousuários em São Paulo tem se mostrado uma opção cada vez mais atrativa para grandes empresas. “A Colliers prevê que esse tipo de ocupação continue a crescer, especialmente em regiões consolidadas como Faria Lima e Vila Olímpia, que oferecem uma infraestrutura robusta e excelente acesso a serviços e transporte público. Os novos lançamentos, como os edifícios Brigadeiro Corporate e JHA Corporate Boutique, são indicativos dessa demanda crescente por imóveis exclusivos, que atendem às necessidades das grandes corporações que buscam espaços personalizados e eficientes”, complementa o especialista.
Esses dados demonstram que o mercado de escritórios em São Paulo está não apenas em recuperação, mas também em transformação, com um foco maior em imóveis que permitem personalização e exclusividade, o que contribui diretamente para a valorização das marcas que ocupam esses espaços.
- Alphaville alcança EBITDA de R$ 62 milhões no 3T24 e R$ 112 milhões no acumulado do ano
- CMI/Secovi-MG reúne empresários e especialistas do mercado imobiliário em Belo Horizonte no dia 26 de novembro
- Mercado imobiliário de alta renda: o que esperar dos próximos anos?
- 5 razões para investir em imóveis compactos de alto padrão
- Indicador ABRAINC-Deloitte: Mercado imobiliário segue aquecido para o segmento econômico Minha Casa, Minha Vida e estável no segmento de Médio e Alto Padrão