Por André Zukerman
Após passar os últimos anos sofrendo com a instabilidade econômica no país, o setor imobiliário voltou a dar sinais de crescimento nos últimos anos. Diversos fatores explica essa retomada na negociação de imóveis, mas um dos principais é o baixo índice da Taxa Selic, a taxa básica de juros no Brasil. Este indicador influencia diretamente o financiamento imobiliário oferecido por bancos e instituições financeiras, fazendo com que a compra de imóveis volte a ser uma opção de investimento interessante no país – e transformando o leilão em uma opção interessante para quem deseja encontrar ótimas oportunidades.
A expressão Selic é uma sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia e é utilizada pelo Banco Central para registrar todas as operações que envolvem títulos do Tesouro Nacional. Sua taxa é decidida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do órgão nacional e serve como referência para todos os juros praticados no país – o que faz ser um dos pilares da economia brasileira. Atualmente, o indicador está em 5,5% ao ano, o menor patamar da história, e com forte tendência de queda nos próximos meses.
Justamente por ser a taxa básica de juros do país, essa queda histórica traz impactos importantes em diferentes setores da economia nacional – e afeta mais o mercado imobiliário. Como lembrou o economista Ricardo Amorim em sua palestra na última edição do Conecta Imobi, esta área é muito sensível a qualquer variação econômica. Ou seja, quando o desempenho econômico do país é ruim, o setor é o primeiro a ser afetado e, consequentemente, vê os investimentos serem congelados. Em contrapartida, qualquer melhoria faz com que seja o primeiro a se aquecer.
Quando a taxa Selic chega ao menor patamar da história, com uma queda de mais de seis pontos percentuais nos últimos cinco anos, os juros praticados pelos bancos nos financiamentos também caem, facilitando o acesso ao crédito por parte das pessoas. Com o aumento na procura por imóveis, é preciso encontrar formas para encontrar as melhores oportunidades e conseguir fazer um bom negócio. Dessa forma, é essencial apostar nos leilões, uma modalidade segura, eficiente e prática graças ao avanço da tecnologia. É possível se cadastrar, se habilitar, dar lances e comprar com poucos cliques na plataforma da empresa leiloeira e sem sair de sua própria casa.
Para adquirir o imóvel que deseja neste cenário de aquecimento do mercado, o usuário precisa seguir algumas dicas importantes. A principal delas é ler com atenção o edital completo disponibilizado pela leiloeira. O documento traz todas as informações referentes à negociação, como características do imóvel e as condições de pagamento – há lotes que aceitam financiamentos de instituições financeiras e facilitam ainda mais a aquisição. Além disso, o ideal é ter um planejamento capaz de dar conta de todos os procedimentos exigidos, como pagamento da comissão do leiloeiro, os impostos e a transferência da documentação.
A recessão econômica no Brasil a partir de 2014 desacelerou o setor imobiliário, afastando pessoas que desejavam comprar casas e apartamentos. Foi um período muito difícil que acompanhou a retração dos investimentos em todo o país. Agora, a situação é diferente. O cenário para quem deseja investir em imóveis voltou a ser positivo, com acesso a crédito e preços vantajosos em todas as regiões. Com o auxílio dos leilões, é possível encontrar as melhores propriedades e, principalmente, fazer o negócio dos seus sonhos.
*André Zukerman é diretor da Zukerman Leilões, empresa referência em leilões imobiliários