De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (23), a cidade de São Paulo registrou um acréscimo de mais de 400 mil apartamentos entre 2010 e 2022. Em 2010, a capital contava com 1.009.636 unidades habitacionais, enquanto em 2022 esse número subiu para 1.435.984. Isso representa um aumento de 426.348 novas unidades de apartamentos ocupadas em comparação com 2010.
Além disso, de acordo com os resultados do Censo , mais brasileiros estão optando por viver em apartamentos, embora as casas ainda sejam a forma de moradia predominante no país. A proporção de residentes em prédios aumentou de 8,5% em 2010 para 12,5% em 2022, enquanto em 2000 era de 7,6%. Apesar disso, a grande maioria da população continua vivendo em casas, representando 87,2% dos brasileiros, segundo o Censo. No entanto, a vida em apartamento é mais comum em algumas cidades, com apenas 49 municípios tendo 25% ou mais de sua população residindo em prédios.
De acordo com dados da plataforma Meu Imóvel, especializada na venda de propriedades em São Paulo e que utiliza inteligência artificial (IA) para gerar leads inteligentes, há uma tendência crescente entre os compradores de que estão em busca de comodidades e serviços específicos. Cerca de 41% dos respondentes têm interesse em ter acesso a uma academia dentro do prédio. Da mesma forma, 37% buscam um imóvel com uma piscina, enquanto 27% querem uma quadra no condomínio, o que reflete o crescente interesse por espaços de lazer e atividades recreativas dentro do ambiente residencial. Em contraponto, apenas 12% procuram imóveis que possuam sauna.
Essa evolução constante, se enquadra nas transformações dos padrões de vida e nas preferências da sociedade, destaca José Eduardo Machado, CFO do Meu Imóvel. “Compreender as dinâmicas por trás das decisões de compra de imóveis torna-se crucial em um contexto onde as necessidades e aspirações das pessoas estão em contínua transformação. Os dados do aplicativo revelam não apenas uma mudança nas preferências dos compradores de imóveis, mas também oferecem insights valiosos para os agentes do mercado imobiliário, destacando a importância de adaptar-se às demandas emergentes e às expectativas do consumidor moderno”, diz.
A pesquisa também mostra que 62% dos usuários cadastrados têm interesse em apartamentos com 2 ou 3 quartos, enquanto 35% optam por unidades de 1 quarto ou studios, e o restante prefere imóveis com 4 quartos ou mais. No que diz respeito à metragem, 25% dos cadastros buscam imóveis com menos de 35m², 45% para unidades entre 35-60m², 17,5% para imóveis de 60-90m², 8,5% para aqueles entre 90-150m² e 4% para unidades com mais de 150m².