Outlet imobiliário mira o varejo e projeta alcançar R$ 500 milhões em vendas nos próximos 12 meses

‘Proposta Rápida’ é a nova solução da Resale que conecta os vendedores destas propriedades a investidores imobiliários dispostos a negociar. Inicialmente o projeto piloto tem atuação nos estados de São Paulo, Goiás e no Distrito Federal 

Marcelo Prata, CEO e cofundador da Resale

A Resale, maior outlet imobiliário do Brasil especializado em vendas de propriedades de leilão, acaba de lançar a ‘Proposta Rápida’, projeto piloto que tem como objetivo otimizar a venda de imóveis com algum tipo de pendência, seja financeira, de documentos ou estruturais. Com cerca de 200 imóveis na plataforma, nesta primeira etapa serão negociados ativos localizados nos estados de São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. O inventário é composto por 47% de casas, 26% de apartamentos, 13% de terrenos e 14% de outros imóveis como salas comerciais, sítios e etc. 

Com todo o processo de venda 100% digital, a ferramenta ajuda pessoas que querem desmobilizar seus imóveis e quitar seus débitos, conectando-as a investidores dispostos a negociar. “Atuamos, como core business, na venda de propriedades de instituições financeiras e grandes empresas, mas vimos o surgimento de outra demanda, a de vendedores com um único imóvel ou uma carteira pequena que gostariam de usar nossa plataforma. Então resolvemos envelopar esta nova solução”, afirma Marcelo Prata, CEO e cofundador da Resale.

De acordo com ele, entre as principais vantagens para quem vende é que o serviço é 100% gratuito, rápido e descomplicado. E para o investidor, ele tem acesso a um estoque diversificado em um único lugar. “Somos a única plataforma digital capaz de agilizar negociações imobiliárias antes não atendidas pelo mercado tradicional. Essa ruptura trará novas possibilidades para os dois públicos em questão”, comenta o CEO. O processo é outro diferencial, no site o interessado insere as informações da sua propriedade, o investidor avalia e indica quanto quer pagar. Após o recebimento da proposta, ele tem 24 horas para aceitá-la ou recusar e assim seguir a negociação.   

Segundo Marcelo, com o incremento da ferramenta a perspectiva é atingir, nos próximos 12 meses, a marca de R$ 500 milhões em Gross Merchandise Volume (GMV), Volume Bruto de Mercadorias em português. Já a abertura para novas praças deve acontecer até o final de setembro, quando a plataforma estará disponível para venda de imóveis em todo o Brasil. “Oferecemos um ambiente seguro para transações comerciais com nossos 5 mil investidores qualificados, já cadastrados na plataforma, que têm experiência em realizar propostas comerciais para gerar negócios com velocidade. Vamos democratizar a venda para transformar patrimônio em dinheiro na mão”, finaliza o CEO.

Construtora do Paraná lança crowdfunding de R$ 2,5 milhões para acelerar atuação

A Romar Construtora e Incorporadora SA, empresa paranaense que atua no ramo de construção civil há mais de uma década, anuncia a abertura de oferta pública via crowdfunding para a captação de R$2,5 milhões. Os recursos levantados serão destinados para a conclusão das obras do projeto de alto padrão East Beach, localizado na Praia de Leste, no Pontal do Paraná.
 

A oportunidade é disponibilizada por meio da plataforma de investimento coletivo da fintech NanoCapital, que conecta investidores de alta renda que desejam diversificar o portfólio, sejam pessoas físicas ou jurídicas, à oportunidades de aportes coletivos em negócios com grande potencial de expansão e retorno. Os investidores interessados em integrar o crowdfunding da Romar podem adquirir a Cédula de Crédito Bancário (CCB) a partir de R$2 mil, com garantia real de imóveis no total de R$3,9 milhões.
 

Segundo o diretor-presidente da Romar, Marcelo Mangialardo, a empresa visa facilitar o acesso àqueles que buscam residências litorâneas no Paraná e possui um sólido histórico no setor. Com uma solução proprietária de financiamento imobiliário, a incorporadora registra, até o momento, a entrega de mais de 180 imóveis de variados padrões na região.
 

“Atualmente, estamos tocando o nosso maior empreendimento, o East Beach, um condomínio misto, residencial e comercial, com 204 unidades. Entrar no mercado de capitais, além de nos dar a segurança de que todo recurso necessário para conclusão do empreendimento está garantido, nos permitirá estruturar novos projetos em 2025. Utilizaremos essa estrutura de capital mista, própria e do mercado financeiro, para reestruturar nosso fluxo de caixa e crescer”, afirma Mangialardo.
 

Essa é a terceira captação da Romar na plataforma da NanoCapital, após dois crowdfundings bem-sucedidos, que culminaram com a finalização do Work Beach. Na ocasião, a empresa atingiu 102% do valor solicitado, com a captação de R$701 mil com os investidores da base da fintech. Além disso, o negócio teve evolução de 158% nos recebíveis, aumento de 47% do faturamento e mudou da categoria Ltda para SA, melhorando a gestão.
 

De acordo com a sócia-fundadora e Chief Executive Officer (CEO) da NanoCapital, Simone Carvalho, esse histórico positivo motivou a empresa a facilitar uma nova captação para a construtora. “Quando há um bom histórico e um bom relacionamento entre as partes, as chances para uma captação bem-sucedida são bem maiores. Além disso, as negociações via NanoCapital são sempre transparentes e colaborativas, permitindo alcançar acordos que beneficiem tanto o negócio em busca de recursos quanto o investidor. Junto com o capital financeiro, também estamos promovendo um ambiente propício para troca de conhecimentos, networking e oportunidades de crescimento conjunto, então estamos empolgados para mais essa jornada com a Romar”, diz.
 

Fundada em 2021, a NanoCapital prioriza a criação de crowdfundings para negócios dos setores de real estate, infraestrutura, cleantechs, varejo e agronegócio, e que possuam geração de caixa recorrente, bom histórico dos fundadores e garantia reais ou fidejussórias para a operação. Até o momento, a captação mínima realizada na plataforma foi de R$700 mil, enquanto a maior captação está registrada em R$4 milhões.

Caio Calfat Real Estate Consulting e SeniorLab anunciam parceria em projeto de capacitação do mercado

Martin Henkel e Caio Calfat

Incentivar, capacitar e contribuir para a consolidação de um mercado que exige profissionalismo e especialização desde o estudo de viabilidade, passando pelo projeto, incorporação, venda, operação hoteleira e atendimento assistencial.

Esse é o objetivo do “Senior Living Meeting”, encontro autoral que resulta da aliança entre as empresas Caio Calfat Real Estade Consulting e SeniorLab.

A primeira edição do evento está confirmada como parte da programação do 6º Fórum São Paulo da Longevidade, que ocorre no Longevidade Expo+Forum, de 29/9 a 1/10, no Pavilhão de Exposições do Distrito Anhembi, em São Paulo.

O debate proposto no Senior Living Meeting, que contará com agenda de palestras no dia 30 de setembro, entre 13h e 16h, além de um painel das 16h às 17h, é uma resposta direta “à demanda de um Brasil com cada vez mais pessoas idosas procurando novas formas de morar com segurança, conforto, independência, socialização e acompanhamento especializado para manutenção do vigor físico para suas atividades funcionais”, diz Caio Calfat.

De forma prática, o encontro abordará aspectos comportamentais e econômicos, uma vez que o segmento inicia sua consolidação com projetos, empreendimentos e operações de grande porte que unem hotelaria de alto padrão, promoção ao estilo de vida independente, diversão e bem-estar. “Tendo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) monitorando e trazendo transparência e segurança para este modelo de negócio, o conceito une investimento imobiliário e participação nos resultados da operação de hotelaria e assistência, o que é estratégico e importante para todos”, diz Calfat.

Na primeira edição, durante quatro horas, especialistas, investidores, empreendedores e operadores de todo o Brasil abordarão temas como arquitetura, incorporação e investimento, operação hoteleira e assistencial, panorama atual e cenário de futuro. “Grandes players já atuam em diversas regiões do País e estava na hora de criar um ambiente de discussões, de trocas de experiências e de informação aos investidores que ainda estão aprendendo a avaliar oportunidades entre os vários formatos de investimentos clássicos oferecidos pelo mercado”, reforça Martin Henkel.

O “Senior Living Meeting” integra a programação do 6º Fórum São Paulo da Longevidade, que ocorre no Longevidade Expo+Forum, de 29/9 a 1/10, no Pavilhão de Exposições do Distrito Anhembi, em São Paulo. Mais informações e credenciamento pelo site.

Bertha Capital aporta R$ 800 mil na Communy, startup de Manaus especializada em gestão de condomínios

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Esta é a segunda rodada de investimentos da Communy, que, atualmente, atende mais de 180 condomínios, impactando diretamente mais de 200 mil pessoas todo mês. Em 2023, as receitas da empresa alcançaram R$ 1,3 milhão, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. “Estamos no processo de expansão para as capitais do Norte e do Nordeste, em especial as cidades de Belém, João Pessoa e Recife. Estamos construindo parcerias comerciais para alcançar esse objetivo de expansão”, aponta Pedro Cavalcante, cofounder e CEO da Communy. “Atualmente, nossos principais objetivos são expandir a base de clientes, desenvolver mais funcionalidades e realizar e participar de eventos focados no mercado condominial. O aporte da Bertha Capital vai nos ajudar a trabalhar nessas metas.” No ano passado, a Communy organizou o maior evento condominial da região Norte, o Communy Innovation.

Comunicação, otimização e transparência

Além de Pedro Cavalcante, os fundadores da Communy são Hudson Mitoso (CTO), Lucas Simão (COO) e Felipe Cumaru (Design). A ideia para a criação da startup surgiu justamente a partir de uma dor identificada pelo CTO Hudson Mitoso: morando em um condomínio que não contava com processos digitais, Hudson passou a pesquisar e identificou que aquela situação se repetia em muitos outros condomínios – o mercado era amplo e promissor.

Segundo o CEO Pedro Cavalcante, vem dessa dor inicial o compromisso da Communy com a otimização de todos os aspectos da administração de um condomínio. “Nossa solução não é apenas tecnológica, é uma transformação completa na maneira como os condomínios são administrados”, ele afirma. “Com as soluções que oferecemos, o tempo e o custo de espera são drasticamente reduzidos. Nossa tecnologia permite que os moradores acessem com facilidade a portaria, agilizando o processo de entrada e saída, tanto para pedestres, quanto para veículos. Além disso, nosso software oferece o controle de correspondência, sem interfones ou confusão na hora da entrega, com o registro de todos os passos, o que evita qualquer divergência.”

“Também acreditamos na importância da transparência para uma comunidade saudável: com a Communy, os moradores têm acesso a informações atualizadas sobre eventos, manutenções e decisões do condomínio, o que promove um ambiente de confiança e cooperação”, Pedro prossegue. “Nossa abordagem de comunicação é baseada em três pilares: Gestão, Morador e Portaria. Isso garante uma comunicação clara, contínua e alinhada entre todas as partes envolvidas, reduzindo ruídos e garantindo que todos estejam sempre informados.” A plataforma da Communy também coleta dados e os transforma em insights estratégicos, que podem orientar a administração do condomínio para um funcionamento mais eficaz.

“Estamos entusiasmados com o investimento realizado na Communy, uma startup que tem se destacado na região de Manaus. Temos confiança na capacidade da empresa de levar digitalização e expandir a oferta de novos produtos aos condôminos, ao mesmo tempo em que ativa o ecossistema local e promove a empregabilidade qualificada na região”, comenta Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital. “A Communy já alcançou um patamar de faturamento recorrente estabilizado e crescente, o que nos faz acreditar que ela está posicionada para liderar a transformação digital no setor de gestão de condomínios.”

JB Andrade Imóveis: mais de R$ 171 milhões de VGV

Os empreendimentos ficam no Jardim Oceânico e no Recreio dos Bandeirantes

Com mais de R$ 171 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV) entre lançamentos e em construção no Jardim Oceânico (Barra da Tijuca) e no Recreio dos Bandeirantes, a JB Andrade Imóveis prepara agora mais um empreendimento no Jardim Oceânico. O novo condomínio tem 14 unidades entre apartamentos de dois e três quartos de 90 a 138 metros quadrados (m²) e coberturas de 180 a 202 m², algumas unidades com vista para o mar e outras com vista para a Pedra da Gávea, além de box no subsolo. O novo residencial terá ainda piscina e sauna, além da segurança. O VGV é de R$ 26 milhões.

Entre os empreendimentos comercializados no primeiro semestre deste ano, dois nem chegaram a ser lançados oficialmente e foram quase 100% vendidos. “O sucesso do Ventura e do Makai mostram que a demanda por imóveis nestas duas regiões está aquecida, em especial no Jardim Oceânico, bairro onde temos mais de 100 prédios construídos”, afirma Thiago Andrade, diretor da empresa. Ele lembra que o Ventura (Jardim Oceânico) será construído no terreno onde funcionou o Typo Hotel, na Avenida Lúcio Costa, 880. O empreendimento tem apenas oito unidades, sendo seis apartamentos e duas coberturas dúplex, de 110 a 358 m², todos com vista para o mar. As obras já iniciaram e o VGV é de R$ 26 milhões. Já o Makai, no Recreio, tem apenas cinco unidades de 98,6 a 235 m², todas com vista mar e box. O VGV é de R$ 9 milhões. As obras começarão em outubro.

Seis residenciais em construção

Ao mesmo tempo em que lança os seus projetos, a empresa está com seis obras em andamento, sendo cinco no Jardim Oceânico e uma no Recreio, somando 58 unidades e VGV de R$ 110,5 milhões. Já com relação aos residenciais entregues este ano, são três, todos 100% vendidos no Jardim Oceânico, totalizando 32 unidades e VGV de R$ 63 milhões.

Obra por administração

Todos os empreendimentos da JB Andrade Imóveis são construídos pelo modelo de obra por administração, que reduz o custo para o comprador ou o investidor em até 30% e quando o imóvel é entregue não há saldo devedor, diferentemente do tradicional modelo por incorporação em que há a figura do agente bancário. “É um sistema que foi muito utilizado por investidores. Agora, muitas famílias estão comprando para morar pela flexibilidade de pagamento e, principalmente, pela possibilidade de personalizar o imóvel. Das mais 1 mil unidades que já entregamos, mais de 600 foram personalizadas”, conta Thiago Andrade.

Construtora oferece mais de  100 oportunidades de trabalho para empreiteiros em São Paulo

A Emccamp Residencial, que possui 47 anos de atuação no mercado da construção civil,  está com oportunidades de trabalho para empreiteiros na capital paulista. As mais de 100 vagas disponíveis são para diversas áreas como  check list, pintura interna, pintura externa, acabamento cerâmico, empreiteiro de estrutura e telhado metálico.

Para se candidatar para as obras situadas na Mooca e Tatuapé, em São Paulo, os empreiteiros devem entrar em contato pelo WhatsApp (11) 93757-7342 e falar com Juan. As oportunidades são para início imediato.

Sienge anuncia reposicionamento e transformações em seus negócios da indústria da construção

O Grupo Softplan anuncia mudanças em sua vertical da Indústria da Construção, que atende cerca de 9 mil clientes. Nessa nova fase, o Sienge – que até então era conhecido como a plataforma de gestão com a maior cobertura do país – será a marca que passa a representar todo o portfólio de soluções da empresa para o setor, seguindo a proposta de trazer algo pioneiro ao mercado por meio da integração da cadeia produtiva do pré-obra ao pós-venda.
 

Com o reposicionamento, a empresa deixa de usar a marca Sienge como representação de seu software especialista em gestão para posicioná-la como Ecossistema de Tecnologia e Negócios da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário. Para chegar nessa decisão, foi realizada uma pesquisa de mercado com mais de 120 executivos da indústria da construção e do mercado imobiliário, engenheiros, arquitetos, profissionais de suprimentos, fornecedores e indústrias fabricantes de materiais de construção, instituições financeiras, formadores de opinião do mercado da construção e clientes.
 

Esta mudança dialoga com a tendência de levar ao mercado soluções que vão além da tecnologia, uma proposta de entregar aos clientes serviços e complementos que extrapolam o software em si, incluindo também soluções de gerenciamento de orçamento e cadeia de suprimentos, produtos voltados para análise de mercado, conteúdos e comunidade.
 

“O movimento de tornar a marca Sienge o Ecossistema da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário é a oficialização de como o mercado e nossos clientes já compreendem a atuação integrada do nosso portfólio. O Sienge Plataforma, referência consolidada no setor, é a solução que permite que nossos demais produtos especialistas estejam integrados entre si, além de oferecer conexão com outros softwares do mercado. Essa proposta faz com que os players da construção e da incorporação tenham ainda mais protagonismo para impulsionar seus resultados, personalizando seu escopo de tecnologia de acordo com as especificidades de sua empresa”, comenta Guilherme Quandt, Diretor de Estratégia e Mercado da Softplan para a Indústria da Construção.
 

Mais novidades sobre reposicionamento de marca e de negócios serão divulgadas durante o Construsummit 2024, evento de gestão e tecnologia voltado para a Indústria da Construção, organizado pelo Sienge, que acontece nos dias 4 e 5 de setembro, no Centrosul, em Florianópolis (SC).

Os indicadores de venda e procura por imóveis crescem no 2º trimestre e elevam confiança dos executivos do setor para o lançamento de empreendimentos

Os indicadores de venda e a procura de imóveis residenciais pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentaram crescimento no 2º trimestre de 2024 frente aos três meses anteriores. A conclusão é do levantamento Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial da ABRAINC – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – em parceria com a Deloitte – organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo. Segundo os dados, o cenário de vendas esteve mais aquecido no período, com alta de 7,2% no geral – destaque para o ritmo acelerado do segmento MCMV, que teve aumento de 10,4%. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) teve boa recuperação, com alta de 8,4%. A procura por imóveis também seguiu forte para o MCMV (10%) e o de MAP registrou um aumento de 3,3%.


Para os próximos três a 12 meses, é esperado que o segmento MCMV permaneça em expansão. Segundo executivos do setor, 97% das construtoras e incorporadoras consultadas estão planejando lançamentos de novos empreendimentos e 94% buscando adquirir terrenos neste período visando futuros projetos.


De acordo com Luiz França, presidente da ABRAINC, essa conjuntura favorável é resultado de diversos fatores que estão dinamizando o mercado imobiliário. “A demanda crescente por habitação está criando oportunidades significativas para novos lançamentos. A confiança dos executivos do setor é um indicativo claro de que estamos preparados para atender a essa procura com investimentos e projetos inovadores que atendem às necessidades do mercado”, comenta o executivo.


Preços e procura em alta


A trajetória do indicador de preços de imóveis residenciais seguiu em alta no segundo trimestre de 2024, com aumento geral de 4,7% – a tendência é de que o cenário se repita nos próximos meses. Esse aumento no indicador é impulsionado, em parte, pelos custos de construção e pela valorização do metro quadrado nos principais centros – para referência, o índice IGMI, da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), foi de 11,2% em maio de 2024, no acumulado de 12 meses.


Em geral, o indicador de procura segue em trajetória ascendente nos últimos trimestres, impulsionado, principalmente, pelo segmento MCMV, que vem registrando os maiores níveis da série histórica, período após período: 10,6% no 4º trimestre de 2023, 12,1% no 1º trimestre de 2024, e 10% no 2º trimestre de 2024. O segmento MAP, por sua vez, apresenta recuperação na demanda em comparação com os trimestres anteriores, que registraram, respectivamente, leve queda (-1,1% no 4º trimestre de 2023) e manutenção (0% no 1º trimestre de 2024). O resultado foi de 3,3% no 2º trimestre de 2024. Um dos motivos é a trajetória de queda da taxa Selic. A melhora dá sinais positivos ao futuro.


“Apesar dos desafios enfrentados nos trimestres anteriores, o segmento de Médio e Alto Padrão está demonstrando sinais de recuperação. Essa retomada, ainda que gradual, indica um movimento positivo no mercado. Este cenário nos mostra que, embora ainda haja um caminho a percorrer para alcançar os níveis desejados, caminha-se na direção certa, com perspectivas promissoras para os próximos meses”, afirma Claudia Baggio, líder de Real Estate e Avaliação Patrimonial da Deloitte.


O melhor desempenho do mercado de imóveis de Médio e Alto Padrão no 2º tri/24 resultou em otimismo – 88% dos executivos pretendem lançar um imóvel nos próximos 12 meses, alta de 9 pontos porcentuais, e 76% pretendem adquirir novos terrenos. Esse cenário positivo contribuiu para recuperação geral da expectativa de lançamentos. Além disso, houve redução dos estoques nos últimos 12 meses, o que estimula os empresários a realizar novos lançamentos.


“A confiança do mercado é evidente, com 97% dos incorporadores planejando lançamentos nos próximos meses. Esse otimismo fortalece a recuperação da demanda e a expectativa de um crescimento contínuo. Embora o nível de redução da taxa Selic tenha sido menor do que o esperado há cerca de 1 ano atrás, o segmento de médio e alto padrão começa a apresentar recuperação gradual na procura, dando sinais positivos para o futuro. Estamos diante de um momento propício para investimentos e inovações, que certamente contribuirão para consolidar ainda mais a posição de crescimento do setor”, conclui Rafael Camargo, diretor da prática de Real Estate da Deloitte.

Metodologia

O levantamento, que mapeia as percepções dos setores de construção civil e imobiliário sobre o mercado de imóveis residenciais no país, foi realizado entre os dias 2 e 16 de julho de 2024. Ao todo, 50 empresas do setor foram entrevistadas. Entre os segmentos de atuação das organizações se dividem em: Minha Casa Minha Vida – MCMV (34%); Médio e Alto Padrão – MAP (28%); e ambos – MCMV e MAP (38%).

Vitacon lança projeto imobiliário em polo hospitalar na região da avenida Paulista

A Vitacon, incorporadora com mais de 100 empreendimentos desenvolvidos nos endereços mais valorizados de São Paulo, anunciou o lançamento de mais um projeto inovador: Vitacon Maestro Cardim, localizado no Paraíso. O empreendimento está a uma quadra da avenida Paulista e próximo a hospitais de referência, como Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz.

Situado em região estratégica da cidade, com fácil acesso a estações de transporte público e algumas das principais vias da cidade, o projeto conta com studios e apartamentos de um dormitório, totalizando cerca de R$ 330 milhões em Valor Geral de Venda (VGV). O empreendimento possui 601 unidades e duas lojas, distribuídas num terreno de 1,6 mil metros quadrados, com potencial de alta rentabilidade para o investidor.

O Paraíso é um dos bairros com maior valorização de São Paulo. Segundo o índice Fipe-Zap, nos últimos 12 meses o preço do metro quadrado teve alta de 7,5%, ficando atrás somente de Bela Vista (8,6%) e Pinheiros (8,1%). Já o preço médio da locação residencial teve expansão ainda maior e atingiu 17% entre junho de 2023 a junho deste ano.

“A região é hub de saúde muito potente, com hospitais grandes e de referência, como a Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz, além da proximidade com a avenida Paulista. Tudo isso gera demanda elevada por locação e potencial para o investidor, tornando o Vitacon Maestro Cardim um dos principais carros-chefes da Vitacon neste ano”, afirma o CEO da Vitacon, Ariel Frankel.

Outro fator que torna o empreendimento ainda mais rentável é a grande variedade de áreas comuns de serviços e lazer, incluindo lobby concierge, delivery room, working pro, mini market grab & go, bike sharing, laundry share, fitness space by life fitness, cokitchen lounge, game space e até podcast studio. “O projeto conta com quase 30 pavimentos, áreas de lazer em diferentes pisos e rooftop, proporcionando conexão genuína entre os moradores”, destaca o executivo.

Banco de terrenos garante lançamentos futuros

Este é o terceiro projeto lançado pela incorporadora em 2024. Até o final do ano, a companhia estima colocar outros sete empreendimentos no mercado, totalizando cerca de R$ 1,6 bilhão em VGV. A Vitacon já entregou cinco prédios residenciais no primeiro semestre e planeja finalizar outros quatro projetos até dezembro. A meta da companhia é atingir R$ 2 bilhões em vendas, incluindo estoque e lançamentos.

Para assegurar o pipeline de novos lançamentos para os próximos três anos, a empresa antecipou sua estratégia de crescimento operacional, formando um banco de terrenos robusto. Ao todo, o landbank atual da companhia totaliza aproximadamente R$ 6,5 bilhões em Valor Geral de Venda.

“O ritmo de vendas deve ser intensificado no segundo semestre, com os lançamentos previstos. E já nos antecipamos para criar um banco de terrenos capaz de suportar o lançamento de novos projetos imobiliários até 2026, em eixos estratégicos de São Paulo”, acrescenta Ariel. 

Vantagens de investir em imóveis residenciais no Brasil

Por Roberto Sergio, CFO da Vila 11

Todo investimento pode e deve ser analisado por duas perspectivas: risco e retorno. No caso dos investimentos imobiliários, estamos expostos a diversas naturezas de riscos, dependendo da classe de ativos. Uma dessas classes, ainda pouco explorada institucionalmente no Brasil, é o investimento em imóveis residenciais, também conhecidos como multifamily.

Nos Estados Unidos, o investimento em multifamily é amplamente consolidado, com cerca de 14,5 milhões de unidades (em comparação com aproximadamente 11 mil no Brasil). Esse tipo de investimento envolve imóveis residenciais para múltiplas famílias (multi-familia, em tradução literal), diferindo completamente da locação de curta temporada, mais associada à hotelaria.

Vários fatores contribuem para a magnitude desse mercado nos EUA. Do ponto de vista do locatário, entram em jogo hábitos de consumo, comodidades, entre outros. Para o investidor, um risco relativamente baixo e um retorno atrativo a longo prazo são atrativos. Nas palavras de Sam Zell: “Investir em imóveis multifamiliares oferece uma combinação de segurança e retorno que poucos outros investimentos podem igualar.”

O investimento em ativos residenciais é considerado de baixo risco devido à demanda resiliente e à baixa chance de desvalorização do ativo. Afinal, os habitantes de uma cidade sempre precisarão de moradia – uma premissa que não se aplica a ativos como lajes corporativas, suscetíveis a mudanças culturais como o home office, ou ativos de varejo, que sofrem com flutuações econômicas e menor renda disponível para consumidores.

Investimentos em ativos residenciais urbanos performam bem tanto em momentos de prosperidade econômica (com inquilinos buscando imóveis de melhor qualidade) quanto em tempos de crise (com menos disponibilidade financeira, famílias optam por alugar em vez de comprar). Esses ativos são considerados “antifrágeis”, protegendo o investidor de crises.

Em termos de retorno, investimentos residenciais oferecem duas principais vertentes: (i) valorização dos ativos e (ii) Lucro Operacional (NOI) gerado pelas operações. A valorização dos ativos depende de fatores como localização e qualidade do imóvel, exigindo um profundo conhecimento do mercado e um grau de risco considerável, já que muitas variáveis podem impactar o valor de um ativo a longo prazo.

Quanto ao NOI, ele resulta da receita de aluguel menos as despesas operacionais. Ter uma operação eficiente é crucial – desde a seleção de inquilinos que valorizem os ativos até a manutenção de uma experiência de qualidade, sem incorrer em despesas desnecessárias. Esse equilíbrio não é óbvio e demanda tempo para maturação, sendo um grande desafio em mercados emergentes como o brasileiro.

Em resumo, investir em multifamily pode oferecer um risco relativamente baixo de perda de renda, desde que se tenha uma operação sólida, e um risco moderado de perda de capital, especialmente em regiões promissoras. O maior risco é a falta de conhecimento do mercado, ressaltando a importância de uma boa compreensão do setor e das operações.

Na minha visão, essa classe de investimentos tem grande potencial de crescimento no Brasil, tanto do ponto de vista dos inquilinos quanto dos investidores. Devemos ver o mercado se maturando ao longo dos próximos anos.