Financiou imóveis ou outros bens em 2022? Veja como declarar no imposto de renda

Os financiamentos imobiliários com caderneta de poupança e FGTS somaram R$ 240,8 bilhões em 2022 e tiveram o segundo melhor resultado da série histórica, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Quem decidiu investir em imóveis no ano passado e contribuiu para essa soma agora precisa declarar a aquisição do imóvel à Receita Federal por meio da declaração de imposto de renda – o que também vale para qualquer outro bem financiado, como veículos.

“O interesse da Receita Federal não está no valor do imóvel, até porque comprar não gera imposto, mas quem comprou deve confirmar a origem do recurso que utilizou”, explica o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Adriano Marrocos. Além disso, o imóvel precisa passar a constar na lista de bens do comprador – que é, aliás, onde ele deve ser declarado.

Como declarar

“Quem compra um imóvel financiado não deve informar na Ficha “Dívidas e Ônus Reais” o valor do financiamento, nem na ficha “Pagamentos Efetuados” as parcelas pagas. O preenchimento deve ser, apenas, na Ficha “Bens e Direitos” e pelo valor pago em cada ano. Esse total será o valor do imóvel, e não o que está na escritura”, diz Marrocos.

Para facilitar, o conselheiro do CFC exemplifica com um caso fictício, no qual um imóvel foi comprado com sinal de R$15 mil, uso de R$70 mil do FGTS e financiamento de outros R$125 mil em dez anos. No exemplo, o contrato foi assinado em agosto de 2022 e o pagamento da primeira parcela efetuada em setembro. Na hora de declarar, o contribuinte deve:

  1. Localizar a ficha “Bens e Direitos”, selecionar o grupo “01 – Bens Imóveis” e o código do bem (“11 – apartamento” ou “12 – casa” ou ainda “13 – terreno”). 
  2. Informar o número do “IPTU” e a “data de aquisição”, assim como o endereço, a área total e a unidade de medida da área do imóvel (metros quadrados ou hectares).
  3. Preencher como valor do imóvel o montante correspondente ao que foi pago no ano-base da declaração. Neste caso, é a soma dos R$15 mil da entrada aos R$70 mil do FGTS, além das quatro parcelas pagas de setembro a dezembro, incluindo juros, seguros e taxas.

Sobre o valor do imóvel, há um ponto importante: à medida que os anos de financiamento se passarem, os valores pagos ano a ano devem ser somados. No exemplo dado, ao declarar o imposto de renda no segundo ano de financiamento, o valor do imóvel deve corresponder ao que foi declarado no ano anterior mais todas as parcelas pagas naquele ano-base – e assim sucessivamente.

O contribuinte também deve informar na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” o valor usado do FGTS, sob código 04 – Indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de PDV, e por acidente de trabalho; e FGTS. Se o FGTS não for usado para a aquisição do bem, esta etapa torna-se desnecessária.

Casais e sócios

Se a aquisição do imóvel foi feita por um casal, a recomendação é que apenas um dos membros declare o imóvel para facilitar o processo. “Não há impedimento que o imóvel seja objeto de rateio entre duas declarações, mas isso deverá ser mantido ao longo dos 10 anos de financiamento, como no nosso caso”, afirma Marrocos. Ele explica ainda que, em caso de divórcio, o ajuste é facilmente feito na declaração.

Já se a compra foi feita em sociedade, é importante que cada sócio informe o valor pago por si e que parte do imóvel lhe pertence. O mesmo procedimento deve ser observado na venda.

Venda

Quem vende o imóvel também precisa declarar a transação para comprovar o pagamento do imposto de renda devido sobre ela, informar a aplicação do recurso com a operação e “dar baixa” no bem na ficha de “Bens e Direitos”. 

“Para quem vende, é necessário o uso do programa Ganho de Capital (GCAP), informando o valor recebido diretamente do comprador e da instituição financeira, inclusive, eventual parcelamento”, diz Marrocos. Também será necessário informar nome e CPF do comprador, além do CNPJ da instituição financeira responsável pelo financiamento.

“O próprio programa irá gerar as guias para recolhimento do imposto de renda decorrente da venda do imóvel e será exportado para a declaração de ajuste anual do imposto de renda da pessoa física”, conclui.

Mercado imobiliário aponta necessidade de revisão do Plano Diretor de Belo Horizonte

O novo Plano Diretor de Belo Horizonte entrou em vigor com a promessa de adequar a capital aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Depois de discussões sobre o adiamento da entrada em vigor de algumas regras, que passaram a valer no dia 5 de fevereiro, entidades representativas do mercado imobiliário seguem em diálogo com a Prefeitura para tentar rever a proibição de alteração do Plano Diretor por oito anos.

O setor aponta que a mudança mais significativa trazida pela nova legislação, que foi a redução do coeficiente de aproveitamento nas áreas centrais, pode afetar a viabilidade econômica dos negócios imobiliários. Na avaliação do vice-presidente da área das Corretoras de Imóveis da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais), Leirson Cunha, a nova lei tem pontos positivos e negativos. “Sem modificações, cidades do entorno de Belo Horizonte, como Nova Lima, Contagem, Betim, tendem a atrair os investimentos”, alerta Cunha, que também é presidente da Netimóveis Belo Horizonte.

“O Plano já está em vigor e tem coisas boas, importantes para a cidade. Mas existem pontos que precisam ser mais debatidos e que podem atrapalhar o desenvolvimento econômico e o ritmo de crescimento da construção civil na cidade”, complementa. Um dos pontos mais importantes que precisa ser avaliado é em relação aos cálculos da outorga onerosa, valores que construtores terão que pagar para implantar projetos com área superior à prevista para determinada região, o que poderia inviabilizar o setor da construção.

A proposta do Plano Diretor é a criação de “centralidades”, expandindo o comércio de bairro para diminuir a dependência da área central da cidade e criando vias mais adensadas dentro dos bairros. “Essas áreas ainda teriam o estímulo do Poder Público, que utilizaria os recursos vindos da outorga. Dessa forma, ao longo dos anos, as centralidades já desenvolvidas teriam uma população que reside e trabalha nelas”, explica Cristina Santana, arquiteta e urbanista da K2 Arquitetura, parceira da Netimóveis.

O impacto negativo na construção civil atinge especialmente o valor do metro quadrado para a produção de novas unidades imobiliárias. “Com a extinção do coeficiente de aproveitamento básico de transição, passa a valer para toda a cidade o coeficiente de aproveitamento básico de 1.0 ou menos para as áreas de preservação ambiental. Isso representa um aumento direto no valor do metro quadrado de venda dos imóveis, uma vez que, para atingir os coeficientes de aproveitamento acima do básico, será necessária a aquisição de potencial construtivo adicional por meio dos instrumentos de política urbana”, aponta Cristina.

Na avaliação de Leirson Cunha, esse novo custo impacta negativamente o fluxo de caixa das obras, encarecendo o produto final. “Corremos um sério risco de perder muitos recursos financeiros que poderiam vir para BH, além de um enorme efeito colateral em ter que subsidiar quase que compulsoriamente com nossa infraestrutura, como equipamentos de saúde e educação, uma vez que o coração econômico de nosso estado é nossa capital”, afirma. O impacto disso já é sentido na migração de construtoras para as cidades vizinhas. “Muitas empresas já se anteciparam e estão transferindo seus ativos no mercado imobiliário para cidades da região metropolitana”, ressalta.

O vice-presidente da CMI/Secovi-MG também destaca os impactos na aquisição de imóveis para a população de média e baixa rendas na cidade. “Vai ficar mais caro construir e morar em Belo Horizonte, o que acaba prejudicando as pessoas que ganham menos. Na prática, quem sofre é o cidadão de Belo Horizonte que arcará inevitavelmente com mais custos e impostos, sem falar na perda significativa do número de empregos e na diminuição abrupta na representatividade do setor no PIB”, aponta.

Reforma e atualização de jardim? Sim, é possível!


O desafio para este jardim era fazer uma reforma e uma atualização, aliadas ao estilo contemporâneo da casa. O projeto para esse espaço, de mais de 1.500 m2, foi criado pela paisagista Renata Guastelli e trouxe, entre seus diferenciais muita vegetação tropical, com diferentes tons de verde, volumetria, plantas perenes, que quanto mais crescem, mais beleza agregam ao ambiente.

Os grandes canteiros recebem plantas de diferentes tamanhos, garantindo movimento e harmonia e volumes densos, na cartela de plantas estão: Palmeira Phoenix Canarienses, ipê branco, palmeira Rabo de Raposa, capim do Texas verde, capim do Texas roxo, jabuticabeira, jasmim manga, filodendro undulattum, guaimbé, maranta charuto, pacová, pandanus utilis, costela de Adão, agapanthus azul e grama esmeralda.

Para trazer o maior aproveitamento do espaço, aproveitar os desníveis, e valorizar a área da piscina, que por ser voltada para a frente do condomínio, ganhou privacidade, a paisagista usou as copas da canarienses junto com ipês brancos. A piscina fica no mesmo nível que essas espécies e, juntas, fazem um fechamento e garantem privacidade.
 

A entrada da casa traz uma escadaria de quase 15 metros, para acompanhar todo o trajeto, a lateral da escada é conduzida e decorada por uma vegetação verde e volumosa. Uma das plantas daqui foi o capim, muito rústica e ao mesmo tempo delicada, com suas plumas lindas e diferenciadas.

Um ambiente superespecial no projeto, é o jardim vertical que dá vista para a área gourmet e agrega ainda mais valor ao ambiente que foi projeto para conviver, contemplas e receber amigos e familiares. Aqui, a exuberância é garantida por folhas grandes e variadas, contemporâneas de baixa manutenção.
 


Dentro da casa, o destaque fica para o jardim interno, que ganhou ficus lyrata, plantado dentro de uma caixa de concreto. Importante ressaltar que como ele está dentro da casa, foi usado o recurso da caixa, super fechada, para baixo do nível da terra, com toda drenagem necessária, para que a planta possa viver por muito tempo nesse espaço.
 

“Meu objetivo era trabalhar muito os volumes e desníveis do jardim, gosto muito de usar capins que trazem volume e movimento ao jardim, ao mesmo tempo, garantem uma decoração incrível e bonita”, revela Renata Guastelli.
 


O projeto contempla ainda uma pequena capela, que foi projetada em meio à pandemia, envolta com jabuticabeira, pitangueira e plantas como maranta charuto, lambari zebra, pacova e zamiuculca. Além do canil, projeto criado pela arquiteta Elisa Lavie, e que também é decorado todo guaimbé.
 

Tarjab lança empreendimento no Morumbi

A Tarjab, incorporadora e construtora com 39 anos de trajetória, leva para o Morumbi, região com infraestrutura completa de comércio e serviços e excelente mobilidade urbana, o Isla Morumbi, empreendimento que apresenta qualidades e diferenciais característicos da incorporadora, como conforto térmico, lumínico e de sustentabilidade, que privilegiam a experiência do bem-estar.

Com lançamento agendado para este mês, o empreendimento em torre única contará com apartamentos de 1 e 2 dormitórios, com metragem de 33m² a 51m², terraço e 1 vaga livre de garagem demarcada, características diferenciais para a região, referência de boa qualidade de vida, com vizinhança tranquila e cercada de verde.

A torre única do Isla oferece mais privacidade e exclusividade para que o futuro morador tenha mais qualidade de vida, conhecendo melhor seus vizinhos e aproveitando as várias áreas de lazer com tranquilidade”, destaca Leandro Domingues da Silva, supervisor comercial da Tarjab.

O projeto também terá lazer completo, com salão de festas, espaço fitness, salão de jogos, churrasqueira, terraço, piscinas adulto e infantil, playground, além de diferenciais como videomaker studio, pet place, coworking, lavanderia e horta coletiva. “Incluímos na área de lazer diferenciais como horta e lavanderia coletiva, pois nosso propósito é proporcionar qualidade de vida aos futuros moradores”.

Além das qualidades do bairro e dos atributos de nossos projetos, procuramos uma localização que facilite a mobilidade”, explica Domingues. O Isla Morumbi by Tarjab ficará próximo de grandes avenidas que ligam outras regiões como Vila Sônia, Brooklin, Santo Amaro e Chácara Santo Antônio.

Ao visitar o decorado, o cliente irá se deparar com a planta de 44 m² (2 dormitórios), com cozinha aberta e terraço. “O diferencial está na concepção da unidade, que é bem distribuída com cozinha (aberta) que possibilita ampliar os ambientes e terraço com ótimo espaço. Este é o apartamento ideal para casais e famílias pequenas que gostam de aproveitar a casa”.

Como estratégia de lançamento, a Tarjab irá trabalhar com o plantão de vendas e o decorado em via estratégica (Rua Doutor José de Andrade Figueira, 80), com previsão de abertura em março.

Serviço: Isla Morumbi

Vídeo divulgação: Isla Morumbi

Atendimento online: Personalizado com consultores

Contato: Telefone (11) 3181-6082 / Whatsapp (11) 94308-6011

Confira o valor do metro quadrado em São Paulo, de acordo com o Imovelweb

O Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, divulga seu relatório de preços dos imóveis disponíveis para locação e compra no mês de janeiro em São Paulo.

No caso do aluguel, o preço médio na capital paulista, no primeiro mês do ano, fechou em R$ 3.616,99. No acumulado dos 12 últimos meses, a alta foi de 10,47%. Já para as propriedades à venda, o valor ficou em R$ 9.942,88 por m². Em comparação com dezembro de 2022, houve uma queda de 1,12% no preço. No acumulado dos 12 últimos meses, a alta foi de 3,54%.

“No Brasil inteiro temos visto um aumento de preços, principalmente em regiões próximas a polos de emprego e comerciais, como é o caso do bairro de Pinheiros, na capital paulista. Mesmo com a alta, reforçamos que ainda há espaço para negociação entre aqueles em busca do lar dos sonhos e os que pretendem locar ou vender seu imóvel”, afirma Leonardo Paz, CEO do Imovelweb.

Análise por região e bairros
 

Para quem está em busca de aluguel, a Zona Leste está entre as mais econômicas, com um valor médio de R$ 1.993,88 mensal. Por sua vez, a Zona Oeste é a mais cara, com um preço médio de R$ 4.164,10 por mês.

RegiãoValor do aluguel (R$)
NoroesteR$ 1.953,04
LesteR$ 1.993,88
NordesteR$ 2.128,22
SudesteR$ 2.496,95
CentroR$ 3.180,94
Centro SulR$ 3.789,20
OesteR$ 4.164,10

Ao filtrar por bairros, Cidade Tiradentes é o mais barato, com um aluguel médio mensal de R$ 747,20. Pinheiros é o mais caro, custando R$ 4.660,91 por mês.
 

ALUGUEL – BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS

Mais baratos (R$)
Cidade TiradentesR$ 747,20
LajeadoR$ 858,78
IguatemiR$ 920,00
Mais caros (R$)
Alto de PinheirosR$ 4.038,13
Itaim BibiR$ 4.569,07
PinheirosR$ 4.660,91

Para o consumidor que pensa em comprar um imóvel, a Zona Leste está no topo da lista das mais baratas com o m² no valor de R$ 5.498,94. Por sua vez, a Zona Oeste tem o valor mais alto, custando R$ 12.120,56 por m².

RegiãoValor do m²
LesteR$ 5.498,94
NoroesteR$ 6.169,90
SulR$ 6.815,91
NordesteR$ 7.253,00
SudesteR$ 7.931,81
CentroR$ 9.738,15
Centro SulR$ 11.300,71
OesteR$ 12.120,56

Na análise por bairros, assim como para o aluguel, Cidade Tiradentes é o mais econômico para adquirir um imóvel, com um valor de R$ 2.746,91 por m² e Pinheiros fechou o mês de janeiro de 2023 como o bairro mais caro, custando R$ 15.344,31 por m².

IMÓVEIS À VENDA – BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS

Mais baratos (R$)
Cidade TiradentesR$ 2.746,91
LajeadoR$ 3.834,29
José BonifácioR$ 4.368,26
Mais caros (R$)
MoemaR$ 14.563,67
Itaim BibiR$ 15.241,40
PinheirosR$ 15.344,31

Os dados do relatório mensal de preços do Imovelweb, também chamado de Index, são gerados com base em 100% dos imóveis listados no portal, seja aluguel ou venda, mostrando o preço médio das propriedades.

Roca Brasil Cerámica investe na Realidade Virtual para ampliar negócios

Reconhecida por estar sempre à frente em seu mercado ao trazer inovações tecnológicas aos seus métodos produtivos, equipamentos, assim como em suas séries de revestimentos, a Roca Brasil Cerâmica – empresaque faz parte do Grupo Mexicano LAMOSA e responsável pelas marcas Roca Cerámica e Incepa – também atua de forma pioneira no uso da tecnologia para a apresentação de seus lançamentos, assim como na missão de aproximar lojistas parceiros e produtos, sempre de forma imersiva.

No início deste ano, em parceria com o escritório de arquitetura Arquitecto e a VR do Brasil, a Roca Brasil Cerámica surpreendeu novamente ao criar uma experiência de Realidade Virtual Multiusuário durante a sua aclamada Avant Première, para que seus clientes pudessem conferir como seria uma casa revestida com as principais novidades. Foi adaptada a tecnologia de um dos games da empresa paranaense VR do Brasil, com concorrentes apenas na Rússia, China e EUA, mas inédita no segmento de arquitetura, que mistura conceitos de Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Realidade Mista. Essa alternativa, também inovadora no entretenimento, é uma importante ferramenta no segmento de arquitetura e construção, alçando a Roca Brasil Cerámica como precursora nesse tipo de imersão em crescimento no mundo inteiro.

Com o uso de óculos VR, os participantes puderam caminhar por um espaço físico pré-determinado, sempre com o auxílio de uma equipe de instrutores, a fim de visualizar, em primeira mão, os novos revestimentos das marcas Incepa e Roca Cerámica. A partir desta vivência foi possível sentir-se dentro de um projeto arquitetônico, onde as sensações e percepções são totalmente diferentes.

“É uma honra estarmos entre as primeiras empresas do mundo, no segmento da construção civil, a usar esse tipo de tecnologia. Muito além de conferir as novidades em nosso showroom, agora nossos parceiros também conseguem visualizar como os produtos ficarão após serem instalados nos ambientes, por meio da realidade virtual. Essa estratégia proporciona uma confiança ainda maior dos clientes em nossas marcas, assim como contribui para a realização de negócios ainda mais promissores no decorrer de 2023”, comemoraSergio Wuaden, Managing Director da Roca Brasil Cerámica.

“Ao retornarmos para o espaço físico, não poderíamos esquecer do salto de inovações tecnológicas que demos nos últimos anos. Por isso, ampliamos ainda mais as nossas possibilidades, ao trazer a experiência da Realidade Virtual a todos os presentes do evento. Por meio de uma experiência imersiva e de gamificação, os participantes puderam sentir que estavam verdadeiramente dentro de um apartamento decorado. Nosso intuito foi estimular os sentidos e enriquecer ainda mais essa oportunidade”, revelaChristie Schulka, Marketing Manager da Roca Brasil Cerámica. 

O início de tudo 

Em razão da inviabilidade em realizar eventos presenciais por causa da pandemia do Coronavírus, a Roca Brasil Cerámica aderiu ao mundo virtual para apresentar seus mais recentes produtos. A partir de ações inéditas, em duas edições de sua Avant Première (em 2021 e 2022 em formato online), a empresa proporcionou o contato de seus clientes com seus principais lançamentos de duas formas diferentes. Em 2021, um showroom virtual foi mostrado pela primeira vez (em que foi possível acessar as novidades via computador, celular ou por óculos de realidade aumentada) e, em 2022 ocorreu uma experiência em que as equipes comerciais tiveram acesso ao Metaverso. 

Ambas as iniciativas foram recebidas com enorme sucesso, cenário que contribuiu para que as atividades online continuassem agora, em 2023, mesmo com o retorno presencial do evento na fábrica do Paraná. Sendo assim,na edição deste ano, uma robusta estrutura foi organizada para recepcionar os principais parceiros do varejo e engenharia que, além de conhecerem as novidades em primeira mão, participaram de rodadas de negócios e, puderam vivenciar a Realidade Virtual, de forma a criar uma relação ainda mais próxima com universo das marcas Roca Cerámica e Incepa.

“Nossa expectativa é que esse formato híbrido permaneça atuante em nossos eventos futuros. Ideias como essa só se tornaram reais porque somos motivados pelos desafios”, conclui Christie Schulka.

Cushman & Wakefield apresenta os indicadores de janeiro do mercado imobiliário corporativo de alto padrão

Mercado de escritórios de São Paulo registra absorção líquida positiva em janeiro   

Em janeiro, o mercado de escritórios de alto padrão registrou mais uma vez absorção líquida positiva com 9.798 m² absorvidos. Em contrapartida, a taxa de vacância registrou leve aumento (+0,18 p.p.) devido à entrega de novo estoque de 20.345 m² na Chucri Zaidan e encerrou janeiro em 21,04%.

Adicionalmente, o mês registrou novos contratos de locação, somando 18.651 m² divididos nas regiões da Marginal Pinheiros, Chucri Zaidan e Vila Olímpia, sendo 10.824 m² concentrados na Marginal Pinheiros.

O preço médio pedido registrou leve aumento de 1,1% em relação a dezembro, fechando em R$ 100,39 por m²/mês devido a alguns aumentos em preços de aluguéis, principalmente na região da Faria Lima, que por sua vez sofreu aumento de 5,5%. As regiões do Itaim (R$ 274,02 por m²/mês), JK (R$ 193,22 por m²/mês) e Faria Lima (R$ 192,36 por m²/mês) possuem os valores mais altos de aluguéis pedidos no estado.

Taxa de vacância dos escritórios no Rio de Janeiro registra menor índice desde 2015

O mercado de escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro registrou absorção líquida positiva de 16.570 m². A taxa de vacância diminuiu 1,07 p.p. comparado com o mês anterior, fechando em 27,96% – menor valor registrado desde 2015. A vacância no Centro (23,12%) também atingiu seu menor valor em sete anos. Além disso, total de 20.254 m² foi locado em janeiro, sendo a região do Centro responsável por todas elas.

O preço pedido subiu 1,52% em relação ao mês passado, fechando janeiro em R$ 84,69 por m²/mês, devido à grande ocupação que ocorreu em edifício com baixo valor de locação. O maior destaque vai para o Centro, que após ocupação de 17.642 m² em edifício com menor preço pedido, sofreu aumento de 2,76% em relação ao fechamento de 2022 e encerrou em R$ 80,28 por m²/mês.

Mercado de galpões logísticos de São Paulo mantém forte ritmo e regista novas absorções líquidas

Seguindo histórico de fortes absorções líquidas no estado de São Paulo, janeiro apresentou resultado de 64.163 m², desencadeando em queda na taxa de vacância de 0,34 p.p. e atingindo 11,96% no primeiro mês do ano. A taxa, por sua vez, só não reduziu mais devido à nova entrega de 26.665 m², que ainda não foi absorvida, na região de Guarulhos. As cidades de Guarulhos (47.358 m²), Cajamar (20.096 m²) e Atibaia (6.763 m²) foram as principais responsáveis pelo resultado positivo de absorção no mês.

O preço pedido, no entanto, não apresentou variações significativas, encerrando janeiro em R$ 23,95 por m²/mês.  Capital-SP possui atualmente o maior preço pedido do estado (R$ 37,26 por m²/mês) e ainda registou forte saída (-13.500 m²) em empreendimento com valor próximo à média da região.

Santa Catarina se destaca com locações de novos estoques

Ao analisar os outros estados do país, após duas novas entregas no mês, destaca-se Santa Catarina, totalizando 41.666 m² de novos estoques entregues, os quais já estavam 100% pré-locados. Com isso, a região apresentou o maior valor líquido absorvido. Em seguida, o Rio de Janeiro voltou a apresentar resultados positivos (27.164 m²) assim como havia registrado no mês anterior. Minas Gerais também encerrou com valores positivos (16.388 m²) e Rio Grande do Sul, por sua vez, apresentou absorção líquida negativa pelo segundo mês consecutivo (-26.050 m²).

A taxa de vacância média nos outros estados do Brasil é de 4,82%, bem abaixo da média do estado de São Paulo (11,96%). Amazonas, com estoque total de 307.359 m², atualmente não possui área vaga para locação de escritórios de alto padrão. Em seguida, as regiões com menores taxas de vacância são Pernambuco (1,04%) e Minas Gerais (2,34%), enquanto as maiores são Rio Grande do Sul (24,51%), Santa Catarina (20,95%) e Rio de Janeiro (15,73%). Bahia atualmente possui o maior preço médio pedido entre estes estados (R$ 26,00 por m²/mês), enquanto Ceará detém o menor (R$ 14,89 por m²/mês).

Tecnisa estuda cinco lançamentos na capital paulista para 2023 com VGV na ordem de R$ 1 bi

Fernando Perez, presidente da Tecnisa

A Tecnisa, uma das maiores incorporadoras de empreendimentos residenciais do Brasil, que trabalha de forma integrada com construção e vendas, estuda cinco lançamentos para 2023. Localizados na cidade de São Paulo (SP), três empreendimentos poderão ser desenvolvidos no Jardim das Perdizes, um na Vila Mariana e outro na Chácara Flora. A empresa não tem guidance de lançamentos, entretanto, conta com estrutura para lançamentos com Valor Geral de Vendas da ordem de R$ 1 bilhão anualmente.

Em 2022, os empreendimentos lançados pela Tecnisa, todos também na capital paulista, totalizaram um Valor Geral de Vendas de R$ 993,4 milhões, incluindo o Astral Saúde (VGV de R$ 107,4 milhões), Bosque Pitangueiras (R$ 218 milhões) e Reserva Figueiras (R$ 288 milhões). Os dois últimos marcaram a retomada do Jardim das Perdizes, um bairro totalmente planejado pela incorporadora.

O quarto e último lançamento de 2022 foi anunciado pela companhia em dezembro. Situado no cruzamento da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de São Paulo, o Kalea Jardins alcançou VGV de R$ 380 milhões.

“Hoje, a Tecnisa vive um contínuo processo de renovação e de recuperação. Os quatro lançamentos de 2022, os cinco em estudo para este ano, além de uma reformulação dos processos, da redução de custos e, especialmente,depois da adoção deuma nova estratégia comercial, nos trouxeram e continuarão trazendo melhores resultados a cada trimestre. Isso nos dá motivação para intensificar o trabalho que vem sendo feito, tanto para continuar com a retomada da lucratividade quanto para reafirmar nosso compromisso em gerar valor aos acionistas”, ressalta Fernando Perez, presidente da Tecnisa.

Lucratividade após hiato de seis anos

Dados do balanço do terceiro trimestre de 2022 (3T22) da Tecnisa, divulgado pela empresa em novembro, mostraram que a construtora voltou à lucratividade após um hiato de seis anos. Durante o período, a companhia alcançou a marca de R$ 72 milhões em receita líquida, um aumento de 184% em relação ao mesmo período de 2021. Isso contribuiu para que o lucro bruto também tivesse um incremento de 453%, fechando o trimestre em R$ 10 milhões.

A empresa atingiu lucro líquido de R$ 2 milhões, número que representa uma evolução de 104% comparado ao prejuízo reportado no terceiro trimestre de 2021 (3T21). Já as vendas líquidas no 3T22 avançaram 41% em relação ao 3T21, alcançando o valor de R$ 112 milhões, parte Tecnisa.

Vendas Brutas

O balanço do terceiro trimestre de 2022 também mostrou um aumento de 30% nas vendas brutas em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 119 milhões, parte Tecnisa. No acumulado do ano, as vendas totalizaram R$ 285 milhões, crescimento de 47% em relação ao período de janeiro a setembro de 2021 (9M21).

A velocidade de vendas brutas, medida pelo indicador Venda Sobre Oferta (VSO), atingiu 12,7% no 3T22, superando em 1,2 p.p. o atingido no 3T21 e em 1,8 p.p. o 2T22.

“Conforme se observa, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, que tem impactado o setor imobiliário com as altas taxas de juros, a Tecnisa segue incrementando sua performance de vendas”, afirma Perez.
 

Redução nas Despesas Gerais e Administrativas

As Despesas Gerais e Administrativas da Tecnisa fecharam o 3T22 em R$ 13 milhões, redução de 25% em relação ao 3T21 e redução de 10% em relação ao 2T22. A redução nas despesas administrativas foi resultado dos esforços da gestão ao otimizar processos internos, revisão de contratos com fornecedores e controle de despesas, uma vez que a meta da empresa era alcançar o breakeven em 2022.

“No terceiro trimestre de 2022, comemoramos com satisfação os 45 anos da Tecnisa. Desde sua fundação, a companhia sempre esteve à frente com inovações que marcaram a construção civil brasileira, empregando tecnologia, alta qualidade nas suas entregas e contínuo foco em atender as necessidades dos clientes. Ao longo de sua história, a Tecnisa realizou o lançamento de mais de 7,2 milhões de m² e entregou mais de 45 mil unidades, concretizando o sonho de muitas famílias”, finaliza Fernando Perez.

O balanço referente ao quarto trimestre de 2022 da Tecnisa será divulgado oficialmente pela empresa em março de 2023.

Cinco tendências na gestão condominial para ficar de olho

Por Ingrid Zenatti, country manager do TownSq no Brasil

O mercado de condomínios avançou muito nos últimos anos. A tecnologia já está presente na maioria dos condomínios e uma nova geração de condôminos foi incluída nas comunidades. Para 2023, eu prevejo a continuidade dessas tendências e algumas questões se tornando centrais no trabalho de síndicos e síndicas. Selecionei cinco dessas tendências e as compartilho a seguir:
 

A segurança das informações do condomínio nunca foi tão importante


Segundo informações da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA), o Brasil é o país da América do Sul que mais sofre com roubo de dados. Ao todo, mais de 2.800 organizações tiveram os seus dados roubados por grupos de ransomware entre 2019 e 2022. Ransomware é quando os dados são sequestrados e um resgate é cobrado da vítima.

Outra preocupação dos síndicos com dados diz respeito à LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados. Segundo a lei, o condomínio se torna responsável pela segurança dos dados coletados dos condôminos. Eu costumo perguntar para síndicos quais são as iniciativas adotadas para garantir a segurança dos dados no condomínio. É comum ouvir que os dados estão seguros na nuvem.

A nuvem é, de fato, uma estratégia inteligente para armazenamento de dados, mas precisamos ter cuidado com segurança, mesmo quando se trata de nuvem. Porque cada nuvem apresenta um nível de segurança. Portanto, é importante que os condomínios procurem uma empresa que garanta a segurança dos dados. A AWS da Amazon, por exemplo, é um dos serviços de armazenamento de dados mais seguros do mundo. Mesmo servidor de empresas brasileiras, como a Natura, e gigantes mundiais, como a Netflix. A minha aposta, neste sentido, é que mais condomínios vão perceber em 2023 a importância de armazenar os dados com segurança e vão investir mais em soluções que oferecem essa proteção.


Moradores querem pagar menos na taxa condominial e o síndico precisará encontrar alternativas de economia
 

O Banco Mundial já alertou sobre a possibilidade de uma recessão econômica mundial neste ano. Notícia ruim para o síndico que já estava planejando um aumento na taxa condominial por causa da inflação acumulada nos últimos meses. Quem trabalha em condomínios sabe que os condôminos não querem pagar mais pela taxa condominial, mesmo que seja um ajuste inflacionário. Isso coloca o síndico em uma situação delicada. Ele, muitas vezes, não tem escolha e precisa aumentar o valor da cobrança ou emitir uma taxa extra.

Eu recomendo não decidir por um aumento antes de avaliar se o condomínio pode promover economia e aumentar a arrecadação de outras maneiras. São tarefas difíceis, porém possíveis se houver uma boa gestão. Quando se trata de economia, existem algumas opções que permitem reduzir os gastos do condomínio a partir da tecnologia. Energia solar, por exemplo, é um investimento que o condomínio pode fazer para diminuir o valor da conta de luz.

O síndico Leandro Garcia, de Porto Alegre/RS, é um exemplo disso. O condomínio que ele gerencia foi responsável pela economia de mais de 100 mil reais em um ano, após a adoção de energia solar para as áreas comuns. Existem também algumas soluções de minimercado para condomínios, que podem não cobrar nada da comunidade e retornam para o condomínio uma porcentagem das vendas. A comunidade pode economizar também adotando tecnologia na gestão do condomínio, para realizar tarefas de administração e comunicação.

Há aplicativos com recursos que permitem o contato entre síndico e moradores e entre o síndico e os colaboradores do condomínio. Um mesmo aplicativo pode ser usado também para reservar áreas de lazer, aumentar a segurança da comunidade, controlar a entrada e saída de visitantes e gerar relatórios administrativos.

Todas essas facilidades centralizadas em uma tecnologia geram economia de tempo e, consequentemente, de recursos do condomínio. Tornam a gestão mais eficiente e melhoram a experiência dos moradores em comunidade.


A transparência na gestão cada vez mais valorizada pelos condôminos


A transparência vem sendo valorizada em diferentes aspectos da vida contemporânea. A nova geração de condôminos foi criada em um ambiente mais transparente que a geração anterior, e isso tem impacto na gestão condominial. A tecnologia nos acostumou a ter acesso a todo tipo de informação sem muito esforço. E condôminos esperam essa facilidade também na gestão que impacta os seus lares. E essa exigência por transparência diz respeito à gestão condominial como um todo, inclusive o serviço de administração contratado pela gestão.

Um exemplo comum de falta de transparência nesse sentido são as chamadas conta pool: contas bancárias coletivas que reúnem o dinheiro de diversos condomínios, sem distinção. Essa é uma prática muitas vezes perigosa porque pode prejudicar o controle do dinheiro do condomínio. O síndico normalmente encontra dificuldade para saber qual é a situação financeira do condomínio em tempo real: acesso aos extratos bancários, prestação de contas, relatórios. Ele passa a depender de terceiros para promover essas tarefas. E os condôminos não conseguirão acessar as informações financeiras do condomínio quando o próprio síndico encontra dificuldades.

A boa notícia é que o mercado já oferece soluções que maximizam a transparência na gestão condominial. Transparência de ambos os lados: do serviço de administração com o síndico e do síndico com os condôminos. Incluindo soluções que funcionam muitas vezes como banco, permitindo acesso em tempo real às informações financeiras do condomínio.


Síndicos cansados de complicação na prestação de contas
 

Não faz muito tempo que precisávamos sair de casa, comprar um cartão telefônico, procurar um orelhão na rua e, somente depois disso, conseguir ligar para uma pessoa e nos comunicar. Ainda correndo o risco da outra não atender e perdermos tempo, dinheiro e os créditos do cartão. Com o fácil acesso à tecnologia, agora basta enviar uma mensagem ou fazer uma chamada de vídeo e pronto: a comunicação se estabelece.

Por outro lado, quando se trata dos condomínios, parece que certas atividades ficaram paradas no século passado. A prestação de contas é um exemplo nesse sentido. Em muitos casos, o síndico precisa solicitar as informações para a administradora, aguardar dias para que os documentos sejam entregues em uma pasta, conferir e certificar-se que estão corretos, pois caso não estejam, devem voltar para a administradora. E somente depois dessa longa espera é que, finalmente, o síndico pode organizar as informações e apresentar a prestação de contas.

Então, fica o questionamento: se a tecnologia permitiu facilitar tantos serviços, por que a prestação de contas continua sendo tão burocrática? Mais síndicos estão fazendo essa pergunta e estão buscando soluções de administração condominial que permitam uma prestação de contas mais eficiente. As administradoras digitais tornaram o trabalho de todos os síndicos mais eficiente, possibilitando com que a prestação de contas possa ser feita em poucos segundos. O extrato das contas bancárias do condomínio já está digitalizado, então basta cruzar as informações das contas com o planejamento financeiro aprovado em assembleia e, em dois cliques, obter o relatório de prestação de contas completo na plataforma. O futuro da gestão condominial é automatizar tarefas burocráticas e garantir mais tempo para tarefas mais importantes da gestão, como a transparência, a economia e a segurança.


Recursos para redução da inadimplência


Em 2022, o número de inadimplentes bateu o recorde no Brasil com mais de 70% das famílias endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Algumas dessas dívidas são relacionadas à taxa condominial e, por isso, alguns síndicos acabam desistindo de tentar resolver o problema.

No entanto, tenho exemplos que comprovam que é possível diminuir a inadimplência usando recursos tecnológicos. O síndico Mirtes Ribeiro Jr., de São Paulo, reduziu a inadimplência no seu condomínio em cerca de 70% em 2022 e conseguiu investir R$ 60 mil reais no condomínio, em sete meses e sem cobrar taxa extra dos moradores. Segundo ele, a antecipação da data de envio do boleto dentro do aplicativo foi um fator importante para esse número, além de adotar outras soluções simples. Uma delas é ter uma administração financeira que não seja burocrática. Por isso, é importante que o síndico trabalhe com uma solução de gestão financeira eficiente e transparente.

Por meio da tecnologia, os dados de inadimplência estão sempre atualizados e disponíveis para o síndico, permitindo navegar pela situação e avaliar o resultado das iniciativas. Além disso, voltamos para o ponto da transparência, pois os condôminos querem ver o trabalho do síndico em prol da diminuição da inadimplência. Então, é possível extrair relatórios e prestar contas aos moradores mais facilmente.

Confiança dos empresários do setor imobiliário fecha 2022 com estabilidade, aponta indicador da Deloitte com ABRAINC

A confiança dos empresários do setor imobiliário fechou com estabilidade o ano de 2022 e os executivos estimam que as vendas na incorporação imobiliária tenham uma alta nos próximos 12 meses e, nos três primeiros meses de 2023, mantenham-se no mesmo nível do último trimestre de 2022, é o que aponta o Indicador de Confiança do setor Imobiliário Residencial, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo.

A nova edição da pesquisa, realizada com 51 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial entre 10 e 23 de janeiro revela, ainda, que os preços de imóveis residenciais continuam em crescimento: no último trimestre de 2022, a valorização foi de 8,1% ante o período anterior. Entretanto, o trimestre também apresentou um arrefecimento na alta dos custos de construção, devido a variação do INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) que caiu para 9,4% em dezembro de 2022. O valor dos insumos vem contribuindo para esse movimento e o custo de mão de obra passou a crescer mais do que o dos materiais, invertendo o comportamento registrado nos últimos anos. As expectativas de aumento nos preços para o segmento Médio e Alto Padrão (MAP) apontam para uma taxa de crescimento menor que a de preços para o Minha Casa Minha Vida (MCMV) ao longo dos próximos 12 meses.

O índice de procura de imóveis se manteve em alta para o segmento MCMV no último trimestre de 2022, enquanto MAP teve demanda retraída neste mesmo período. No geral, o indicador voltou a cair depois da leve recuperação registrada no terceiro trimestre de 2022.

Após o bom crescimento no terceiro trimestre, o índice de vendas geral registrou retração neste trimestre de -5,3%, voltando aos patamares do final de 2021. Este indicador tem sido pressionado pelo desempenho de vendas de imóveis do segmento de MAP, que teve seu menor registro da série histórica no 4º trimestre de 2022. Já o desempenho do mercado de imóveis residenciais registrou um leve recuo no quarto trimestre do ano passado, em comparação com o trimestre anterior, pressionado sobretudo pelo médio e alto padrão, que teve uma ligeira baixa na procura e vendas de imóveis. O contexto doméstico, de juros elevados, também se mostra como um cenário desafiador para 2023. Nesse sentido, houve leve redução na expectativa geral de empresas que pretendem adquirir terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais. Mesmo com um cenário mais otimista no segmento de menor renda, o cenário geral é resultado da pressão em MAP.

Por outro lado, a expectativa de lançamentos de imóveis está otimista, no âmbito geral para os próximos 3 a 12 meses. O estudo aponta também que, a expectativa para lançamentos se encontra em bons patamares neste trimestre frente ao anterior, tanto para o segmento MCMV quanto para o MAP, de 93% no 3º trimestre para 96%. Além disso, houve uma leve redução na expectativa de empresas que pretendem adquirir terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais. Mesmo com um cenário mais otimista no segmento de menor renda (alta de 6 pontos percentuais no MCMV), o cenário geral é resultado da pressão em MAP, que registrou queda de 7 pontos percentuais na comparação.

“As mudanças implantadas no Casa Verde e Amarela ao longo de 2022, aliada a grande capacidade de empréstimo da Caixa na área de habitação, com a elevação do prazo máximo de financiamento de 30 para 35 anos, foram fundamentais para ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. Com as novas medidas do governo anunciadas em fevereiro para o Minha Casa Minha Vida, acreditamos que o setor deve continuar com um bom desempenho neste ano, gerando empregos e contribuindo para que muitos brasileiros possam realizar o sonho da casa própria. O retorno do programa tem um papel fundamental neste cenário, pois amplia o acesso das famílias mais carentes à moradia, contribuindo no combate ao déficit habitacional e na inclusão social para a população de menor renda”, analisa o presidente da ABRAINC, Luiz França.

O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento) e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram se houve redução, manutenção ou aumento em relação ao trimestre anterior para os itens procura, vendas, e preços dos imóveis. Além da variação do trimestre apurado, os respondentes indicam as expectativas.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial

O mercado imobiliário segue sendo um forte indutor da roda econômica no país, entretanto, o desempenho do setor tem sido afetado frente às incertezas econômicas. Apesar de o indicador de vendas de imóveis residenciais não ter sofrido grandes variações, sustentado pelo índice de procura e aquisição no segmento MCMV, a procura e as vendas de imóveis de forma geral desaceleraram neste trimestre, indicando que as condições de financiamento atuais, aliada a tendência de alta nos preços podem impactar decisões de compra nos curto e médio prazos”, destaca Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.

Resultados do 4º trimestre e expectativas:

Procura de imóveis (Nota 1,78 = Redução). Houve redução da demanda por imóveis residenciais no 4º tri/2022 em relação ao anterior. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) vem pressionando os indicadores, de modo geral. Por outro lado, o mercado sentiu uma manutenção na procura por imóveis do segmento Minha Casa Minha Vida no final do ano passado.

Vendas (Nota 1,84 = Manutenção). Apesar da queda na procura, em geral, houve manutenção nas vendas de imóveis residenciais no 4º tri/22, sustentadas por MCMV, já que MAP registrou redução. As expectativas apontam que o MAP pode ter manutenção nas vendas ao longo do ano, enquanto o segmento MCMV pode se aquecer nos próximos trimestres.

Expectativas para vendas (Nota 2,02 = Manutenção). Os executivos do setor imobiliário residencial esperam manutenção nas vendas para o 1º trimestre de 2023 (nota = 2,02), e aumento nos próximos 12 meses (nota = 2,28).

Preço de imóveis (Nota 2,57 = Aumento). Mesmo com um cenário de demanda e vendas menos otimistas, sobretudo em MAP, os preços de imóveis continuam com tendência de aumento para os próximos trimestres e, também, em longo prazo.

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,49 = Aumento). As expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com aumento para o 1º trimestre do ano (2,49), com forte aumento para os próximos 12 meses (nota 2,82) e para os próximos cinco anos (nota 2,97).

Metodologia da pesquisa

O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 4º trimestre de 2022, realizado pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 51 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 28% Minha Casa Minha Vida (MCMV), 35% Médio e Alto Padrão (MAP) e 37% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 10 e 23 de janeiro de 2023 ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das empresas participantes.