A venda do imóvel rompe a locação?

Por Daniel Cerveira, advogado, sócio do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Advogados Associados

Apesar de ser extremamente relevante tanto para o senhorio como para o inquilino, não é incomum a elaboração de contratos de locação nos quais as partes sequer ventilam sobre a inserção ou não da “cláusula de vigência”. Por outro lado, também são muito frequentes os casos em que as partes se preocuparam com a referida cláusula, mas não atenderam corretamente as formalidades.

A “cláusula de vigência” trata-se de disposição contratual que prevê a obediência do pacto locatício na hipótese do imóvel ser alienado, prevista no artigo 8º, da Lei 8.245/91:

“Art. 8º Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel”.

Como se verifica, o artigo 8º determina que na hipótese do “imóvel for alienado durante a locação, o adquirente terá a opção de denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência e estiver “averbado” junto à matrícula do imóvel.

Assim, do ponto de vista do locador/proprietário, é evidente que a não inclusão da citada disposição facilita a venda do imóvel (gera liquidez) e eleva o poder de barganha (majoração do aluguel versus venda do imóvel e risco de despejo). No que se refere aos locatários, especialmente os de imóveis comerciais, a atenção deve ser redobrada, na medida em que o fundo de comércio fica ameaçado (despejo), além do inequívoco poder de negociação que possuirá o adquirente (majoração do aluguel versus despejo).

Ademais, cumpre esclarecer que o locatário poderá ser desalojado independentemente do prazo contratual e, como regra, não terá direito à indenização (salvo dolo).

Quanto ao descabimento da indenização na hipótese de despejo do locatário acionado pelo adquirente, cabe ressaltar que, até pouco tempo atrás, a jurisprudência insistia em condenar o alienante em prestar indenização ao inquilino (RT, 207:332; AJ, 62:439). Porém, atualmente, aliados à boa doutrina, os nossos Pretórios vêm reiteradamente afastando os pleitos indenizatórios respectivos.

Com exceção dos herdeiros (e legatários — art. 10) e usufrutuários (JTA 113/307), o termo “alienado” deve ser entendido como qualquer transferência de propriedade seja a título oneroso ou gratuito como nos casos de compra e venda, doação, cessão, permuta, arrematação em hasta pública, dação em pagamento etc. O benefício é estendido ao promissário comprador e ao promissário cessionário, desde que com a imissão na posse e título registrado junto à matrícula do imóvel (§ 1º, do art. 8).

Pelo exposto, verifica-se que não é a alienação que rompe a locação, mas a eventual denúncia, amparada no princípio da relatividade dos contratos.

Depois da denúncia, o aluguel deverá continuar a ser pago normalmente, sendo vedado no meu entendimento o chamado “aluguel pena”.

A denúncia deve ser exercitada, através de ato inequívoco (notificação), no prazo de noventa dias a partir do registro da venda ou do compromisso, sob pena de presunção de concordância na manutenção da locação (§ 2º, do art. 8). Se o adquirente já ostentava a qualidade de locador, é possível, com fundamento da teoria da aparência, em tese, afastar a retomada antes de findo o prazo contratual.

Por fim, para a “cláusula de vigência” (ou “cláusula de respeito”) gerar os efeitos pretendidos é necessário que o contrato seja por prazo determinado e esteja registrado junto à matrícula do imóvel (a lei utilizou a terminologia incorreta “averbação”, quando deveria ser “registro”). A lógica do referido registro consiste em dar publicidade ao contrato, lembrando que existem precedentes do STJ e do TJ/SP no sentido de dispensar a obrigatoriedade do registro, nas hipóteses em que adquirente já tinha ciência da locação quando “comprou” o imóvel.

Inconsistências no mercado imobiliário: Imóveis são vendidos até 79% abaixo do preço em São Paulo

Propdo, proptech israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão, analisou apartamentos nas regiões do Ipiranga e Pinheiros

Quem nunca se deparou com um anúncio de apartamento e pensou estar muito caro ou barato para determinada região? De acordo com a Propdo, especialista em análise de preços de propriedades, o mercado imobiliário de São Paulo apresenta grandes inconsistências dando margem para bons negócios. Mas qual a real chance de se comprar um imóvel abaixo do preço na cidade?

Através da sua plataforma de inteligência artificial, que cruza informações de diversas fontes e análises de profissionais do mercado, a Propdo analisou oito anúncios de apartamentos a venda no bairro Ipiranga e seis em Pinheiros. Destes, seis estavam anunciados em um valor abaixo do mercado, chegando a 79% a menos do que o valor avaliado pela companhia.

De acordo com a empresa, primeiro é necessário entender por que essas inconsistências são tão comuns. “A razão para esse fenômeno está no fato de nós estarmos em um período de caos global no mercado de imóveis. Macro parâmetros estão instáveis, o que ocasiona muitas oportunidades, mas também muitos riscos. No Brasil, esse é um ponto de grande atenção, porque não existe nenhuma fonte pública oficial gratuita com informações do mercado e, principalmente, valoração de imóveis”, explica Nathan Varda, head da Propdo no Brasil.

Isso gera dois cenários, um com imóveis abaixo do preço sugerido e outra com imóveis muito acima. “No caso dos valores abaixo do mercado, na maioria das vezes, os vendedores não estão atualizados sobre o mercado ou confiam em transações passadas para avaliar sua propriedade. Por exemplo, apenas em 2021, os preços em São Paulo aumentaram entre 3% e 10% (dependendo do bairro), então o vendedor que confia em preços do início de 2020 e 2021 não saberá os novos valores”, aponta o executivo.

Algumas razões específicas também são vistas como motivos para vender abaixo do valor, como um casal que se separou, herdeiros que dividirão a herança, ou a mudança no interesse pelo local, o que estressa muitos credores hipotecários. Algumas vezes, o produto por si só pode ter problemas particulares como vizinhos ruins ou altos preços de condomínio.

Já para os anúncios com preços acima do valor de mercado, contar com a sorte é um dos principais motivos. “Os vendedores com altos preços por conta da grande variação de preços, então apostam tentar pegar o que conseguir. Em outros casos, os preços altos são baseados em futuras negociações com potencial de venda e também em uma falta de entendimento da realidade e preços de mercado. Existe uma crença de que os preços sempre sobem de uma forma ou de outra, e isso não é verdade. Também temos vendedores que não tem a intenção de vender e estão apenas testando o mercado, vendo se um alto preço vale à pena”, pondera Nathan.

Confira abaixo a análise completa:

Apartamentos de 61m², 2 quartos, 2ª mão, construído antes de 2000.

Bairro: Ipiranga

EndereçoPreço do apartamento avaliado pela PropdoPreço anunciadoDiferença (R$)Diferença(%)
Rua Cisplatina, 785430.000596.00066.00038%Maior
Rua Oliveira Alves 495560,000650.00090.00016% Maior
Praça Nami Jafet,44450.000770.000320.00071%Maior
Rua do Manifesto483.000599.000116.00024% Maior
Rua Cipriano Barata, 900430.000590.000160.00037%Maior
Rua Silva Bueno 2379457.000400.000-57.000-14%Menor
Rua Brigadeiro Jordão440.000380.000-60.000-15%Menor
Rua Lord Cockrane483.000360.000-123.000-34%Menor

Apartamentos de 82m², 2 quartos, 2ª mão, construído antes de 2000

Bairro: Pinheiros

EndereçoPreço do apartamento avaliado pela PropdoPreço anunciadoDiferença (R$)Diferença (%)
Rua Fernão Dias795.0001.175.000380.00047%Maior
Rua Fradique Coutinho1.000.0001.272.000,00272.00027%Maior
Rua Lisboa934.0001.270.000,00336.00035%Maior
Rua Cunha Gago1.295.000720.000,00-575.000-79%Menor
Rua Artur de Azevedo, 20131.353.000896.000,00-457.000-51%Menor
Rua Cardeal Arcoverde569.000690.000,00-121.000-21%Menor

A amostra foi feita a partir da localização da propriedade a nível de comparações da rua, bairro e áreas ao redor, além de preços médios baseados em uma gama de transações. Foi dada prioridade às transações no exato endereço das propriedades.

Abertura de três decorados do Most Moema acontece neste final de semana

O bairro de Moema, em São Paulo, recebe uma nova experiência com a inauguração de três decorados do empreendimento exclusivo Most Moema. O edifício da MPD Engenharia — considerada a 4º maior construtora do país pelo Ranking Intec 2022, em parceria DZ Inc. — oferece o privilégio de morar próximo ao Parque Ibirapuera e ao Aeroporto de Congonhas, além da comodidade de entradas e lazer independentes.
 

O Most Moema está localizado a nove minutos de bicicleta do Parque Ibirapuera e a 850m da estação Eucaliptos, o Most Moema dá acesso às principais vias da região, assim como ao Shopping Ibirapuera, bares, restaurantes, farmácias e supermercados.
 

A visita ao decorado é uma ótima oportunidade para quem deseja se inspirar e conhecer as tendências da arquitetura e decoração para três possibilidades de metragens: de 34 m², 80 m² e 147 m². O projeto é assinado pelos escritórios LCVC, Quitete & Faria e Chris Silveira, respectivamente.
 

“A abertura dos decorados possibilita que o cliente conheça a qualidade dos nossos projetos e veja toda a possibilidade oferecida de cada unidade, podendo entender melhor como ele se identifica com cada uma e materializando como ficará o seu imóvel”, afirma Débora Bertini, diretora de Incorporação da MPD Engenharia. 

O stand de vendas, que contará com corretores especializados, ficará aberto todos os dias, das 9h às 20h, na Avenida, Cotovia, 107, esquina com a rua Pintassilgo. As duas ruas têm entrada para o stand de vendas, que ainda disponibiliza serviço de Valet, brinquedoteca, bar e café. Além disso, com um olhar sempre voltado a oferecer a melhor experiência aos clientes, o stand disponibiliza ainda um espaço pet para quem quiser levar o seu companheiro, que também poderá aproveitar o passeio.
 

Mobilidade e modernidade à vida dos futuros moradores

O Most Moema oferece dois conceitos residenciais, o Most Moema Home e o Most Moema Smart. Com duas torres justapostas, mas com entradas e lazer independentes, o Most Moema Home, pensado no público que deseja morar com a família e o Most Moema Smart, para um público que deseja toda a comodidade em um imóvel mais prático. A torre do Most Moema Home oferece espaço delivery, brinquedoteca, playground, quadra recreativa, churrasqueira, pet place, salão de festas com terraço, espaço gourmet com terraço, coworking, espaço beauty, fitness, sauna, lounge, piscina infantil, piscina adulto, deck molhado e solarium. Distribuídas em 20 pavimentos tipo, três subsolos e pavimento de lazer, as unidades do Most Moema Home têm tamanhos entre 80 m² a 147 m², além de quatro duplex com metragens que variam de 185 m² a 300 m². Já o Most Moema Smart, apresenta apartamentos de 33 m² a 46 m² divididos em dez pavimentos tipo. Em sua torre há lavanderia compartilhada, bicicletário, espaço delivery, lobby/coliving, bar, espaço para minimercado, coworking, churrasqueira, fitness externo, espaço fitness e pet place.

Plataforma de tokenização imobiliária oferece cotas de 140 dólares por um imóvel comercial na região da Faria Lima, em São Paulo

Atenta às demandas do mercado imobiliário e à evolução da tecnologia blockchain, a Kodo Assets, uma plataforma de tokenização de Real Estate – que chega ao mercado para democratizar o acesso de investidores ao setor imobiliário, auxiliar no aumento de liquidez desse tipo de bem e reduzir as barreiras de acesso ao mercado, seja pelos altos custos de transação ou pela burocracia -, anuncia seu projeto de tokenização de imóveis no Brasil.

A tokenizacao permite fracionar um empreendimento em inúmeras e pequenas partes digitais, os quais podem ser vendidos a diversas pessoas por um preço unitário relativamente baixo, democratizando o acesso a esse tipo de investimento. Com a tokenização, é possível investir valores mais acessíveis em troca de tokens de ativos imobiliários.  O token imobiliário é um investimento de baixo risco em comparação com ações ou criptoativos, há uma barreira de entrada menor devido à redução do ticket mínimo de investimento se comparado ao mercado imobiliário. O mercado de tokens funciona globalmente, 24 horas por dia, 7 dias por semana e é estimado que a liquidez dos tokens Kodo seja consideravelmente maior do que seria investir diretamente em unidades imobiliárias tradicionais.

O bem tokenizado da Kodo Assets é um imóvel comercial localizado na região da Av. Faria Lima, área nobre da cidade de São Paulo, e possui uma área total de 1.144,52m², sendo a área BOMA de 552,58m², área privativa de 473m² e área comum de 671,52m². O conjunto encontra-se atualmente locado por uma grande multinacional.

O principal rendimento que se espera obter com esse imóvel são os aluguéis. A expectativa de rentabilidade anual do token, já com os descontos, é de 6% até junho de 2023 e de 6%+ reajuste anual do aluguel pelo IGPM. O valor resultante após os descontos será distribuído como dividendos à Kodo, a qual é emissora dos tokens representativos de direitos inerentes ao bem imóvel. Por fim, a Kodo se encarregará de distribuir os rendimentos aos detentores do token em suas próprias wallets, na proporção de participação de cada um no empreendimento. O pagamento da participação do lucro proporcional para os token holders será pago através da Stablecoin USDC, a stabelcoin com maior credibilidade e transparência do mercado cripto. Esse pagamento será feito na mesma carteira que possui os tokens da Kodo no momento da distribuição desses rendimentos.

“O titular do token Kodo terá direito a receber os dividendos dos aluguéis relativos a essa propriedade, na proporção de sua participação nos tokens versus o total de tokens emitidos pelo projeto e uma eventual venda do imobiliário subjacente, o que pode gerar um ganho de capital interessante”, resume Ciro Iamamura, CEO da Kodo Assets.

A empresa emitirá um total de 25 mil tokens desse imóvel, cada um sendo vendido por $140, além do custo de verificação KYC/AML, que será de $13 por usuário pessoa física e $25 por usuário pessoa jurídica. O valor mínimo para a compra é de 1 token Kodo e não há limite máximo de compra. O valor total da oferta é de US$ 3.500.000,00. A venda de tokens está prevista para acontecer em meados de novembro.

Por meio da tecnologia blockchain, a ideia é que a empresa possa colaborar com a revolução do setor imobiliário, possibilitando que investidores possam adquirir imóveis de forma segura e ágil, sem a burocracia e os altos custos do mercado tradicional, tendo acesso a diferentes mercados em todo o mundo. “Estamos falando de acesso global a mercados que, até então, eram locais, limitados pela localização física dos imóveis ou disponíveis apenas para investidores qualificados. Nesse sentido, a digitalização de Real Estate pode democratizar o acesso a esse tipo de investimentos, pois eles passam a ser disponibilizados a públicos no mundo inteiro. Acreditamos que a tokenização de ativos pode ser fundamental para revolucionar esse mercado em todo o mundo”, destaca Ciro.

O imóvel comercial localizado na região da Av. Faria Lima é apenas o primeiro projeto da Kodo Assets no Brasil. Segundo Helena Margarido, advisor da Kodo Assets, há uma demanda crescente e justificável por imóveis em São Paulo. “O preço médio do metro quadrado no centro da cidade gira em torno de US$ 2.613,042. Contudo, se considerarmos algumas de suas cidades-irmãs, encontraremos, por exemplo, Chicago, com o preço médio de US$ 4.137,144 e Lisboa, com o preço médio de US$ 5.239,255. Por conta disso, é plausível acreditar que o valor dos imóveis em São Paulo esteja (e muito) subprecificado. Em outras palavras, acreditar em uma valorização ainda mais crescente no preço dos imóveis da cidade para os próximos anos é uma conclusão natural se observarmos o grau de importância que São Paulo ocupa no mundo e os preços médios praticados em cidades similares”, diz.

Venda dos Tokens

Para ter acesso aos Tokens, o investidor deve acessar o site oficial da Kodo Assets, preencher um formulário com informações pessoais, apresentar documentos e passar pelo processo de reconhecimento facial. Após a verificação de KYC/AML (regras relativas a “conheça o seu cliente” e a “prevenção à lavagem de dinheiro”) e cadastro aprovado, o usuário poderá adquirir quantos tokens KODO quiser. O pagamento poderá ser feito em USDC, USDT e BUSD, desde que emitidas em redes que suportem EVM. A transferência dos tokens ocorrerá assim que todos os tokens KODO forem alienados e serão enviados para a mesma carteira de origem dos recursos utilizados para o pagamento do token. Por motivos de KYC/AML em nenhuma hipótese o token será enviado para uma carteira que não tenha sido submetida ao processo de verificação em referência.

Quem detém um token possui acesso a todas as informações referentes a ele armazenadas em blockchain e disponível para consulta, caso seja necessário. Mesmo que o ativo seja revendido centenas de vezes, é possível fazer um rastreamento completo de cada transação e encontrar o atual dono sem muita dificuldade. Esse recurso traz transparência e confiabilidade para as transações.

“Com o uso dos smart contracts a necessidade de intermediação para a negociação e registro de tokens cai por terra. Além de diminuir o custo pela não necessidade de terceiros, todo o processo se torna muito mais ágil e eficiente. Nesse sentido, a tokenização pode aumentar a eficiência e reduzir drasticamente os custos de transação, ajudando a fortalecer o mercado como um todo”, reforça Ciro Iamamura.

Com R$ 5 milhões de investimento, Juntos Somos Mais inaugura hub tecnológico em Portugal

Desde o início do ano, a Juntos Somos Mais, joint venture da Tigre, Gerdau e Votorantim Cimentos, criadora do maior ecossistema de construção civil do país, anuncia ao mercado a abertura de um hub tecnológico em Portugal. Com inauguração oficial para dia 18 de outubro, a base tecnológica que será em um coworking na região do Chiado, em Lisboa, receberá um investimento aproximado de R$5 milhões. 

Esse importante passo internacional da startup tem como objetivo a atração e retenção de talentos na área da tecnologia. “Contratar e reter profissionais da área tech tem sido um desafio para todas as empresas. Com este cenário, entendemos que faz sentido expandir a contratação de talentos para a Europa. Com a abertura do hub em Portugal, pretendemos contratar profissionais nativos e possivelmente brasileiros que vivem por lá. Nada impede, também, a contratação de profissionais de outros países próximos, como França, Itália e Alemanha. Além disso, queremos valorizar os colaboradores que trabalham no Brasil, oferecendo a oportunidade de continuar atuando na empresa, mas com a possibilidade de viver uma nova cultura em Portugal”, explica Danny Farias, CTO da Juntos Somos Mais. 

O projeto espera contratar 20 profissionais da área da tecnologia até outubro de 2023. “Pretendemos atrair esse número robusto de colaboradores, mas nosso objetivo vai muito além disso. Já na inauguração, contamos com 8 colaboradores, então é muito provável que novas vagas sejam abertas também em 2024, já que a demanda por profissionais de tecnologia nunca diminui”, aponta o CTO. “O país tem uma boa qualidade de vida com um baixo custo, e quem trabalha com carteira assinada tem facilidade no acesso ao crédito. Por isso, o turnover é baixo em comparação com outros países”, comenta Filiphe Curvello, Head do Departamento Legal da startup. 

Outro ponto a ser destacado é que a atuação do time da empresa é híbrida no Brasil e será assim também em Portugal. “O nosso modelo de trabalho é muito positivo para encontrarmos diversos profissionais de tecnologia, sem a barreira geográfica e do idioma, além disso, nossa atuação em squads e com processos ágeis facilita o intercâmbio cultural, de troca de conhecimento e muito aprendizado. Por enquanto, nosso foco é encontrar talentos de .Net, mas no futuro expandiremos para outras tecnologias que atendem outros produtos da Juntos”, finaliza Farias.

Bild lança 7º empreendimento no Jardim Olhos D´Água, em Ribeirão Preto

Após identificar um grande potencial de valorização do Jardim Olhos D’Água, na zona sul de Ribeirão Preto, a construtora Bild Desenvolvimento Imobiliário – que conta com quatro edifícios em obras somente na região (em fases avançadas) e dois entregues recentemente – lança mais um empreendimento no bairro. O Évero é um projeto de alto padrão com unidades de 166 m² com até quatro suítes e vista eterna para o parque. 

Segundo o sócio diretor da Bild em Ribeirão Preto, Thiago Faraco, a região do Jardim Olhos D’Água é o principal eixo hoje de crescimento da cidade, atraindo para o local novas construções, tanto residenciais quanto comerciais. “Nossos dois empreendimentos já entregues na região – edifícios Magna Vista e Perspective – foram considerados sucesso de vendas. A zona sul é o local que hoje concentra um forte vetor de crescimento residencial. Exemplo é o desenvolvimento rápido dos bairros Jardim Olhos D’Água e Quinta da Primavera nos últimos anos. Um exemplo de que a população busca por regiões valorizadas e mais próximas da natureza.”

Segundo o diretor, é esse o conceito que a empresa traz para o lançamento do Évero: a junção entre as facilidades da vida urbana, com a beleza da natureza que o bairro oferece. O edifício será construído em um terreno de quase 4 mil m², com torre única e 108 unidades, com diversas opções de plantas e ampla varanda gourmet.

Além dos mais de 20 itens de lazer, o residencial apresenta ainda piscina com raia coberta e spa – novidade na região, Family Grill com piscina privativa, quadra de squash e outro destaque para a área aquática: piscina com borda infinita, com vista para o Parque Olhos d’Água, deck solarium e lounge mirante.

Outros ambientes também ganham destaque como o espaço coworking, movie games, pub, espaço festas e fitness. Todos climatizados e decorados. “Os hábitos dos consumidores mudaram e hoje eles buscam imóveis com espaço para home-office e ambientes mais confortáveis em que a família possa aproveitar todo o espaço com segurança e comodidade”, destaca Faraco.

Cyrela, MRV Engenharia e Saint-Gobain são as empresas do setor de Construção e Imobiliário que mais contratam startups no país

Nesta terça-feira (18/10), a 100 Open Startups anunciou o Ranking TOP Open Corps 2022, que reconhece as corporações que mais praticaram inovação aberta com startups no país no último ano. Como nas edições anteriores, além das TOP 100, também foram reconhecidas as corporações líderes em 25 categorias de mercado.

No setor de Construção e Imobiliário, as corporações TOP 10 foram Cyrela, MRV Engenharia, Saint-Gobain, Andrade Gutierrez, Dexco, Engeform, Saphyr Shopping Centers, KPE ENGENHARIA, Syn Prop & Tech e Cataguá Construtora, responsáveis por 53% dos relacionamentos com startups. O Ranking 100 Open Startups identificou 73 empresas que tiveram relacionamentos de open innovation com startups pela primeira vez no último ano, o que elevou para 215 o número de Open Corps identificadas no Brasil, o que equivale a 5,9% de todas as empresas que fazem open innovation com startups no país.

No total, as corporações dos setores de Construção e Imobiliário estabeleceram 947 relacionamentos de negócios com 421 startups no último ano, um crescimento de 46% em relação a 2021. O tipo de contrato mais comum foi serviços ou produtos das startups, seguido pelo matchmaking e conexão com as startups.

Esses 947 relacionamentos de negócio transacionaram diretamente cerca de R$ 145 milhões (contra R$ 92 milhões no ano anterior). O impacto direto em benefícios para ambos os lados e para o setor como um todo, certamente, é muitas vezes superior a esse número.

Além disso, a maior parte dos relacionamentos das empresas dos setores de Construção e Imobiliário foi com startups ConstrucTechs (26%). Porém, é notável também a participação das IndTechs, com 22%, e ProductivityTechs, com 19% dos relacionamentos registrados no setor.

Publicado desde 2016, o Ranking 100 Open Startups se consolidou como o maior ranking corporativo da América Latina e é considerado referência para o mercado. Construído a partir de critérios objetivos – com base nos relacionamentos estabelecidos entre corporações e startups -, a lista reconhece e premia as corporações líderes em open innovation com startups, além das startups mais atraentes para o mercado corporativo.

Em 2022, a publicação chega à sua sétima edição, com números recordes do ecossistema de inovação. Foram registrados 42.588 relacionamentos de open innovation entre corporações e startups, um aumento de mais de 61% em relação à edição 2021.

Das 6.438 corporações que buscam startups no país, 4.449 tiveram relacionamentos de open innovation com ao menos uma startup e, das 25.016 startups que fazem parte da plataforma 100 Open Startups, 3.821 fizeram negócios com ao menos uma corporação.

Conheça as TOP 10 Construção e Imobiliário:

1 – Cyrela

2 – MRV Engenharia

3 – Saint-Gobain

4 – Andrade Gutierrez

5 – Dexco

6 – Engeform

7 – Saphyr Shopping Centers

8 – KPE ENGENHARIA

9 – Syn Prop & Tech

10 – Cataguá Construtora

Preço de aluguel no Rio de Janeiro fecha em alta no terceiro trimestre de 2022

De acordo com o relatório mensal de preços de setembro do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, o preço médio dos imóveis no Rio de Janeiro, seja para alugar ou comprar, subiu ao longo do mês.

No caso do aluguel, o valor médio mensal em setembro ficou em R$ 2.131 para os apartamentos de dois quartos, subindo 0,8% no mês. Já para os imóveis à venda, o relatório aponta um preço de R$ 8.875 por m², com alta de 0,1% em setembro.

Balanço do terceiro trimestre e últimos 12 meses

No fechamento do terceiro trimestre de 2022, o index aponta um incremento de preço no aluguel de 3,0% no Rio de Janeiro, maior que São Paulo (+2,5%), Brasília (+2,4%) e Belo Horizonte (1,3%), porém menor que Curitiba (6,2%).


Na análise dos imóveis à venda, houve uma queda de preço de 0,2%, levemente superior ao da inflação no mesmo período (-0,1%)

No acumulado dos últimos 12 meses, o valor do aluguel subiu 5 p.p. acima da inflação. Para as propriedades à venda, o preço aumentou 1,9% (abaixo da inflação), derivando em uma queda real de 6.1 p.p.

Valores por região e bairros do Rio de Janeiro

Quando se trata de aluguel, Zona Sul é a mais cara da cidade, com um valor médio mensal de R$ 3.129. Zona Oeste é a mais econômica, custando R$ 1.044 por mês.

Valor médio do aluguel mensal nas regiões do Rio de Janeiro:

RegiãoValor do aluguel (R$)Variação MensalVariação Anual
Zona Oeste1.044-1,2%0,8%
Grande Méier1.1730,8%3,8%
Zona Norte1.1740,6%4,5%
Ilha do Governador e Zona da Leopoldina1.303-0,5%7,8%
Grande Tijuca1.5461,0%5,4%
Centro1.764-2,2%4,1%
Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá1.8342,2%16,2%
Zona Sul3.1290,8%17,6%

Na análise dos bairros, Leblon e Ipanema têm o maior preço de locação, custando acima de R$ 4.300 por mês. Guaratiba é o mais econômico, com um aluguel médio mensal de R$ 944.

ALUGUEL – BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS
Mais baratos (R$)Variação MensalVariação Anual
Guaratiba944-2,1%0,4%
Realengo9572,1%-2,6%
Senador Vasconcelos966-2,8%19,9%
Mais caros (R$)Variação MensalVariação Anual
Urca3.605-3,0%S/D
Ipanema4.3891,4%15,2%
Leblon4.9311,5%S/D

Para quem deseja comprar um imóvel, Zona Sul é a mais cara, com um m² no valor de R$ 13.406. Já Grande Bangu é a mais barata, custando R$ 3.553 por m².

Valor médio do m² mensal nas regiões do Rio de Janeiro:

RegiãoValor do m²Variação MensalVariação Anual
Grande Bangu3.553-3,8%-0,4%
Zona Oeste3.7142,7%5,9%
Zona Norte4.006-0,5%-0,8%
Grande Méier4.325-1,5%-3,9%
Ilha do Governador e Zona da Leopoldina5.1220,5%2,0%
Grande Tijuca6.342-0,4%-2,8%
Centro6.747-1,5%3,7%
Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá7.7480,5%4,2%
Zona Sul13.4060,2%1,7%

Entre os bairros, Leblon lidera da lista dos mais caros, com um m² custando R$ 21.756. Turiaçu, na Zona Norte, fecha setembro como o mais econômico: R$ 2.387 por m².

BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS
Mais baratos (R$)Variação MensalVariação Anual
Turiaçu2.3871,8%-4,3%
Coelho Neto2.405-0,6%-2,2%
Cavalcanti2.757-6,1%4,0%
Mais caros (R$)Variação MensalVariação Anual
Lagoa16.412-0,6%-0,3%
Ipanema19.7340,0%3,1%
Leblon21.7560,8%-0,4%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. O relatório de setembro apontou um índice de 4,48% bruto anual, o que significa que são necessários 22,3 anos de aluguel para reembolsar o investimento de compra, 8,2% a menos que um ano atrás.

Zona Norte e Grande Tijuca são as regiões que oferecem mais retorno para os investidores. Padre Miguel e Vaz Lobo são os melhores bairros para quem busca renda.

Rentabilidade por região

RegiãoRentabilidade
Zona Sul3,9
Barra da Tijuca e Baixada de Jacarepaguá4,3%
Ilha do Governador e Zona da Leopoldina4,3%
Zona Oeste4,5%
Centro5,0%
Grande Méier5,3%
Grande Tijuca5,4%
Zona Norte5,5%

Os dados do relatório mensal de preços do Imovelweb, também chamado de Index, são gerados com base em 100% dos imóveis listados no portal, seja aluguel ou venda, mostrando o preço médio das propriedades.

Vendas líquidas no 3º trimestre da GAFISA crescem 143% e atingem R$ 184,5 milhões

Sense Icaraí, lançamento realizado em Niterói (RJ)

A Gafisa, uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil, anuncia sua prévia operacional do 3º trimestre de 2022. A companhia atingiu R$ 184,5 milhões em vendas líquidas, um aumento de 143% em comparação com o mesmo período de 2021.
 

Nos primeiros nove meses do ano, a Gafisa atingiu R$ 621,3 milhões nas vendas líquidas, resultado 62% maior do que o alcançado no mesmo período de 2021. O resultado se deve, principalmente, às vendas de empreendimentos residenciais em construção (50%). Os lançamentos responderam por 31% das vendas líquidas e os concluídos, por 19%. Com a performance de vendas, o estoque atual é de R$ 1,9 bilhão. As vendas brutas atingiram R$ 237,1 milhões, crescendo 48%. O aumento do período, de 143%, foi alcançado também porque houve forte redução de distratos nesse ano, comparados a 2021.

No 3º trimestre, a Gafisa lançou o empreendimento Sense Icaraí, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. O Valor Geral de Vendas (VGV) foi de R$ 204 milhões. Houve também o pré-lançamento do Cidade Jockey na cidade de São Paulo, com R$ 340 milhões de VGV, que deverá impulsionar vendas nos próximos trimestres. Entre pré e lançamentos, a Gafisa ultrapassa R$ 1 bilhão em VGV no ano de 2022. Cerca de 98% do estoque está localizado nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro.

“O resultado supera nossas expectativas, considerando os juros mais altos e as eleições, mas está dentro de um cenário de maior estabilidade econômica pós pandemia. E ratifica também nossa assertividade em focar no mercado de alto luxo, que tem maior demanda por moradias melhores e está menos afetado pelas mudanças no cenário. O alto padrão representou 46% das vendas e o médio alto, 44%. E nosso estoque hoje tem 84% das unidades nesses segmentos, o que nos traz tranquilidade com relação às vendas futuras. Trouxemos excelentes produtos em termos de localização, design, arquitetura, áreas de lazer, tecnologias e tivemos esse êxito. Nossos projetos são reconhecidos como icônicos e diferenciados”, explica Henrique Blecher, CEO da Gafisa.

Vellore Ventures fecha parceria com G8 e promete revolucionar o mercado matcon

Objetivo é alavancar startups que trazem soluções tecnológicas e inovação no segmento do varejo da Construção Civil 

A Vellore Ventures fechou uma parceria estratégica com o Grupo G8 para desenvolvimento de tecnologias capazes de revolucionar o mercado matcon. As duas companhias vêm de uma relação comercial antiga e agora o foco é o investimento conjunto em inovação.  

O projeto colaborativo engloba o aporte de capital e o networking com empresas do setor de varejo da construção civil. A meta é alavancar as startups da Vellore do ponto de vista comercial até a captação de investidores diretos em rodadas de negócios. 

Como contrapartida, os executivos do G8 receberam cadeiras no conselho de seleção e acompanhamento das startups do portfólio. Assim, podem participar de todo o processo de captação de negócios e criação de ofertas. O grupo, por sua vez, vai desenvolver ações com a finalidade de abrir portas do mercado para as startups. 

“Essa união é um marco para o mercado matcon. Por um lado, a Vellore Ventures vai conseguir mergulhar no universo do varejo, ampliando seu know-how com a colaboração de outras empresas. Por outro, o G8 passa a ser um dos pioneiros no apoio ao desenvolvimento de tecnologia e startups nesse setor”, analisa Patrícia Pacheco Zanlorenci, CEO da Vellore Ventures. 

Além disso, a executiva explica ainda que o início das operações conjuntas vai alavancar as startups no aspecto da agilidade. A expectativa é atingir 30 Startups ao longo de 5 anos – de forma sólida e consciente.