BB passa a oferecer financiamento imobiliário com taxas diferenciadas

A partir desta terça-feira, 20, o BB passa a oferecer aos clientes a opção de financiamento imobiliário com taxas de juros diferenciadas por prazo de operação. A novidade, inédita no mercado financeiro, busca atender demandas de clientes por taxas mais baixas em prazos de financiamento menores.

Com a mudança, válida para as linhas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Carteira Hipotecária (CH), as taxas de juros passam a considerar o prazo da operação escolhido pelo cliente, ou seja, quanto menor o prazo, menor será a taxa. Com isso, a menor taxa de financiamento imobiliário no BB passa a ser 7,99% ao ano.

Agora, as novas faixas de prazo são as seguintes:

· 60 meses – taxa a partir de 7,99% a.a. + TR
· De 61 a 118 meses – taxa a partir de 8,05% a.a. + TR
· De 119 a 178 meses – taxa a partir de 8,10% a.a. + TR
· De 179 a 238 meses – taxa a partir de 8,15% a.a.+ TR
· De 239 a 298 meses – taxa a partir de 8,24% a.a. +TR
· De 299 a 358 meses – taxa a partir de 8,29% a.a. +TR
· De 359 a 418 meses – taxa a partir de 8,45% a.a. + TR

Nas linhas SFH e CH, o cliente também conta com os diferencias de carência de até seis meses e a possibilidade de pular a parcela um mês por ano.

A simulação com as novas taxas por prazo já pode ser conferida na página bb.com.br/imoveis.

A contratação de financiamento imobiliário está disponível também no app BB e no autoatendimento pela internet. Nesses canais, é possível aprovar o crédito, contratar seguro, fazer upload dos documentos e enviar proposta para análise.

A contratação pelo app BB ou pela internet proporciona mais agilidade e comodidade aos clientes, que somente comparecem a uma das agências BB para assinatura do contrato.

Fonte: Banco do Brasil

Caixa lança linha de crédito imobiliário atualizada pelo IPCA

A Caixa lançou, nesta terça-feira (20), a linha de financiamento habitacional com atualização do saldo devedor pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A contratação de crédito imobiliário com índice de preços foi regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e seu enquadramento foi ampliado, na semana passada, para os financiamentos de imóveis residenciais no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), além do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a alternativa de financiamento imobiliário com atualização pelo IPCA representa uma revolução no mercado. “É uma redução do custo do crédito, algo que a gente acredita que vai ter impacto no crescimento econômico dos próximos anos. Vai ter mais emprego, mais crédito e vai movimentar a economia”, diz o presidente.

A taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados nos SFH e SFI será de IPCA+2,95% ao ano (a.a.) e taxa máxima será de IPCA+4,95% a.a. As taxas valem para novos contratos e já estarão vigentes a partir da próxima segunda-feira (26).

Os contratos de financiamento habitacional com atualização pelo indexador IPCA seguirão as seguintes condições:

  • Prazo máximo de 360 meses;
  • Quota máxima de financiamento de 80%.

A decisão quanto à aplicação da correção será do cliente. “A Caixa oferecerá o crédito imobiliário corrigido pelo IPCA ou pela TR (Taxa Referencial). Outra vantagem desta operação é que a Caixa vai poder vender parte desse crédito de uma maneira mais fácil. Vamos securitizar parte do que a Caixa ‘originar’. Isso vai ser muito importante para o mercado de capitais”, diz.

As simulações já podem ser realizadas no site da Caixa, onde o cliente pode comparar os juros e condições para o financiamento. As novas taxas variam de acordo com o nível de relacionamento do cliente com o banco.

Tabela comparativa das taxas de juros com TR e IPCA

Outras medidas para o crédito imobiliário em 2019

Em junho, a Caixa anunciou a redução de até 1,25 p.p. nas taxas de juros para operações pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e divulgou também novas alternativas para renegociação de contratos habitacionais para pessoa física. A taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) é de 8,5% a.a. e a máxima de 9,75% a.a.

Fonte: Caixa


Construtivo traz para o Brasil solução inédita de realidade aumentada integrada

Imagine um engenheiro num canteiro de obra fazendo a inspeção da construção e, utilizando óculos de realidade aumentada, ele poder ter acesso a qualquer informação pertinente àquele projeto apenas olhando para a área que precisa obter dados. Parece ficção, mas a solução da Augmensys, empresa austríaca de software,  já está disponível no Brasil por meio do  Construtivo, companhia de Tecnologia da Informação com DNA em engenharia. A Voith Digital Ventures, nova divisão da Voith que oferece soluções para a Indústria 4.0, é a parceira para o fornecimento de consultoria para a implementação do sistema.

A solução, denominada Ubik, foi desenvolvida pela empresa austríaca Augmensys, especializada em realidade aumentada para processos industriais. Utilizando óculos de realidade aumentada, tablete ou celular, basta que o dispositivo seja direcionado para a área ou equipamento que se queira obter informações, e todos os dados referente ao projeto que estão contidos no Colaborativo, plataforma de gestão de processos e documentos na nuvem do Construtivo, são disponibilizados de forma integrada e visual. Basta o usuário pedir os dados, e as informações aparecem no visor dos óculos ou na tela do dispositivo.

Já na fase de operação, a solução fornece digitalmente informações relacionadas aos documentos técnicos e desenhos, por exemplo, oriundos do Colaborativo. E, quando integrada a softwares de gestão, como o SAP, a aplicação se torna mais reforçada para as demandas em campo. Além de fornecer informações que foram geradas durante o projeto apenas direcionando o dispositivo para área que se pretende receber informações, a solução Ubik também permite que o usuário agregue dados ao sistema por meio de comando de voz.

“Numa necessidade de alerta para a manutenção de um equipamento, por exemplo, é possível que o usuário dê o alerta via voz e o sistema adaptado no dispositivo envia as informações ditadas para a plataforma de dados que, imediatamente, autoriza o serviço de acordo com a sua configuração”, comenta Marcus Granadeiro, CEO do Construtivo.

Vale ressaltar que o Ubik pode integrar diferentes plataformas de informações, de acordo com o perfil de cada cliente. “Estamos ampliando nossa atuação na América Latina por meio de parceiros. A missão da Augmensys junto ao Construtivo é alavancar nossa presença e apresentar ao mercado uma solução móvel que beneficia o trabalho no campo fornecendo, em tempo real, informações estratégicas para potenciar a atuação dos profissionais”, finaliza Charles Craddock, CEO da Augmensys.

Startup brasileira traz novo modelo que resolve as dores de quem quer comprar um imóvel

Quem já comprou um imóvel sabe o quanto esse processo pode ser doloroso. Dias, meses, até anos em uma jornada, muitas vezes frustrante, na busca pelo imóvel ideal. É comum ouvir de quem já passou por isso, como faltam informação e transparência para simplificar e agilizar o processo.

Atentos a isso, dois executivos do mercado imobiliário, Eduardo Tinari (ex-VP Comercial do Grupo Zap) e Alessandro Silva (ex-VP de Marketing do Grupo Zap), reuniram suas experiências de mais de 10 anos de atuação em portais imobiliários para criar a empresa keyfast, somando com o que existe de melhor na tecnologia mundial com foco na qualificação de leads (contatos de interessados).

“Somos a primeira plataforma de geração e qualificação de leads para o mercado imobiliário, comprometida em conectar o comprador certo, ao anunciante certo, no momento certo, acelerando a liquidez do mercado e maximizando a satisfação dos participantes da cadeia de valor”, afirma Alessandro, que na nova empresa acumula as funções de Produtos e Marketing. “Fazemos isso usando as ferramentas mais avançadas de inteligência artificial e machine learning disponíveis”, acrescenta.

A empresa atua como um concierge, que acompanha o potencial comprador em todas as etapas da jornada, garantindo que a transação aconteça. Para isso, a empresa busca entender em profundidade a necessidade do comprador, a traz em um modelo de marketplace as soluções necessárias, inclusive de crédito imobiliário, para que negócio se concretize.

A atuação primária da keyfast será junto aos corretores e imobiliárias, apoiando-os no relacionamento junto aos compradores. “Além de muita tecnologia, trazemos um modelo comercial baseado 100% no sucesso. Ou seja, apenas quando a transação de compra e venda se concretiza é que toda a cadeia de valor é remunerada”, diz Tinari, que é responsável pelos times comercial e de operações da empresa. “Os corretores, as imobiliárias, todos os agentes do mercado estão acostumados a pagar para anunciar os imóveis de suas carteiras, sem ter certeza de que conseguirão fechar negócio. Esse modelo precisa ser revisto. Nós quebramos essa lógica. A keyfast só ganha dinheiro, quando a transação acontecer. Por isso, nosso foco é na liquidez do mercado.”, complementa.

Diferente do modelo dos portais imobiliários tradicionais, que fazem arbitragem de mídia, a keyfast tem um modelo focado no sucesso da transação. “Os portais são um negócio de mídia tradicional. A keyfasté um negócio de tecnologia imobiliária fundamentado em dados e inteligência tanto do potencial comprador como dos imóveis no mercado, promovendo o match perfeito entre eles.”, diz Alessandro Silva.

A nova empresa tem como sócio a keycash, de Paulo Humberg, um dos pioneiros da internet no Brasil, que participou da criação de empresas como Shoptime, iBest e Brandsclub. Humberg, que hoje está à frente da keycash, vê uma grande sinergia entre os dois negócios. “Na keycash compramos e vendemos apartamentos usados com suporte de algorítimos que encurtam etapas. Nosso sucesso depende de acertar na escolha dos imóveis que compramos, e na velocidade com que revendemos. A keyfast, através de sua rede de parcerias e dos seus algoritmos, agilizam esse processo, em total sinergia com a keycash“, diz Humberg.

No primeiro ano de operação os sócios farão investimentos de US$ 10 milhões. O maior aporte será desembolsado pela sócia majoritária, a Keycash.

O foco do novo negócio agora é na construção das parcerias com os agentes do mercado imobiliários para construir a plataforma de negócios, e as conversas já estão avançadas com as principais redes de imobiliárias, CRM’s imobiliários, portais e bancos. A visão dos sócios é de que em um prazo de 3 meses, as primeiras transações estejam acontecendo.

“Em qualquer economia do mundo, o mercado imobiliário é importante, e no Brasil não é diferente. Aqui esse é um mercado de R$ 600 bilhões/ano. Planejamos com a keycash e keyfast ser parte significativa desse mercado”, finaliza Humberg.

Como a biometria pode auxiliar na manutenção de um condomínio seguro?

Yong man push down the electronic control machine to access the door

Quase toda semana, roubos a condomínios são notícia em várias capitais brasileiras. Tamanha insegurança tem levado os condôminos a buscarem alternativas que tornem as áreas onde moram ainda mais seguras. Para tentar driblar as tentativas de assalto a condomínios e reforçar a segurança, algumas tecnologias que antes eram usadas somente em empreendimentos comerciais começaram a se popularizar nos residenciais, como o controle biométrico. Essa gestão se mostrou mais eficiente, pois, além da segurança, agilizou a entrada e a saída dos moradores dos condomínios.

O controle de acesso biométrico demanda um estudo prévio e simples do condomínio para definir quantos equipamentos serão necessários para dar o suporte ao local. Quando falamos em portaria remota que se utiliza da biometria, ela é “salva” dentro de um sistema central que permite o registro dos acessos de qualquer pessoa que tenha entrado ou saído do prédio, inclusive os horários em que isso ocorreu. Para o síndico, é um facilitador também na hora de verificar a entrada e a saída dos funcionários do condomínio e dos prestadores de serviço dos apartamentos ou casas.

A praticidade e a conveniência da biometria fazem dela um item necessário em qualquer moradia que preze pela segurança nos dias atuais. Quando chega um visitante, ele se identifica e é autorizado a subir pelo morador ou porteiro, que podem ser facilmente enganados por assaltantes disfarçados; ou seja, qualquer um pode se passar por outra pessoa. Para se ter uma ideia da eficácia da biometria, podemos analisar alguns dados pela minha própria experiência na carreira.

Cerca de 95% dos acessos aos condomínios são realizados eletronicamente, o que diminui em 22 vezes a probabilidade de a portaria ser enganada por alguém mal-intencionado. É o mesmo sistema que funciona nos bancos quando, para fazer alguma transação ou saque, é necessária sua biometria; ou seja, somente você pode realizar o procedimento. Não é à toa que os bancos passaram a utilizar essa tecnologia, que minimiza os riscos e as chances de erros humanos.

A portaria remota — e a biometria, por consequência — também acaba provocando uma redução dos custos com questões de segurança, pois o sistema integrado dela, alarmes, câmeras e outros dispositivos permitem que qualquer ocorrência de problemas em equipamentos sejam resolvidos rapidamente, sem a necessidade de contratar empresas terceirizadas, além, é claro, da manutenção mais em conta por estarem dentro de um mesmo plano de contrato. Enfim, é necessário conhecer e saber usar as tecnologias a nosso favor, minimizando falhas e sempre pensando na segurança em primeiro lugar.

Por Walter Uvo, especialista em tecnologia de segurança de condomínios da MinhaPortaria.com

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Sucessor lidera transformação digital de imobiliária e dobra margem líquida

De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 90% das empresas brasileiras são familiares. A grande questão que envolve esse expressivo pilar da economia – que representa 65% do PIB (Produto Interno Bruto) – é a sucessão. Especialistas apontam que menos de 30% das empresas conseguem passar o negócio para os descendentes.

Executivos como Paulo Fernandes, sucessor da principal imobiliária de Brasília, Beiramar Imóveis, provam o contrário. O empreendedor liderou a transformação digital da empresa enquanto CIO e conquistou aumento de 45% nas locações, além de conseguir dobrar sua margem líquida. Os resultados demonstram o valor de renovar lideranças e expôr as empresas a ideias novas, gerando um ambiente mais favorável para a inovação.

Com isso, se inspirou para a startup RuaDois, que realiza a transformação digital de imobiliárias para fazer frente aos concorrentes nativos digitais.

“Participo do setor imobiliário desde que nasci e comecei a ver uma transformação muito grande, diversas notícias falavam sobre players que poderiam acabar com as imobiliárias. Entre resistir cegamente e estudar o necessário para consolidar uma ideia com potencial de mudar esse cenário, preferi a segunda opção”, conta Fernandes.

A vontade de inovar não parou por aí: além de seguir no cargo de CIO da Beiramar, Paulo se inspirou para criar a startup RuaDois, que realiza a transformação digital de imobiliárias para que elas consigam fazer frente a seus concorrentes nativos digitais.

Para o cientista e empreendedor Silvio Meira, autor do livro Novos Negócios Inovadores de Crescimento Empreendedor no Brasil, para alcançar um bom desempenho, é preciso unir a cultura do desempenho à cultura da inovação. Assim, é possível aumentar consideravelmente a interação entre a equipe e, por conseguinte, a criação de novas ideias.

Empresas consolidadas e respeitadas no mercado crescem e inovam em seus serviços, principalmente graças à chegada de mentes jovens e disruptivas, que estão transformando seus negócios.

“Para crescer em um cenário de extrema concorrência, é preciso preservar a integridade da marca – já consolidada pela família – com grandes noções de gerenciamento, ao mesmo tempo em que acompanha as modificações e tendências do cenário. Para isso, é preciso ter preparo e estar sempre atento ao que o cliente precisa de fato”, afirma Paulo.

Corretor de imóveis: uma carreira em transformação digital

Por Livia Rigueiral, CEO do Homer

De acordo com a Pesquisa Paradigma Digital, realizada pela Talenses e Digital House, 85% das empresas do setor de serviços estão em busca de profissionais digitais. A procura tão grande se explica não apenas por uma aposta maior em pessoas com habilidades tecnológicas, mas é sobretudo um indicativo da transformação digital no mercado de trabalho.

De fato, muitas profissões estão passando por mudanças drásticas no que diz respeito às suas funções e impacto gerado da sociedade. Uma delas é a do corretor de imóveis. Se antes a imagem que tínhamos deste profissional era de alguém avesso à tecnologia, atualmente o cenário é o oposto.

Na verdade, hoje é difícil imaginar um corretor que não reconheça o benefício da tecnologia em seu trabalho.Para dar clareza a estes panoramas tão distintos, vale fazer uma comparação: tradicionalmente, os corretores trabalhavam com uma cartela de clientes e imóveis bastante restrita, voltada a uma região específica ou área de atuação do seu interesse, como venda ou aluguel.

Em contrapartida, hoje, com a ajuda de tecnologia, é possível que um mesmo corretor tenha acesso a um portfólio infinitamente maior de imóveis e tenha a oportunidade de fechar mais parcerias com outros corretores a partir do uso de apps que facilitam o seu trabalho. Atualmente, o corretor trabalha como um verdadeiro curador de sugestões de imóveis.

Estes aplicativos ajudam a conectar corretores e servem como ambiente seguro para negociações imobiliárias. Ao colocar o profissional no centro das atenções, tais iniciativas valorizam o trabalho do corretor e permitem que eles tenham mais agilidade no seu dia a dia, além de servir como ferramentas gratuitas de networking.

Neste sentido, a tecnologia, que antes era vista como uma ameaça à profissão do corretor, hoje deve ser entendida como uma facilitadora e uma ferramenta que pode ajudar corretores a impulsionar suas vendas.

Como as pessoas compram e vendem um imóvel poucas vezes em sua vida, e uma vez que as opções são imensas devido ao acesso facilitado a informações pela internet, é ainda mais importante que o cliente conte com a ajuda de um especialista no assunto para ajudar no momento da escolha.

É como em um restaurante com cardápio muito variado: o cliente costuma ter dúvidas sobre o que pedir e então conta coma ajuda de quem entende – neste caso, o garçom.Além disso, a transformação digital ainda permitiu que o trabalho do corretor se tornasse mais humano e produtivo.

Como as aplicações digitais liberam o profissional de tarefas repetitivas para se concentrar nas reais necessidades de quem o procura para comprar ou vender um imóvel, a tendência é que o corretor tenha mais condições de estabelecer relacionamentos de confiança com toda sua cartela de clientes.

Neste sentido, é ainda mais importante que o corretor saiba estabelecer conexões genuínas com seus clientes, exercendo empatia genuína e entendendo a fundo do que cada pessoa precisa.Assim como qualquer carreira em transformação digital, como é o caso do marketing, finanças e RH, o corretor de imóveis deve ser inovador, desenvolver habilidades de aprendizado contínuo e ter facilidade de adaptação, e dar uma especial atenção para a necessidade de reciclagem constante, com a participação de cursos, palestras e eventos de aperfeiçoamento profissional. Aprender nunca é demais.

Lívia Rigueiral é CEO do Homer e sócia-investidora da venture builder Ipanema Ventures. Engenheira de formação, a executiva ainda colaborou como Gestora de Produto e Projetos da CorretorVIP.

Preço médio do aluguel registra alta na capital paulista

A Pesquisa de Valores de Locação Residencial do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) registrou aumento de 5,11% no período acumulado de 12 meses (agosto de 2018 a julho de 2019). Considerando o mesmo período analisado, o preço dos aluguéis ficou abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que registrou variação de 6,39%, segundo a Fundação Getúlio Vargas.

“É importante observar que o preço apurado pela pesquisa varia em sentido contrário ao IGP-M nos últimos meses. Ou seja, enquanto o índice medido pela FGV cai gradativamente, o valor auferido para locação pelo Secovi-SP vem subindo, o que indica uma gradativa recuperação do mercado”, diz Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

Em julho de 2019, houve aumento médio em todas as tipologias. Os imóveis de 1 dormitório apresentaram a maior variação (2,00%), seguidos de residências de 2 quartos (crescimento médio de 1,60%) e de 3 quartos (variação média de 0,90%).



Metodologia

A Pesquisa de Locação Residencial é elaborada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e visa monitorar o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).

Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 18,44 e R$ 19,10. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.659,60 e R$ 1.719,00. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 26,38 e R$ 33,89. Para imóvel com área em torno de 150 m2 na região, o aluguel varia entre R$ 3.957,00 e R$ 5.083,50.

Garantia

O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45,5% dos contratos de locação realizados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – cerca de 37,5% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança foi o tipo de garantia pedido por 17,0% dos proprietários.

Velocidade de locação

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 18 a 45 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 18 a 43 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 24 a 50 dias.

Tatuapé

Mensalmente, a Pesquisa Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi o Tatuapé, na zona Leste de São Paulo.

De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem e que foram contratados em julho no bairro registraram valor médio por metro quadrado de R$ 31,97 para 1 dormitório; R$ 25,23 para 2 dormitórios, e R$ 22,76 para residências de 3 dormitórios.

A variação média dos valores de locação residencial acumulada no período agosto de 2012 a julho de 2019, na região do Tatuapé, atingiu 58,4% para imóveis de 1 dormitório, de 38,8% para residências de 2 dormitórios e 43,6% para as de 3 dormitórios.

Patrimônio de afetação nas incorporações imobiliárias

Para Guilherme Topal, especialista em incorporação imobiliária, uma incorporação se dá a partir da formação de um grande acervo patrimonial – ativo e passivo -, receitas das vendas de unidades, terreno, equipamentos, materiais para a construção, obrigações relativas ao negócio, contas a pagar, contribuições previdenciárias, fiscais e trabalhistas. Topal destaca que esses bens ficam indisponíveis, pois se vinculam ao empreendimento. A consequência é a sua incomunicabilidade com outras construções de responsabilidade da incorporadora, não se confundindo com o patrimônio do incorporador.

De acordo com a Topal Advocacia, o regime de afetação é traduzido como o vínculo jurídico entre o empreendimento e os seus bens ativos e passivos, até a sua conclusão. A advocacia defende também que o regime representa um instrumento que reflete a relação entre a incorporadora e o credor. Já Arnaldo Rizzardo, autor da obra “Condomínio Edilício e Incorporação Imobiliária”, complementa, afirmando que o “regime de afetação protege a incorporação e o consumidor, garantindo maior segurança jurídica a ele, e se apresenta como um instrumento capaz de combater desvio de valores, a oneração do imóvel e o não cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, e outras que a operação exigir.”

Sobre o desvio de valores, o especialista Guilherme Topal destaca que é comum as incorporadoras utilizarem o patrimônio de uma obra em outra, de modo que, com isso, a conclusão de alguma delas se atrase, prejudicando a parte mais fraca da relação, o consumidor. Na visão dos especialistas da Topal, como consequência desse processo, a relação entre o adquirente e o incorporador se torna prejudicada e, muitas vezes torna-se necessário recorrer à justiça.

As leis e o marco do regime de afetação da incorporação

Para Arnaldo Rizzardo, a afetação de bens é uma prática antiga. Ele defende que desde que a terra passou a ser um bem cuja propriedade fosse possível, o poder público buscou afetá-la, possibilitando indenização por desapropriação. No caso da incorporação, a ideia também não é tão recente. A prática data de 1964, com a criação da Lei n°4.591, que dispõe sobre mecanismos de segurança para garantir maior proteção jurídica aos adquirentes na relação com as incorporadoras. De acordo com Rizzardo, nesse período eram constantes as fraudes praticadas pelas incorporadoras. Elas elaboravam o projeto de construção, vendiam as unidades autônomas e depois abandonavam a obra, deixando os adquirentes com um sério problema para resolver.

Devido a essa situação, os investidores tinham suas expectativas frustradas, perdendo os valores pagos com a promessa de que receberiam as unidades habitacionais. O autor destaca que isso não só gerava comoção social, mas também lesava a economia popular, praticando, assim, um crime perante o Código Penal Brasileiro. Muitas pessoas, inclusive, investiam todo o seu dinheiro na construção, chegando, dessa maneira, a perder todas as suas economias. Em 2004, o legislativo criou a Lei nº 10.931, que estabelece regras que devem ser observadas na criação do regime de afetação. Para os especialistas da Topal Advocacia, o dispositivo jurídico em tela trouxe inovações importantes ao regime de afetação, imprimindo-lhe maior segurança aos bens que constituem uma incorporação e, dessa forma, garantindo maior certeza com relação à construção efetiva do empreendimento.

As leis n°4.591/64 e n°10.931/04 cercaram os adquirentes de uma série de proteções e impuseram ao incorporador obrigações, destacando-se as seguintes: o incorporador tem a obrigação de informar ao adquirente sobre a obra, de modo que ele possa acompanhar e fiscalizar ou monitorar o andamento da construção; os adquirentes podem se reunir em assembleia para substituir o incorporador, caso ele não cumpra com as suas obrigações previstas em contrato e em conformidade com a legislação vigente; se o incorporador infringir as regras da incorporação, principalmente no que diz respeito à gestão do capital investido pelos adquirentes, pode sofrer sanções civis e penais, podendo, inclusive, ser destituído.

Destituição da incorporadora: retomada da obra ou venda do patrimônio afetado

O regime de afetação traz a possibilidade, conforme a Lei n° 4.591/64, de destituir a incorporadora nas situações em que ela não cumprir com as suas obrigações previstas tanto no contrato, quanto em lei, como é o caso do atraso na entrega do imóvel ou abandono. Nesse contexto, é garantido aos adquirentes a destituição do incorporador visando a retomada da obra. Primeiro, busca-se notificá-lo, para que, em até 30 dias, ele retome o empreendimento, por força do art. 43, VI, Lei 4.591/64. Caso não retome, o caminho fica aberto para a sua destituição. Em caso de insolvência do incorporador que optou pelo regime da afetação, e caso não seja possível à maioria prosseguir na construção, a assembleia geral pode decidir vender o terreno, acessões e demais bens e direitos integrantes do patrimônio de afetação, de modo a compensar o investimento feito por todos os adquirentes.

Para os especialistas da Topal Advocacia, ainda que a lei estabeleça que cabe ao incorporador a submissão da incorporação ao regime de afetação, tal instrumento representa um significativo avanço no que diz respeito à segurança jurídica do adquirente. Eles defendem que o regime de afetação é um instrumento importante para garantir a boa relação entre os adquirentes e o incorporador, e fazer com que ambos respeitem os direitos, garantias e deveres envolvidos em todo o processo. Nesse contexto, ressaltam ainda que o regime de afetação é uma garantia mínima de que o empreendimento terá a sua construção finalizada, assegurando o direito de moradia dos investidores.

Setor público avança na contratação de empreendimentos em BIM

A adoção das tecnologias BIM (Building Information Modelling) pelas empresas brasileiras do setor de construção civil deve aumentar em dez vezes até 2028, passando de 5% do PIB do setor para 50%, segundo levantamento realizado pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

O tema é um dos assuntos debatidos no 2º Seminário Internacional: A Era BIM, que será realizado no dia 22 de agosto. O evento promovido pelo Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva) já está com inscrições abertas (confira abaixo canal para inscrições).

Adriana Arruda Pessoa, coordenadora de Economia Digital e Produtividade Industrial do Ministério da Economia, explica que o papel indutor do governo no uso das tecnologias BIM tem ocorrido por meio da criação de um ambiente de maior segurança regulatória, bem como do estímulo à inovação e à modernização setorial.

Segundo ela, a estratégia BIM BR propõe a utilização e a exigência do BIM em três etapas: “A primeira fase, a partir de janeiro de 2021, está focada em projetos de arquitetura e de engenharia para construções novas, ampliações ou reabilitações, quando consideradas de grande relevância para a disseminação do BIM”. A segunda fase, a partir de janeiro de 2024, deve abranger, além dos usos previstos na fase anterior, será incluído orçamento e planejamento da execução de obras e a atualização do modelo e de suas informações como construído (as built).

A terceira fase deve ocorrer a partir de 2028 e deve abranger os usos previstos nas etapas anteriores, os serviços de gerenciamento e de manutenção do empreendimento após sua construção, cujos projetos de arquitetura e engenharia e obras tenham sido realizados ou executados com aplicação do BIM.

Prática

Virgínia Moura, coordenadora geral do NUBIM da Prefeitura de Teresina, explica que a tecnologia BIM abre um leque amplo para a administração pública. “A adoção do BIM na prefeitura de Teresina, como ferramenta de gestão de processos, visa capacitar e integrar os técnicos municipais para levantar, projetar, analisar, fiscalizar e monitorar os ativos públicos construídos e a construir dentro de uma plataforma de tecnologia com o objetivo de diminuir desperdícios, eliminar aditivos nas obras e, no futuro, controlar a manutenção dos ativos”, esclarece a especialista.

A Prefeitura de Teresina já colhe os primeiros resultados com a implantação da metodologia. “A experiência com o case, ainda em desenvolvimento, já trouxe um resultado comparativo em relação ao sistema atual de elaboração de projetos de uma escola padrão da Secretaria Municipal de Educação. Enquanto uma encontra-se há dois anos na fase de projetos (da concepção aos complementares) com 17 contratos que somam mais de R$ 400.000,00, a Escola do Case, iniciada em janeiro de 2019, foi entregue todos os projetos básicos, elaborado por equipe própria da prefeitura (5 profissionais e 2 estagiários) e será dado o início aos projetos executivos para licitar até o final de 2019″ aponta Virgínia.

Serviço

2º Seminário Internacional: A Era BIM

Dia: 22 de agosto

Horário: das 8h às 18h30

Local: Teatro Itália, Avenida Ipiranga, 344, República, São Paulo – SP

Inscrições: bit.ly/2Jyo8I0

Informações: (11) 3123-9200