Gafisa registra crescimento de 50% da receita e se destaca por forte crescimento operacional no 1T23

A Gafisa, uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil, anunciou nesta segunda-feira (15) os resultados operacionais e financeiros do primeiro trimestre de 2023, com destaque para o crescimento de 50% na receita em relação ao mesmo período de 2022, alcançando R$293 milhões, consolidando forte evolução operacional. No acumulado dos últimos 12 meses, a receita totalizou R$ 1,2 bilhão, o que representa um aumento de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O aumento das vendas brutas foi da ordem de 22% na comparação com o 1T22, chegando a R$ 301,5 milhões, o que indica um crescimento de R$ 54,3 milhões. No acumulado de 12 meses, a Gafisa atingiu R$1,2 bilhão em vendas, o que representa um crescimento de 41% ou R$383,6 milhões em comparação ao mesmo período do ano anterior.

As vendas líquidas somaram R$285,1 milhões no 1T23, com aumento de 22% em relação ao 1T22. No acumulado de 12 meses as vendas líquidas totalizaram R$1 bilhão, representando um crescimento de 49% ou R$280,1 milhões em comparação com o mesmo período do ano anterior

Sheyla Resende, CEO da Gafisa, destaca o momento de consolidação da companhia: “Todos os dados divulgados nesse primeiro trimestre corroboram com o cenário que estamos vivendo hoje na empresa. Temos uma estratégia estruturada para o ano de 2023, envolvendo 4 pilares: consolidação do alto padrão, experiência do cliente, melhorar ainda mais o desempenho operacional de vendas e o foco na melhoria dos indicadores financeiros. Todos os pilares se concretizam nesse trimestre”, detalha a executiva.

Edmar Prado Lopes Neto, CFO e diretor de RI da Gafisa, faz uma análise financeira da posição da companhia frente ao mercado: “Avaliando a trajetória em si, tivemos um trimestre positivo. O 1º tri de 2023 foi marcado por um incremento importante de vendas, uma boa execução de projetos e com uma relevante diluição de despesas acontecendo, mas com o resultado financeiro impactando negativamente em função da alta taxa de juros. Esse resultado demonstra que a companhia está conseguindo ser mais eficiente, diluindo despesas na medida que cresce. Atingimos um outro patamar de receita e tamanho e essa narrativa aponta para um futuro de indicadores ainda melhores”.

Estoque — Os números de estoque apresentaram redução de 14% no período frente ao último trimestre do ano anterior, totalizando R$ 2,2 bilhões. Desse total, os empreendimentos de alto e médio-alto padrão correspondem a 81%, sendo que 97% deles estão concentrados no Rio de Janeiro e em São Paulo. No 1º trimestre de 2023, a Gafisa entregou o empreendimento Stratos Itaim, localizado na cidade de São Paulo e VGV correspondente de R$ 161 milhões.

Landing Bank – A Gafisa encerra o trimestre com um landing bank equivalente a R$ 11,8 bilhões, o que significa um grande ativo para a companhia, conforme explica o vice-presidente de Incorporação e Negócios, Luis Ortiz. “Temos a potencialidade de lançar projetos muito relevantes. São irreplicáveis, por conta da localização muito diferente e arquitetos renomados. Temos um pipeline de contratos assinados que em breve serão landing bank. No segundo semestre vamos anunciar aquisição de novos terrenos, endereçando os lançamentos para 2024”, detalha.

Demais resultados financeiros

O bom desempenho nos lançamentos de novos projetos pode ser observado nas Receitas a Apropriar que atingiram saldo de R$663,7 milhões no trimestre, representando um aumento de 122,6% (R$365,5 milhões) na comparação com mesmo período do ano anterior. Essa performance resultou em uma margem bruta a apropriar de 32,6%.

O lucro bruto ajustado foi de R$79,3 milhões no trimestre, com margem bruta ajustada de 27,1%. Esse resultado representa uma evolução importante frente ao trimestre anterior, com18,8% de margem. O lucro bruto foi de R$30,1 milhões no trimestre, com margem de 10,3%.

O saldo total de recebíveis registrou R$1,4 bilhão ao final do primeiro trimestre de 2023, representando um aumento de 71,0% e R$ 608,2 milhões. Do total, R$ 663,7 milhões correspondem a recebíveis a apropriar e R$801,0 milhões representam os recebíveis no balanço segundo o método PoC. O cronograma de recebimento prevê R$797 milhões em 2023 e R$668,3 milhões a partir de 2024.

O diretor financeiro (CFO) e de Relações com Investidores (DRI), Edmar Prado, avalia a trajetória de forma muito positiva. “Em resumo, tivemos um trimestre marcado por um incremento importante de vendas, uma boa execução de projetos, diluição de despesas acontecendo, apesar de um ônus financeiro pesando um pouco e de um cenário financeiro desafiador”, finaliza.

Grupo Patrimar e FDC Angels firmam parceria para fortalecer o ecossistema de inovação e empreendedorismo no Brasil

União entre a construtora e o grupo de investidores-anjo permite acelerar startups de todo o Brasil por meio do direcionamento de investimentos

O Grupo Patrimar – construtora e incorporadora mineira que atua nas classes econômica, média e alta no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e interior de São Paulo – firmou recentemente uma parceria com o FDC Angels, rede de investidores-anjo criada por ex-alunos da Fundação Dom Cabral. O principal objetivo da união é ajudar a impulsionar startups que desenvolvem trabalhos relevantes de inovação voltados para impacto socioambiental positivo e com viés ESG.

“Estamos muito entusiasmados com essa parceria com a o FDC Angels. Esse patrocínio é um desdobramento do trabalho de mentoria muito produtivo e de longa data com a Fundação Dom Cabral”, afirma Alex Veiga, CEO do Grupo Patrimar. 

O Grupo Patrimar atua como um dos patrocinadores que ajuda a fomentar as atividades da associação. Em contrapartida, a construtora pode usufruir do trabalho das startups e conteúdos desenvolvidos por eles nas áreas de inovação e tecnologia para habitação e construção civil, além de troca de conhecimento entre pessoas do mercado e participação em eventos e negócios do setor. “Enxergamos que a parceria trará muitos resultados positivos tanto para a empresa, que estará atrelada às importantes pautas debatidas e alcançadas na atuação do FDC Angels, quanto para as startups brasileiras que terão investimento para desenvolver soluções inovadoras e transformadoras para os problemas estabelecidos”, explica Patrícia Veiga, assessora de Novos Negócios e gestora de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Grupo Patrimar. 

Até 2025, de acordo com dados das Nações Unidas, mais de 400 milhões de famílias serão impactadas financeiramente pelos custos de habitação. Além disso, a organização prevê que serão necessárias mais de 1 bilhão de novas casas nesse período. “O setor de habitação tem altíssimo impacto no Brasil e no mundo, trazendo acesso à moradia, empregabilidade, além de influenciar outros setores como infraestrutura, saneamento, mobilidade e lazer”, destaca Maria Eva Lazarin, diretora de Marketing do FDC Angels.

No futuro, essa relação inicial de networking entre o Grupo Patrimar e as startups, fomentado através da FDC Angel, pode até se transformar em negócios para ambas. “No final, todas as instituições envolvidas nesse projeto sairão ganhando de alguma forma”, completa Patrícia Veiga. 

Para Marcele Gama, diretora de Parcerias e Alumni da FDC, quanto mais empresas participarem da rede, mais fortalecido se torna o ecossistema de impacto no Brasil. “Este é o caminho escolhido pela Fundação Dom Cabral”, reforça.

No futuro, essa relação inicial de networking entre o Grupo Patrimar e as startups, fomentada pelo FDC Angel, tem potencial para se converter em negócios para ambas. “No final, todas as instituições envolvidas nesse projeto sairão ganhando de alguma forma”, completa Patrícia Veiga. 

Com alta na valorização dos imóveis no país, Diagonal Engenharia leva para Fortaleza novo conceito de moradia por assinatura

Após os últimos dois anos de pandemia e instabilidade na economia, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) aponta uma estimativa de alta no mercado imobiliário. De acordo com a entidade, mais de 60% dos empreendedores imobiliários afirmam que 2023 será um ano melhor que 2022 no segmento. O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R/Abecip) registrou em março variação de 0,57% (ante 0,61% no mês anterior). Em 12 meses, o índice acumula alta de 14,27%, com leve arrefecimento no comparativo com fevereiro (14,82%). Já a capital cearense, acumula mais de 14% de valorização.

Apesar do ligeiro recuo, o indicador apresenta resultados acima do IPCA. No 1º trimestre de 2023, o IGMI-R/Abecip apresentou alta de 2,05%, superior à inflação, que registrou elevação de 2,01%. Nessa crescente, o Connect Beira Mar, empreendimento da Diagonal Engenharia em parceria com a Housi, celebra 83,28% de suas unidades vendidas em Fortaleza.

O empreendimento traz à capital cearense um novo conceito de viver e investir, com a liberdade de morar o tempo que quiser, com serviços únicos e uma vivência exclusiva. A moradia por assinatura é um novo conceito no setor imobiliário brasileiro que torna a moradia um serviço. 

“Morar por assinatura serve a lógica sob demanda, com estadias longas ou curtas e com facilidade para quem busca a segurança da rentabilidade que só o investimento imobiliário oferece. O serviço foi pensado para que o investidor consiga facilmente alugar. A Diagonal se orgulha por trazer esse novo conceito de moradia para Fortaleza”, destaca João X. Fiúza, diretor comercial e de novos negócios da Diagonal. 

Com as obras já iniciadas, o Connect Beira Mar conta com uma área completa de lazer, com piscina, deck molhado, sala de eventos, academia, bar, restaurante, além de lavanderia, espaço para coworking e cokitchen. O empreendimento está previsto para ser entregue em 2025.

Índice ABRAMAT indica queda no faturamento da indústria em abril

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa segunda-feira, 15, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando os dados de faturamento do setor. O estudo indica que em abril de 2023, o faturamento deflacionado das indústrias de materiais apresentou queda em comparação com o mês anterior, com redução de 3,7%. Com esses dados, os quatro primeiros meses do ano tiveram queda de 6,9% e retração de 4,1% na comparação com o mesmo mês de 2022. O Índice está disponível no link.

A nova edição da pesquisa também aponta os dados consolidados de março de 2023. No período, a indústria de materiais de construção teve faturamento 0,9% menor que o observado em março de 2022. Já na comparação com fevereiro, com ajuste sazonal, houve aumento de 3,6%.

A ABRAMAT prevê crescimento de 2,0% este ano no faturamento total deflacionado dos materiais de construção em relação a 2022, mesmo com a quarta queda seguida. “Apesar dos desafios para a retomada do crescimento da economia, como o atual patamar de juros, continuamos acreditando no crescimento sustentável do setor, com o devido foco dado pelo poder público, como o Minha Casa Minha Vida, a retomada de obras paradas e de infraestrutura. Também seguimos atentos e atuantes, participando agora do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável do Governo Federal, com objetivo de fortalecer e priorizar ações importantes para nosso setor”, ressalta Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

Indicador ABRAINC-Fipe aponta crescimento de 8,7% na venda de imóveis

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 8,7% no acumulado de 12 meses, encerrados em fevereiro de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. O setor comercializou 152.676 unidades habitacionais, segundo o indicador ABRAINC-FIPE – levantamento elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) com dados de 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
 

Os números também apontam que as entregas de imóveis apresentaram um crescimento de 11,7%, totalizando 90.079 unidades. Isto reflete a boa capacidade do setor em entregar o alto volume de unidades produzidas nos últimos anos. O aumento ainda indica que o setor segue cumprindo seus cronogramas com a finalização dos imóveis dentro do prazo estabelecido, proporcionando maior satisfação e segurança aos compradores.
 

Outro ponto positivo apresentado pelo ABRAINC-FIPE é a redução na relação distrato/venda, que segue em baixo patamar (10,7%) e acumula uma redução de 1,2 ponto percentual no período. Essa estabilidade contribui para a solidez do setor, oferecendo maior segurança tanto para os compradores quanto para as incorporadoras.

Moura Dubeux lucra R$ 30 milhões no primeiro trimestre de 2023

Resultado representa crescimento de 30,9% ante o mesmo período do ano anterior

A Moura Dubeux, incorporadora líder de mercado na Região Nordeste, protocolou nesta quinta-feira, 11 de maio, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2023. A Companhia reportou uma receita líquida de R$ 253 milhões, aumento de 47,1% em relação a mesma base do ano anterior. Já o lucro bruto cresceu 20,4% e alcançou R$ 83 milhões com margem bruta de 32,8%. E o lucro líquido, apresentou aumento de 30,9%, atingindo R$ 30 milhões no 1T23 e acumulando R$ 112 milhões nos últimos doze meses.
 

“Nossa receita líquida foi de R$ 253 milhões que, se anualizada, deverá nos levar a um patamar acima de R$ 1 bilhão de receita liquida no ano, sem considerar o crescimento natural dado o incremento no número de canteiros ativos. Assim, temos a expectativa de que, em 2023, iremos alcançar o maior patamar de receita e lucratividade de história da Moura Dubeux”, afirma o CEO da Companhia, Diego Villar.
 

A Companhia lançou dois projetos no período: o Beach Class Porto das Dunas, no Ceará e o Casa Jardins, em Sergipe. Os dois empreendimentos somam Valor Geral de Vendas (VGV) líquido de R$ 249 milhões. As vendas e adesões líquidas foram de R$ 326 milhões, superando o volume lançado no período. Comparativamente ao quarto trimestre de 2022, a Moura Dubeux reduziu o seu volume de estoques. Além disso, finalizou o trimestre com 60 terrenos, totalizando VGV Bruto potencial de aproximadamente R$ 8,2 bilhões.
 

O atual cenário macroeconômico demanda uma postura cautelosa da Companhia. “Fechamos o primeiro trimestre de 2023 com caixa líquido de R$ 117 milhões. Acreditamos que neste ano teremos um consumo natural desse recurso, mas seguiremos vigilantes e bastante criteriosos com o uso dos nossos recursos, mantendo a baixa alavancagem que sempre tivemos desde a abertura de capital”, finaliza Diego Villar.

Imposto de renda 2023: 10 dicas essenciais para declaração de aluguel e compra e venda

O processo de declaração de imóveis no imposto de renda é uma prática burocrática e que ainda gera muitas dúvidas na hora do preenchimento. Pensando nisso, o QuintoAndar, maior plataforma de moradia da América Latina, trouxe as dúvidas mais frequentes que os clientes possuem em relação aos imóveis para respondê-las, e separou informações que podem facilitar os processos da declaração.
 

Para que as pessoas evitem questões com a Receita Federal, ou até problemas com falta de documentos necessários para o preenchimento da declaração, é essencial uma organização prévia a isso. “É muito comum ver as pessoas se submetendo a multas da Receita, por falta de conhecimento do processo. Por isso, com antecedência, busque informações junto a sua imobiliária. Muitas, inclusive, disponibilizam informações online e gratuitas que facilitam o processo e conseguem sanar dúvidas”, afirma Andreia Vellido, gerente de impostos do QuintoAndar.
 

O que muda em 2023?
 

As mudanças no Imposto de Renda para 2023 trouxeram algumas mudanças expressivas e benéficas, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, dedicada aos contribuintes que possuem renda mensal média de até R$1.903,98, alterada para R$2.640,00 a partir de 2024. A mudança ocorre por causa de um projeto, desenvolvido pelo Governo Federal, que tem como objetivo alcançar a isenção da faixa salarial média de até R$5.000,00.
 

No momento, corre um projeto de lei no Congresso Nacional cuja proposta é isentar de Imposto de Renda até 75% do valor recebido pelos proprietários. E com isso, possibilitar aos inquilinos a dedução das despesas com aluguel de renda tributável, como despesas de saúde e educação.
 

Confira abaixo as respostas da especialista do QuintoAndar, Andreia Vellido, para as principais dúvidas sobre a declaração de imóveis no Imposto de Renda 2023:

  • Quem é responsável pela declaração do aluguel no imposto de renda, inquilino ou proprietário?

O dever de pagar o Imposto de Renda sobre o aluguel é do proprietário do imóvel, que é o responsável tributário pelo recebimento dos valores do aluguel; e não do locatário.
 

  • Quem recolhe o imposto sobre um imóvel vendido é o vendedor ou comprador?

O vendedor é o principal responsável por recolher os impostos. A pessoa que comprou o empreendimento pagará as taxas incidentes na operação e outros tributos, como, ITBI, Taxa de Registro, entre outras.
 

  • Além do aluguel, qual o procedimento para declarar outras taxas do processo de moradia, como condomínio?

No caso de aluguel, o pagamento da taxa mensal de condomínio é inteiramente do inquilino, destinado a cobrir os custos do dia a dia do lar, como pequenos reparos no imóvel, consumo de água, manutenção, limpeza e instalações de uso comum.
 

Para despesas específicas, que são de responsabilidade do proprietário do imóvel, são segmentados gastos como: reformas estruturais do condomínio, instalações de equipamentos de segurança e incêndio, telefonia e intercomunicação, além de esporte e de lazer, despesas de decoração e paisagismo nas partes de uso comum e entre outros. Essas despesas devem constar no informe de rendimento do proprietário do imóvel.
 

  • Qual o procedimento quando há mais de um proprietário?

Quando há mais de um proprietário do imóvel, é necessário que ambas as partes coloquem no contrato o percentual de cada. É primordial que no contrato de locação conste os dados dos dois proprietários, e o percentual sobre os valores que cada um deixou sinalizado.
 

  • O que pode acontecer se o proprietário não declarar ou declarar errado o Imposto de Renda?

O proprietário consegue alterar o documento a qualquer momento caso haja algum erro na declaração. Caso o documento seja entregue dentro do prazo, mesmo que esteja com erros, os ajustes não serão cobrados e nem sofrerá nenhuma penalidade.
 

Para os casos em que a declaração não for feita, o contribuinte estará sonegando o tributo decorrente do aluguel e estará sujeito a fiscalização da Receita Federal. A fiscalização poderá cobrar o imposto devido acrescido de juros de mora e uma multa de até 150%, aponta a especialista.
 

  • Como é feita a composição do cálculo do informe de rendimento em aluguel?

A composição do cálculo do Imposto de Renda sob o aluguel é o valor bruto do aluguel recebido tirando as despesas que são deduzidas, que são as taxas de administração, manutenção do imóvel, IPTU e condomínio. O locador deve declarar todos os valores recebidos em seu Imposto de Renda, mesmo que esteja abaixo do limite de isenção, que é R$1.903,98.
 

  • Qual a principal dica para a declaração de ajuste anual nas operações com imóveis?

Andreia Vellido, gerente de impostos do QuintoAndar, reforça a importância de um apoio profissional, caso você tenha vendido um imóvel no ano de competência “É necessária a orientação de um contador de confiança, pois existem muitas variáveis nessa seção na declaração de Imposto de Renda”, conta Vellido. Ainda assim, valem algumas recomendações importantes.
 

  • Se o proprietário fez uma reforma em seu imóvel, é necessário incluir na declaração de Imposto de Renda?

Sim, os valores poderão ser incluídos na declaração, desde que o proprietário possua todos os documentos para comprovar as benfeitorias realizadas, como as notas fiscais. Com isso, as despesas nas melhorias poderão ser adicionadas sobre o ganho de capital, pois as reformas integrarão o custo de aquisição do bem. Importante ressaltar que os documentos que comprovam as despesas deverão ser mantidos em poder do contribuinte por pelo menos cinco anos após a alienação do imóvel.
 

  • O imóvel quitado pode sofrer alteração de valor?

O valor a ser declarado de um imóvel quitado é o total pago, mesmo que haja valorização, atualizações ano a ano também não devem ser feitas. É necessário mudar a quantia caso realize alguma obra de ampliação ou que justifique a valorização do bem.
 

Uma dica é guardar os recibos da obra, para que caso o contribuinte seja chamado pela Receita Federal será mais prático argumentar sobre o aumento do valor, isso somente se forem realizadas obras grandes no imóvel, explica a especialista.
 

  • O que não fazer ao declarar o imóvel financiado?

Você não deve colocar o valor do financiamento do imóvel na aba de “Dívidas e Ônus Reais”. O imóvel financiado nada mais é que um empréstimo com garantia, uma vez que está atrelado a um contrato de alienação fiduciária. Portanto, o imóvel deve ser incluído na aba “Bens e Direitos” e não se deve atualizar o preço do imóvel de acordo com o mercado.

Mitre Realty registra melhor primeiro trimestre da história com R$ 242 mi em vendas líquidas

Valor é 58% maior que o do 1T22; incorporadora promete entregar 12 empreendimentos em 2023, com VGV de 1,3 bilhão, sendo 4 já entregues no 1T.

 
Resultados operacionais divulgados pela Mitre Realty nesta quinta-feira (11) apontam o melhor primeiro trimestre da história da companhia em vendas líquidas. A incorporadora e construtora atingiu o montante de R$ 242 milhões no 1T23, valor 58% superior ao do 1T22.

Em receita líquida, a empresa também registrou crescimento de 37,6% em relação ao mesmo período do ano passado, com R$ 190,6 milhões. Já o lucro recorrente foi de R$ 20,2 milhões no 1T23, valor 16,8% maior frente ao do 1T22.

Durante o período, a incorporadora lançou o segundo projeto da Linha Origem, o Origem Guilhermina, com VGV de R$ 297 milhões e 845 unidades, que, atualmente, já estão mais de 19% vendidas.

“Esse empreendimento estava apto a ser lançado em 2022. Mas, por estratégia da companhia para alcançar melhor performance e considerando um melhor momento do mercado em relação ao cenário macroeconômico, optamos por prorrogar para o 1T23”, explica o VP de Operações e CFO da Mitre Realty, Rodrigo Cagali.

Os distratos permaneceram em níveis saudáveis e em linha com a média histórica. Em relação ao 4T22, foram reduzidos em 34,8%.

Já a VSO atingiu 12,1% no 1T23, 0,5 p.p. superior ao patamar do 1T22, reflexo do desempenho de vendas. A VSO dos últimos doze meses fechou em 33,5%.

Durante o primeiro trimestre do ano, a Mitre Realty entregou 4 empreendimentos, os quais somam 786 unidades, que já estão 99% vendidas e 81% repassadas. E os empreendimentos que serão entregues em 2023 já estão 91% vendidos e os de 2024, 51% comercializados.

“Nosso diferencial enquanto companhia segue sendo o fato de termos uma carteira sólida. Apesar da alta dos juros, o baixo LTV permitiu que nossos clientes tivessem seus créditos aprovados com facilidade, refletindo em apenas 9 unidades distratadas por financiamentos negados, que correspondem a apenas 1,1% das unidades repassadas”, destaca Cagali.

Para 2023, a Mitre Realty espera uma estabilidade em entregas, com 12 projetos no ano, que somam um VGV de R$ 1,3 bilhão.

Timeshare e multipropriedade: leis e posse distinguem os dois modelos

A multipropriedade imobiliária chegou ao Brasil na década de 1990, mas só se estabeleceu como um modelo de negócios próspero e seguro em 2018, com a criação e consolidação da lei 17.777. De lá para cá, ele tem crescido exponencialmente no Brasil, movimentando bilhões de reais e oferecendo uma opção acessível e rentável para proprietários e investidores. Porém, as semelhanças com o timeshare ainda podem causar confusão entre os consumidores, sendo que existem diferenças que os distinguem.
 

As diferenças entre o timeshare e a multipropriedade 

Uma das principais diferenças entre o timeshare e a multipropriedade é o grau de propriedade dos compradores. Com o timeshare, eles geralmente não possuem uma parte real da propriedade, mas sim o direito de usá-la por um período de tempo.
 

Sendo assim, os compradores de uma semana no modelo de timeshare não têm a posse legal de uma propriedade e, em alguns casos, podem até utilizar o período adquirido em outro resort ou hotel dentro da mesma rede. Em resumo, eles são donos exclusivos do tempo (semana) que compraram.
 

Na multipropriedade, os compradores possuem uma fração da propriedade, com o mesmo respaldo e legalidade de usufruto de um proprietário de um imóvel convencional, com a devida divisão de período e detalhes do modelo de venda fracionada.
 

Outra grande diferença entre os dois são as leis que os separam. A multipropriedade imobiliária chegou ao Brasil na década de 1990, mas só se estabeleceu como um modelo de negócios próspero e seguro em 2018, com a criação e consolidação da lei 17.777, que foi essencial tanto para empresas quanto para proprietários, regulando o mercado no país, até então sem regras específicas.
 

Já o timeshare foi regulamentado na categoria de hospedagem pela Lei Geral do Turismo de 2008. Assim, ambos têm suas proteções legais, porém distintas para cada caso.
 

Outra diferença significativa é o aspecto financeiro. No timeshare, os compradores pagam uma taxa inicial para adquirir o direito de uso da propriedade por um determinado período de tempo a cada ano.
 

Na multipropriedade, os compradores geralmente pagam um preço mais alto inicialmente para adquirir uma fração real de uma propriedade de longo prazo, que pode ser alugada ou vendida.
 

Não há um modelo melhor do que o outro, apenas diferentes na maneira em que são vendidos e tratados perante a lei. Ao final, a decisão de qual opção escolher fica por conta do comprador, que pode analisar e selecionar a que melhor se adequa ao que procura.

Que caminho as construtechs devem seguir em 2023

Por Patrícia Zanlorenci,  CEO da Vellore Ventures, braço de inovação do Grupo Vellore

Em um mercado em expansão, porém tradicional e resistente a mudanças, nada como agregar inovação para garantir a evolução que o mundo moderno pede. Para o setor de matcon, essa fórmula pode ser a chave para o sucesso em 2023.

Serviço essencial para a sociedade, mesmo durante o isolamento causado pela pandemia do coronavírus, o setor continuou suas atividades e atingiu crescimento de quase 6% em 2022, segundo projeção da Construction Intelligence Center. 

Nos últimos anos, principalmente impulsionados pela crise sanitária de covid-19, diversos setores vivenciaram mudanças intensas devido à aceleração da transformação digital.

Essas mudanças impactaram o uso consciente de matérias-primas e promoveram produções mais assertivas, com foco na sustentabilidade.

Na área da construção civil, por exemplo, construtoras e incorporadoras iniciaram o processo de introduzir a tecnologia aos canteiros de obras de maneira mais intensa, para serem mais eficientes em termos de produtividade, economia e qualidade e não ficarem atrás da concorrência. 

De maneira geral, esse ano deve ser mais um período de crescimento para o setor da construçãoDe acordo com a Prospecta Analytica, companhia de solução em big data, a previsão para 2023 é de salto de 4,5%. Pelo terceiro ano consecutivo, a alta na área pode ficar acima da economia nacional.  

Com movimentação de quase R$ 250 bilhões no Brasil, o segmento coleciona novas startups de olho nesse potencial. Hoje, as chamadas construtechs estão entrando em ritmo de amadurecimento e, apesar do cenário macroeconômico global, permeado pela alta taxa básica de juros, guerras e inflação, os investidores seguem em busca de setores consolidados e seguros como o da construção civil. Nesse sentido, as startups que olharem para o ângulo certo não vão perder seus aportes. 

Nos próximos anos, a expecativa é que essas companhias conquistem mais profissionalização. 

Para isso, deverão estar preparadas para apresentar seus projetos no mercado de forma assertiva, aplicando os valores recebidos de forma responsável e traçando estratégias sólidas para crescerem em meio a um ambiente de tantas incertezas. 

Dessa maneira, a dica é sempre obter conhecimento. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) fez um estudo com 400 empresas; 47% delas afirmaram que a falta ou o alto custo de matéria-prima foi o principal problema no ano passado. A taxa de juros elevada foi destacada por 29,8% dos entrevistados. Já a falta ou o alto custo do trabalhador qualificado foi relatada por 20,3%.  

De acordo com Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos nos custos entre julho de 2020 a junho de 2022 foram vergalhões e arames de aço carbono (99,60%); tubos e conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de PVC (80,62%). 

Os dados, portanto, revelam algumas dores do setor. As construtechs que focarem em soluções que atendam aos gargalos reais, com inovação e diferenciais competitivos, vão sair na frente.

O bom desempenho da área exerce efeito positivo em toda a economia nacional e, aliado à tecnologia, não tem como a equação falhar.