Lançamentos de imóveis crescem 236,6% em São José dos Campos

O Estudo do Mercado Imobiliário de São José dos Campos, realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) em parceria com a Robert Michel Zarif Assessoria Econômica, apurou que, entre maio de 2018 e abril de 2019, foram lançadas na cidade 1.407 unidades, volume 236,6% superior ao período anterior, quando os lançamentos totalizaram 418 residências. Nesse mesmo intervalo, foram comercializados 1.329 imóveis novos no município. O resultado representa uma elevação de 9,9% em relação às 1.209 residências vendidas e contabilizadas no levantamento passado. Os números foram divulgados na noite desta segunda-feira, 13/5, durante o Encontro Secovi do Mercado Imobiliário de São José dos Campos, realizado no auditório da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).

Em termos de estoque, São José dos Campos encerrou abril de 2019 com a oferta de 1.113 unidades disponíveis para a comercialização. O montante corresponde a uma redução de 9,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando houve o registro de 1.234 imóveis não vendidos. Esta oferta é formada por unidades na planta, em construção e prontas (estoque), lançadas nos últimos 36 meses (maio de 2016 a abril de 2019). No levantamento, os imóveis de 2 dormitórios econômicos destacaram-se em todos os indicadores, entre maio de 2018 e abril de 2019, registrando a maior quantidade de lançamentos (874 unidades), de vendas (787 unidades), de oferta final (767 unidades) e o maior VGV (R$ 136,2 milhões). “Os números refletem as boas perspectivas para o mercado imobiliário da região, impulsionadas pelo impacto da nova legislação urbana local e considerando o momento político-econômico nacional. O período é favorável e traz boas oportunidades para quem pretende investir ou adquirir a casa própria e, ainda, mantém a tendência de aumento das ofertas e dos preços para quem pretende vender seu imóvel”, comenta Paulo Cunha, diretor regional do Secovi em São José dos Campos.

VGV (Valor Global de Vendas) – Entre maio de 2018 e abril de 2019, o VGV totalizou R$ 307,6 milhões, volume 7,2 % superior ao registrado no levantamento passado, quando atingiu a marca de R$ 287 milhões. Nos mesmos 12 meses, o indicador VSO (Vendas sobre Oferta) – que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas – ficou em 54,4%, representando crescimento de 9,9% em relação aos 49,5% apontados no período anterior.

Período de 36 meses – Considerando-se todo o período de estudo em São José dos Campos, de maio de 2016 a abril de 2019, os lançamentos totalizaram 4.083 imóveis residenciais, sendo que, destes, foram comercializadas 2.970 unidades. As vendas resultaram em um montante de R$ 703 milhões. O produto que mais se sobressaiu no período, em lançamentos e vendas, foi o de imóveis de 2 dormitórios econômicos, com metragem de até 45 m² de área privativa e preço inferior a R$ 230 mil.

Preço médio – Em abril de 2019, o preço médio por metro quadrado de área útil dos imóveis residenciais na cidade de São José dos Campos foi de R$ 5.452,00 para o mercado tradicional e de R$ 3.776,00 no segmento econômico. Os valores médios praticados de venda dos imóveis, no período analisado de 36 meses (maio de 2016 a abril 2019), foram: R$ 176 mil (1 dormitório econômico), R$ 318.208,00 (1 dormitório), R$ 173.700,00 (2 dormitórios econômicos), R$ 345.499,00 (2 dormitórios) e R$ 374.212,00 (3 dormitórios).

Confira o estudo na íntegra

Mercado imobiliário mantém resultados positivos em março em São Paulo

A Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) apurou no mês de março de 2019 a comercialização de 2.987 unidades residenciais novas na capital paulista. O resultado foi 37,3% superior às 2.176 unidades vendidas em fevereiro e ficou 14,3% acima das vendas de março de 2018 (2.613 unidades).

No acumulado de 12 meses (período de abril de 2018 a março de 2019), foram vendidas 30.961 unidades – aumento de 15,8% em comparação ao mesmo período de 2018, quando as vendas totalizaram 26.729 unidades. A cidade de São Paulo encerrou o mês de março com a oferta de 20.376 unidades disponíveis para venda.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), em março, o total lançado atingiu 2.081 unidades residenciais, resultado 139,2% superior ao mês de fevereiro (870 unidades) e 32,9% acima do volume de março de 2018 (1.566 unidades).

No acumulado de abril de 2018 a março de 2019, foram lançadas 37.706 unidades residenciais na capital paulista, 19,8% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, com 31.476 unidades.

Imóveis econômicos – Em março, foram vendidas 1.038 unidades de imóveis econômicos e apenas 22 unidades lançadas. A oferta totalizou 5.825 unidades disponíveis para venda, com indicador VSO (Vendas Sobre Oferta) de 15,1%.

Nos outros segmentos de mercado, foram comercializadas 1.949 unidades no mês e lançadas 2.059 unidades, com oferta final de 14.551 unidades e VSO de 11,8%.

Conclusão – O aumento no volume de vendas e lançamentos de março contribuiu para que o mercado encerrasse o primeiro trimestre do ano com resultados positivos. No período, a comercialização de imóveis na cidade de São Paulo totalizou 6.785 unidades, representando um crescimento de 17,9% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (5.753 unidades). Os lançamentos foram 21,98% superiores quando comparadas as 3.237 unidades deste ano com as 2.655 unidades do mesmo período de 2018.

O maior aumento percentual foi percebido no VGL (Valor Global Lançado). Houve crescimento real (descontado o INCC-DI) de 23,1% no período, quando se comparam o total de R$ 1,717 bilhão lançados no trimestre inicial de 2019 com R$ 1,395 bilhão do mesmo período de 2018.

O crescimento do VGL reflete a queda de 79,5% no volume de lançamentos de imóveis econômicos neste primeiro trimestre (217 unidades) em comparação ao mesmo período do ano passado (1.056 unidades). A retração deste tipo de imóvel nos três primeiros meses do ano foi compensada pelos lançamentos de 3.020 unidades de médio e alto padrão, um aumento de 88,9% comparado às 1.599 unidades lançadas nos três primeiros meses de 2018.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o desempenho do mercado de alto e médio padrão no primeiro trimestre representa um bom sinal. “Esse comportamento demonstra que as empresas estão no caminho certo, buscando alternativas para atender a demanda”, diz.

Contudo, o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos da entidade, Emilio Kallas, adverte que estão esgotando os terrenos para os lançamentos de novos empreendimentos na Capital e aqueles que estão disponíveis apresentam uma série de restrições urbanísticas, inviabilizando novos projetos. “Esse movimento exerce forte pressão nos preços das unidades, que tendem a aumentar. Há muito tempo, temos alertado sobre a necessidade de calibragem da Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo, medida indispensável para que os empreendedores imobiliários atuem dentro da sua capacidade produtiva, gerem uma enorme quantidade de empregos e ofertem produtos compatíveis com as condições de pagamento da demanda”, reitera.

Além dos aspectos citados por Kallas, o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, acrescenta que a produção de empreendimentos residenciais exerce importante papel no aquecimento da economia como um todo. “A indústria imobiliária é um dos setores produtivos que mais geram empregos e renda no País. Movimenta uma extensa cadeia, que vai de insumos para a construção até os itens básicos para mobiliar uma casa, para dizer o mínimo”, lembra. “Consequentemente, também gera impostos para os cofres públicos.”

Jafet destaca ainda ser imperativo e urgente a aprovação da Nova Previdência neste primeiro semestre, a fim possibilitar ao governo equilibrar as contas públicas e estimular o retorno dos investimentos. “Somente assim, será possível assegurar condições mais favoráveis para o crescimento e o desenvolvimento econômico brasileiro, bem como permitir que nosso setor volte a produzir em sua capacidade máxima”, conclui.

Confira a pesquisa completa do Secovi-SP, que traz informações do mercado imobiliário da Região Metropolitana de São Paulo.

Pesquisa do Secovi-SP aponta ligeira alta no preço do aluguel

O valor médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo registrou aumento de 1,51% no período de abril de 2018 a março de 2019, conforme aponta a Pesquisa de Locação Residencial, elaborada mensalmente pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Esse percentual ficou bem abaixo do IGP–M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou variação de 8,27% no acumulado de 12 meses. Em março, a variação foi de 0,10%.

“A evolução positiva registrada nos últimos dois meses indica a recuperação gradual do setor, comprovando que o momento permanece favorável para negociação entre proprietários e inquilinos”, afirma Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

Duas tipologias registraram ligeira alta nos preços em março. Imóveis de 3 dormitórios e de 2 dormitórios aumentaram, respectivamente, 0,70% e 0,30%. Os preços dos imóveis de 1 dormitório apresentaram queda de 0,5%.

PESQUISA DE LOCAÇÃO RESIDENCIAL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO


VARIAÇÃO DO VALOR MÉDIO COMPARADO COM O IGP-M ACUMULADO 12 MESES




Metodologia

A Pesquisa de Locação Residencial, elaborada pelo Secovi-SP, monitora o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações são disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).

Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 19,86 e R$ 20,41. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.787,40 e R$ 1.836,90. Os bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 25,48 e R$ 33,54. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 3.822,00 e R$ 5.031,00.

ALUGUÉIS RESIDENCIAIS – VALORES POR M² DE ÁREA PRIVATIVA OU CONSTRUÍDA.


DADOS POR REGIÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO, POR NÚMERO DE DORMITÓRIOS E ESTADO DE CONSERVAÇÃO.

Garantias e velocidade de locação 

O fiador foi o tipo garantia preferido pelos inquilinos, respondendo por 45% dos contratos de locação. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – cerca de 38% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança correspondeu a 17% dos contratos.

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 17 a 44 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 17 a 42 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 23 a 47 dias.

Tucuruvi

Mensalmente, a Pesquisa Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi Tucuruvi.

De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem e que foram contratados em fevereiro no bairro do Tucuruvi, registraram valor médio por metro quadrado de R$ 24,47 para 1 dormitório; R$ 24,04 para 2 dormitórios; e de R$ 24,44 para residências de 3 dormitórios.

A variação média dos valores de locação residencial acumulada no período abril de 2012 a março de 2019, na região do Tucuruvi, foi de 19,1% para os imóveis de 1 dormitório, de 23,7% para os imóveis de 2 dormitórios e 33,4% para as residências de 3 dormitórios.




Confira a íntegra da Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP.

Secovi-SP sedia 1º Fórum de Projetos para Incorporação e Construção

Durante o evento, que acontece dia 24/4, serão lançados os Manuais de Escopo- terceira edição. Inscrições abertas para participação presencial e também on-line para todo o Brasil

O Secovi-SP realiza no dia 24/4, das 8 às 13 horas, o 1º Fórum de Projetos para Incorporação e Construção. A iniciativa, da vice-presidência de Tecnologia e Sustentabilidade da entidade, tem o propósito de difundir informações e promover debate sobre o aprimoramento dos processos na elaboração de projetos de produtos imobiliários. Os interessados podem se inscrever para o evento, que acontecerá presencialmente na sede da entidade e também por transmissão simultânea para todo o Brasil.

Logo na abertura haverá o lançamento da terceira edição dos Manuais de Escopo de Contratação de Projetos e Serviços, trabalho coordenado pelo Secovi-SP há quase 20 anos. Os documentos foram atualizados para atender a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575:2013) a partir da inclusão do capítulo Escopos para Atendimento à Norma de Desempenho, e também outras duas novidades: o Guia para utilização dos Escopos e Modelos de Memoriais Descritivos de projeto de edificações habitacionais para atendimento à referida norma. Os manuais estarão disponíveis no site www.manuaisdeescopo.com.br.

Nos últimos cinco anos, o site dos Manuais de Escopo tiveram 432 mil acessos, a emissão de 101,5 mil propostas e 55,5 mil consultas aos manuais, sendo que os campeões de acesso são os manuais de Arquitetura (33,8%), Elétrica (11,3%), Coordenação de Projetos (8,2%), Acústica (8%) e Estruturas (6,8%).

Um dos principais propósitos do trabalho coordenado pelo Secovi-SP com os Manuais de Escopo é a difusão do conhecimento junto aos profissionais com o intuito de elevar a qualidade dos projetos imobiliários, o que vem sendo alcançado. Afinal, profissionais de todos os estados brasileiros estão cadastrados na plataforma para acessar os documentos. No ranking, São Paulo (6.874), Minas Gerais (1.708) e Rio de Janeiro (1.654) são os estados com mais registros até março deste ano.

Programação do Fórum

A programação está dividida em cinco painéis com palestrantes experientes na temática de projetos imobiliários:

• Lançamento dos escopos de projetos e modelos de memoriais descritivos para atendimento à Norma de Desempenho, com Marcos Velletri (Secovi-SP) e Maria Angelica Covelo Silva (NGI Consultoria e Desenvolvimento);


• Necessidades de mudanças de práticas de mercado para contratação e desenvolvimento de projeto para a efetiva prática destes escopos, com Paulo Luciano Rewald (Secovi-SP) e Jorge Batlouni Neto (SindusCon-SP);


• O papel do projeto no desempenho de sistemas construtivos, com Maria Angelica Covelo Silva (NGI Consultoria e Desenvolvimento) e Constantino Bueno Frollini (Cerâmica City);


• Visão geral do processo de revisão da Norma de Desempenho e como o aperfeiçoamento a ser obtido afetará os projetos, com Fábio Villas Bôas (coordenador da Comissão de Estudos de Revisão da ABNT NBR 15575);


• A relação entre desempenho proporcionado pelo projeto, redução de custos para o incorporador/construtor e valor agregado pelos projetos à venda no mercado imobiliário, com Carlos Borges (Secovi-SP), Renato Genioli Júnior (SindusCon-SP), Augusto Pedreira de Freitas (ABECE), Sergio Kater (ABRASIP) e Edison Borges Lopes (AsBEA).

Formam o público-alvo do evento diretores, gerentes e coordenadores responsáveis pelo desenvolvimento de produto e projetos em incorporadoras e construtoras, titulares, coordenadores e profissionais de empresas de projeto, fabricantes de componentes e sistemas construtivos diretamente relacionados com o atendimento da Norma de Desempenho.

1º Fórum de projetos para incorporação e construção


Data: 24 de abril de 2019 (quarta-feira).
Horário: às 8h00 (credenciamento) e das 8h30 às 13 horas.
Local: Sede do Secovi-SP – Rua Dr. Bacelar, 1.043 – 2º andar – São Paulo/SP.
Informações e inscrições: (11) 5591-1306 ou pelo site.
Programa completo: clique aqui.
PQE: o evento conta 70 pontos no PQE (Programa Qualificação Essencial), do Secovi-SP.

Pesquisa do Secovi-SP registra dados positivos do mercado imobiliário da Capital em fevereiro

Em fevereiro de 2019, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP referente à cidade de São Paulo apresentou bons resultados em relação às vendas e aos lançamentos, tanto na comparação com janeiro como em relação ao mesmo mês do ano passado. Conforme apurado pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação, no mês, foram comercializadas 2.176 unidades residenciais novas. O resultado superou em 34,2% as 1.622 unidades comercializadas em janeiro e em 50,3% as vendas de fevereiro de 2018 (1.448 unidades).

No acumulado de 12 meses (período de março de 2018 a fevereiro de 2019), foram vendidas 30.587 unidades – aumento de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2018, quando as vendas totalizaram 25.349 unidades.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em fevereiro, o total de 870 unidades residenciais lançadas, resultado 204,2% superior ao mês de janeiro de 2019 (286 unidades) e 155,1% acima do volume de fevereiro de 2018 (341 unidades).

No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019), foram lançadas 32.829 unidades residenciais na capital paulista, 4,0% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, com 31.571 unidades.

Segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o destaque da pesquisa foi a falta de lançamentos de imóveis econômicos. “Contudo, esse tipo de imóvel continuou a registrar bom desempenho de vendas em fevereiro”, avalia.

Em termos de tipologia, houve equilíbrio na distribuição dos lançamentos entre os imóveis de 1, 2 e 3 dormitórios. Unidades de 2 dormitórios destacaram-se na quantidade vendida, com 1.385 imóveis e participação de 63,6% do total.

Com indicador VSO (Venda Sobre Oferta) de 12 meses de aproximadamente 60%, imóveis de 1 e 2 dormitórios comprovaram o bom desempenho dessas tipologias. Os imóveis de 3 e 4 dormitórios também apresentaram bom comportamento, com VSO de 12 meses em torno de 45%.

Outro fato importante é que o VGV (Valor Global de Vendas) acumulado do ano apresenta crescimento de 17,0%. Esta variação positiva acompanha a alta da quantidade de unidades comercializadas (21,0%), demonstrando consistência entre o aumento das unidades vendidas e dos valores.

Oferta – A capital paulista encerrou o mês de fevereiro de 2019 com a oferta de 19.553 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (março de 2016 a fevereiro de 2019). A quantidade de imóveis ofertados reduziu 6,8% em relação a janeiro (20.989 unidades) e 0,9% em comparação a fevereiro de 2018 (19.728 unidades).

Conclusão – Apesar dos bons números do mercado imobiliário no início deste ano, nunca é demais ressaltar a preocupação dos empreendedores com a falta de calibragem na Lei de Zoneamento. “Esperamos que os ajustes propostos, e que não impactam os princípios centrais do Plano Diretor Estratégico, sejam aprovados para que se possa viabilizar novos empreendimentos na cidade de São Paulo. Temos de atender a demanda desassistida em razão dos entraves da lei de zoneamento atual”, reforça Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Na capital paulista, é evidente o esgotamento de terrenos disponíveis para novos empreendimentos, principalmente porque há uma concentração de lançamentos nas áreas dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana, que ficam ao longo dos sistemas de transporte coletivo, como metrô, trem e corredores de ônibus. De acordo com Kallas, esta limitação tem levado os incorporadores a oferecerem o mesmo tipo de produto. “Além disso, essa falta de oferta pressiona os preços dos apartamentos, que tendem a subir”, enfatiza.

“Em meio à atual conjuntura, com um novo governo e a necessidade de as reformas essenciais saírem, as perspectivas para 2019 permanecem elevadas. Acreditamos em um bom ano para o setor nacionalmente, e os números da Capital, até agora, apontam para essa retomada. Contudo, se a Nova Previdência não for aprovada, seremos profundamente afetados, assim como a macroeconomia”, explica Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

Confira o resultado completo da Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP de fevereiro, com resultados da Região Metropolitana de São Paulo

Prepare-se para o maior evento do setor imobiliário: Summit Brasil 2019

Tendo a retomada da economia como perspectiva de curto prazo e, por consequência, o reaquecimento do mercado imobiliário, o Secovi-SP e o jornal O Estado de S. Paulo prepararam mais uma edição do Summit Imobiliário Brasil, evento que vai acontecer dia 16/4, no Hotel Hilton (Av. das Nações Unidas, 12.901, São Paulo/SP), das 8 (credenciamento) às 18 horas.

De acordo com os organizadores, a confiança de consumidores e empreendedores e a volta de investimentos nacionais e estrangeiros no setor coincidem com o otimismo do cenário econômico brasileiro do primeiro ano do novo governo. Por estas razões, o Summit Imobiliário Brasil conta com grandes líderes e CEOS do mercado, que vão destacar as oportunidades que surgem partir de agora e que estimularão novos e produtivos negócios.

Na abertura do evento, Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, e Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Estadão, darão as boas-vindas a todos, que ouvirão, em seguida, as mensagens de otimismo do governador do Estado, João Doria Jr.

A primeira palestra será do keynote speaker Seth Weintrob, Head Global de Real Estate do Morgan Stanley. Após essa apresentação internacional, os painéis tratarão dos seguintes temas: Política econômica como alavanca da indústria imobiliária (e vice-versa) – como o governo pode auxiliar o setor, promovendo políticas públicas e econômicas, com Jair Luis Mahl, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal; Perspectivas do mercado imobiliário e da habitação de interesse social na visão de investidores nacionais e internacionais, quando especialistas brasileiros e estrangeiros debatem as oportunidades que o Brasil oferece ou que pode vir a oferecer, com apresentações de Carlos Martins, sócio fundador da Kinea, Paulo Bilyk, CEO da Rio Bravo, e Milton D’Ávila, Head do Imobiliário do Itaú BBA.

Após o almoço, serão realizadas mais quatro palestras: Os desafios da construção civil e imobiliária frente às mudanças nas leis de zoneamento – além de São Paulo, outros municípios brasileiros estão na mira das mudanças de zoneamento, com impacto direto nas cidades e no planejamento imobiliário, com as presenças de Fernando Chucre, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Flavio Amary, secretário de Estado da Habitação de São Paulo; Insegurança jurídica – obstáculo ao desenvolvimento urbano – os entraves burocráticos, desde a aquisição de um terreno até a implementação de um empreendimento, e o mercado depois da regulamentação do distrato, com Ely Wertheim, diretor da Luciano Wertheim Empreendimentos Imobiliários; Inovação e tecnologia na construção – sustentabilidade, inteligência artificial, eficiência energética e logística reversa na construção estão no foco do debate por especialistas, tema que será tratado pelos especialistas Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos +, Marcos A. Cardoso, diretor da Syshaus e Tiago Alves, CEO da Sunew.

Para encerrar esta edição do Summit Imobiliário Brasil, o painel Compartilhando experiências – setor imobiliário tem boa perspectiva para 2019. Nele, CEOs de incorporadoras discutirão como isso vai se concretizar. Estão confirmadas as presenças de Alexandre Frankel, CEO da Vitacon, Elie Horn, presidente do Conselho de Administração da Cyrela, e Wilson Amaral, CEO da Pacaembu Construtora.

O Summit Imobiliário é um dos maiores eventos do setor e se traduz em oportunidade de discutir temas da atualidade, aproximar pessoas e aumentar a rede de relacionamentos.

Os inscritos no evento terão acesso a todas as palestras e à alimentação. Valores diferenciados para os associados do Secovi-SP e os assinantes do Estadão. Inscrições e informações pelo telefone (11) 5591-1306.

Mercado imobiliário de São Paulo mantém ritmo positivo no início de 2019

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou em janeiro de 2019 a comercialização de 1.622 unidades residenciais novas. O resultado foi 68,8% inferior às 5.204 unidades comercializadas em dezembro de 2018 e 4,1% inferior às vendas de janeiro de 2018 (1.692 unidades).

No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2018 a janeiro de 2019), foram vendidas 29.859 unidades, um aumento de 20,9% em comparação ao mesmo período de 2018, quando as vendas totalizaram 24.699 unidades.

“Geralmente, o começo do ano costuma apresentar números mais modestos em relação aos outros meses do ano, principalmente na comparação com o último trimestre. Basta lembrar, que os meses de outubro, novembro e dezembro corresponderam a 40% do total comercializado durante todo o ano de 2018”, explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

Apesar da redução nas vendas do mês, a pesquisa mostra coerência no comportamento de comercialização, porque as unidades mais vendidas continuaram sendo as de 2 dormitórios com até 45 m², situadas na faixa de preço econômico.

“Decerto que o mês de janeiro não serve como indicativo de comportamento do mercado para o ano todo, o que está atrelado a diversos fatores, como a necessidade de aprovação da Nova Previdência e a calibragem da Lei de Zoneamento na cidade de São Paulo, entre outros assuntos relevantes ao setor e ao País que deverão ser solucionados durante 2019”, diz Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em janeiro deste ano, o total de 286 unidades residenciais lançadas, 96,3% inferior ao mês de dezembro (7.720 unidades) e 61,8% abaixo do resultado de janeiro de 2018 (748 unidades).

No acumulado referente a fevereiro de 2018 a janeiro de 2019 (12 meses), foram lançadas 32.300 unidades residenciais na capital paulista, 2,8% acima do volume registrado no mesmo período anterior, com 31.409 unidades.

A cidade de São Paulo encerrou o mês de janeiro com a oferta de 20.989 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2016 a janeiro de 2019). A quantidade de imóveis ofertados foi 6,0% menor que a registrada em dezembro (22.327 unidades) e 0,1% abaixo de janeiro de 2018 (21.000 unidades).

Conclusão – Apesar do bom desempenho do mercado imobiliário dos últimos meses, grande parte dos empreendimentos lançados e comercializados é de projetos aprovados de acordo com os parâmetros urbanísticos do Plano Diretor anterior a 2014. “Isso reforça a dificuldade de os empreendedores viabilizarem novos projetos com base na legislação atual. Ainda é grande a expectativa do setor em ver esse assunto equacionado. Caso os ajustes necessários na Lei de Zoneamento sejam adiados por muito mais tempo, a tendência é de termos a rápida escalada dos preços dos imóveis, com queda do estoque disponível”, avalia Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Sindicato da Habitação.

“A projeção para o ano é de crescimento moderado no mercado imobiliário, tendo em vista que as vendas e os lançamentos de 2018 superaram a média histórica. A previsão é de estabilidade no volume de unidades lançadas e vendidas, mas com crescimento de até 10% do VGV”, conclui Jafet.

Aluguel residencial registra ligeira alta em fevereiro

O valor médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo registrou ligeiro aumento de 0,90% no período de março de 2018 a fevereiro de 2019, conforme aponta a Pesquisa Mensal de Locação Residencial, elaborada mensalmente pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Esse percentual ficou abaixo do IGP–M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou variação de 7,60% no acumulado de 12 meses. Em fevereiro, a variação foi de 0,40%.

“Esse percentual indica a recuperação gradual do setor. Apesar de ter registrado, pela primeira vez, uma evolução positiva, quebrando a resistência negativa dos últimos 12 meses, a variação indica que o momento ainda é favorável para negociação entre proprietários e inquilinos”, afirma Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

Duas tipologias registraram ligeira alta nos valores em fevereiro: imóveis de 1 dormitório e de 2 dormitórios aumentaram, respectivamente, 0,70% e 0,35%. Os valores dos imóveis de 3 dormitórios apresentaram estabilidade.

Metodologia

A Pesquisa de Locação Residencial, elaborada pelo Secovi-SP, monitora o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações são disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).

Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 18,86 e R$ 19,52. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.697,40 e R$ 1.756,80. Os bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa de valores por m² entre R$ 25,13 e R$ 33,10. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 3.769,50 e R$ 4.965,00.

Aluguéis Residenciais – faixa de valores por m² de área privativa ou construída

Dados por bairro da cidade de São Paulo, por número de dormitórios.



Garantias e velocidade de locação 

O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45% dos contratos de locação firmados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – cerca de 38% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança correspondeu a 17% dos contratos.

O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 17 a 44 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 17 a 42 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 23 a 47 dias.

IVL – Índice de Velocidade de locação por tipo e dormitórios

Ipiranga

Mensalmente, a Pesquisa Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi o Ipiranga. De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem e que foram contratados em fevereiro no bairro do Ipiranga registraram valor médio por metro quadrado de R$ 23,63 para 1 dormitório; R$ 22,18 para 2 dormitórios; e de R$ 21,92 para residências de 3 dormitórios.

Ipiranga – Imóvel Residencial em Bom Estado de Conservação
Valor de aluguel contratado em R$ por metro quadrado de área privativa ou construída

Confira a íntegra da Pesquisa de Locação Residencial do Secovi-SP.