Sim, as casas inteligentes são uma realidade global e esse movimento está conquistando muitos adeptos localmente. Para ter se uma dimensão, no Brasil são 300 mil casas – de um total de 60 milhões de residências – que têm algum tipo de automação. Segundo a Aureside, Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial, a expectativa é que em dois anos a tecnologia chegue a dois milhões de casas. No mundo, as previsões são ainda mais promissoras.
Em mapeamentos do setor feito pela WGSN – autoridade global em previsões de tendências –, o mercado de automação residencial até 2020 movimentará cerca de US$ 100 bilhões, com mais 25 bilhões de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) que conta, respectivamente, com uma previsão de mercado em US$ 1.7 trilhões*. A análise inclui previsões** que mostram que uma típica casa de família poderia conter mais de 500 dispositivos domésticos até 2022 – o que reforça o potencial deste mercado, que ainda tem muito a crescer. Vale destacar que apenas 20% das famílias europeias e 35% das norte-americanas usam algum tipo de dispositivos IoT, segundo relatórios da Accenture.
A Somfy, multinacional francesa e líder mundial em motorização e automatização de itens de fachadas, é exemplo tangível do crescimento deste mercado. Entre 2017/2018, a empresa registrou €1,2 bilhões em vendas no mundo – o que representa um crescimento de 10% nas vendas globais e 18% nas nacionais.
Quais itens compõem uma casa inteligente?
Uma vez que esses sistemas de automação estão mais acessíveis (menor baixo custo e mais facilidade de instalação), a casa conectada caminha para outro patamar e, por isso, soluções de iluminação tornam-se mais atraentes. No entanto, o objetivo, cada vez mais, é que a casa conectada tenha inteligência artificial integrada ao ambiente.
“As casas conectadas já são realidade. Eletrodomésticos inteligentes se conectam com os calendários da família, listas de compras e até mesmo playlists de músicas – e as possibilidades para tornar as nossas vidas mais práticas e rápidas são inúmeras e vão desde realizar pedidos de compras de supermercado a até mesmo trancar e destrancar as portas remotamente“, ressalta Maria Kowalski, expert da WGSN.
Vale destacar também que, à medida que os sistemas inteligentes são agregados em novas incorporações, haverá mais possibilidades e ofertas de casas conectadas, o que resulta também em melhora nos produtos relacionados.
Neste sentido, Anderson Piche, porta-voz da Somfy Brasil, destaca: “O mercado de motorização no Brasil amadureceu nos últimos anos. Isso possibilita, cada vez mais, trazer ao brasileiro novas soluções domóticas que proporcionem experiências únicas e que trazem benefícios reais aos consumidores por meio de uma tecnologia inteligente – que vão desde economia de tempo e energia, como comodidade e segurança para o cotidiano“.
Quais são os produtos que lideram esse mercado?
De acordo com o report sobre “A Casa Conectada” da WGSN, os produtos que lideram o mercado são relacionados à segurança: câmeras domésticas e sistemas de fechaduras inteligentes lideram ao oferecer conveniência e tranquilidade aos consumidores.
No entanto, além dos itens que lideram o mercado, atualmente os consumidores contam um amplo portfólio de produtos que surgem a cada dia. Confira as principais tendências do segmento:
Próximo passo? Amplificação de sensores em rede para executar a manutenção predial, de modo que os proprietários não precisem nem mais telefonar para o eletricista.
O que vale manter no radar, de acordo com o relatório da WGSN sobre “A Casa Inteligente”:
*Estimativas da IDC
** Estudos da Gartner
***De acordo com o estudo Future Home da Unruly