Super demanda por compra de imóveis atinge número recorde no primeiro quadrimestre do ano

O mercado residencial do Brasil vem mantendo seu bom ritmo de crescimento e, mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, a demanda imobiliária não para de crescer. Segundo dados da Datastore, empresa especializada em pesquisas de demanda no setor imobiliário, 28,08% das famílias brasileiras com renda superior a 1,5 mil/mês, até as altas rendas, têm a intenção de comprar imóveis nos próximos 24 meses, o que corresponde a mais de 14,25 milhões de famílias, o quinto recorde sucessivo de maior demanda do século.

“Em 2021, de janeiro a abril, quando a pandemia atingiu seu ápice no Brasil, a demanda imobiliária aumentou 829,3 mil famílias, ou seja, 207 mil famílias por mês. Por isso que os bancos, incorporadoras e associações de classe vêm destacando o aumento real das vendas”, explica o fundador da Datastore, Marcus Araujo.

A última vez que o Brasil atingiu algo em torno de 28% foi em 2015, antes do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. De qualquer forma, ainda assim a base comparativa é diferente, uma vez que seis anos atrás as famílias brasileiras tinham menos acesso aos imóveis, a taxa Selic alcançava mais de 13% ao ano, além de uma população menor, se comparada a 2021.

Os dados da Datastore também apontam que a intenção de comprar imóveis nos próximos 12 meses, ou seja, no curto prazo, saltou 2% percentuais de março para abril de 2021, indicando que o viés de alta da Selic está fazendo as pessoas tomarem a decisão de compra antecipada. “Ou seja, como há indícios de novas altas na taxa de juros, o mercado de imóveis pode explodir no segundo trimestre”, explica Araujo.

“A conclusão desses números é que o isolamento provocado pelos últimos lockdowns deixou as famílias ainda mais dentro de casa e, consequentemente, muitas já se adaptaram ao trabalho digital e conseguiram manter renda ou até expandi-la, gerando poupança circunstancial, quando o indivíduo poupa porque não tem possibilidade de sair de casa para consumir combustíveis, alimentos em restaurantes, entre outros. Elas são as responsáveis pelo recorde de vendas de imóveis desde julho de 2020. Logo, a máxima de que em toda crise há uma oportunidade foi elevada ao patamar máximo no mercado imobiliário de 2021″, conclui o fundador da Datastore.