Sienge Plataforma cria ecossistema tecnológico para transformar a produtividade na indústria da construção

O modelo de plataforma de negócios é um conceito que vem ganhando espaço no mercado de maneira muito rápida e tem transformado as relações comerciais entre empresas e consumidores. Estudo da McKinsey sobre criação de ecossistemas digitais indica que “a economia das redes integradas pode representar um pool de receitas mundial de US$ 60 trilhões em 2025, com possível aumento da participação total na economia dos cerca de 1% a 2% de hoje para aproximadamente 30% em 2025”.

Dentro do mercado B2C, a disrupção veio por meio de empresas como Uber e Airbnb. No mercado B2B, a criação de plataformas é uma tendência, mas a oferta de soluções ainda é escassa.

Neste cenário, o Sienge desponta como a iniciativa pioneira na indústria da construção brasileira, fato totalmente aderente, por exemplo, ao estudo global “Transformação Digital: O Futuro da Construção Conectada”, da consultoria IDC, que revelou que 72% das companhias do setor da construção civil acreditam que a transformação digital é uma prioridade, mas ainda com muitos desafios para se digitalizarem completamente.

Nascido como ERP em 1990, o Sienge, conta com mais de 3 mil clientes em todo o País e se tornou líder em tecnologia de gestão para a construção civil. Há dois anos, a empresa catarinense reformulou a maneira de atuar para assumir o protagonismo na criação de um ecossistema de soluções tecnológicas para a indústria da construção. Com uma infraestrutura robusta e conforme as melhores práticas de governança e compliance, o Sienge Plataforma permite às construtoras e incorporadoras personalizar a gama de soluções tecnológicas com as quais preferem contar. Dessa maneira, o Sienge Plataforma se posiciona como um sistema que integra soluções desenvolvidas por empresas terceiras e organiza o acesso ao banco de dados.

“O Sienge deixa de ser o fornecedor exclusivo de soluções e se torna a espinha dorsal tecnológica que permite a cada cliente desenvolver uma solução personalizada, sem risco à base de dados”, explica Fabrício Schveitzer, diretor de Operações do Sienge.

Para Schveitzer a transposição do conceito de plataformas para as relações B2B foi a grande inovação por parte do Sienge. “Nosso principal desafio foi integrar as tecnologias necessárias para criar uma plataforma e os aspectos de segurança que envolvem o provisionamento aos usuários”, afirma.

Além de a empresa ter extrapolado a atuação como ERP para se tornar uma plataforma que integra soluções, o Sienge passou a atender o mercado a partir de jornadas de negócio, com foco nas áreas de crédito imobiliário, financeira, aquisição, construção e estoque, vendas/pós-vendas e compliance.

Como funciona

Plataformas são caracterizadas pela formação de um ecossistema digital, uma estrutura que compreende três tipos de players:

1. Proprietário da plataforma, que controla a governança e propriedade intelectual;
2. Fornecedores de soluções, que fazem a interface entre plataforma e usuário e que criam novas ferramentas e produtos;
3. Consumidores, que adquirem produtos e serviços.

Assim, as funções que o Sienge, enquanto ERP, exercia continuam no Sienge Plataforma e constituem sua estrutura central. Entretanto, o sistema proporciona uma nova dinâmica para os clientes, pois permite a conexão com fornecedores externos de tecnologia.

Um desses fornecedores é a ferramenta de CRM Construtor de Vendas. A solução permite às incorporadoras gerenciar toda a jornada de vendas, desde a prospecção de clientes até a conclusão da venda. Como está totalmente integrada ao Sienge Plataforma, quando a venda é efetivada e o contrato entra no sistema, o Sienge inicia a geração dos recebíveis e controles financeiros. A integração proporciona confiabilidade às informações financeiras e à gestão de estoque dos empreendimentos.

As integrações ocorrem nas mais diferentes frentes, como no controle de obra. Por meio do Agilean, outro sistema integrado, o Sienge Plataforma acompanha todo o processo de planejamento e execução, alimentando o módulo de engenharia e trazendo grandes ganhos em produtividade. “As integrações homologadas proporcionam agilidade e confiabilidade às informações. Tudo isso ocorre num único ambiente tecnológico”, explica Guilherme Brasil, CTO do Sienge.

Tecnologia em função do modelo de negócios

De acordo com Schveitzer, a transformação do ERP em Sienge Plataforma só foi possível porque, além das mudanças tecnológicas, a visão mudou de produto para ecossistema. “Isso significa olhar a atividade da construção sob a perspectiva das grandes jornadas de negócio. Uma missão que só um especialista neste mercado consegue executar. Para isso acontecer na prática é necessário olhar para um processo de compras, por exemplo, e considerar as influências que ele sofre e exerce nas áreas financeira, de suprimentos, dentre outras. Mais do que isso, demanda entender e aceitar que nem sempre será o ERP a única tecnologia a endereçar soluções”, informa.

De qualquer maneira, conforme pontua a McKinsey no estudo sobre ecossistemas digitais, o sucesso de uma plataforma está relacionado à expansão do negócio principal, à criação de novos produtos e serviços e, sobretudo, ao desenvolvimento de uma solução ponta a ponta que permita aumentar a eficiência operacional dos clientes. Ou seja, totalmente coincidente com a proposta de valor do Sienge para o mercado de construção.

Para garantir a confiabilidade das informações, o compliance e a governança, é fundamental permear todas essas camadas. É necessário também extenso domínio dos processos para chegar à curadoria das melhores soluções disponíveis no mercado. “Nasce aí a visão de jornada, em que o Sienge extrapola a atuação como ERP para se tornar uma plataforma especialista líder de Construção Civil que integra soluções, sejam elas próprias ou desenvolvidas por terceiros”, comenta.

Validação internacional

Outro diferencial da plataforma é que ela contará com a validação e desenvolvimento do modelo de negócios do processo de seleção de abrangência mundial do IBD Berkeley Hass, que está entre os cinco melhores MBAs Executivos do planeta. “Isso significa que os alunos em fase de conclusão de curso – profissionais de altíssimo nível das maiores empresas do mundo – estão fazendo uma imersão no universo das plataformas B2B por todo o planeta e conhecendo o ambiente da construção civil no Brasil, tendo o Sienge como interlocutor, para entender e contribuir com o nosso processo de desenvolvimento do modelo de negócios. Somos uma das cinco empresas brasileiras que conseguiram participar do programa até hoje”, pontua Guilherme Quandt, gerente de Gestão Estratégica e de Mercado do Sienge.

Esta é uma validação importante, pois, conforme o estudo “Como as empresas criam valor a partir de ecossistemas digitais?”, um ecossistema é complexo especialmente no que diz respeito à definição da abordagem adequada para captar o máximo de valor possível. E o Sienge Plataforma segue a cartilha recomendada pela consultoria para determinar “sua estratégia de ecossistema avaliando características e tendências do mercado, bem como sua “adequação” a ecossistemas específicos”.

Investimentos e resultados

Mesmo com os consecutivos anos de sofrimento econômico da indústria da construção, a empresa fechou 2019 com um crescimento de cerca de 15% em relação a 2018. Ao longo de 2019 mais de 500 empresas se tornaram clientes do Sienge, incremento de mais de 10% em sua base. Para 2020, a empresa entra em um novo ciclo estratégico, que trabalhará na visão 2020-2024, projetando assim, mais do que dobrar de tamanho. Para tanto, a empresa irá iniciar um ciclo de investimentos de mais de R$ 50 milhões em sua estrutura e operações.

Com presença nacional, o Sienge tem entre os seus principais clientes as construtoras Vitacon, Cury Construtora, Pacaembu Constutora, Lock Engenharia, Dimas Construções, FG Empreendimentos, Prestes Construtora e Incorporadora, entre outros.