Pesquisa do Imovelweb mostra que o desejo de mudar de casa ainda está entre as preferências dos brasileiros

O Imovelweb,um dos maiores portais imobiliários do País, realizou em fevereiro a segunda edição da pesquisa “Mercado Imobiliário pós-Covid-19”. Feita com 2405 pessoas, entre proprietários e inquilinos de todo o Brasil, o novo levantamento aponta que o desejo de mudar de imóvel continua na lista dos brasileiros. Dos respondentes, 77,78% querem morar em outra propriedade, percentual similar encontrado na pesquisa realizada em junho de 2021.

A compra de imóvel prevalece na nova pesquisa: 80,62% responderam que gostariam de adquirir uma propriedade contra 15,95% que buscam por locação, preferência também encontrada nas respostas da pesquisa de 2021 (79,67% e 15,32% respectivamente).

Cenário atual

Segundo a nova pesquisa, questões como a falta de oferta de imóveis no mercado, preço do aluguel e espaço refletem o cenário atual dos brasileiros quando se trata de imóveis. Para 25,44% dos respondentes, a falta de oferta de imóveis dificulta achar propriedades para morar. 23,68% afirmaram que não conseguem encontrar um apartamento para alugar dentro do orçamento. O mesmo percentual de participantes respondeu que procura por um lugar com espaço ao ar livre. Já para 21,05%, o espaço atual é pequeno, contra 35,19% dos participantes em 2021. Outros pontos levantados foram:

  • 14,91% acreditam que a situação econômica gera insegurança e isso dificulta a decisão de mudar;
  • 13,16% estão com o aluguel expirado e precisam mudar porque o locador aumentou muito o valor;
  • 8,77% também estão com o aluguel expirado, porém o proprietário irá vender o imóvel;
  • 8,77% não conseguem fechar o contrato de locação, pois as condições mudam com frequência;
  • 7,89% não podem continuar pagando o aluguel atual. Em 2021, 24,07% dos entrevistados afirmaram que não podiam pagar o aluguel, mostrando que, atualmente, mais brasileiros estão conseguindo arcar com os custos de locar um imóvel;
  • 7,89% têm dificuldade de visitar propriedades no cenário atual;
  • 5,26% são inseguros por não ter trabalho e salário fixo e, por isso, não mudam. No ano passado, 9,26% mencionaram essa situação.

Valor do aluguel em alta

Quando perguntados sobre quanto o aluguel aumentou em comparação ao período anterior à pandemia, 38,91% dos respondentes afirmaram que o valor cresceu até 10%. Na pesquisa realizada em 2021, 56.52% dos entrevistados mencionaram esse aumento entre 0% e 10%. Para 38,55% o acréscimo variou entre 10% e 30%. O preço também subiu entre 30% e 50% para 15,27% dos entrevistados e 5,45% responderam que o valor da locação subiu mais de 50%. 1,82% mencionaram que o aluguel aumentou mais de 100%.

Sobre os motivos que facilitariam a troca de imóvel para locação, a maioria (49,06%) gostaria de ter um desconto no aluguel contra 54,84% dos respondentes da pesquisa de 2021. Para 43,07% a flexibilidade nas condições para locar um imóvel aparece com prioridade. Já 27,72% apontaram a permissão de animais de estimação. Para 17,60% o aumento na renda mensal é um ponto que ajudaria. Cerca de 7,49% dos participantes responderam sobre a retomada da vida antes da pandemia, na pesquisa de 2021, esse motivo foi mencionado por 18,06% dos participantes. 14,23% apontaram uma melhora da situação econômica em geral. Por fim, 12,36% dos entrevistados citaram um serviço de mudança mais barato.

Com relação ao tempo de mudança, 29,84% dos participantes planejam mudar em 6 meses. Para 34,65% a mudança deve ocorrer em menos de 1 ano e para 29,70% em menos de dois anos. Por fim, 5,81% pretendem trocar de imóvel em menos de um mês.

Características na hora de mudar de imóvel

Para a troca de imóveis, os pontos a seguir foram citados como facilitadores na hora de planejar a mudança:

  • 49,04% gostariam de ter um desconto na compra;
  • 26,99% acreditam que a possibilidade de acesso a um crédito;
  • 23,81% gostariam de maior flexibilidade nos pagamentos do imóvel;
  • 21,58% gostariam de poder vender o imóvel atual para comprar outro;
  • 20,06% querem taxas de imposto sobre a propriedade mais baixas;
  • 13,14% tiveram uma melhora na situação econômica geral;
  • 12,02% disseram que um aumento na renda mensal ajudaria;
  • 3,58% desejam um serviço de mudança barato;
  • 4,70% citaram a retomada da vida antes da pandemia.

A pesquisa também apontou as prioridades dos entrevistados com relação a uma nova propriedade:

  • Quintal ou terraço: 39,35%
  • Varanda: 31,88%
  • Mais m2: 27,04%
  • Mais ambientes: 25,38%
  • Que a propriedade fique em um bairro fechado: 17,98%
  • Jardim: 15,91%
  • Que seja na periferia da cidade: 5,74%