Pesquisa ABRAINC-Brain aponta que 31% dos brasileiros têm intenção de comprar imóvel

Três em cada dez brasileiros podem estar em busca de um novo imóvel, seja para investimento, sair do aluguel ou simplesmente ter um novo lar. É o que indica um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Brain Inteligência Estratégica. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (30/11) durante o webinar “Mercado Imobiliário: Comportamento do Consumidor e as Tendências para 2023”.
 

A pesquisa revela que 31% dos entrevistados desejam adquirir um novo imóvel. Com 4% já iniciando a visita a imóveis e stands de vendas e 7% estão realizando buscas pela internet. Os outros 20% estão somente com a ideia e não começaram a procura.
 

Os números indicam que 2023 deve manter o mercado aquecido como neste ano e abrir novas oportunidades de investimentos para o setor. Entre os entrevistados que possuem intenção de compra, 33% querem sair do aluguel; 20% estão em busca de uma residência maior; 10% querem ir morar sozinho; 7% buscam uma mudança de região; 7% se casaram ou vão se casar e querem um novo lar; 7% querem um imóvel mais novo e 16% por outros motivos.
 

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas em todas as regiões do Brasil com perfil de renda superior a R$ 3 mil. As entrevistas ocorreram entre os dias 1º a 27 de novembro.
 

Durante o webinar, Marcelo Gonçalves, sócio e consultor da Brain Inteligência Estratégica, relatou que, apesar de uma ligeira redução da intenção de compra em 6%, quando analisada a pesquisa anterior, o cenário é positivo. Pois, o comportamento macroeconômico, com tendência de redução na inflação e no desemprego, é normal um otimismo e perspectivas de novas aquisições. “Não é uma intenção baixa, porque estávamos com níveis muito altos. Ela ainda é muito significativa”, explicou.
 

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, os dados indicam a perspectiva de um futuro promissor no mercado imobiliário brasileiro com boas perspectivas de crescimento. Ele lembrou que o déficit habitacional e o consequente desenvolvimento social e econômico do Brasil terminam mantendo o setor aquecido. “A minha visão é muito positiva. Temos um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e necessidades para 11,5 milhões de moradias para os próximos dez anos. Estes números não deixam dúvidas de que este setor deve continuar crescendo”, finaliza.
 

Participaram ainda do webinar o diretor de assuntos econômicos da ABRAINC, Renato Lomonaco; o CEO do Grupo Patrimar, Alex Veiga; a presidente do Conselho de Administração da BRZ, Eduarda Tolentino; o diretor-executivo da Longitude, Guilherme Bonini; o presidente do Grupo A. Yoshii, Leonardo M. Yoshii; e a CEO da Mitre Vendas, Sophia Marthins.