O novo varejo de materiais de construção

Por Daniel Zanco, da Linx

No Brasil, o varejo de materiais de construção movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano por meio de, aproximadamente, 150 mil lojas. O setor é formado, em sua maioria, por pequenos e médios comerciantes, sendo um dos mais dinâmicos e importantes da nossa economia, dada a sua grande representatividade nas vendas.

Por exemplo, em 2018, apresentou crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior, um faturamento de cerca de R$ 122 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO). E toda esta cadeia passa por movimentos estruturantes, reflexo de novas dinâmicas da indústria, evolução do varejo e sobretudo, novos hábitos de compra dos consumidores. Abaixo, podemos destacar e entender alguns deles.

Formalização – Parece óbvio, mas nem tanto. Todos os elementos do ecossistema, desde fornecedores de matéria-prima, fornecedores de mão de obra, representantes comerciais e lojas estão evoluindo de forma acelerada para um cenário de maior compliance tributário, impulsionado pela crescente eficiência do fisco e informatização dos processos de apuração e cobrança de tributos.

Gestão – Ainda é normal nas pequenas operações de varejo do setor, a figura do sócio-fundador onipresente. Essa figura precisará aprender a dividir a gestão com profissionais capacitados, sem que a empresa perca suas características principais e seu DNA. Práticas modernas e informatizadas de gestão de estoque, planejamento de compra, concessão de crédito, ambiente de loja, serviços e meios de pagamento são a chave para o novo varejo mais produtivo, rentável e sustentável.

Consolidação e Competição – A representação de grandes redes tende a crescer, criando um novo parâmetro de competição para os pequenos varejistas. Análogo ao movimento que ocorreu com os hipermercados no passado, os Home Centers devem em breve começar a investir em operações pautadas em preço (atacarejo) ou em conveniência (lojas menores de bairro). Essa consolidação levará ao aumento da participação das marcas próprias em suas gôndolas e por consequência, maior foco da indústria no pequeno e médio operador.

Novo Consumidor – O processo de compra mudou significativamente nos últimos anos, com um consumidor muito mais informado dentro do ponto de venda, empoderado pelo seu smartphone e com mais altos níveis de exigência em termos de comunicação, transparência, velocidade de entrega e serviços. Esse ‘neo consumidor’ tem a ciência de que ele é o centro da dinâmica de compra e vai migrar para os varejistas que entenderem essa premissa.

Canais Digitais – Impulsionados pelo novo consumidor, varejistas de materiais de construção civil estão rompendo paradigmas e vendendo seus produtos em e-commerces, marketplaces e outros canais digitais que conectam com baixíssima fricção compradores com cada vez menos tempo disponível e mais informados.

Nesta fase de mudança, as empresas mais transparentes, ágeis e, claro, adaptáveis serão as mais bem-sucedidas ao final do ciclo. Por isso, é fundamental que o pequeno varejo invista em uma onda intensa de profissionalização, amparada pelo uso de tecnologia e fundamentada em parcerias estratégicas com a indústria.

Pense nisso e boas vendas!

Juntos Somos Mais contrata CMO para fortalecer marca

Cristiano Santos é o novo CMO da Juntos Somos Mais, ecossistema que pretende revolucionar o varejo da construção civil. O executivo passou a integrar a equipe em um momento expressivo para a empresa, que patrocinou a 25ª edição da Feicon Batimat – feira internacional referência em construção civil e arquitetura.

A empresa é detentora do maior programa de fidelidade do setor, o Juntos Somos +, que funciona como um plano de benefícios para lojistas, seus vendedores e profissionais da obra, e do maior marketplace B2B online do setor.

Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, afirma que a contratação reforça o compromisso de gerar valor para os clientes e capturar valor para a empresa. “O Cristiano é um profissional dinâmico e criativo. Possui ampla experiência em marketing e tem como principal desafio mapear oportunidades e fortalecer a marca no mercado. Em uma era digital, é fundamental entender o consumidor e implementar as iniciativas adequadas para retê-lo. “

Após 14 anos na área, o recém-contratado CMO adquiriu bagagem para a criação de estratégias que conectem o consumidor às oportunidades de negócios, garantindo uma alocação eficiente dos recursos.

Segundo Cristiano, que vem acompanhando com interesse a revolução que as startups têm gerado na economia com seus modelos ágeis, colaborativos e com forte propósito social, a nova estratégia de marketing da Juntos Somos Mais estará alinhada à essência da empresa.

“Nosso objetivo é gerar valor para todo o ecossistema da construção civil. Para isso, ampliaremos ainda mais nossa proximidade junto às instituições do setor, indústrias, varejistas e profissionais para garantir agilidade na identificação de oportunidades e aceleração na implementação das ações”, afirma o profissional. “Me sinto muito privilegiado por poder fazer parte desta empresa que chegou – definitivamente – para transformar a vida das pessoas que constroem sonhos”, completa.

Formado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Cristiano Santos é pós-graduado em estatísticas na Universidade Federal de Minas Gerais e cursou MBA na Brazilian Business School. Atuou como gerente de marketing na Claro, foi loyalty manager na Editora Globo, onde mais tarde se tornou diretor de marketing do consumidor, logo antes de passar a exercer o cargo de Chief Marketing Officer na Juntos Somos Mais.

Juntos Somos Mais em números:

45+ mil lojas cadastradas

135+ mil profissionais cadastrados

1.2 bilhão de pontos emitidos

350+ mil resgates

16 empresas participantes do programa de relacionamento: Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre (fundadoras), Santander, Linx, Vedacit, Eternit, Suvinil, Stam, Bosch, Casa do Construtor, Ciser, Ourolux, Cozimax, Corfio e Schneider Eletric

35 profissionais com habilidades e background diversificados no time

R$ 30 milhões já investidos – R$ 50 milhões em investimentos até 2020

Santa Catarina sedia o 7º Seminário Regional de Impermeabilização

IBI Brasil realiza no dia 9 de maio de 2019, das 13h30 às 19 horas, o 7º Seminário Regional de Impermeabilização em Itajaí/Balneário de Camboriú, Santa Catarina, no Auditório de Farmácia (IV – Bloco E1) da Universidade do Vale do Itajaí, Campus Itajaí. O evento voltado para engenheiros, arquitetos, construtores, projetistas, especificadores, profissionais de execução e distribuição e estudantes tem como tema principal “As inovações que validam a importância do segmento”. Paralelamente ao 7º Seminário, o IBI e a UNIVALI promovem, no período da manhã, um curso técnico para os estudantes da Univali um curso técnico para os estudantes da Univali.

O objetivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização é propiciar a ampliação de conhecimento sobre os sistemas nesta área, com ênfase na necessidade e importância de projeto, normalização e desempenho. Para isto, tem parceria com a UNIVALI e conta com o apoio das principais entidades do mercado da construção em Santa Catarina (Sinduscon Balneário Camboriú e Camboriú, Sinduscon Foz do Rio Itajaí e CREA-SC – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina); e nacionais como a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e o Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto).

Os palestrantes discorrerão sobre a importância do projeto de impermeabilização, aplicação e implicações jurídicas, destacando a importância do conhecimento e cumprimento das normas de desempenho. Entre os temas abordados estão: “A importância da impermeabilização”, “A especificação e Projeto do Sistema de Impermeabilização em conformidade com as Normas Técnicas”, “ABNT NBR 15575 – Norma de Desempenho – aspectos jurídicos e suas responsabilidades”, “Guia de aplicação da Norma de Desempenho para impermeabilização e manual de uso, operação e manutenção”, “Mantas asfálticas e sintéticas – O estado da arte”.

SERVIÇO
7º SEMINÁRIO REGIONAL DE IMPERMEABILIZAÇÃO – ITAJAÍ / BALNEÁRIO CAMBORIÚ – SC
Quando: 9 de maio de 2019
Horário: das 13h30 às 18h30
Onde: Universidade do Vale do Itajaí – Campus Itajaí – Auditório da Farmácia (IV – Bloco E1) – Itajaí/Balneário de Camboriú – SC
Inscrições: http://www.univali.br/eventos/computacao-engenharia-e-arquitetura/Paginas/evento2874.aspx 
Informações: com Adriana – (11) 3255-2506 / adriana@ibibrasil.org.br 
Patrocínio: Dryko, GE Silicones, Prefer, Procryl, Sika, Weber Saint-Gobain

Indústria do cimento apresenta plano para redução da emissão de carbono em quase 35%

O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) lançam, hoje, 03 de abril, em Brasília, o Roadmap Tecnológico do Cimento, um documento que traça a ambição e as diretrizes para contribuir para a redução da emissão de CO2 na indústria brasileira do cimento em dois cenários, sendo um primeiro estágio até 2030 e um segundo até 2050.

A indústria desenvolveu este roteiro em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvi­mento Sustentável (WBCSD), International Finance Corporation (IFC) – membro do Banco Mundial – e um seleto grupo de acadêmicos de renomadas universidades e centros de pesquisa do país, sob a coordenação técnica do professor emérito e ex-ministro José Goldemberg.

O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de COda indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões em curto, médio e longo prazo.

“A indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão de COno mundo, por conta de ações que vêm sendo implementadas nas últimas décadas e queremos continuar liderando esse processo no futuro”, afirma Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Segundo dados dessas entidades, enquanto a produção de cimento aumentou 273% entre 1990 e 2014 (de 26 para 71 milhões de toneladas), a curva da emissão de carbono cresceu 223% nesse intervalo, uma redução de 18% das emissões específicas (de 700 para 564 kg CO/t cimento). Por sua vez, o projeto vislumbra a possibilidade de a indústria alcançar patamares da ordem de 375 kg CO2/t cimento até 2050, uma redução de 33% em relação aos valores atuais.

Segundo Erika Kanashiro Tugumi, executiva sênior de investimento da IFC, “o Brasil está no caminho certo para descarbonizar sua cadeia de valor do cimento, adotando melhores práticas em eficiência energética, uso de combustíveis alternativos, energia renovável, e produtos inovadores em cimento e concreto”.

Roadmap Tecnológico do Cimento analisa uma série de medidas capazes de acelerar a transição rumo a uma economia de baixo carbono. “O setor reconhece os desafios na produção de cimento e concreto e tem trabalhado arduamente ao longo de muitos anos para encontrar soluções. Há várias inovações importantes já em andamento, que irão contribuir para reduzir as emissões globais de CO2 e produzir cimento de forma sustentável. Estamos totalmente comprometidos em avançar para um futuro sustentável”, afirma Claude Loréa, diretora da Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA) e especialista em sustentabilidade na indústria do cimento.

Metas alinhadas ao Acordo de Paris

O Acordo de Paris, negociado em 2015 na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e ratificado pelo Brasil em 2016, estabeleceu diretrizes e compromissos para tentar limitar o aumento das temperaturas neste século a menos de 2°C.

Para alcançar essa meta desafiadora, foram reunidas no mapeamento medidas que se concentram em quatro principais pilares: adições e substitutos de clínquer – produto intermediário do cimento -, por meio do uso de subprodutos de outras atividades; combustíveis alternativos, com a utilização de biomassas e resíduos com poder energético em substituição a combustíveis fósseis não renováveis; medidas de eficiência energética, mediante investimentos em linhas e equipamentos de menor consumo térmico e/ou elétrico; tecnologias inovadoras e emergentes, por meio da pesquisa e desenvolvimento em tecnologias disruptivas, como a captura de carbono.

Ações-chave para 2030

Para atingir os níveis de melhoria nos diferentes indicadores de performance (KPI’s) e as conse­quentes reduções na emissão de carbono estimadas, governo, indústria e sociedade em geral devem criar uma agenda conjunta de ações estruturantes, de forma a acelerar a transição sustentável da indústria brasileira de cimento. Entre as ações prioritárias, visando um horizonte de curto/médio prazo (2030), estão:

  • Reforçar a cooperação nacional e internacional; promover o desenvolvimento de novas normas de cimento, permitindo a incorporação de maiores teores de substitutos de clínquer;
  • Valorizar a recuperação energética de resíduos, em atendimento à Política Nacio­nal de Resíduos Sólidos (PNRS);
  • Compartilhar melhores práticas em nível nacional e internacional para a promoção da eficiência energética na indústria do cimen­to;
  • Promover Pesquisa e Desenvolvimento em tecnologias emergen­tes e inovadoras de mitigação de gases de efeito estufa.

Setor de materiais de construção registra queda no faturamento

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nesta quinta-feira, 21 de março, a nova edição da pesquisa do Índice, com os dados projetados de fevereiro. Como destaque da pesquisa, temos a queda no faturamento da indústria de materiais de construção no mês, que ainda tem desempenho positivo se analisados os últimos 12 meses.

Após ter registrado, em janeiro desse ano, desempenho inferior ao do mesmo mês em 2018, o resultado do setor em fevereiro também não foi positivo. Com queda de 1% no faturamento frente a janeiro e 2,5% em relação a fevereiro do ano passado, o resultado, entretanto não altera a projeção feita pela associação de fechar o ano com crescimento de 2% em relação a 2018.

Analisando o número de empregos, o panorama é semelhante. Fevereiro apresenta queda em relação a janeiro de 0,7% e de 0,4% em relação a fevereiro de 2018. No entanto, é observado ainda saldo positivo no acumulado dos últimos 12 meses, no qual a indústria registra saldo positivo de 1,5% em relação aos 12 anos anteriores. O resultado é puxado pela indústria de materiais de base, que nos últimos 12 meses acumula crescimento de 2,5% no número de vagas.

Para Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT, o resultado em fevereiro indica a importância de externalidades a serem enfrentadas no ano para nortear o setor. “Apesar de um segundo mês de queda no faturamento, ainda temos a expectativa de um ano positivo. O que essas pesquisas nos demonstram é que para o crescimento observado em 2018 ser sustentável e se manter com regularidade, se faz necessário o acompanhamento das externalidades, sobretudo no campo político. As reformas estruturais que tramitam no congresso nacional, por exemplo, terão forte influência no futuro do setor no médio prazo”.

A ABRAMAT segue atuando no enriquecimento dos debates sensíveis ao setor. A associação anuncia hoje a realização do 2° Seminário de disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção, que acontecerá no dia 11 de abril, durante a Feicon Batimat. O BIM é, resumidamente, um módulo de tecnologias que informatizam a construção civil, visando maior eficiência, redução de custos, aderência a conformidade técnica e facilidade na fiscalização por parte de agências reguladores e demais organismos públicos de controle. “Seguiremos dando nossa contribuição nesse e em outros debates, sempre buscando construir medidas que tragam ganhos tanto ao setor, quanto ao país e sociedade”, conclui Navarro.