Imóveis para alugar em Curitiba fecham 2022 com alta de 23,2%, segundo Índex Imovelweb

Segundo o relatório mensal de preços de dezembro do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, os valores dos imóveis para alugar em Curitiba encerraram 2022 com alta de 23,2%, bem acima da inflação (5,9%) e do ajuste do IGP-M (5,5%), resultando em uma alta de 17,1 p.p. Em 2021, o índice anual de preços registrou um incremento de 14,5%, contra 5,4% em 2020.

Os imóveis à venda também finalizam o ano em alta: 14,5%, o que representa 8,1 p.p. acima da inflação.Os registros anteriores foram de 11,8% de crescimento, no ano passado, e de 7,7% em 2020.

Análise mensal

Em dezembro, o preço médio das propriedades à venda foi de R$ 8.524/m2, com alta de 0,9% no mês. Isso significa que um apartamento de 65 m2, com dois quartos e uma vaga de estacionamento, custa, em média, R$ 529.322. Para locação, o valor médio ficou em R$ 1.948, com alta de 2,8% no mês, também para um imóvel com área útil de 65 m2 e dois quartos.


“Mesmo com a valorização acima da inflação, o mercado imobiliário em Curitiba tem registrado aumento de buscas tanto para locação quanto compra. Além de reforçar a maturidade do setor, a demanda pela aquisição de imóveis mostra que o investimento nesta área é visto como algo seguro e, em muitos casos, mais rentável”, afirma Angelica Quintela, gerente de marketing do Imovelweb.

Preços por região e bairros em Curitiba

Para quem quer comprar um imóvel, o relatório mostra que Santa Felicidade é a região mais cara de Curitiba, com um valor médio de R$ 10.540 por m², enquanto Bairro Novo é a mais econômica, com o m² custando R$ 3.585.

RegiãoValor do m²
BAIRRO NOVO3.585
BOQUEIRÃO5.611
PINHEIRINHO5.622
CAJURU6.024
BOA VISTA7.241
CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA7.318
FAZENDINHA-PORTAO8.473
MATRIZ9.870
SANTA FELICIDADE10.520

Na análise por bairro, Augusta é o mais barato, com um valor médio de R$ 3.058 por m². Por sua vez, Campina do Siqueira é o mais caro, com um preço médio de R$ 12.079 por m².

IMÓVEIS À VENDA – BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS
Mais baratos (R$)
Augusta3.058
Campo de Santana3.194
Cachoeira3.274
Mais caros (R$)
Batel11.570
Bigorrilho11.802
Campina de Siqueira12.079

No caso do aluguel, a região mais cara de Curitiba é Matriz, com um valor de R$ 2.258 por mês. Pinheirinho fecha dezembro como a mais barata, custando R$ 1.502 por mês.

RegiãoValor do aluguel (R$)
PINHEIRINHO1.502
BOA VISTA1.522
BOQUEIRÃO1.522
CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA1.719
CAJURU1.740
FAZENDINHA-PORTAO1.813
SANTA FELICIDADE2.183
MATRIZ2.258

Com relação aos bairros, Prado Velho é o local com maior preço, custando, em média, R$ 2.917 por mês. Campo de Santana, por sua vez, tem o menor valor, com um aluguel de R$ 1.076 por mês.

ALUGUEL – BAIRROS MAIS BARATOS E MAIS CAROS
Mais baratos (R$)
Campo de Santana1.076
Cachoeira1.096
Tatuquara1.214
Mais caros (R$)
Campina do Siqueira2.665
Centro Cívico2.812
Prado Velho2.917

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. O relatório de dezembro apontou um índice de 4,64% bruto anual, o que significa que são necessários 21,6 anos de aluguel para reembolsar o investimento de compra, 7% a menos que um ano atrás. Pinheirinho e Cajuru são as regiões que oferecem maior retorno para os investidores.

Rentabilidade por região:

RegiãoRentabilidade
Santa Felicidade2,9%
Cidade Industrial de Curitiba3,6%
Matriz4,4%
Boqueirão4,9%
Boa Vista4,9%
Fazendinha Portão5,1%
Cajuru5,4%
Pinheirinho6,0%

Os dados do relatório mensal de preços do Imovelweb, também chamado de Index, são gerados com base em 100% dos imóveis listados no portal, seja aluguel ou venda, mostrando o preço médio das propriedades.

Construflow lança relatório exclusivo sobre avanços da inovação na construção civil

O relatório tem como base a análise de mais de 500 projetos da construção civil a fim de endereçar oportunidades e soluções nos times de engenharia e execução

A construção civil é uma das maiores e mais complexas indústrias do mundo, e envolve um grande número de fornecedores e intenso fluxo de informações durante todo o seu processo produtivo. Processos esses que por envolver tantas pessoas e informações,  por vezes desembocam em altos custos e atrasos nas obras.

Segundo a FMI Corp, é estimado um gasto de US$177 bilhões por ano devido à falta de comunicação no planejamento e execução das obras. Os atrasos impactam no tempo para a entrega final das obras, resultando em baixa confiabilidade e satisfação por parte dos clientes e investidores. Sem contar todo o retrabalho que os erros demandam, reduzindo a qualidade do ambiente no trabalho, influenciando diretamente na atração e retenção de talentos na indústria da construção.

Uma das soluções oferecidas pela Construflow, startup voltada para o setor da construção civil, é a digitalização, que oferece a possibilidade de colaboração centralizada e consolidação de informações, reduzindo erros e aumentando a transparência para todas as partes. Isso acontece dentro de uma plataforma de coordenação e inteligência de projetos que gera discussão, rastreabilidade e informação estruturada, a fim de aumentar a produtividade no canteiro de obras.

Segundo Cícero Sallaberry, CEO da Construflow, atualmente existe muita tecnologia disponível para o auxílio de obras e construções, mas muitas construtoras ainda não as utilizam, por diferentes motivos. Segundo ele, a tendência é que os sistemas sejam cada vez mais simples, com interfaces de fácil acesso, conexões e reports mais completos.

“Estamos vivendo um momento em que as empresas estão se tornando cada vez mais tecnológicas internamente, nos seus processos e desenvolvimento, embora o produto final continue sendo algo físico. A construção, em sua grande maioria, segue sendo empilhar tijolos, um processo de 1940, mas as construtoras têm buscado cada vez mais tecnologia para a entrega do cliente, como por exemplo, em portarias inteligentes ou fechaduras digitais”, afirma o CEO.

Pensando nesses avanços tecnológicos e suas constantes atualizações no mercado, a construtech, em parceria com a Snaq, plataforma de conteúdo sobre inovação, startups, tecnologia e nova economia criada por empreendedores dentro do ecossistema de startups, e o apoio da Trutec, lança o report exclusivo que mostra o cenário atual da construção civil e a atualização tecnológica do setor.

Nova CEO da Juntos Somos Mais chega para colaborar e incentivar a digitalização do setor de construção civil

Juliana Carsoni foi apresentada ao mercado recentemente como  a nova CEO da Juntos Somos Mais, joint venture da Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, criadora do maior ecossistema de construção civil do país. Com o propósito de fomentar o desenvolvimento e a digitalização deste mercado, a executiva concentra os seus esforços em empregar ainda mais tecnologia no atendimento às necessidades e resolução de dores de diversas áreas quando o assunto é construção civil. “Minha chegada à Juntos Somos Mais reforça a estratégia de ecossistema da companhia e busca ganhos expressivos de inovação, em especial no nosso marketplace, uma plataforma com resultados bastante significativos e ainda sim com enorme potencial de crescimento”, comenta Juliana.

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que sete a cada dez empresas já iniciaram seu processo de digitalização e, nos últimos cinco anos, 69% das empresas aderiram à novas tecnologias.  Este dado revela que boa parte das empresas já estão em alguma fase da digitalização, porém a construção civil ainda está dando passos lentos. “Boa parte das atividades na construção civil ainda são realizadas de maneira tradicional, mas uma pesquisa realizada pelo nosso time de Inteligência de Dados, mostrou que há muito interesse no varejo em se digitalizar. É uma tendência e uma questão geracional. Estamos de olho nesses dados e, até pelo nosso DNA, buscamos sempre inovar utilizando a tecnologia”, afirma a CEO.

Um dos primeiros passos para estabelecer e ampliar a digitalização desse mercado é perceber quais atividades podem ser melhoradas usando a tecnologia. “Foi a partir da observação dos desafios do dia a dia do varejo que identificamos que o processo de reposição de estoques é um grande desafio. São muitos fabricantes, categorias e itens. Há oportunidade de transformar o processo de compras, tornando-o mais ágil, eficiente e inteligente”, explica a executiva. 

Foi pensando nisso que em 2019 a Juntos Somos Mais lançou seu marketplace por onde já transacionou mais de R$ 9 bilhões em 2022. “O uso de dados para recomendar a compra ideal e a ampliação da oferta de crédito, complementam a proposta de valor do nosso marketplace, contribuindo para a prosperidade dos varejistas,” acrescenta Juliana.

Além de pequenos e médios varejistas, a Juntos Somos Mais tem como estratégia gerar valor aos profissionais da construção civil. “Conectamos e aproximamos indústrias desses profissionais através de benefícios e capacitação, além de contar com dois marketplaces de serviços que endereçam a maior dor desse profissional: encontrar clientes e ter sua agenda cheia de serviços”, comenta a executiva.

Formada em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com especialização em Estratégia para Negócios em Plataforma pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a nova CEO pretende acelerar a presença de tecnologia e inteligência de dados na construção civil por meio da Juntos Somos Mais que, atualmente, responde pelo maior e-commerce B2B da construção civil, além de um programa de fidelidade com mais de 1,2 milhões de pessoas, além de duas plataformas para a contratação de serviços de manutenção e realização de obras, o habitissimo e o Triider. “Queremos fortalecer nosso ecossistema e seu impacto no setor”, finaliza Juliana. 

INCC-M varia 0,32% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção — M (INCC-M) variou 0,32% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,27%. O INCC-M acumula alta de 9,05% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice subira 0,64% no mês e acumulava alta de 13,70% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,38% em dezembro para -0,12% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra subiu 0,77% em janeiro, ante 0,16% em dezembro.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos caiu 0,26% em janeiro, após alta de 0,37% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,62% para -0,55%. A variação relativa a Serviços passou de 0,43% em dezembro para 0,53% em janeiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,00% para 2,40%.
 

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra subiu 0,77% em janeiro, após variar 0,16% em dezembro.

 

Capitais

Duas capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Salvador e Belo Horizonte. Em contrapartida, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

RE/MAX Brasil tem nova diretora de sucesso do cliente

A RE/MAX Brasil, empresa que mais vende imóveis no País, está com uma nova diretora de sucesso do cliente. Alexandra Marson, formada em engenharia civil e com MBA em gestão de franquias, assume o posto com um histórico de quase 20 anos de atuação no setor de franquias, em empresas como Portobello.

“O que me atraiu foi a oportunidade de atuar no mercado imobiliário, um mercado com inúmeras possibilidades e longo caminho de desenvolvimento à frente”, diz Marson. “Ademais, integrar a maior rede de franquias imobiliárias do mundo e consolidar seu modelo de excelência no Brasil é um desafio que me encantou desde o princípio”.

Segundo Marson, um de seus papéis será auxiliar no desenvolvimento de uma cultura organizacional que garantirá o crescimento sustentável da rede. Isso abrange, por exemplo, a execução do Programa de Acompanhamento RE/MAX – uma consultoria de apoio integral aos franqueados – e a coordenação da Universidade RE/MAX, que oferece cursos e treinamentos (presenciais e à distância) para a qualificação de franqueados, empreendedores, brokers e corretores.

O discurso está alinhado com o do presidente e CEO da RE/MAX Brasil, Peixoto Accyoli. Para ele, a companhia congrega as melhores práticas mundiais do mercado imobiliário, o que ajuda a recrutar, reter e desenvolver o corretor empreendedor, garantindo o máximo serviços aos clientes.

A estratégia, que abarca ainda reconhecimento de marca, investimento em tecnologia, e cultura empresarial focada nas pessoas, tem surtido resultado. Em quatro anos, o faturamento da RE/MAX Brasil aumentou em dez vezes – o Valor Geral de Vendas (VGV), em 2021, ficou em R$ 6,297 bilhões, o maior de sua história. No período, a empresa figurou no ranking das 50 maiores franquias da Associação Brasileira de Franchising e foi eleita a franquia do ano (21/22) pela Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Hoje, a empresa conta com quase mais de 600 unidades, distribuídas por todos os estados brasileiros, e 8 mil corretores empreendedores.

Bricksave levanta US$ 6 milhões em rodada liderada pela Graphene Ventures

A Bricksave, principal plataforma de crowdfunding imobiliário que permite a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, diversificar seu portfólio, garantiu US$ 3,2 milhões da rodada de financiamento de US$ 6 milhões capitaneada pela Graphene Ventures, empresa líder em Venture Capital multiestágio em empresas de tecnologia de alto crescimento.

Historicamente, muitos pequenos investidores foram excluídos do mercado imobiliário global devido à necessidade de grandes quantias de capital para investir ou restrições geográficas e transacionais. No entanto, a Bricksave hoje permite que qualquer pessoa com US$ 1 mil invista em propriedades na Europa e nos Estados Unidos, gerando retornos mensais de aluguel e valorização do capital.

Com mais de 13 mil usuários cadastrados em seu site e investidores de 19 países, a empresa ultrapassa US$ 25 milhões em transações por meio de sua plataforma, incluindo mais de US$ 11,5 milhões em vendas em 2022. Seguindo esse crescimento, o investimento da Graphene permitirá que ela se expanda para novos territórios, como Brasil, Suíça e, potencialmente, Arábia Saudita.

Além disso, em março de 2023, a Bricksave lançará o primeiro token imobiliário 100% regulamentado e securitizado globalmente, permitindo que novos métodos de pagamento criem um mercado totalmente líquido em investimentos imobiliários. Ao diminuir os custos transacionais e jurídicos, será possível oferecer melhores retornos e menores níveis de entrada para os investidores, o que significa um passo fundamental para a democratização do mercado imobiliário.

As discussões com outros potenciais investidores continuam devido ao forte interesse no novo produto e à potencial expansão para novos mercados, de modo que a Bricksave espera concluir a atual rodada de financiamento até meados de fevereiro de 2023.

“A Graphene já apoiou empresas de tecnologia disruptivas no passado, como Snapchat, Lyft, Eat Just, entre outras. Sua confiança na Bricksave é um marco significativo para o desenvolvimento de nossa empresa e esperamos atender às suas expectativas”, disse Tom de Lucy, co-fundador e CEO da Bricksave.

Temos observado as atividades da Bricksave há algum tempo e agradecemos a oportunidade de fazer parte de seu futuro. As possibilidades de crescimento são grandes e estamos muito satisfeitos por estarmos a bordo”, comentou Nabil Borhanu, sócio-fundador da Graphene Ventures.

5 curiosidades da verticalização da Cidade de São Paulo, para celebrar seus 469 anos

Prédios icônicos de São Paulo levam a assinatura da Gafisa (Crédito: Verônica Proiete)

São Paulo completa 469 anos no próximo dia 25, quarta-feira. E a história da Terra da Garoa se conecta diretamente com a Gafisa, quando em 1964, a empresa conquistou a cidade. Essa história começa em 1966, com a entrega do primeiro empreendimento, os edifícios Santa Cândida e Santa Francisca no bairro de Higienópolis. A construção revelava influência do estilo moderno: térreo com pilares aparentes e passarela de concreto. Nessa mesma época chegava a bairros importantes, como os Jardins, com o edifício Barão de Mauá, na Alameda Lorena.

A partir deste momento a Gafisa se tonar responsável por parte do desenvolvimento imobiliário da cidade, trazendo novidades e transformações que até hoje são referência. Afinal, se uma a cada 130 famílias brasileiras mora em um Gafisa, natural que seus empreendimentos sejam marcos na maior cidade do país. Hoje a Gafisa conta com mais de 1200 empreendimentos entregues e possui 22 canteiros obras, sendo 13 em SP.
 

O triângulo da logomarca da Gafisa foi ocupando ruas, fachadas e o topo dos prédios, E, aos poucos, passou a servir até de orientação na movimentação por São Paulo. “Por muitos anos a Gafisa tinha um departamento que produzia e desenhava esses triângulos, que tinham entre seis e doze metros. Havia até um conjunto de edifícios de Moema, que pela proximidade do Aeroporto de Congonhas, servia de referência para os pilotos na hora da preparação da aterrissagem”, relembra Luis Ortiz, Diretor de Incorporação da Gafisa.
 

Prédios históricos – Ao longo das 5 décadas de sua história com a cidade, muitos empreendimentos emblemáticos e inovadores contribuíram para as mudanças arquitetônicas e urbanísticas, traduzindo em linhas, arte e formas as tendências e desejos de cada tempo. Só nos dois principais cartões postais da cidade são 20 empreendimentos da Gafisa — a Avenida Paulista (11) e a Avenida Brigadeiro Faria Lima (9).
 

Um dos grandes destaques dessa lista é a sede do Banco Safra, construída em 1984. E esse prédio traz algumas histórias curiosas. Um exemplo é a marcação de andares. Isso porque, o banqueiro Joseph Safra era supersticioso e pediu para não ter o 13º andar no elevador. O que acabou virando uma das anedotas típicas de conversa entre paulistanos.
 

Os anos 80 foram, aliás, uma época muito marcada pela arquitetura minimalista, consequência de uma época desafiadora para a economia do país. “Começam a surgir em São Paulo, prédios com fachada branca e esquadrias escuras. O Saint James Residence, que projetamos em 1981 no Itaim, representa bem isso. Eram plantas menores, de até 70 m², com um estilo arquitetônico mais minimalista”, detalha.
 

(Crédito Verônica Proiete)

Já na Avenida Brigadeiro Faria Lima, além dos 9 prédios que possui, a Gafisa também contribuiu com a infraestrutura da região, com a realização de obras viárias que fizeram parte da Operação Urbana Faria Lima, realizada pela Prefeitura de São Paulo na ocasião. O projeto foi uma contrapartida para a construção de um dos edifícios mais famosos nos entornos: o Eldorado Business Tower. Essa é uma das construções mais emblemáticas de São Paulo e a sua história começa com uma viagem de um dos executivos da marca Quando ele voltou, ele trazia um recorte de jornal que falava de prédios ecologicamente sustentáveis e que eram premiados com redução dos impostos.
 

“Dessa observação se criou o conceito um prédio que fosse moderno, mas também atemporal, que dali a muitos anos as pessoas olhassem e ainda o considerassem muito moderno. A visibilidade da torre na Marginal fez do projeto um grande sucesso e uma referência até hoje. O projeto foi primeiro edifício no Brasil com o selo de Green Building, concedido a construções que gastam menos energia, destinam seus resíduos à reciclagem, além de outras iniciativas que hoje são premissas em projetos da região”, detalha Luis Ortiz.
 

Como resultado, foi criado um monumental edifício com a fachada revestida em vidros brancos e verdes e mais sustentável, o que fez com que recebesse, pela primeira vez no Brasil o selo Green Building, concedido a construções que gastam menos energia, destinam seus resíduos à reciclagem, têm vagas para bicicletas, entre outras medidas.

Os nomes dos prédios

Reparou que há um padrão nos nomes dos empreendimentos dessa região de São Paulo? Então, essa padronização tem relação com uma sistematização escolhida pela companhia, que é também uma curiosidade interessante. Entre 1960 e 1970, 22 empreendimentos da Gafisa foram nomeados com nomes de barões como forma de dar um ar de nobreza aos prédios. Já nas décadas de 70 e 80, dos 203 prédios construídos pela Gafisa no período, 69 tinham nomes de pintores e 14 de filósofos e escritores como Rousseau, Balzac e La Fontaine.

São Paulo 469 anos: confira as ruas e os bairros mais procurados para venda e locação na capital paulista

Estudo inédito realizado pelo DataZAP+ analisa o interesse de consumidores de todo o Brasil que pretendem morar na cidade paulistana

A cidade de São Paulo, um dos maiores pólos de migração do país, completa 469 anos e, para celebrar a data, o DataZAP+, braço de inteligência de dados do ZAP+, divulga edição especial do estudo Radar Imobiliário, que identifica as preferências dos brasileiros – na própria capital, no Estado de São Paulo e no restante do país – na hora de escolher uma moradia na cidade, seja para comprar ou alugar.

De acordo com Larissa Gonçalves, uma das economistas do DataZAP+ responsáveis pelo estudo, os resultados apontam um cenário que indica a diversidade e complexidade da metrópole. “O resultado mostra bastante da diversidade de público, de cultura e de preferência de quem procura morar na capital paulista”, comenta.

Para chegar aos resultados, os especialistas avaliaram o interesse de habitantes de todo o Brasil por anúncios de imóveis na capital paulista disponíveis nos portais Viva Real e ZAP Imóveis ao longo de todo o ano de 2022. Dentre os bairros mais buscados para compra, a Vila Mariana, na Zona Sul, foi destaque considerando os três diferentes públicos. Já na busca por imóveis para locação, a procura é mais homogênea entre moradores da capital e do Estado, mas fica mais concentrada nas zonas sul e oeste entre habitantes de outros estados.

Ruas mais buscadas

Entre as ruas mais buscadas para morar na cidade de São Paulo, a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, no bairro de Pirituba (Zona Norte), é uma das preferidas tanto para compra e venda como para locação por todos os públicos analisados. Ela aparece em primeiro lugar para os consumidores que são da capital e procuram comprar um imóvel. Para este público, as avenidas Vila Ema e Celso Garcia, ambas na Zona Leste, aparecem em segundo e terceiro lugares respectivamente.

A rua Cayowaá, na Zona Oeste, é a preferida para moradores do Estado, exceto a capital, e buscam comprar um imóvel na cidade paulistana. Já para os consumidores de outros estados, a Rua Francisca Miquelina, no centro, é a mais procurada para compra.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para venda na capital paulista.


Quando o interesse é para locação, a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Pirituba, segue na preferência tanto para moradores da capital como para quem mora em outras cidades paulistas. Já a região central, seja na Avenida Brigadeira Luís Antônio ou na Rua Frei Caneca, aparece na lista de todos os públicos que procuram alugar um imóvel, com destaque para aqueles que moram em outros estados brasileiros.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para locação  na capital paulista.

Zona Norte

Lar da maior área verde da capital, a Zona Norte possui quase 4,67 m² de área verde por habitante, superando todas as demais regiões da capital. Nela estão situados o Horto Florestal, o Parque do Jaraguá e a Serra da Cantareira, que além da sua importante biodiversidade, também é a base do sistema hídrico da região metropolitana de São Paulo.


Na região, a liderança nas buscas tanto para compra quanto para locação é ocupada pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, no bairro de Pirituba. O endereço é o mais buscado por todos os públicos. “Trata-se de uma região com imóveis econômicos e de médio padrão, com preços ainda abaixo da média da capital, com boa localização, próxima da estação Piqueri da CPTM e fácil acesso para a Marginal Tietê”, explica a economista.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para venda e locação na Zona Norte da capital.

Zona Oeste

A região reúne uma mistura cultural que reflete no perfil de moradores. Obras de arte no Beco do Batman, bares em Pinheiros e Vila Madalena, a recém inaugurada Roda Gigante no parque Cândido Portinari – a maior da América Latina -, e a Cidade Universitária são apenas alguns exemplos da diversidade da Zona Oeste.

Entre as ruas que se destacam na região, está a Carlos Weber, na Lapa, que é a mais buscada pelos próprios paulistanos que desejam comprar um imóvel, mas também ocupa a liderança quando a procura é por locação, tanto entre moradores da capital quanto de outras cidades do Estado.

“Estamos falando de uma região, que é potência imobiliária, concentrando 66% dos lançamentos de imóveis de luxo e 29% dos imóveis de médio padrão da capital entre dezembro de 2020 e novembro de 2022”, complementa Larissa.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para venda e locação na Zona Oeste da capital.

Zona Leste

A Zona Leste conta muito da história de São Paulo, sobretudo no que se refere ao desenvolvimento histórico. Por exemplo, o que hoje é o Museu da Imigração, entre os bairros da Mooca e do Brás, já foi a hospedaria de imigrantes do Brás, construída entre os anos de 1886 e 1887. Já o bairro do Tatuapé tem passado por um processo de revitalização e se destaca por ser o mais procurado em toda região, seja para locação ou venda.

A Avenida Celso Garcia é a mais lembrada da Zona Leste para quem quer alugar um imóvel na região. Para venda, ela também ocupa a liderança entre moradores de fora da cidade, porém entre os paulistanos a mais buscada é a avenida Vila Ema.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para venda e locação na Zona Leste da capital.

Zona Sul

São Paulo é o nono maior município do estado, com 1.521 km² de área, e a Zona Sul representa quase metade de tudo isso. Com cerca de 740 km², a região é maior do que 87% dos municípios paulistas. Com uma área tão extensa, a Zona Sul tem tanto cenários verticais de prédios como localidades com paisagem dominada por vegetação nativa de Mata Atlântica.

Para os perfis estudados neste especial, a Vila Mariana se destaca em todos rankings, seja na primeira ou segunda colocação. Já a rua 1º de Janeiro, na Vila Clementino, aparece como a mais buscada por moradores da capital e de outros estados brasileiros para comprar um imóvel.

Confira abaixo as ruas mais procuradas para venda e locação na Zona Sul da capital.

Centro

O Centro, berço da cidade de São Paulo, guarda um grande acervo cultural. Hoje, o bairro da República é o distrito que mais possui centros, casas e espaços culturais da cidade, além de ser um dos preferidos nas pesquisas para compra/venda de imóveis residenciais situados fora do estado de São Paulo (18,1%).

A rua Frei Caneca (Cerqueira César), por exemplo, aparece na preferência de compra e venda e também locação em cinco dos seis públicos analisados. Quem busca alugar também tem procurado opções na Avenida Brigadeiro Luís Antônio (Bela Vista). “É uma via longa, com muitas opções para locação. Além disso, faz ligação com a região central e a Avenida Paulista, com acesso à estação de metrô e uma importante malha de linhas de ônibus”, explica Larissa.

HM Engenharia inicia 2023 com lançamento de empreendimento em Salto, interior paulista

Fotomontagem HM Intense Salto

Especialista em primeiros apartamentos, a HM Engenharia expande seu plano de atuação em São Paulo com a chegada à Salto, cidade no interior do estado. Com mais de 46 anos de experiência na entrega de empreendimentos imobiliários, a construtora inicia o ano investindo no bairro Lageado com o lançamento do HM Intense Salto.

“A chegada em Salto marca o avanço do nosso plano de expansão e nossa expertise na construção de apartamentos de qualidade aos moradores da cidade, realizando o sonho de centenas de pessoas na aquisição do imóvel próprio”, afirma a gerente de Marketing, Beth Sciamarelli.

O HM Intense Salto é um exemplo de moradia de qualidade. Com um projeto arquitetônico pensado para atender todas as faixas etárias de seus futuros moradores, o novo empreendimento contará com plantas bem distribuídas e áreas de lazer completa – com piscina, playground, espaço fitness, pet place, beach arena e outros -, além de conter acessibilidade em todo o imóvel.

O empreendimento ainda terá uma ótima localização nas proximidades da Rodovia Santos Dumont e do Viaduto Monsenhor Mário Negro, o que possibilita fácil acesso a ambos os sentidos da rodovia.

Ao receber o novo imóvel, a cidade poderá contar com o compromisso e excelência da construtora, que investe continuamente nas melhorias de sua equipe e seus serviços. Somente em 2022, a HM contratou mais de 200 novos talentos para compor o seu time e realizou mais de 100 cursos capacitantes, que impactaram positivamente a carreira de mais de 2 mil profissionais.

Ainda em 2022, a companhia também recebeu o selo Great Place to Work (GPTW) – uma consultoria global que busca incentivar organizações a obterem melhores resultados que integram inovação, confiança e alto desempenho. Este ano, a HM Engenharia pretende continuar a expansão de seus empreendimentos, com foco no estado de São Paulo, e capacitar ainda mais seus colaboradores.

Stand de Vendas: Avenida 9 de Julho, 1.344, Bairro Jardim Bandeirantes, Salto  SP

Construção civil crescerá até 4,5% em 2023: conheça as projeções e tendências do setor

Desaceleração dos custos de materiais de construção, melhora da economia e tecnologias farão setor crescer entre 2,5% e 4,5% no ano.

Aquecida em 2022, a construção civil seguirá sua tendência de expansão. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expectativa é de crescimento de 2,5% – o que colocará o setor pelo terceiro ano consecutivo com alta superior à da economia. Já a Prospecta Analytica demonstrou ainda mais otimismo nas projeções: avanço de 4,5% no ano. 

Entre os principais fatores responsáveis pelo bom momento do segmento estão a recuperação pós-pandemia, a desaceleração dos custos de materiais de construção e a melhora da economia brasileira. Além disso, a consistência apresentada nos últimos dois anos e a alta demanda do mercado imobiliário possuem grande influência nesta conjuntura.

A divergência entre as projeções de crescimento do setor se deve à expectativa com a política econômica do novo governo. Quem ditará o desempenho da construção civil será o desempenho da política fiscal – que influenciará no preço do dólar e na taxa Selic.

Investimento no Minha Casa, Minha Vida aquecerá o setor

Além disso, o investimento no Minha Casa, Minha Vida é outro elemento importante. O Ministro das Cidades Jader Barbalho Filho garantiu o investimento de R$ 10 bilhões de reais no programa habitacional em 2023.

“Para fazer com que o país cresça realmente, para que que ele tenha desenvolvimento social, desenvolvimento humano, é necessário investimento para gerar resultado futuro para as pessoas”, explica o presidente da CBIC José Carlos Martins. Segundo ele, os resultados práticos começarão a ser vistos a partir do segundo semestre.

Outro ponto apontado por Martins é a necessidade de aumentar a participação da construção civil no PIB, o que diminui na última década – de 6,5% em 2012 para 3,3% em 2021. Nas economias mais desenvolvidas, o setor é responsável por 7% do PIB.

Desaceleração do Índice Nacional de Custo da Construção aquece o setor

Mensurado pela FVG, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) fechou o ano com desaceleração. Com alta de 9,4%, está abaixo do crescimento de 13,84% de 2021. Segundo a instituição, houve uma inversão dos fatores que influenciam nos custos.

Esta desaceleração se traduziu nos preços de materiais de construção, equipamentos e serviços, que representam 7,23% do INCC-M em 2022. No ano anterior, eles representavam 21,45% do índice.

Segundo o economista da LCA Consultores Fábio Romão, os custos de preços industriais subiram com dificuldades nas cadeias produtivas nos dois anos de pandemia de Covid-19. “Isso tem passado por um rearranjo no segundo semestre de 2022 e acreditamos que continuará em 2023”, diz.

Já a mão de obra se mostrou o fator que mais influenciou o índice, correspondendo a 11,76% em 2022 – um aumento em relação aos 6,95% do ano anterior. “Ela foi ficando mais cara, muito por conta dos acordos coletivos, que regem os aumentos dos salários”, explica a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre Ana Maria Castelo.

Segundo ela, ambos os custos com materiais de construção e mão de obra devem ter variações próximas da inflação esperada para 2023 – que deve ficar em torno de 5%.

Escassez de mão de obra qualificada na construção civil

Apesar de Castelo apontar a questão salarial para o aumento dos custos de mão de obra na construção civil, existe outro fator determinante: a escassez de profissionais qualificados disponíveis no mercado.

Segundo a Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, 90% das empresas do setor encontram dificuldades na contratação de mão de obra. Já a terceirização de profissionais é um desafio para 94,67% das empreiteiras.

Pedreiros são os profissionais mais escassos do mercado, com 82% das empresas tendo dificuldades na contratação. Em seguida estão carpinteiros, mestre de obras e encarregados – com 78,7%, 74,7% e 70%, respectivamente.

Esta escassez faz com que os custos para a contratação dos profissionais cresçam, uma vez que será necessário desprender maiores investimentos para contratá-los.

Apesar da dificuldade, a geração de empregos na construção civil foi positiva em 2022. Segundo levantamento da CBIC, foram criados mais de 430 mil empregos com carteira assinada no setor.

No entanto, a informalidade ainda é alta no mercado de construção. Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 68% dos trabalhadores do setor não são registrados.

Além disso, estudo realizado pela Obramax aponta que 60% das obras do Brasil são feitas sem formalização por contrato. Para completar, esta possibilidade é desconhecida por 20% dos contratantes.

A digitalização dos canteiros de obras se intensificará

Segundo estudo da McKinsey Global Institute, será necessário investir US$ 57 trilhões em infraestrutura para acompanhar o crescimento econômico global até 2030. Isso passa pela digitalização de processos na construção civil, que foi acelerada pela pandemia – trazendo maior agilidade, eficiência, flexibilidade, segurança e sustentabilidade. 

Segundo pesquisa da Prospecta Obras, 88% das empreiteiras já aderiram à transformação digital. No entanto, um estudo da IDC (International Data Corporation) aponta que só 13% destas empresas possui alta maturidade digital e 58% estão começando a digitalizar os canteiros de obras – e este processo se intensificará em 2023.

O Building Information Modeling (BIM) é uma plataforma que se apresenta como tendência para a modelagem de obras de maneira integrada e eficiente, reduzindo os custos das obras. Já o uso de drones facilita o mapeamento do canteiro de obras, além de monitorar a construção e analisar a operação de maneira mais assertiva.

Outra tendência que se desenha para 2023 é o uso de sistemas de informações geográficas e geolocalização em alta definição. Com o uso de varredura com laser 3D, é possível avaliar o terreno com maior precisão e menos tempo.

Em adição, o uso de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR) permite que o uso de dispositivos para integrar elementos digitais à construção civil. Desta forma, é possível simular os resultados da obra.

Para completar, as construções verdes e projetos sustentáveis serão cada vez mais presentes. Elas usam materiais ecológicos e geram menos resíduos, com bioconcreto – que reduz a deterioração no decorrer do tempo. Além disso, reuso de água, produção de energia limpa, madeira engenheirada e ecotelhado.