Preços de venda e locação de imóveis comerciais encerram 2020 com queda

Valor médio de venda do segmento acumulou recuo de 1,21% no ano, enquanto o preço médio de locação declinou 1,07%
■ Análise do último mês: o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² recuou 0,46% em dezembro, enquanto o preço médio de locação desse segmento apresentou queda de 0,13% no mesmo período. Comparativamente, esses resultados foram inferiores à variação do IPCA/IBGE (+1,35%) e do IGPM/FGV (+0,96%) no mês. No caso do preço médio de venda, a variação negativa foi impulsionada pelo comportamento do preço médio em: Brasília (-2,23%), Salvador (-0,90%), Porto Alegre (-0,77%), Rio de Janeiro (-0,58%) e Belo Horizonte (-0,54%), ao passo que a variação do preço médio de locação foi influenciada pelo declínio do valor médio dos imóveis comerciais nas cidades: Rio de Janeiro (-0,69%), Belo Horizonte (-0,30%), Niterói (-0,20%) e Curitiba (-0,19%).

■ Análise de 2020: o preço médio de venda de imóveis comerciais ampliou a queda nominal para 1,21% no acumulado do ano, ao passo que o preço médio de locação do mesmo segmento acumulou uma queda de 1,07% ao final do mesmo período. Para fins de comparação, a inflação acumulada em 2020 supera as variações citadas, tanto no caso do IPCA/IBGE (+4,52%) quanto IGP-M/FGV (+23,14%). A queda nominal no preço médio de venda de imóveis comerciais foi influenciada, nesse intervalo, pelo recuo do preço médio observado em cidades como: Brasília (-6,60%), Belo Horizonte (-3,74%), Rio de Janeiro (-3,56%), Niterói (-2,92%), Porto Alegre (-2,77%), Curitiba (-0,49%) e Campinas (-0,43%). Já com respeito ao preço de locação, os recuos mais expressivos em 2020 incluíram: Rio de Janeiro (-6,04%), Curitiba (-3,97%), Florianópolis (-1,28%), Belo Horizonte (-0,74%), Porto Alegre (-0,31%) e Salvador (-0,19%).

■ Preço médio de venda e locação: em dezembro de 2020, o valor médio do m2 de imóveis comerciais nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap foi de R$ 8.392/m2, no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 37,04/m2, entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.591/m2), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 43,90/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.286/m² e R$ 37,60/m², respectivamente.

■ Rentabilidade do aluguel comercial: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento disponíveis (como, por exemplo, investimento em imóveis residenciais para obtenção de aluguel e aplicações financeiras). Em dezembro de 2020, o retorno médio do aluguel comercial (anualizado) foi calculado em 5,45% ao ano, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,70% ao ano), bem como o retorno médio real de aplicações financeiras de referência.

Nota (*): os preços considerados no indicador incluem apenas aqueles veiculados em anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, capta-se de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda pelo aluguel de espaços comerciais ao longo do tempo.

LafargeHolcim compra a Firestone Building Products

A LafargeHolcim anuncia a compra da Firestone Building Products (FSBP), líder em coberturas comerciais com tecnologias pioneiras em sistemas de refrigeração, isolamento, impermeabilização, verdes e solares. A aquisição é um marco para a companhia que busca se tornar líder global em soluções de construções inovadoras e sustentáveis. Sediada em Nashville, nos Estados Unidos, a FSBP vai continuar operando como uma empresa autônoma e manterá sua equipe de 1.900 funcionários na cidade onde atua. Com a aquisição, a LH adicionará 15 fábricas, 1.800 pontos de distribuição e três laboratórios de P&D à sua rede.

“Entramos no negócio de telhados, altamente atraente, estimado globalmente em US$ 50 bilhões. Juntos, entregaremos um crescimento acima do mercado, impulsionado por tecnologias e marcas inovadoras, bem como pela forte posição da Firestone Building Products no segmento de reparo e reforma que apresenta um alto crescimento, responsável pela maioria de suas vendas hoje. Nossa meta é ser líder global em sistemas de cobertura, com planos de expansão na Europa e América Latina”, informou Jan Jenisch, CEO da LafargeHolcim.

Com a operação, a LafargeHolcim também acelera o compromisso de construir um futuro net zero. Como os telhados são responsáveis por até 60% da perda de energia em edifícios, as tecnologias líderes da FSBP – refrigeração, isolamento, impermeabilização, sistemas de telhado verde e solar -, permitem uma vida mais sustentável. As soluções da empresa desempenham um papel fundamental na obtenção de certificações, por exemplo a LEED, complementando os produtos sustentáveis, como o concreto verde (ECOPact) e a espuma isolante Airium da LafargeHolcim.

A FSBP registrou vendas líquidas de US$ 1,8 bilhão e EBITDA de US$ 270 milhões em 2020. A operação está avaliada em US$ 3,4 bilhões, a ser financiada com caixa e dívida, mantendo a dívida líquida abaixo de 2x. Sinergias de US$ 110 milhões por ano são esperadas em uma base de taxa de execução dentro de dois anos após o fechamento do negócio, o que é esperado no segundo trimestre. A aquisição é o acúmulo de lucro por ação (EPS) desde o primeiro ano.

Aplicativo Concrete Já inova com transformação digital no setor de compra e venda de concreto

A tecnologia chegou não só para mudar a forma como nos relacionamos, mas também como trabalhamos. Quando bem utilizada, facilita a rotina e ajuda a otimizar o tempo. Um exemplo disso são os dispositivos móveis ou smartphones, que passaram a ser uma ferramenta essencial, não só pela facilidade na comunicação, como também na agilidade que os apps proporcionam.

No setor da construção civil, as construtech buscam otimizar o tempo e levar para uma obra ferramentas virtuais que possam substituir as ferramentas manuais tradicionais. Com a Transformação Digital, o uso de aplicativos como o Concrete Já, primeiro app para quem precisa agendar a concretagem de uma obra de forma rápida e simples, é uma opção para consumidores e concreteiras.  

De acordo com Donizeti da Silva, sócio diretor da Concrete Já, o aplicativo veio revolucionar a forma de comprar concreto usinado. “Com orçamento, agendamento e pagamento direto no aplicativo, nossos serviços são capazes de listar concreteiras disponíveis num raio de 35Km da obra informada, por ordem de preço e avaliação dos usuários do aplicativo”, lembra.

O novo modelo de negócios fortalecerá o relacionamento com as concreteiras, possibilitando a atuação direta na “dor” dos clientes, com velocidade de execução, redução de custos e desperdícios nas obras. A tese da empresa é atuar no B2C com soluções focadas no marketing de vendas diretamente relacionadas às empresas B2B oferecendo a digitalização do varejo do concreto.

De acordo com Rosangela Santos, Co-founder da Concrete Já, o aplicativo é ideal para quem precisa agendar a concretagem de uma obra de forma rápida e simples. Para usá-lo, os consumidores devem preencher questionário de orçamento de obra. Dessa forma, o Concrete Já instantaneamente utiliza essas informações para devolver um orçamento personalizado, de acordo com a concreteira mais próxima do usuário pelo usuário.

“O novo modelo de negócios fortalecerá o relacionamento com as construtoras, possibilitando a atuação direta na “dor” dos clientes, com velocidade de execução, redução de custos e desperdícios nas obras, lembra. A tecnologia para construção civil é uma grande aliada no desenvolvimento da gestão de obra. Com isso, o usuário também pode agendar a concretagem e efetuar o pagamento pelo aplicativo de forma rápida e prática, além de acompanhar o andamento do pedido”, finaliza Donizeti da Silva, sócio diretor da Concrete Já.

Empreendimento curitibano tem 100% das unidades vendidas em menos de um mês

All Batel, da GT Building, foi pré-lançado em dezembro; maior parte das aquisições foi realizada em menos de 10 dias

Em meados de janeiro, a GT Building – uma das principais incorporadoras imobiliárias do Paraná – anunciou que seu último lançamento, o All Batel, vendeu 100% das unidades em menos de um mês, sendo que a maior parte das aquisições aconteceram em nove dias. Nesse período, o empreendimento que contém 294 apartamentos studio com tamanhos entre 17m² e 35m² ganhou mais de 200 assinaturas, o que representa cerca de R$50 milhões em vendas.

Alysson Sanches, diretor da GT Building e especialista no mercado imobiliário, atribui grande parte do sucesso do empreendimento à tipologia dos apartamentos e à consequente oportunidade de investimento. “Studios se tornaram tendência há algum tempo e definitivamente vieram para ficar. Isso porque atendem a necessidade de várias pessoas que moram sozinhas, como estudantes e solteiros, além de ser uma fonte de renda e negócio para investidores. Isso, somado às facilities que o edifício oferece, torna o cenário do All Batel muito benéfico”, diz. 

Sanches complementa afirmando que Curitiba é uma cidade que ainda não oferece todo o potencial de short stay que poderia. “A capital paranaense é turística e muito procurada, porém, não possui um grande leque de opções para quem quer locar um espaço por curta temporada. Essa atual escassez é ainda mais interessante para os investidores, que podem adquirir mais imóveis e colocá-los para alugar em plataformas e apps, como Airbnb, e aumentar o faturamento”, reforça.

A Yogha Gestão e Hospitality – empresa que gerencia canais de hospedagem – afirmou em dezembro de 2020 que existem mais de duas mil unidades cadastradas no Airbnb em Curitiba, sendo que ¼ dos apartamentos ativos possuem um padrão: são studios de apenas um quarto. Em média, é cobrado R$114 por diária nesse tipo de acomodação.

De acordo com o Instituto Municipal de Turismo, da Prefeitura de Curitiba, mesmo com a pandemia que assolou 2020, mais de 20 mil turistas foram atendidos em serviços direcionados ao turismo, como Jardim Botânico, Torre Panorâmica e rodoferroviária. Em 2018, segundo o mesmo órgão, além da contagem de atendimentos, cerca de 2,3 milhões de pessoas passaram pela cidade.

Alta expectativa

Além dos mais de 150 mil empregos formais que a construção civil gerou em 2020, segundo o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) também denota que o lançamento de imóveis em outubro de 2020 foi 85,5% maior comparado ao mesmo mês de 2019. Por isso, a incorporadora prevê que os próximos meses continuem sendo vantajosos não só para a GT Building, mas para todo o mercado imobiliário que se destacou como um setor menos variável economicamente em 2021.

A empresa pretende lançar entre seis e oito empreendimentos em 2021, sendo que um deles acontece ainda no primeiro trimestre. Com esses lançamentos somados às unidades em estoque (de empreendimentos lançados, mas ainda não vendidos), a empresa estima potencial de R$700 milhões no Valor Geral de Vendas (VGV) nesse ano. Em 2020, foram R$160 milhões em vendas.

Vedacit quer ser referência em sustentabilidade na construção civil

No ano em que completa 85 anos, a Vedacit, líder no mercado de impermeabilização, acelera a sua jornada de sustentabilidade. O objetivo é alinhar gestão e práticas às recomendadas pelo Sistema B.

“Reconhecemos o Sistema B como um importante movimento que busca redefinir o sucesso no ambiente de negócios ao trazer para agenda das empresas o objetivo de serem melhores para o mundo”, afirma o executivo de Inovação e Sustentabilidade, Luis Fernando Guggenberger.

A Avaliação de Impacto B é uma ferramenta online que virou referência para a agenda de sustentabilidade da Vedacit. Ela foi desenvolvida pelo BLab, organização internacional sem fins lucrativos que reconhece e certifica empresas por unirem o lucro ao impacto social e ambiental e que, no Brasil, é representada pelo Sistema B.

“Em 2020, parte da remuneração variável de todos os nossos executivos foi atrelada à implantação de práticas do Sistema B e aumentaremos a importância desta agenda nos contratos deste ano”, afirma o presidente da Vedacit, Marcos Bicudo.

No ano passado, diversas ações tiveram destaque entre as práticas da empresa. O investimento no Mercado Livre de Energia, por exemplo, para comprar eletricidade somente de fonte renováveis. A fábrica de São Paulo é a primeira a ter a eletricidade consumida gerada totalmente por fontes renováveis, como usinas eólicas, hidrelétricas e solares. Até o final de 2021, Itatiba também migrará para o sistema. O objetivo é consumir 45% de energias renováveis e reduzir em 37% as emissões de gases de CO2 até 2025, evitando a emissão anual de 420,33 toneladas de CO2 em 2021.

Outra novidade foi o investimento em carro elétrico. Menos poluente e mais eficiente, algumas das entregas na cidade de São Paulo são realizadas com o furgão BYD T3. O automóvel é 100% elétrico, tem boa autonomia – circula até 150 km com apenas uma recarga – e gasta apenas 20% do que um modelo semelhante abastecido com diesel. Além do consumo de energia mais eficiente, o carro elétrico tem um rendimento próximo a 90% (enquanto o convencional fica em torno de 40%), o motor é mais leve e silencioso.

Em diversidade e inclusão o primeiro passo foi dado com a formação do Comitê de Diversidade e Inclusão. Colaboradores voluntários de todas as regiões do país, de todas as áreas, das três unidades, se reúnem periodicamente para promover a discussão e definir as próximas iniciativas na empresa.

As práticas fazem parte das metas de sustentabilidade definidas pela Vedacit para atingir até 2025. Entre elas também estão:

• Produtos e serviços para baixa renda – contribuir com o acesso de 1,6 milhões de residências a reformas habitacionais, com assistência técnica acessível e qualificada;

• Diversidade e igualdade de oportunidades – ter em cargos de liderança, pelo menos, 50% de mulheres, mais de 50% de pessoas pardas, negras, indígenas, além de atingir as cotas de PCDs, Jovens Aprendizes, pessoas com deficiência e ter 25% com idade acima de 50 anos, 17% entre 35 e 49 anos e 16% entre 25 a 34 anos;

• Água, energia e emissões – redução de 25% do consumo de água para usos não industriais e 45% de energias renováveis;

• Tratamento de resíduos sólidos e efluentes – logística reversa ou compensação de 22% das embalagens, 25% de embalagens fabricadas advindas de tecnologias verdes ou biodegradáveis, eliminação de 60% de resíduos fabris enviados a incineração/aterros industriais e reaproveitamento de 100% dos efluentes tratados;

• Saúde e segurança do cliente – ter 20% de produtos com certificações ambientais e 100% com informações acessíveis sobre EPI (Equipamento de Proteção Individual);

• Saúde e segurança do trabalho – redução de 70% na taxa de absenteísmo por doença e eliminação dos acidentes de trabalho;

• Servitização: 5% de EBITDA até 2023 saindo de receitas vindas da Trutec.

“Nesses 85 anos passamos por muitas transformações, mas o nosso propósito, de ‘transformar a vida de milhões de pessoas melhorando as condições de habitação, fazendo da sua casa a nossa causa’, sempre esteve à frente das ações. A intenção de incorporar a agenda de Empresas B na Vedacit é mais uma forma de manifestar nosso compromisso em gerar valor compartilhado para seus stakeholders. É um caminho a ser construído diariamente, com o aprimoramento constante de nossas práticas de sustentabilidade. Este é apenas um passo de toda a jornada que iremos percorrer, para contribuir com a criação de um ecossistema mais viável para o mundo e os negócios”, reforça Luis.

Votorantim Cimentos e Klabin inovam e lançam cimento com embalagem hidrodispersível

A Votorantim Cimentos, maior produtora de cimento do Brasil e sexta do mundo, e a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, lançam a embalagem hidrodispersível para o Cimento Votoran Obras Especiais, a primeira do mercado no país. A embalagem foi desenvolvida em conjunto pelas duas empresas nos últimos dois anos e o produto estará disponível em um projeto-piloto, inicialmente presente somente no Sul do país, na região atendida pela fábrica de cimento localizada em Rio Branco do Sul (PR).

A embalagem é feita com papel 100% dispersível, o que significa que pode ser integrado ao processo no momento da preparação do concreto, agilizando a produção com o uso direto na betoneira de eixo horizontal. Basta colocar o saco fechado na betoneira, acrescentar areia, brita, água e misturar até que a embalagem se disperse e se integre ao produto final, mantendo a qualidade do concreto.

Esta inovação traz mais produtividade para as fábricas de artefatos de concreto e está alinhada às diretrizes de sustentabilidade da Votorantim Cimentos e Klabin. “Contribuir para um mundo mais produtivo e sustentável é parte do nosso DNA. Movidos pela inovação, um dos pilares dos nossos Compromissos em Sustentabilidade para 2030, buscamos incansavelmente soluções que atendam às necessidades dos nossos clientes e que também tenham benefícios ambientais e sociais”, diz Hugo Armelin, diretor de Vendas, Marketing e Operação de Concreto da Votorantim Cimentos.

A embalagem é resultado do trabalho das duas empresas voltado à inovação. Neste desafio, a Klabin oferece mais uma solução que atenda às necessidades dos clientes, leve praticidade ao cotidiano da sociedade e, sobretudo, respeite o meio ambiente. “Temos um time atento às demandas de mercado, que atua de forma proativa na busca por soluções inteligentes e personalizadas, alinhadas ao modelo de gestão sustentável da companhia”, afirma Paulo Kulaif, Gerente Geral de Embalagens Sackraft da Klabin. Assim como os demais produtos desenvolvidos pela Klabin, a embalagem é produzida com matéria-prima renovável, proveniente de florestas plantadas e certificadas.

A nova embalagem tem garantia de alta performance e fácil manuseio, com facilidade para o uso em concretos plásticos (com slump maior ou igual a dez) e em betoneiras de eixo horizontal ou inclinado. A sacaria hidrodispersível não é indicada para uso em concreto seco ou em betoneiras de eixo vertical.

Tendências para as redes residenciais em 2021

Por Joe Chow, vice-presidente sênior de redes domésticas da CommScope

Com as ofertas de fim de ano e os presentes de Natal, os consumidores acrescentaram ainda mais dispositivos conectados às suas casas. Assistentes inteligentes, câmeras de segurança, eletrodomésticos e outros itens com inteligência artificial deixam as casas cada vez mais conectadas, e esse aumento contínuo de novos itens demonstra o quão importante é a conectividade, principalmente agora, quando a maioria de nós trabalha ou estuda em casa.

Se antes da chegada da pandemia você ainda não via a conexão Wi-Fi como um novo componente da Pirâmide de Maslow – que define a hierarquia das necessidades básicas –, provavelmente mudou de ideia. Enquanto esperamos o retorno à normalidade, ainda se percebe que grande parte da aceleração dos serviços digitais se manterá neste ano e continuará até 2022.

Aqui estão algumas das tendências em redes domésticas mais importantes neste momento.

Confiabilidade e rendimento do Wi-Fi

Com a pandemia transformando todos os cômodos da casa em lugares de trabalho e estudo, acentua-se a importância do alto rendimento da rede doméstica de conexão sem fio. A chegada do Wi-Fi 6 e o aumento de 15% para 35% que proporciona no rendimento geral na comparação com as soluções Wi-Fi 5 anteriores nos permitirão ver um forte crescimento na implantação de mais pontos de acesso.

Enquanto os dispositivos legados prevalecem e não proporcionam melhoria máxima no rendimento do Wi-Fi 6, a capacidade de criar uma nova base de rede doméstica não deve ser supervalorizada. As novas soluções Mesh de nós interligados para os pontos de acesso múltiplos de Wi-Fi 6, aliadas aos softwares de gestão de rede, também se transformarão no padrão, já que melhoram o rendimento dos equipamentos de ampliação do sinal. A confiabilidade dessas soluções deve ser controlada por outras baseadas em aplicações na nuvem.

Melhorias na capacidade das redes domésticas

Estima-se que tenha ocorrido um incremento de mais de 50% no tráfego de upstream durante os últimos nove meses, enquanto trabalhamos, estudamos e vivemos mais tempo em casa. O uso de videoconferências e o armazenamento compartilhado na nuvem demonstraram como a melhoria na capacidade de upstream e downstream pode beneficiar nosso potencial de competir e viver em uma economia digital acelerada. Esperamos ver mais capacidade acrescida ao DOCSIS de upstream em 2021, com uso maior dos 204 MHz que incluímos em muitas das nossas soluções. Também veremos uma necessidade maior de passar de soluções GPON de 1 Gbps para XGS-PON de 10 Gbps, como preparação para futuros serviços.

Os provedores de serviços estão se transformando em superagrupadores de serviços residenciais

Serviços agregados de streaming

No ano passado observou-se um consumo cada vez maior dos serviços de transmissão de vídeo OTT (Over The Top, ou distribuição de conteúdo pela internet), com o crescimento da maratonagem de séries, devido à permanência em casa e ao fato de os filmes irem diretamente para o streaming. Com mais serviços de OTT online, cresce a necessidade de agregá-los e de simplificar a experiência do consumidor. Embora os provedores de serviços tenham integrado o streaming em suas próprias ofertas de televisão por assinatura, agora se prestará mais atenção ao consumidor de banda larga com streamers fornecidos pelas operadoras. Esse movimento acelerará a mudança, por parte das operadoras de cabo, da entrega de vídeo baseada em QAM para todos os serviços de vídeo IP residencial.

. Assistentes inteligentes

Com os assistentes inteligentes amadurecendo a ponto de poderem ser adicionados como uma integração S/W nos dispositivos, ocorre a aceleração de múltiplos assistentes que coexistem em um só dispositivo doméstico. Soluções como a Iniciativa de Interoperabilidade de Voz (VII) estão rompendo as barreiras técnicas e de interface de usuário para permitir que o assistente inteligente de um provedor de serviço trabalhe de forma coerente com os demais. Como os consumidores também se preocupam com a privacidade em relação aos assistentes inteligentes, haverá mais atenção e inovação nesse quesito, para deixar o usuário confortável e estimular o uso desse recurso.

. Serviços de IoT

Com o aumento do número de casas conectadas sobre IP (CHIP), espera-se que seja criada uma central única na residência, com uma conexão IP para todos os serviços e aplicações de internet das coisas. Isso eliminará alguns dos problemas de fragmentação e implementação das soluções inteligentes residenciais e simplificará a experiência do usuário. Também proporcionará uma oportunidade única para que os provedores de serviços ofereçam a função de agregação de IoT para todos os serviços disponíveis na residência.

. Novas soluções para residências

Os provedores esperaram muito tempo pela oportunidade de disponibilizar novos serviços para os dispositivos domésticos nos quais investiram. Neste ano será possível ver o surgimento de plataformas capazes de desenvolver novos serviços a partir da nuvem, como a IoT, a segurança, os assistentes inteligentes e a baixa latência sob demanda em um marco padronizado e fácil de desenvolver. Isso dará impulso à inovação e às oportunidades de receita para os provedores de serviços.

O consumo de mídias em toda a casa também se padronizará nas plataformas dos provedores de serviços, e cada cômodo poderá acessar todas as mídias, dos serviços de áudio aos de vídeo, com a simples colocação de dispositivos em cada cômodo, permitindo uma experiência cruzada.

As consultas médicas virtuais e a telemedicina são outras áreas que registraram aumento significativo nos investimentos, à medida que avançamos em direção a soluções digitais e tecnológicas para as residências.

Serviços mais confiáveis e de baixa latência

Com a criação do Wi-Fi 6E e os primeiros produtos disponíveis para o novo espectro, devem surgir em 2021 novas soluções que usarão essa enorme capacidade para uma série de aplicações. Esperamos que o Wi-Fi 6E dê outros passos em 2022 e 2023, à medida que o espectro seja liberado em todo o mundo e comecem a chegar mais clientes e novas aplicações.

Com esse novo espectro de 6GHz, o rendimento do Wi-Fi deve, pela primeira vez, igualar-se ao de uma conexão por cabo. Coincidentemente, para quem está nas redes DOCSIS, o acréscimo de suporte de baixa latência se alinha com essa nova capacidade do Wi-Fi 6E para conduzir um serviço de baixa latência residencial. Conhecer a pontuação da latência na sua rede será tão importante quanto a largura de banda do seu provedor de serviços.

INCC-M sobe 0,93% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 0,93% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,88%. Com este resultado, o índice acumula alta de 9,39% em 12 meses. Em janeiro de 2020, o índice variou 0,26% no mês e acumulava alta de 3,99% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 1,76% em dezembro para 1,26% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra passou de 0,06% em dezembro para 0,61% em janeiro.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 1,43%, contra 2,08% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura (2,94% para 1,48%).

A variação relativa a Serviços passou de 0,38% em dezembro para 0,48% em janeiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,00% para 1,22%.

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra passou de 0,06% em dezembro para 0,61% em janeiro.

Capitais

Apenas Belo Horizonte apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Em contrapartida Salvador, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

Eternit anuncia ampliação da capacidade de produção

A Eternit – líder de mercado no segmento de coberturas – anuncia o aumento da capacidade de produção de telhas de fibrocimento em suas fábricas nas cidades de Goiânia e do Rio de Janeiro. Os acréscimos correspondem a ampliações de 25% e 15% das capacidades, respectivamente.

“A ampliação da capacidade e modernização do parque fabril é o resultado do aumento de capital, homologado em julho de 2020, que resultou na captação de R﹩ 46,6 milhões, sendo que cerca de R﹩ 40,8 milhões estão sendo destinados para o parque industrial de fibrocimento do grupo nas unidades de Colombo, Simões Filho, Rio de Janeiro e Goiânia, incluindo a fábrica de Manaus. Isso é muito positivo, pois demonstra a confiança que os acionistas têm no plano estratégico para fortalecer a sustentabilidade financeira da companhia, além de atender a uma demanda crescente nas regiões cobertas por essas unidades”, afirma Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.

A unidade de Goiânia terá sua capacidade total elevada para 25 mil toneladas por mês, com previsão de conclusão no início de 2022. Essa unidade atende os Estados de Mato Grosso, Acre, Rondônia, Goiás, Tocantins, Pará, Amapá, Roraima e Amazonas, além do Distrito Federal. Sob demanda, atende também Maranhão, Minas Gerais e São Paulo.

Goiânia

Rio de Janeiro

A fábrica do Rio de Janeiro terá sua capacidade elevada para 15 mil toneladas/mês, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2021. A unidade atende a região Sudeste: o próprio Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e parte do estado de São Paulo.

“Vamos modernizar as máquinas. A inovação tecnológica resultará nesse aumento de capacidade”, diz Luis Augusto Barbosa.

Após seis altas consecutivas, Índice de Confiança na Construção recua

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, variou -1,4 ponto em janeiro para 92,5 pontos, nível próximo ao observado em fevereiro de 2020, período anterior à pandemia. Em médias móveis trimestrais, após seis altas consecutivas, o índice recuou neste primeiro mês de 2021, ao variar -0,9 ponto.

“O ano se inicia com um arrefecimento no ânimo dos empresários da construção. O resultado ocorre no momento em que vem ganhando destaque a elevação dos preços dos insumos setoriais entre os fatores assinalados como limitantes aos negócios. Desde setembro, o custo dos materiais vem crescendo como fator limitativo, associado ao expressivo aumento dos preços observados a partir desse período. Essa questão deve se manter entre as principais dificuldades do setor nos próximos meses”, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

O resultado negativo em janeiro refletiu a piora da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento presente e redução das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,9 ponto para 90,5 pontos, interrompendo uma sequencia de resultados positivos desde junho de 2020. Os indicadores de situação atual dos negócios e de nível da carteira de contratos recuaram respectivamente 2,3 pontos e 1,4 ponto, para 92,5 pontos e 88,7 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, de 95,5 pontos para 94,6 pontos, uma queda de 0,9 ponto. O aumento de 2,0 pontos no indicador de tendência dos negócios no mês não não compensa a queda de 2,6 pontos no mês anterior. As perspectivas tem se tornado mais voláteis nos últimos meses refletindo o aumento das incertezas do setor, corroborado também pela volatilidade, em sentido inverso, da demanda prevista, que caiu 3,8 pontos neste mês.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção subiu1,1 ponto percentual (p.p.), para 74,0%. O resultado positivo foi influenciado tanto pelo aumento de 1,3 p.p. do NUCI de Mão de Obra (de 74,1% para 75,4%), quanto pelo aumento de 0,9 p.p. nível de atividade de Máquinas e Equipamentos (de 65,6% para 66,5%).

Expectativa em queda


Desde novembro, o Indicador de expectativas interrompeu o movimento de alta, a despeito das atividades terem recuperado o patamar pré-pandemia. Assim, o setor começa o ano mais pessimista em relação à evolução dos negócios nos próximos meses do que estava em janeiro de 2020. Esse pessimismo atingiu todos os segmentos da construção – Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados. “Provavelmente essa reversão do indicador está associada à conjuntura mais adversa dos últimos meses, como evolução da pandemia, elevação dos preços de insumos, incertezas do cenário macroeconômico. De todo modo, o bom momento vivido pelo mercado imobiliário em 2020 deverá contribuir para o crescimento da atividade ao longo do ano, observou Ana Castelo.”