Mercado imobiliário: saiba como funciona a Lei do Distrato

Comprar um apartamento é algo que requer muita atenção e planejamento, afinal, é a compra mais importante da vida de muitas pessoas. Por ter opções de pagamento atrativas, muitos optam por adquirir um imóvel na planta, com mais tempo para saldar os valores. No entanto, imprevistos acontecem, e às vezes, o comprador não consegue cumprir o acordo e quitar as parcelas combinadas. Nesse caso, é possível romper o contrato? O Apto, plataforma que conecta potenciais compradores de imóveis novos a construtoras e empreendimentos em todo o Brasil, explica como funciona a Lei do Distrato e quais são as vantagens e desvantagens de cancelar o negócio.

A Lei do Distrato (13.786/18), sancionada em 27 de novembro de 2018, estabelece que em caso de rescisão do contrato por inadimplência (falta de pagamento) do comprador, a multa contratual pode chegar até a 25% do valor pago, podendo atingir 50%, quando a incorporação estiver submetida ao regime de patrimônio de afetação – que é quando os pagamentos que o cliente efetua ficam vinculados para serem usados exclusivamente no processo de construção do empreendimento. “Além da multa pela rescisão contratual, o valor integral da comissão dos corretores pode ser deduzidos dos valores a serem reembolsados ao comprador, e, na hipótese da pessoa ter morado por algum período no imóvel, o valor é correspondente a 0,5% do atualizado no contrato”, explica Alex Frachetta, CEO do Apto.

A Lei veio para trazer segurança para os compradores, para que tenham um suporte legislativo que garanta a devolução de parte do valor já gasto. Mas, é claro que traz segurança também para as construtoras. “Uma pesquisa realizada pela Abrainc apontou que a maior parte dos distratos são realizados por investidores, que compram diversas unidades, desistem da compra, exigem grande parte do valor de volta e comprometem a capacidade da incorporadora em dar continuidade às obras”, analisa o CEO.

Também segundo a legislação, as construtoras têm o direito de atrasar as obras em até 6 meses, do prazo estipulado no contrato, caso a entrega do imóvel supere esse prazo, o comprador poderá rescindir o contrato, por culpa da construtora, e neste caso, ela deve devolver integralmente os valores pagos pelo cliente. “Se as obras atrasarem além do prazo estipulado e o comprador desejar continuar com a compra, a incorporadora deverá pagar uma indenização de 1%, para cada mês de atraso adicional, sobre todo o valor pago”, ressalta o executivo.

Alguns juristas questionam a lei, reforçando que ela entra em conflito com o Código de Defesa do Consumidor e impõe uma multa abusiva sobre o consumidor. “É preciso perceber que a Lei já auxiliou muitas famílias e empreendimentos, e cumpre um papel fundamental. No entanto, como tudo que mexe no nosso bolso é delicado, precisamos acompanhar a evolução desta lei e se ela precisa de adaptações”, finaliza o CEO.

Mobly faz seu IPO no Novo Mercado da B3

A Mobly (ticker MBLY3), companhia referência em varejo do setor de móveis e decoração companhia, fundada em 2011 por Marcelo Marques, Mario Fernandes e Victor Noda, celebrou nesta sexta-feira (5) a sua oferta pública inicial (IPO) e o início da negociação de suas ações no segmento de Novo Mercado da B3.

Transmitido ao vivo e atendendo às medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, o evento comemorou a abertura de capital da Mobly, que se tornou a 169ª empresa listada no Novo Mercado, segmento de listagem da B3 com os mais elevados padrões de governança corporativa. O evento contou com a participação do presidente da B3, Gilson Finkelsztain, e dos fundadores da companhia.

Os preparativos para o IPO da Mobly se iniciaram há cinco meses. A intenção da companhia é utilizar os recursos da oferta primária para fortalecimento do capital de giro e estrutura financeira, investimento em marketing e publicidade, e investimento em bens de capitais, incluindo a expansão de novas lojas físicas, centros de distribuições e desenvolvimento de tecnologia da informação interna.

O IPO foi registrado nos termos da ICVM 400 e conta com Morgan Stanley, Bradesco BBI, Itaú BBA e Goldman Sachs como Coordenadores. O IPO, que já levantou R$ 812 milhões, poderá chegar a R$ 933 milhões caso ocorra a colocação integral do Lote Suplementar.

“Tomamos um grande passo para o fortalecimento do nosso negócio. Vamos continuar trabalhando duro, seguindo a nossa estratégia de trazer resultados ainda mais relevantes. E, para isso, neste momento, trabalhar a comunicação com o mercado é crucial para atingir esses objetivos”, afirma Marcelo Marques, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Mobly.

“Se antes a bolsa brasileira era conhecida pela concentração em setores mais ‘tradicionais’, agora essa realidade está mudando. Em 2020, vimos chegar companhias de diversos setores novos para a B3, como a Mobly. Com o IPO, a Mobly amplia a oferta de varejistas com foco no e-commerce que estão chegando ao mercado de capitais”, destacou Gilson Finkelsztain, presidente da B3 durante o evento do IPO.

Acesse aqui para conferir as estatísticas e histórico de Ofertas Públicas e IPOs da B3. 

Vedacit realizou segunda edição do Vedacit Labs e cria conexões e novos negócios entre a indústria da construção e startups

 Proporcionar conexões entre grandes players da construção civil e startups que proponham soluções para o setor. É com essa premissa que a Vedacit , marca líder em impermeabilização, realizou a segunda edição de seu programa de aceleração, o Vedacit Labs .

Com todo o apoio e know-how da Liga Ventures , plataforma que transforma inovação aberta em resultado real, o Vedacit Labs foca em iniciativas que tornam o ciclo de vida de uma edificação saudável e sustentável, mas também na aceleração da indústria de materiais e do varejo da construção, tudo isso por meio da criatividade, eficiência e velocidades das construtechs e proptechs (startups do setor da construção civil).

“Queremos que os empreendedores e fundadores de startups enxerguem o Vedacit Labs como um verdadeiro laboratório de ideias destinado para as empresas que desejam buscar parceiros, tecnologias e recursos que tenham um match com seus projetos, serviços e produtos. Afinal, para se construir um futuro melhor é preciso criar conexões entre empresas, empreendedores e a sociedade”, explica Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.

No primeiro ciclo de aceleração, realizado em 2019, o Vedacit Labs gerou negócios com cinco startups: Lógica.e Inovação, Obra Azul, Construcode, NETResíduos e Programa Doce Lar. Em 2020, as selecionadas foram omni-eletrônica, Elixir AI, Prevision, ConnectData e Construct In. As construtechs escolhidas recebem investimentos, conexões para novos negócios, mentorias com experts, acesso à rede de contatos da Liga Ventures e Vedacit, além do laboratório e linhas de produtos da Vedacit.

“Por mais um ano estamos lado a lado com a Vedacit promovendo conexões e geração de negócios entre a grande indústria da construção civil e as startups que oferecem soluções para o setor. Atuando de forma estratégica, temos certeza que conseguiremos levar, juntos, a transformação digital que toda a cadeia precisa, fomentando ainda mais um segmento tão relevante à economia de nosso país”, comenta Rogério Tamassia da Liga Ventures.

Ao longo dos anos, a Liga Ventures auxiliou na implementação de estratégia de inovação aberta nos principais players de diversos setores do mercado brasileiro, tais como Porto Seguro, Banco do Brasil e Unilever. Em seu portfólio, soma mais de 250 startups aceleradas e mais de 450 projetos realizados entre essas e grandes corporações.

Pandemia reforça tendência dos empreendimentos de uso misto

Ainda não sabemos como será o mundo pós-pandemia e seu reflexo nos setores que movimentam a economia do país. No que diz respeito ao mercado imobiliário, os impactos da Covid-19 revelam novas formas de morar e necessidades que estão moldando tendências. Uma que já vem se tornando aposta no setor é a construção de empreendimentos de uso misto ou mixed-use

“Esses projetos seguem o conceito work, play, life (trabalho, lazer e vida) e estão crescendo com maior intensidade principalmente com a popularização do home office”, destaca Guilherme Pimentel, diretor comercial do Grupo EPO, que completará, neste ano, 29 anos de atuação no mercado imobiliário mineiro.

Um dos grandes projetos da construtora nesse nicho é o Navegantes, localizado na região da Lagoa dos Ingleses, entre Nova Lima e Itabirito, em Minas Gerais.  O empreendimento faz parte do CSul Lagoa dos Ingleses, o maior projeto de desenvolvimento urbano sustentável da América Latina,  que segue os conceitos do novo urbanismo e irá desenvolver a região com novos bairros planejados que contemplam empreendimentos residenciais, comerciais, industriais, culturais e de lazer, pautados pela sustentabilidade, trazendo fomento e diversificação econômica para toda região. Para Fabíola Carvalhido, arquiteta e urbanista da CSul, o Navegantes resume bem a proposta de desenvolvimento planejado e integrado que vem se instalando na Lagoa dos Ingleses. 

“Esta é uma mudança importante que segue práticas já adotadas nas cidades inteligentes e é uma forte tendência para o futuro. Ao agregar habitação, trabalho, serviços e lazer em um mesmo projeto há um ganho em mobilidade, qualidade de vida e conforto. Se pegarmos como exemplo a região central de uma grande cidade, há grande movimentação de pessoas durante o dia, em função do comércio e serviços, mas à noite as ruas ficam desertas, o que gera insegurança. Já no novo urbanismo, com os empreendimentos de uso misto ganhando mais força, há esse ganho em segurança e comodidade, pois há vida 24h por dia”, explica Fabíola. 

As pessoas já estão se encaixando em um novo normal, e mudaram sua mentalidade em relação a forma de morar e trabalhar. “A construção desse tipo de empreendimento deve ser vista como uma linha de negócios com identidade própria. Quem opta por um empreendimento deste modelo busca trabalhar e/ou morar em localizações privilegiadas com muito conforto e qualidade mas, acima de tudo, com praticidade, por isso, o empreendimento tem de ser inovador”, explica Guilherme Pimentel.

A obra do Navegantes foi dividida em duas fases. A primeira etapa, já finalizada e em funcionamento, contempla um centro comercial, com lojas como: Supermercado Super Nosso, Drogaria Araujo, Lojas Americanas, Kopenhagen, Hermes Pardini, 5àsec, Store. 

Para a segunda fase, está prevista a construção de espaços corporativos e apartamentos. Guilherme pontua que o projeto é benéfico tanto para os usuários finais, quanto para os investidores. “Imagina que seu meio de transporte diário para o trabalho é a escada ou o elevador? Este é um dos privilégios para quem mora ao lado do trabalho. Afinal, ninguém quer passar tanto tempo no carro entre o trabalho e a casa”, observa. 

O diretor do Grupo EPO enfatiza que quem compra uma sala comercial num projeto como esse sabe que poderá atender parte dos moradores do prédio residencial. “Para investidores e empreendedores, fica a certeza de ter um bom público inicial para se relacionar e apresentar seus produtos e serviços. Além disso, comerciantes e profissionais que possuem salas comerciais num mixed-use contam com toda infraestrutura de segurança e monitoramento para clientes e profissionais”, ressalta. 

Lagoa dos Ingleses vive boom

Caracterizada anteriormente pelos loteamentos de condomínios e pouca oferta de comércio e serviços, a Lagoa dos Ingleses vem se transformando, nos últimos anos, com a chegada de empreendimentos como o Navegantes. 

A região viu seu desenvolvimento ser acelerado, principalmente como reflexo da pandemia, ampliando a oferta de serviços comerciais para o público que mora e frequenta o Vetor Sul da região metropolitana de BH. Diversos novos negócios se instalaram na região no último ano, principalmente entre os meses de junho e setembro.

“Com belas paisagens naturais e infraestrutura organizada e segura, a região passou a ser vista com outros olhos e acabou sendo redescoberta pelas pessoas durante a pandemia. Acreditamos que esse crescimento na demanda imobiliária, que acelerou ainda mais o desenvolvimento da região, é um movimento que veio para ficar”, ressalta Fabíola Carvalhido da CSul. 

HomeHub vende R$ 290 milhões em imóveis no RJ em seu primeiro ano

Lançada em janeiro de 2020, a plataforma de tecnologia imobiliária HomeHub ultrapassou as próprias expectativas e vendeu R$ 289.691.192 em imóveis no estado do Rio de Janeiro até dezembro, quase 14% acima da meta de seu primeiro ano de operação. Um total de 62% das vendas realizadas foram assinadas digitalmente, tendência que deve chegar a 90% em 2021.

Com duas lojas próprias e quatro franquias atualmente em operação, mais seis franquias devem passar a operar até março – entre escritórios (HomeHub Office) e corretores autônomos (Home Broker), todos terão acesso ao mesmo banco de dados com mais de 8 mil imóveis.

As novas operações vão atender os bairros de Copacabana, Jardim Botânico, Gávea, Lagoa e Ipanema, além da cidade de Petrópolis. A perspectiva atual é fechar 2021 com 40 novas franquias e expandir para além do Rio de Janeiro, aumentando o VGV – Valor Geral de Vendas para R$ 400 milhões, um crescimento de 38,08%.

“Em 2020 a prioridade não era crescimento, queríamos validar o modelo, testar as nossas hipóteses, tracionar as primeiras franquias, avançar com a plataforma tecnológica. Esse ano a prioridade é a expansão da rede. O Rio de Janeiro é nosso principal foco e vai ser por algum tempo, mas já estamos olhando para outros mercados”, comenta Rodolfo Judice, CEO da HomeHub.

Judice ainda explica que, com a alta do mercado imobiliário nos próximos anos, a plataforma pode alcançar números ainda maiores. “Em 2020, a cidade do Rio de Janeiro registrou um aumento significativo na venda de imóveis, fazendo com que o setor imobiliário ficasse em alta. Com isso, 2021 tem tudo para ser ainda melhor para a empresa”.

A HomeHub é uma plataforma de tecnologia imobiliária que atua no estado do Rio de Janeiro por meio de franquias conectadas em rede para uma maior capilaridade. Os franqueados realizam seus negócios de forma ágil e intuitiva em uma operação no modelo “figital” (físico + digital), unindo o melhor da plataforma tecnológica a um atendimento personalizado.

A plataforma forma corretores autônomos por meio da HomeHub Academy (treinamentos online, gamificação, treinamentos presenciais). Seus franqueados recebem suporte nas áreas jurídica, gestão e marketing digital, assim como CRM integrado à plataforma, parceria com portais imobiliários e acesso a treinamento e qualificação.

Os franqueados também têm acesso a ferramentas tecnológicas como laudo digital, AVM, pesquisa jurídica prévia, dashboard e serviços complementares. Os proprietários podem acompanhar o trabalho de venda ou locação via dashboard e os locatários ou compradores têm a opção de fazer um tour virtual dos imóveis com vídeos e fotos profissionais, além de assinar digitalmente o contrato.

Além disso, os franqueados podem oferecer crédito imobiliário, consórcio e home equity a seus clientes via HomeHub Fin, assim facilitando o processo na compra do imovél.

Alta do INCC impacta nos imóveis comprados na planta e gera aumento de preços, aponta estudo do ZAP+

O sonho da casa própria tem se tornado uma realidade pesada no bolso de quem decidiu comprar um imóvel na planta. Em 2020, o Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC) chegou ao seu patamar mais alto em 10 anos, o que elevou os reajustes de valores das prestações de imóveis em fase de construção. No cenário de preços mais altos, um estudo do DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, analisa se vale a pena ou não investir em um imóvel na planta neste momento.

Em novembro, a alta do INCC no acumulado do ano atingiu 7,71%, uma diferença de 4,75 pontos percentuais em relação ao IPCA do mesmo período. Para o economista Rodger Campos, do DataZAP, o redimensionamento da atividade industrial em função da pandemia causou impactos no setor. “Fatores como a redução de oferta de materiais, o aumento dos custos de produção e a aceleração da atividade na construção civil influenciaram a variação”, explica.

A alta corresponde à correção de preços dos empreendimentos em construção, mas é importante notarmos o efeito do repasse cambial para o comprador de imóveis na planta. Movimentos de comércio internacional podem pressionar o indexador para cima quando em face de apreciação de minério de ferro, por exemplo, cujo preço é formado no mercado internacional.

Vale a pena comprar agora na planta?

Ao optar por um imóvel na planta, o comprador tem a vantagem de negociar valores e condições mais flexíveis de pagamento, o que no final das obras pode gerar uma economia significativa em relação ao preço do imóvel pronto.

Por outro lado, a compra na fase de construção funciona como uma espécie de financiamento compartilhado do empreendimento. Na prática, a construtora divide os custos da obra com o comprador, que realiza o pagamento de um determinado valor de entrada de forma à vista ou parcelada.

De acordo com Rodger Campos, o tempo médio de entrega das chaves é de 36 meses e durante esse período, o custo da obra pode sofrer alterações. “Nesse sentido, o INCC incide não apenas sobre a parcela a ser paga na fase de construção, mas também sobre o valor total do imóvel”, comenta.

O estudo do DataZAP traçou um comparativo no preço de imóveis na planta a partir do INCC dos anos de 2019 e 2020. Na simulação, um imóvel no valor de R$ 750 mil seria adquirido na planta. O valor pago na fase de obra seria uma entrada de 150 mil parcelada em 12 meses. Outros R$ 100 mil correspondem ao valor das chaves e os R$ 500 mil restantes seriam financiados via instituição bancária. A diferença entre os valores chega a mais de 90%.

Ainda sob os efeitos da pandemia da Covid-19, a economia no Brasil e no mundo seguem em fase de recuperação, o que posterga a desaceleração dos índices que afetam o preço dos imóveis na planta. Um caminho para reduzir a incerteza na transação é optar por imóveis prontos. O consumidor também pode considerar comprar de incorporadoras e/ou construtoras que trabalhem com o congelamento do indicador neste período de crise ou que alterem o indexador de correção monetária no contrato de compra e venda.

“Contratos mais flexíveis, que puderem adotar outros índices, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou o Índice FipeZap, poderiam ser uma alternativa para a alta neste momento. Flexibilizar o indexador pode neutralizar os efeitos de choques externos sobre os preços dos imóveis e também uma alternativa mais próxima da realidade e das expectativas do comprador, por serem utilizadas na política monetária nacional”, ressalta o economista.

Para efeitos de comparação, a mesma simulação foi feita a partir do IPCA e do FipeZap. A diferença para o comprador pode chegar a uma economia de pelo menos R$ 30 mil reais.

Para Rodger Campos, observa-se que é um processo de inflação setorial, tornando a participação das parcelas do imóvel na renda muito maior do que o projetado. “Para quem está pensando em investir em imóveis ainda em fase de construção, vale considerar o histórico dos índices e ponderar o quanto isso pode impactar suas finanças pessoais no longo prazo”, finaliza.

Homer lança marketplace de imóveis com ferramenta de vendas gratuita

 Devido à pandemia, surgiu no setor imobiliário a necessidade de profissionais e empresas estarem 100% no ambiente digital. O uso de ferramentas online deixou de ser apenas um auxílio na hora das negociações, para se tornar essencial. E, diante dessa nova realidade, o Homer , plataforma que oferece soluções tecnológicas aos corretores de imóveis de todo o Brasil, voltou todos os seus esforços a criar mais ferramentas. A mais nova delas é um marketplace no qual os corretores contam, gratuitamente, com um site pessoal, onde podem colocar os imóveis de sua carteira, além de ter acesso à carteira de propriedades à venda por outros profissionais. Funciona assim, se um corretor de São Paulo captar um cliente de Recife, assim que esse cliente entrar na página personalizada, conseguirá ver todos os imóveis de Recife que estão disponíveis. Se ele se interessar, entrará em contato com o corretor de São Paulo, que firmará uma parceria com o corretor do imóvel em questão de Recife, agilizando a venda.

O Site Pessoal do Homer já começa com mais de R﹩476 bilhões em imóveis cadastrados em todo o Brasil. Para Livia Rigueiral, CEO do Homer, essa novidade vem para pôr um fim à perda de vendas por falta de imóveis ou de clientes interessados nas propriedades. Isso porque, imóveis de todos os corretores do Homer ficam à disposição dos consumidores nesta vitrine virtual. “O marketplace vai aumentar – e muito – as chances de uma venda ser concluída, agilizar as parcerias, e o site personalizado vai contribuir ainda para que o corretor de imóveis transmita ao cliente mais credibilidade, reforçando sua autoridade no mercado, oferecendo uma experiência melhor ao cliente, e tudo com o apoio da marca Homer”, afirma a CEO.

Mais de 50 mil corretores que utilizam as várias ferramentas do Homer agora têm mais esse recurso para repetir e até mesmo ampliar o bom desempenho que registraram em 2020. E esse serviço não se restringe só a eles, ele se estende também aos quase 400 mil profissionais do setor que atuam no Brasil – números do sistema Cofeci-Creci de 2019 -, e pode ajudar bastante os cerca de 2 mil novos corretores que ingressam nessa área mensalmente. De acordo com Livia Rigueiral, para quem já está no mercado, mas, principalmente, para os que estão começando, essa e outras soluções do Homer são um belo pontapé inicial. “Vamos promover ações junto ao Creci, para que os novos corretores tenham página própria, uma carteira ativa, contem com uma rede de parcerias, com o Homer Poupa Tempo para fazer por eles toda a parte burocrática que envolve a venda de um imóvel, tenham assessoria de marketing e jurídica gratuita, e auxílio na hora de fazer captações”, afirma Rigueiral, que explica: “O Homer será o networking e a equipe online que o profissional precisa para ficar à disposição do cliente e se dedicar ao atendimento personalizado”.

Quanto mais ferramentas para ajudar os corretores a atenderem à demanda que está por vir, melhor. Até porque, a expectativa deles quanto às vendas deste ano de 2021 é grande. Dados de uma pesquisa realizada pelo Homer revelam que 60% dos corretores prevêem que o mercado imobiliário seguirá aquecido, com alta de 20% a 50% na compra e venda de imóveis, e 10% estão mais otimistas ainda, acreditam que o aumento será de mais de 50%.

Em 2020, mesmo em meio à pandemia, os profissionais que trabalharam utilizando as soluções oferecidas pelo Homer obtiveram resultados bastante positivos. 46% deles afirmaram que fizeram novos negócios, e a maioria deles notou um crescimento significativo nas vendas. Um comparativo feito pelo Homer mostrou que, no segundo semestre de 2020, 53% dos corretores notaram um aumento de 10% a 30% nas vendas em relação ao primeiro semestre, outros 15% disseram que a alta ficou entre 31% e 50%, e para 6% o crescimento foi de 51% a 70%. “O que pudermos fazer no que tange desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para otimizar o dia a dia dos corretores, vamos fazer, sempre colocando esses profissionais como peça fundamental em todas as negociações do setor”, conclui a CEO do Homer.

Na cidade de SP, mercado imobiliário fecha 2020 em crescimento

Com um percentual acumulado de 13,59% em vendas e de 69,98% em locações, o ano de 2020 foi bastante positivo para o mercado de imóveis residenciais usados na cidade de São Paulo.

Esses números foram obtidos pela Pesquisa CRECISP realizada com 264 imobiliárias da Capital, identificando os negócios feitos em dezembro na comparação com novembro e, também o fechamento do ano.

Foram 5 meses no vermelho e 7 no azul no que diz respeito às vendas de casas e apartamentos no último ano. Em dezembro, comparado a novembro, por exemplo, houve uma queda nos negócios de 15,13%, mas esse número não chegou a impactar no resultado final do ano.

Para as locações, os números se equilibraram: seis meses em queda, seis meses em alta. Dezembro também encerrou com redução no volume de imóveis alugados ante novembro, de -8,17%.

Os preços para alugar casas e apartamentos na cidade de São Paulo registraram queda de 8,23% em 2020, índice bem inferior ao IPCA, que acusou alta de 4,22% no ano passado. E embora a Pesquisa CRECISP utilize o IPCA como comparativo, não se pode deixar de mencionar também o IGPM, que encerrou 2020 com alta acumulado de 23,14%, em total desacordo com a realidade do mercado de locação e demonstrando a urgente necessidade de que haja negociação entre locadores e locatários para o equilíbrio econômico da relação contratual.

O preço do metro quadrado dos imóveis à venda, nos negócios realizados pelas 264 imobiliárias consultadas pela Pesquisa CRECISP, subiu 34,01% de janeiro a dezembro passados.

De janeiro de 2019 até setembro de 2020, a CAIXA concedeu R$ 172 bilhões em crédito imobiliário no País, beneficiando 887 mil famílias e 2,8 milhões de pessoas e registrando uma participação de mercado da CAIXA na contratação mensal de financiamentos imobiliários com recursos do SBPE que evoluiu de 24,8% para 43,5%.

Entretanto, esse resultado nacional não se refletiu no que foi apurado pela Pesquisa CRECISP da Capital. Apenas 4,5% dos imóveis vendidos na cidade de SP foram financiados pela CAIXA em dezembro. Em contrapartida, outros bancos privados financiaram 53,15% dos negócios realizados. As vendas à vista ficaram com 41,44% do total de transações e o financiamento direto com proprietários, com 0,9%. A Pesquisa CRECISP não registrou vendas feitas por meio de consórcios em dezembro.

A Zona C da Capital, que inclui bairros como Mooca, Aeroporto e Tatuapé, liderou as vendas realizadas em dezembro, com 37,84% dos negócios. Na sequência, vieram a Zona B (31,53%); A e D empatadas com 12,61% cada e a Zona E, com 5,41%.

50,45% das vendas de casas e apartamentos da Capital nesse período ficaram na faixa de preços de até R$ 500 mil.

Depósitos são opção preferida para garantia

No mês de dezembro, os depósitos de três meses de aluguel foram a opção mais utilizada pelos inquilinos como garantia da locação. Eles estiveram presentes em 38,59% dos novos contratos. O fiador ficou com um percentual de 28,57%; o seguro fiança com 21,51%; a caução de imóveis com 7,88%; a cessão fiduciária com 2,46% e os alugueis sem garantia com 0,99%.

Esse aumento na utilização dos depósitos como garantia do aluguel indica que o fiador, amplamente utilizado há alguns anos, vem perdendo o status de principal garantidor locatício na cidade de SP. “É mais difícil, hoje, se obter um fiador, até por conta do distanciamento que vem marcando as relações pessoais, mesmo no âmbito familiar”, opinou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. “Além disso, o seguro fiança não consegue decolar devido ao seu alto custo, abrindo espaço para que o depósito seja o meio mais viável para garantir o aluguel.”

O presidente alerta, no entanto, para algumas práticas perigosas quando da utilização dessa modalidade. “O depósito como garantia só é legal quando feito em conta poupança conjunta, entre locador e locatário. Infelizmente, não são raros os casos em que é feito apenas um depósito na conta do proprietário do imóvel, o que pode possibilitar o uso indevido do dinheiro da caução e até uma futura responsabilização do corretor de imóveis. É importante destacar que a garantia só é adequada quando ambas as partes estiverem com seus direitos preservados.”

O volume de chaves devolvidas em dezembro foi equivalente a 96,22% do total de imóveis alugados nesse período. Esse índice foi 17,66% menor que o apurado em novembro. A maioria das devoluções (66,04%) ocorreu por motivos financeiros.

A inadimplência locatícia sofreu uma queda de 2,46% na comparação entre dezembro e novembro de 2020. Em dezembro, a pesquisa CRECISP registrou 5,95% no índice de inadimplentes ante os 6,10% de novembro.

Além das vendas, a Zona C também liderou o segmento de locação de casas e apartamentos da cidade de SP. 47,45% dos imóveis alugados estavam nos bairros inseridos nessa Zona, como Cambuci e Jabaquara. Na sequência, as zonas D (20,36%); B (14,45%); E (13,14%) e A (4,60%).

A maioria dos alugueis de casas e apartamentos contratados em dezembro não ultrapassou os R$ 1.400,00. Essa faixa de valor representou 53,04% das locações desse mês. Tomando como base o valor do salário mínimo – de R$ 1.100,00 – isso comprova que a maioria das famílias que dependem de locação é composta por pessoas de poder aquisitivo mais baixo.

Para o presidente do CRECISP, mesmo com toda a situação inusitada criada pelo Coronavírus e pelo isolamento social, o mercado imobiliário mostrou sua força em 2020 e se manteve pujante na cidade de SP. “Um acumulado de 13,59% em vendas e de 69,98% em locações demonstra a importância de nosso segmento para a economia. Em detrimento de todas as dificuldades, os negócios continuaram sendo feitos e contribuindo para o andamento econômico do País.”

Construção industrializada, retorno garantido

Uso de sistema monolítico permite uma construção mais rápida, o que garante celeridade nos lançamentos além de retorno maior e mais rápido para o investidor nos EUA

O processo de industrialização da construção civil nos Estados Unidos tem sido o principal atrativo para investidores no mercado imobiliário americano, especialmente brasileiros.

Um dos principais fatores que atraem os investidores é a utilização do sistema  monolítico, o que torna o levantamento de andares inteiros muito mais rápido, garantindo celeridade no lançamento dos empreendimentos e, consequentemente, retorno mais rápido para quem investe.

Gabriel Souza, sócio e diretor imobiliário da IBC – International Business Consulting, consultoria especializada em negócios imobiliários nos Estados Unidos, detalha a parceria com a BDG – Brickless Developers Group, construtora que desenvolve sistemas monolíticos e a Odagled Investment, plataforma de investimentos imobiliários, no lançamento de um novo projeto na Flórida, o Napoli Towers, dois edifícios de seis andares, com 152 apartamentos e um espaço comercial.

Segundo Souza, a obra deve ser entregue em um ano e a IBC junto a BDG vai operar o condomínio no modelo de locação por mais quatro anos.

Ele apresenta alguns dados para justificar esse modelo de investimento com retorno em médio prazo:

– Frente a pandemia, a tão falada “inadimplência em massa” não aconteceu, devido ao pacote de estímulo econômico da administração Trump. Percebemos um leve aumento na taxa de vacância, mas é devido à novas ofertas.

– A procura por imóveis de locação continua forte, e por bom motivo, o Sul da Flórida continua um bom lugar para se morar e trabalhar. A população cresceu em mais de 300 mil habitantes nos últimos cinco anos, com 75% desses vindos de outros estados e países. Nos próximos três anos, a região deverá ter uma migração média de 5,7% ou cerca 350 mil novos moradores. A formação de novos lares para os próximos cinco anos tem uma expectativa de aumento de 45 mil por ano, e se mantermos a relação atual de 60% novos proprietários e 40% novos locatários, a expectativa é de 18 mil novos inquilinos por ano para os próximos cinco anos.

O empresário acrescenta que há uma tendência de construção de edifícios de apartamentos para locação em Miami para uma faixa de renda equivalente à classe média baixa brasileira, e o empreendimento que está sendo construído pela BDG tem custo de médio de US$ 570 o m² isso simboliza metade do custo e metade do tempo de construção no modelo tradicional.

As três empresas envolvidas no projeto estão criando um fundo de investimento Crowdfunding no valor de US$ 8,3 milhões, com injeção inicial de capital a partir de US$ 25 mil. O investidor tem um percentual de retorno em cima do projeto todo. “Ele não adquire uma unidade do empreendimento, ele se torna sócio de 70% dele. Os 30% restantes são relativos à participação das três organizações que estão erguendo os prédios”, detalha.

Durante a fase de construção, o investidor vai receber 1% ao mês do valor investido, a ser pago a partir do terceiro ano de operação do projeto. “É uma contrapartida ao investimento para que o dinheiro não fique parado”, justifica.

Souza recomenda a quem pensa em investir no mercado imobiliário americano filtrar as oportunidades que apresentam os melhores números para atender aos anseios. “Nosso grupo tem trabalhado com parceiros sólidos para garantir investimentos cada vez mais seguros, produtivos e atrativos para nossos clientes”, atesta.

Alta tecnologia de construção

Gabriel Souza destaca que a IBC firmou parceria com a BDG devido à alta tecnologia empregada no sistema monolítico. Tudo é feito por meio de concreto monolítico desde a fundação até as estruturas elétricas e hidráulicas.

Ele garante que, com esse modelo de construção industrializada, é possível erguer um andar inteiro em apenas cinco dias. “É a industrialização ao máximo do que se pode fazer em um projeto e não paramos por aí. A cada prédio novo que vai sendo construído, buscamos otimizar e melhorar”, salienta Souza.

O empresário compara os prédios do lançamento que está sendo construído para citar um exemplo. O Modern Towers, é um projeto em andamento que está na quarta torre da primeira fase, com o processo de otimização, está levando 25% a menos de tempo para ser erguida em comparação à terceira torre, com um custo também 25% menor.

Souza prevê que a parceria com a BDG e a Odagled gere uma rentabilidade do empreendimento em torno de 248% em cinco anos. “É algo nada visto no mercado americano, pois a rentabilidade do método tradicional é em média 6-8% ao ano, enquanto o nosso gera 29% ao ano”, estima.

Programa Casa Verde Amarela impulsiona vendas da incorporação, que avançam 28,9% em novembro

De acordo com as informações disponibilizadas pelas associadas para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os lançamentos de imóveis somaram 43.668 unidades nos meses de setembro/outubro/novembro de 2020, o que representa uma alta de 19,7% em relação ao mesmo período de 2019. Com esse resultado, o número de unidades lançadas totalizou 112.097 imóveis nos últimos 12 meses, superando em 2,5% o observado nos 12 meses anteriores. No mesmo período, as vendas líquidas chegaram a 34.793 unidades, avanço de 28,9%. Nos últimos 12 meses (nov/19 a nov/20) as vendas líquidas somam 117.162 unidades em todo o país.

Os empreendimentos do Programa Casa Verde Amarela (CVA), foram responsáveis por 86,6% dos lançamentos e 77,2% das vendas residenciais nos últimos 12 meses e lideraram os lançamentos e vendas da incorporação. Em termos de unidades lançadas, o segmento registrou alta de 30,7% no trimestre móvel e 12,7% no acumulado em 12 meses. Com respeito às vendas, o segmento encerrou o período com uma elevação de 36,8% no último trimestre móvel, e de 35,7%, nos últimos 12 meses.

De acordo com Luiz Antônio França, presidente da Abrainc, “esse resultado segue mostrando que o setor de incorporação imobiliária vem tendo papel fundamental para a economia brasileira durante a crise que estamos enfrentando. Mesmo em um ano difícil, estamos registrando números positivos, e acreditamos que isso deverá se manter no resultado final de 2020, e continuar pelo ano de 2021”.

As vendas de empreendimentos classificados no segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) apresentaram avanço de 2,5% no trimestre móvel, mas na comparação com o mesmo período de 2019, houve uma retração de 30,8%, o que contribuiu para a queda de 35,1%, nos últimos 12 meses.