Moura Dubeux tem melhor primeiro trimestre em seis anos

Maior incorporadora do Nordeste apresenta lucro líquido de
R$ 18 milhões, lança dois empreendimentos no primeiro trimestre e registra vendas de R$ 1,01 bilhão em 12 meses

A Moura Dubeux, conforme resultados protocolados nesta quarta-feira, 12 de maio, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), teve lucro líquido de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2021, com margem de 11,1%, e R$ 41 milhões nos últimos nove meses. A companhia também reportou dois lançamentos no período, totalizando 331 unidades habitacionais, das quais 63,6% já comercializadas, com valor geral de venda bruto de R$ 108,71 milhões. Com isso, alcançou R$ 900 milhões em novos empreendimentos nos últimos 12 meses.

Diego Villar, CEO da Moura Dubeux, revela, ainda, que, “ajudada pelo cenário regional, com forte demanda por seus produtos e baixo estoque médio nas praças em que atua, a empresa entregou um robusto número de comercializações. Fechou o trimestre com R$ R$ 268,87 milhões de vendas e adesões brutas, valor superior em 247,7% ao registrado em igual período de 2020, alcançando R$ 1,01 bilhão nos últimos 12 meses”.

Houve redução de vendas de 14,9% em relação aos últimos três meses de 2020, mas, historicamente, o início do ano é marcado por baixa performance do mercado. “Porém, no todo, tivemos um resultado recorde no período. Enfatizamos a comercialização dos estoques prontos, com valor de R$ 61 milhões, e um excelente índice de vendas sobre ofertas líquido ajustado, que registrou 45,5% no acumulado dos últimos 12 meses”, ressalta Villar, acrescentando: “Soma-se ao bom resultado operacional do primeiro trimestre, o baixo patamar de distrato, que representou 5,7% das vendas e adesões brutas”.

Lançamentos e aquisições

Os novos empreendimentos da Moura Dubeux no primeiro trimestre deste ano são o “Olhar das Dunas”, em Natal, no Rio Grande do Norte, com 130 unidades e dirigido ao público de renda média, e o “Beach Class Verano”, em Porto de Galinhas, em Pernambuco, com 201 apartamentos de alto padrão. Este foi integralmente vendido em apenas dois dias, no final de semana de seu lançamento. Nos primeiros três meses de 2021, a Moura Dubeux adquiriu sete terrenos, com valor geral de vendas bruto de R$ 633 milhões. Com isso, o estoque de áreas da empresa atingiu R$ 4 bilhões.
Diego Villar estima que, considerando o ritmo de crescimento do mercado do Nordeste no segundo semestre de 2020 e o desempenho da companhia no primeiro trimestre de 2021, as vendas anuais deverão continuar acima de um bilhão de reais este ano. “O ritmo de nossos lançamentos deverá seguir em ascensão”, conclui.

Corpal Incorporadora abre escritório em São Paulo

Com 12 anos de história, 29 empreendimentos lançados, mais de 9 mil clientes atendidos e cerca de R$ 4 milhões de metros quadrados urbanizados, a Corpal Incorporadora, que nasceu em Dourados, Mato Grosso do Sul, está expandindo a empresa para a capital paulista. O escritório foi inaugurado essa semana na Vila Olímpia e faz parte da estratégia de ampliação da marca que, além da sede em sua cidade de fundação, possui também uma unidade de atendimento em Curitiba, Paraná.

Fernando Fuziy, CEO da Corpal, comenta sobre a decisão de ampliar os horizontes da empresa: “O principal motivo é ser visto e reconhecido pelo segmento e por players do mercado nacional como um todo, que possam se interessar pela empresa. A expansão permite que nos conectemos ao mercado de forma mais ágil, ajudando a Corpal a investir nos melhores e mais capacitados profissionais e nos ajuda na estratégia de buscar novos terrenos no interior paulista”.

A empresa terá uma equipe de trabalho na capital que atuará em novos negócios, ampliação de novas áreas, pesquisa e inovação. Hoje, a Corpal possui 10 projetos em desenvolvimento e para 2021, a expectativa é que seja um ano de mais crescimento: “Nosso VGV estimado para o ano é de R$ 700 milhões, um aumento de 103% em relação ao ano passado. Vamos tirar do papel 12 projetos, em 9 cidades diferentes”, completa Fernando.

4 em cada 10 brasileiros aumentaram a busca por imóveis no Brasil durante o período mais crítico da pandemia, revela DataZAP

A 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pelo DataZAP, braço de inteligência imobiliária de ZAP+, revela que neste momento 4 em cada 10 brasileiros aumentaram a busca por imóveis no Brasil, reforçando o aquecimento do setor, mesmo durante o período mais crítico da pandemia. No mesmo período de 2020, esse número era de 4 em 100 pessoas.

O levantamento é o maior do setor imobiliário e tem como objetivo detalhar o comportamento e expectativas dos diversos agentes do mercado por meio de entrevistas realizadas com cerca de três mil pessoas, incluindo consumidores e profissionais de imobiliárias, incorporadoras e também corretores.

A parcela de pessoas que declarou que “aumentou muito a busca” por imóveis cresceu expressivamente na rodada atual: 17 pontos percentuais, passando de 2% em abril de 2020 para 19% em março de 2021. Enquanto que a parcela de pessoas que afirmou que “diminui muito a busca” caiu 47 pontos percentuais.

“Os resultados sinalizam que a moradia ganhou um novo significado. Ao passar mais tempo em suas casas, inclusive com a adoção do home office, os consumidores passaram a ter novas preferências e desejos por residências com características diferentes. Além disso, os juros baixos e a disponibilidade de crédito imobiliário foram decisivos para estimular a demanda”, explica Danilo Igliori, economista do DataZAP.

O estudo também perguntou aos usuários sobre o nível de isolamento social que eles estavam adotando no início da pandemia e no momento atual. A coleta de respostas ocorreu em março de 2021, logo após o agravamento da pandemia no país, e os resultados coincidem com uma maior adesão às restrições de circulação. Da mesma forma que aumentou em 10 pontos percentuais a parcela de respondentes dizendo sair de casa somente quando necessário, caiu em 10 pontos a fatia que diz viver normalmente, sem alterações no dia a dia.

Por outro lado, apesar de 53% terem declarado que só saiam de casa “para serviços essenciais”, 57% dos respondentes também disseram ter visitado presencialmente um imóvel, estande de vendas ou apartamento decorado nos últimos três meses.

“É curioso notar que mesmo com o agravamento da pandemia no país, as visitas presenciais foram relevantes e a demanda por imóveis se intensificou”, comenta Igliori.

Sobre a pesquisa

A 4ª onda da pesquisa do DataZAP foi realizada entre os dias 15 e 22 de março de 2021, logo após o agravamento da pandemia. E contou com respostas de 2.224 usuários dos portais ZAP Imóveis e Viva Real residentes das regiões metropolitanas do Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. considerando nível de confiança de 95%.

O mesmo levantamento tinha sido realizado anteriormente em três momentos, permitindo a comparação dos resultados: entre 24 a 29 de março de 2020 (1ª onda), de 27 de abril a 05 de maio de 2020 (2ª onda), e de 29 de maio a 7 de junho de 2020 (3ª onda).

Super demanda por compra de imóveis atinge número recorde no primeiro quadrimestre do ano

O mercado residencial do Brasil vem mantendo seu bom ritmo de crescimento e, mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, a demanda imobiliária não para de crescer. Segundo dados da Datastore, empresa especializada em pesquisas de demanda no setor imobiliário, 28,08% das famílias brasileiras com renda superior a 1,5 mil/mês, até as altas rendas, têm a intenção de comprar imóveis nos próximos 24 meses, o que corresponde a mais de 14,25 milhões de famílias, o quinto recorde sucessivo de maior demanda do século.

“Em 2021, de janeiro a abril, quando a pandemia atingiu seu ápice no Brasil, a demanda imobiliária aumentou 829,3 mil famílias, ou seja, 207 mil famílias por mês. Por isso que os bancos, incorporadoras e associações de classe vêm destacando o aumento real das vendas”, explica o fundador da Datastore, Marcus Araujo.

A última vez que o Brasil atingiu algo em torno de 28% foi em 2015, antes do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. De qualquer forma, ainda assim a base comparativa é diferente, uma vez que seis anos atrás as famílias brasileiras tinham menos acesso aos imóveis, a taxa Selic alcançava mais de 13% ao ano, além de uma população menor, se comparada a 2021.

Os dados da Datastore também apontam que a intenção de comprar imóveis nos próximos 12 meses, ou seja, no curto prazo, saltou 2% percentuais de março para abril de 2021, indicando que o viés de alta da Selic está fazendo as pessoas tomarem a decisão de compra antecipada. “Ou seja, como há indícios de novas altas na taxa de juros, o mercado de imóveis pode explodir no segundo trimestre”, explica Araujo.

“A conclusão desses números é que o isolamento provocado pelos últimos lockdowns deixou as famílias ainda mais dentro de casa e, consequentemente, muitas já se adaptaram ao trabalho digital e conseguiram manter renda ou até expandi-la, gerando poupança circunstancial, quando o indivíduo poupa porque não tem possibilidade de sair de casa para consumir combustíveis, alimentos em restaurantes, entre outros. Elas são as responsáveis pelo recorde de vendas de imóveis desde julho de 2020. Logo, a máxima de que em toda crise há uma oportunidade foi elevada ao patamar máximo no mercado imobiliário de 2021″, conclui o fundador da Datastore.

Imovelweb mostra que a Zona Leste é a região mais barata para se morar em São Paulo

De acordo com relatório mensal do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, a Zona Leste da capital paulista é a região onde os preços dos imóveis são mais baratos. O aluguel mensal na Zona Leste custa, em média, R$ 1.636, enquanto o preço do m² está em torno de R$ 5.077.

Na tabela abaixo é possível conferir os preços médios do m² e aluguel nas regiões da cidade:

RegiãoPreço do m² (R$)Preço do aluguel mensal (R$)
Centro9.4223.270
Centro-Sul10.4913.650
Leste5.0771.636
Nordeste6.8011.790
Noroeste5.7081.726
Oeste11.1464.078
Sudeste7.2662.116
Sul6.2672.306

Preços de venda sobem 1,6% em 2021

O relatório do Imovelweb também mostra que o m² na capital paulista custa, em média, R$ 9.302, 0,3% a mais do que no mês anterior. Em 2021, o valor já aumentou 1.6% e nos últimos 12 meses houve um crescimento de 4,1%. Com esse preço, um imóvel padrão (2 quartos, 65 m² e vaga na garagem) em São Paulo fica em torno de R$ 587.670.

Nos últimos 12 meses, os bairros onde o preço do m² mais caiu foram Pari     (R$ 6.638/m², -9,3%), Parelheiros (R$ 7.271/m², -8,0%) e Jardim Ângela (R$ 5.511/m², -5,6%). Já as maiores valorizações ocorreram no Capão Redondo         (R$ 4.758/m², +10,3%), São Miguel Paulista (R$ 4.718/m², +11,2%) e Perus (R$ 5.506/m², +11,3%).


Confira os bairros mais baratos e mais caros para comprar imóveis em São Paulo:


Mais baratos (R$/m²)
Variação MensalVariação anual
Cidade Tiradentes2.6590,51%4,86%
Lajeado3.816-0,22%3,40%
José Bonifácio3.9330,74%4,86%
Mais caros (R$/m²)Variação MensalVariação anual
Moema13.3010,60%3,97%
Itaim Bibi13.8760,68%7,14%
Pinheiros14.2160,19%7,33%

Aluguel mantém estabilidade

De acordo com o relatório do Imovelweb, o preço médio do aluguel de um apartamento padrão (2 quartos, 65 m² e vaga na garagem) na capital paulista é R$ 3.494/mês. Em relação a março, não houve alteração no valor. O preço subiu 1,1% em 2021 e 3,4% nos últimos 12 meses.

Os bairros onde o preço do aluguel mais caiu entre abril de 2020 e abril de 2021 foram Grajaú (R$ 1.574/mês, -13,3%), São Rafael (R$ 1.430/mês, -8,3%) e Pinheiros (R$ 4.312/mês, -7,5%). Já as maiores valorizações ocorreram na Vila Matilde (R$ 1.985/mês, +17,5%), Sé (R$ 3.579/mês, +18,2%) e Jardim São Luís (R$ 1.964/mês, +19,4%).


Veja os bairros mais baratos e mais caros para alugar um imóvel:

Mais baratos (R$/mês)Variação MensalVariação anual
Cidade Tiradentes1.0911,71%15,45%
São Miguel Paulista1.328-3,43%S/D
Lajeado1.338-0,42%S/D
Mais caros (R$/mês)Variação MensalVariação anual
Jardim Paulista4.2360,12%5,02%
Pinheiros4.312-0,80%-7,52%
Itaim Bibi4.9120,05%0,39%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de março, o índice foi de 5,91% bruto anual. Dessa forma, são necessários 16,9 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, 0,4% a mais que há um ano.

Confira a rentabilidade por região em São Paulo:

RegiãoRentabilidade
Nordeste4,86%
Sudeste5,35%
Noroeste5,55%
Centro-Sul5,88%
Leste5,95%
Oeste6,03%
Centro6,28%
Sul6,58%

Eternit aumenta receita em 138% no 1º tri e apresenta melhor desempenho na venda de telhas desde 2016

A Eternit S.A. (ETER3) – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil, e líder de mercado no segmento de coberturas – apresentou, nesta terça-feira, 11, relatório financeiro sobre o exercício do primeiro trimestre de 2021, que confirma a forte recuperação da empresa, em Recuperação Judicial desde março de 2018. Foram registrados aumento de receita líquida pelo quarto trimestre consecutivo, reversão de prejuízo sobre o mesmo período do ano anterior, além de dados positivos para geração de caixa e cronograma de investimentos, projetados para garantir a sustentabilidade da expansão da companhia.

No primeiro trimestre do ano, a receita líquida da Eternit disparou 138% frente ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 270,3 milhões, contra R$ 113,6 milhões acumulados em janeiro, fevereiro e março de 2020. Na comparação com os últimos três meses do ano passado, o aumento foi de 18%, resultando em um lucro líquido ajustado de R$ 58,26 milhões, excluídos os eventos não recorrentes líquidos de IR/CSLL. O desempenho confirma a reversão de prejuízo de pouco mais de R$ 11 milhões observado no primeiro trimestre de 2020 pela companhia.

Como consequência, a Eternit ostenta no começo de 2021 uma alta consistente em sua capacidade de geração de caixa com a própria operação, com o indicador Ebitda ajustado totalizando R$ 85 milhões – em variação positiva de 26% frente ao trimestre anterior. O Ebitda aufere lucros obtidos pela corporação antes de juros, impostos, depreciação e amortizações.

As dívidas da empresa também fecham o período encerrado em março de 2021 em posição bastante confortável. O endividamento bruto consolidado totalizou R$ 68,2 milhões para uma disponibilidade de caixa de R$ 216,3 milhões. Assim, o caixa líquido é de R$ 148,1 milhões no primeiro trimestre, frente a uma posição de R$ 14,8 milhões no encerramento de 2020.

Telhas

Considerado o carro-chefe da Eternit, as telhas de fibrocimento tiveram o melhor primeiro trimestre em volume de vendas desde 2016, crescendo 53% em comparação ao primeiro trimestre de 2020 e 9,8% frente ao quarto trimestre do mesmo ano.

“O bom desempenho comercial do segmento de fibrocimento vem sendo sustentado pela implementação da estratégia baseada no aumento da cobertura geográfica e na pulverização das vendas. Em um ano, expandimos 65% o número de municípios atendidos de forma direta e mais que dobramos a base de clientes”, destaca Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.

Outro destaque fica para o volume de vendas de placas e painéis cimentícios, que apresentaram crescimento de 27% em um ano, e de 21% frente ao quarto trimestre de 2020, registrando o terceiro trimestre consecutivo de aumento nas vendas. “O crescimento nas placas e painéis cimentícios é muito importante para nós, pois trata-se de outra frente de crescimento definida em nosso planejamento estratégico”, afirma Barbosa.

Investimentos e modernização

Além do crescimento puxado pela continuidade das obras residenciais e comerciais, pelos novos lançamentos imobiliários e pela expectativa da retomada das obras de infraestrutura pelo Governo Federal, a Eternit cresce à base de investimentos em seus processos de produção do fibrocimento. “Estamos ampliando em 25% a capacidade instalada da fábrica de Goiânia e 15% da fábrica do Rio de Janeiro, representando um adicional de capacidade de 7 mil toneladas por mês”, informa Barbosa. A ampliação do projeto no Rio de Janeiro tem conclusão prevista para o final deste ano e o projeto em Goiânia tem previsão de partida no início de 2022.

De olho no mercado sustentável, a Eternit informa que segue com o projeto da Tégula Solar, realizando a instalação de cinco novos projetos-piloto de telhas fotovoltaicas de concreto BIG-F10, totalizando, ao final de março, a implantação de seis projetos-pilotos para avaliação de desempenho do produto. O início da comercialização está previsto para o segundo semestre de 2021.

Em 29 de março, a companhia realizou uma oferta vinculante para aquisição da Confibra, no valor de R$ 110 milhões. Segundo o presidente, a aquisição representará um aumento de capacidade de cerca de 20% no parque industrial de produção de telhas de fibrocimento e está em linha com a estratégia de crescimento e consolidação setorial, proporcionando elevação imediata da capacidade instalada e da participação de mercado da Eternit, sem provocar excedente de produção na indústria. “Haverá captura de sinergias com o ganho de escala de produção, com destaque para a ocupação plena da unidade de Manaus, que passará a fornecer as fibras de polipropileno para a Confibra”, afirma Barbosa. O processo de compra da empresa está em due diligence.

Recuperação Judicial

Em cumprimento ao Plano de Recuperação Judicial, em janeiro deste ano, foi iniciado o fluxo de pagamentos do único credor da Classe II, que prevê um total de 126 parcelas mensais, tendo sido desembolsado R$ 1,4 milhão no primeiro trimestre de 2021. O que equacionou definitivamente a Classe II.

No início deste ano, ocorreu a alienação da UPI Louças Sanitárias, que rendeu à Eternit R$ 97,5 milhões líquidos. Em abril, a Eternit realizou pagamentos de R$ 92,2 milhões aos credores concursais da Classe III, quitando a totalidade dos créditos da Opção B e antecipando cerca de 82% do saldo dos credores da Opção A aptos para recebimento na data.

No último dia 5 de maio, a companhia realizou o leilão judicial de alienação do imóvel de Aparecida de Goiânia, obtendo R$ 24,5 milhões. Os recursos levantados serão suficientes para a completa quitação dos credores concursais da Opção A da Classe III.

Novo Ciclo.

“A Eternit está encerrando seu ciclo de reestruturação com sucesso; mudamos a tecnologia, redefinimos nosso portfólio de negócios e readequamos nossa estrutura; com isso, recuperamos nossa rentabilidade. Agora estamos iniciando um ciclo de crescimento, com ações para aumento da cobertura de mercado, consolidação do setor e projetos de inovação”, completa Barbosa.

Empreendimento da Dimas Construções projetado integralmente com uso do BIM é destaque em anuário de engenharia

Primeiro edifício residencial do estado projetado para ter a certificação Fitwell, concedida a imóveis que oferecem ambientes e soluções pensados para estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis, o D/Mys, da Dimas Construções, é um dos destaques do primeiro Anuário BIM Santa Catarina. A publicação traz uma seleção de projetos desenvolvidos com a ferramenta e foi produzida com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC). Segundo o presidente da entidade, engenheiro Carlos Alberto Kita Xavier, o material deve ser fonte de pesquisa para os profissionais que utilizam ou pretendem trabalhar com a plataforma.


BIM é a sigla para Building Information Modeling. A ferramenta representa uma grande evolução em relação ao tradicional CAD, software usado desde os anos 80. Em vez de ser utilizado apenas para desenhar estruturas, o BIM possibilita a criação de um modelo virtual do edifício em 3D com grande volume de detalhes e informações. A plataforma possibilita, por exemplo, fazer antecipadamente os cálculos do material necessário para cada etapa de execução da obra e auxilia as equipes na chamada compatibilização de projetos (identificação dos ajustes necessários para garantir que haja integração entre projetos hidro sanitário, estrutural, arquitetônico, elétrico, de climatização, entre outros), o que evita retrabalho, diminui desperdício no canteiro de obras e garante mais qualidade ao produto final.


“Comparo o BIM a um iceberg. A possibilidade de visualização do empreendimento em 3D é a parte percebida por todos. Mas a plataforma tem um volume enorme de informações que ficam armazenadas e que nos ajudam muito a melhorar a obra em andamento e os projetos futuros”, diz a engenheira Kalindi Duarte Souza. Ela explica que os dados permitem aperfeiçoar o planejamento do orçamento dos projetos e aumentar a produtividade no canteiro de obras, o que garante maior precisão nos prazos de entrega de empreendimentos.


Em tempos de pandemia, o uso do BIM possibilitou à Dimas Construções implantar inovações que melhoram a experiência do cliente no ambiente digital. Com uso de realidade virtual, o cliente consegue “transitar” pela obra para visualizar áreas comuns. Já um modelo em realidade aumentada substituiu a maquete física e possibilita ao interessado conhecer o empreendimento mesmo à distância. Kalindi acrescenta outra vantagem oferecida aos clientes pela tecnologia. 


“Alguns compradores optam por modificar estruturas do apartamento ainda na etapa da construção. Antigamente, a decisão era feita a partir da análise da planta baixa do imóvel. Agora, o cliente pode ‘caminhar’ pelo seu apartamento em 3D e visualizar as mudanças para decidir com mais clareza. Ele ‘vê’ como o imóvel vai ficar com a retirada de uma parede, por exemplo”.


O D/Mys é o primeiro empreendimento da Dimas Construções projetado com uso do BIM. A adoção da plataforma exigiu dois anos de trabalho e mudanças em diversas áreas da empresa. “Houve muita capacitação das equipes e alterações em processos, principalmente no setor de projetos, mas também em áreas tão distintas quanto o jurídico e o financeiro”, diz Kalindi. 


Diretor da empresa, Daniel Dimas observa que o trabalho de adaptação foi intenso. O mais importante, acrescenta, é que os benefícios alcançam as diversas áreas da empresa e geram grande volume de informação. “A tecnologia vai ser cada vez mais uma aliada dos processos de melhoria contínua que trouxemos para o dia a dia da organização e que já fazem parte da nossa cultura interna”. 


O D’Mys traz inovação também em sua concepção. O empreendimento foi projetado a partir de parâmetros estabelecidos para obtenção da certificação Fitwel, que leva em conta 12 fatores associados à qualidade de vida e que abrangem desde a localização do imóvel até a atuação em situações de emergência, passando por itens como acesso ao edifício, escadas, ambientes internos, espaços compartilhados, entre outros.


O ponto de partida para a criação da Fitwel foi a percepção de que ambientes adequados podem contribuir para o combate de problemas como o stress, o sedentarismo, a má alimentação e o tabagismo, fatores associados a doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo. A proposta da certificação é que os engenheiros e construtores adotem ideias simples, que deem opções aos moradores para desenvolver costumes que tenham impacto positivo físico e psicológico.


Atualmente em fase de execução, o empreendimento da Dimas fica no Estreito, parte continental de Florianópolis, e terá 14 mil metros quadrados de área construída, com 88 apartamentos, áreas de lazer e convívio no térreo e no rooftop, com vista para a Baía Norte, e soluções como espaço com infraestrutura completa para recepção de
mercadorias.

RH: construtoras ampliam investimentos em saúde e bem-estar de colaboradores

Aparecido Siqueira, diretor-executivo de Recursos Humanos do Grupo A.Yoshii, recebe Prêmio Excelência em Gestão de Pessoas

Setor da construção civil precisou se adaptar rapidamente às mudanças impostas pela pandemia

A consultoria Gartner entrevistou 800 líderes de Recursos Humanos em 68 países para saber as prioridades do setor para 2021. O resultado? A grande maioria apontou como principais necessidades a adaptação ao trabalho remoto e à dinâmica mais ágil em razão dos avanços da tecnologia. Ou seja, a pandemia acelerou processos que estavam “incubados” há décadas. Por esse motivo, as empresas precisaram colocar o pé no acelerador e, ao mesmo tempo, cuidar ainda mais dos colaboradores. 

A notícia boa é que 65% das empresas estão aumentando os investimentos em saúde mental e bem-estar dos funcionários, segundo pesquisa do Global Wellness Institute. Algumas construtoras têm ido além. Caso da A.Yoshii e da Yticon, que, além de intensificar as ações de gestão já realizadas na empresa, criou novas ações para valorizar o capital humano. As iniciativas já renderam diversos prêmios ao longo do ano passado, como o Great Place To Work (GPTW) nível nacional. Em abril de 2021, o Grupo A.Yoshii recebeu mais dois reconhecimentos: Troféu Sesi 2020 e Prêmio Gestão RH, em parceria com a  Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para o diretor-executivo de Recursos Humanos do Grupo A.Yoshii, Aparecido Siqueira, os prêmios validam todas as ações e investimentos realizados, sobretudo nos últimos 12 meses. “Além do comprometimento da gestão do Grupo, estes prêmios confirmam o engajamento das pessoas nos propósitos da empresa e, ao mesmo tempo, promove a retenção de talentos e consolida a imagem e credibilidade da marca. Também podemos destacar que os prêmios confirmam as boas práticas aplicadas e nos motiva a continuar investindo em nossos colaboradores, pois sabemos que nossos parceiros de negócios, clientes, fornecedores e comunidade reconhecem a importância de respeitar o ambiente humanizado”, afirma.

Reconhecimento paranaense

Criado em 2019, o Troféu Sesi, realizado em parceria com o Great Place to Work, incentiva, promove e avalia a gestão preventiva da segurança, saúde e bem-estar e certifica o clima organizacional das indústrias paranaenses. Mais de 40 empresas receberam a certificação, e o Grupo A.Yoshii conquistou o segundo lugar na categoria de grande porte pelo segundo ano consecutivo. 

A última edição do Troféu Sesi teve quase 60% a mais de participação de empresas, quando comparado à edição anterior, impactando positivamente mais de 18 mil trabalhadores da indústria do Paraná.

Reconhecimento nacional

O Grupo A.Yoshii também foi destaque na categoria “Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO)” com foco em investimento em capital humano do Prêmio Excelência em Gestão de Pessoas, conferido pelo Grupo Gestão RH em 2020. A classificação é definida após pesquisa detalhada com os colaboradores, com auditoria e relatórios da FGV.

Entre os itens avaliados estão: saúde psicológica dos funcionários; cidadania corporativa; desenvolvimento humano e organizacional; e práticas em gestão de pessoas. 

Além de mapear condutas e avaliar o investimento em capital humano, o estudo identifica estratégias e tendências relacionadas às melhores práticas de gestão de pessoas e grau de engajamento dos colaboradores para identificar companhias com melhor gestão de RH, de acordo com diferentes critérios.

“Esse prêmio evidencia nosso diferencial em gestão de pessoas, especialmente em relação à performance e preparo de nossas lideranças, o que nos garantiu destaque no quesito Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO). Vale lembrar que os investimentos constantes em treinamento têm contribuído para o nosso crescimento sustentável”, revela Siqueira.

Papel do RH durante a pandemia

Durante o ano de 2020, o Grupo A.Yoshii formalizou o “Protocolo Interno Covid-19” para garantir que os funcionários pudessem desenvolver suas atividades de forma segura e orientada, respeitando as exigências legais, como os decretos federais, estaduais e municipais. 

“Na área administrativa, nos adaptamos de forma ágil ao novo cenário, com investimentos importantes na área de tecnologia e direcionamento de trabalhos no sistema de home office. Obtivemos adesão e resultados dos trabalhos em alto nível, tanto em produtividade como em qualidade”, explica Siqueira, ressaltando a ampliação da equipe de serviço de saúde e medicina do trabalho, que monitora diversas ações dentro das construtoras.

No canteiro de obras, o diretor lembra que um dos pilares do Grupo A.Yoshii é “respeito à vida com foco na segurança dos colaboradores”. Para colocar em prática a segurança, o Serviço de Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) está totalmente alinhado entre gerente de engenharia de segurança, médico do trabalho, engenheiros de segurança, enfermeiros e técnicos de segurança. 

“Nosso principal objetivo é entregar todas as obras dentro da política “acidente zero”. Não medimos esforços para promover debates entre os setores das obras e o RH, por meio de reuniões e palestras periódicas e preventivas. Com este formato, conseguimos unir todas as pontas, considerando a contribuição de todas as lideranças na preocupação constante com os riscos inerentes à construção civil”, finaliza.

Preço do aço brasileiro salta 16% em maio e acumula alta de 130% em 12 meses, aponta S&P Global Platts

Questões como tempo de entrega e volumes disponíveis por região têm acirrado as negociações e concorrência da commodity

O preço do aço brasileiro seguiu em escalada na primeira semana de maio. Segundo avaliação da S&P Global Platts, a bobina laminada a quente produzida no Brasil, indicador-referência para aços planos, saltou 16,2% na semana, e estava sendo comercializada a R$ 6.855 a tonelada, sem impostos, na sexta-feira (7). O produto, usado pelos setores automotivo, construção e diversas indústrias, acumula alta no ano de 46% e de 130% nos últimos 12 meses.

“Além do custo elevado, questões como tempo de entrega e volumes disponíveis por região têm acirrado as negociações e a concorrência, ampliando a diferença de preços por usina em mais de 20%, segundo fontes do setor”, afirma Adriana Carvalho, editora-chefe da América Latina – Metais da S&P Global Platts.

Para o vergalhão de aço, principal insumo do setor de construção civil, ainda é incerto se um novo aumento irá emplacar em maio, já que grandes construtoras revelaram planos de trazer volumes significativos da Turquia, principal provedor global. Até março de 2021, mais de 70 mil toneladas de vergalhão chegaram aos portos brasileiros, número muito superior aos registrados nos anos anteriores (15 mil toneladas em 2020, 46 mil em 2019 e 35 mil em 2018). O preço do vergalhão brasileiro já foi reajustado em 13,5% neste ano e mais de 100% nos últimos doze meses.

Oferta e Demanda

A demanda aparente por aço no Brasil ultrapassou a produção de mais de 350 mil toneladas em março, o maior diferencial reportado desde o início do monitoramento realizado pelo instituto Aço Brasil.

A produção de aços laminados alcançou a marca de 2,09 milhões de toneladas no mês, comparada a um consumo de 2,44 milhões de toneladas. A última vez em que ocorreu um descompasso desta magnitude, entre oferta e demanda de aço no país, foi em agosto de 2013.

Ainda segundo os dados do instituto, esse descompasso mais recente teve início em junho do ano passado, quando da retomada das atividades do comércio e indústrias pós-período de restrições da pandemia do coronavírus, com apenas dois momentos de leve inflexão – em outubro e dezembro.

Esse fenômeno de oferta restrita e preços em escalada, sem projeções de reversão de tendência no curto prazo, têm impulsionado discussões sobre importações e uma possível remoção de tarifas sobre o aço. No entanto, com notícias recentes da China removendo a devolução fiscal às exportações de aço, e, ao mesmo tempo, reduzindo as tarifas de importação à insumos importantes ao seu processo produtivo, a onda inflacionária ao aço global tomou novas proporções, com o gigante asiático tornando-se um novo “driver” de preços, mas, desta vez, para cima.

“Em resumo, as opções para trazer aço importado ao Brasil também já encareceram. E, ainda que usinas siderúrgicas brasileiras tenham revelado planos de restabelecer projetos de expansão que estavam engavetados, e que estejam operando no máximo de suas capacidades, o tempo que levará para que esses volumes adicionais estejam no mercado não será breve o bastante para reverter o cenário de preços recordes e oferta escassa que se estabeleceu em 2021”, avalia Adriana Carvalho.

Vendas líquidas da Mitre Realty saltam 145,3% no 1T21 em relação ao mesmo período do ano passado

Empreendimento Haus Mitre Residences 370

A Mitre (MTRE3) encerrou o primeiro trimestre do ano com vendas líquidas de R$82,8 milhões, resultado 145,3% superior ao mesmo período de 2020. A companhia obteve bom desempenho, apesar das medidas restritivas adotadas pelo governo de São Paulo com o fechamento de estandes de vendas e adiamento de lançamentos que estavam previstos para os primeiros meses do ano. “O resultado foi influenciado pelo sucesso de nossos produtos lançados no último semestre de 2020, que atendem as demandas e tendências do setor. Com eles, conquistamos recorde de vendas para janeiro e fevereiro”, afirma o CEO, Fabricio Mitre. Com isso, a empresa manteve alto Índice de Vendas Sobre Oferta (VSO), de 67,3% nos últimos 12 meses e de 18,7% no trimestre.

Ao final do trimestre, a Mitre possuía saldo total em caixa de R$720,9 milhões e dívida bruta de R$39,8 milhões, resultando em caixa líquido de R$681,2 milhões. “Esse número evidencia a excelente liquidez da companhia, que segue sólida e em posição vantajosa para aproveitar boas oportunidades de negócio e gerar valor aos seus acionistas”, destaca o CEO.

Em relação aos terrenos, a companhia conta com landbank de R$5,0 bilhões em VGV potencial, volume saudável e que garante o número de lançamentos previstos para os próximos três anos. “Continuamos com uma visão positiva em relação ao mercado da cidade de São Paulo, principalmente para os públicos de média e média-alta renda, que são o foco das nossas linhas Haus Mitre e Raízes Mitre”, indica Fabricio Mitre.

Lançamentos de 2021

Com o período de isolamento social na cidade de São Paulo, a Mitre optou por não realizar lançamentos no trimestre. Ainda assim, contou com a pré-venda do Haus Mitre Santa Cruz, empreendimento de 158 unidades e VGV de R$118,6 milhões. O empreendimento se encontra com 17,7% das unidades vendidas. As pré-vendas foram realizadas 100% de forma digital, o que evidencia a qualidade e assertividade do produto que será lançado oficialmente quando as restrições permitirem.

Destaque também é o empreendimento Haus Mitre, na Vila Mariana, entregue em janeiro com quatro meses de antecedência e 100% de aceite na primeira vistoria, até o momento. “Esse é um índice recorde na história da Mitre e evidencia a altíssima qualidade de execução da empresa, que se preocupa em criar uma nova experiência de morar”, reforça Fabrício. O empreendimento se encontra com 98,8% das unidades vendidas e já possui 93% das unidades vistoriadas.

Além do Haus Mitre Santa Cruz, a Mitre está preparada para o lançamento de mais quatro empreendimentos, assim que as restrições relacionadas à pandemia forem flexibilizadas. São eles: Haus Mitre Residences 370, no Brooklin, Haus Mitre Campo Belo, Haus Mitre Vila Clementino e Haus Mitre Aclimação. Os 5 projetos totalizam aproximadamente R$640 milhões em VGV.