Quatá Imob aproveita baixa nos preços dos FIIs para crescer com Fundo de Fundos

A gestora de recursos Quatá Investimentos apresenta sua nova unidade de negócios, a Quatá Imob – o novo braço da asset para cuidar da seleção dos melhores ativos imobiliários do mercado de capitais. Neste primeiro momento, a nova unidade tem a missão avaliar boas oportunidades nesse segmento, no papel de uma consultoria especializada, a fim de indicá-los para compor os portfólios dos atuais e novos FIIs sob sua gestão.

Para essa empreitada, a Quatá Imob conta com os sócios Beatriz Degani, Felipe Ribeiro, Marcos Onodera e Nayla Khaznadar. “Cada um contribui com sua experiência específica em análise, negociação, gestão de portfólio, estruturação de recebíveis e outras operações comuns no universo de fundos imobiliários listados em bolsa”, explica Ribeiro, novo Head da área de FIIs.

Além de colaborador na regulamentação dessa indústria no Brasil, Felipe Ribeiro tem passagens pelas instituições: Banco Indusval (desenvolveu o primeiro research de CRI do mercado), Gaia Sec (relação com investidores e gestão de CRIs e CRAs), Fator VRTA11 (um dos mais antigos FII de CRI do mercado, fez diversas melhorias na transparência do FII e também de automação dos processos de gestão), Santander (securitização de ativos internos) e RB Securitizadora (Head da área estruturação). 

A primeira demanda da Quatá Imob será avaliar potenciais candidatos à carteira do Fundo de Fundos Imobiliários, criado pela Quatá Investimentos no ano passado. O FoF chegou a fazer, em junho de 2020, uma oferta restrita ao mercado, alcançando resultados expressivos. 

No mês passado (abril 2021), foram distribuídos  R$0,75/cota, o que representa 9,49% a.a. de dividend yield em relação a cota patrimonial. (O resultado completo  do FoF Quatá Imob em abril segue em anexo).

Neste momento, ocorre uma segunda oferta pública (Follow-On), desta vez, por meio da emissão de mais de 1 milhão de cotas, nos termos da Instrução nº 400 da Comissão de Valores Mobiliários, totalizando um valor aproximado de R$ 100 milhões. A corretora Genial Investidores foi a escolhida para coordenar a oferta do Quatá Imob Fundo de Fundos. Já a administração é feita pela BRL TRUST.

De maneira complementar aos FIIs, a carteira também poderá ser composta de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) em até 30% do seu PL.

As informações completas sobre a constituição do Fundo, seu objetivo, fatores de risco e outros temas estão no Prospecto da Oferta no site da CVM.

Apesar de ser o primeiro fundo de investimento com ativos exclusivamente oriundos do mercado imobiliário, a Quatá Asset acumula mais de 13 anos de experiência na gestão de recursos e operações de securitização no segmento de crédito privado.

A asset mantém sob gestão diversos Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), Fundos de Renda Fixa de Crédito Privado, Fundos Multimercado de Crédito Privado e outros – o que comprova seu conhecimento em ativos de crédito brasileiro.

Gafisa lançará plataforma completa de compra, venda, aluguel, financiamentos e reforma de imóveis e inaugura sede tecnológica

Plataforma Gafisa Viver Bem vai concentrar oferta de produtos e serviços para facilitar a aquisição de imóveis para clientes e investidores; hub físico em São Paulo vai apresentar novidades tecnológicas ao público e materializar a casa do futuro

A transformação da Gafisa para se tornar uma plataforma completa de produtos e serviços imobiliários, transcendendo o seu core business de construção e incorporação, caminha a passos largos com o lançamento da plataforma Gafisa Viver Bem, subsidiária da Gafisa S.A.

Além de trabalhar a compra e a venda de unidades, a plataforma reunirá os serviços de personalização, reforma, decoração, clube de compras e administração condominial, assim como atuará na concessão de seguros em geral para o imóvel e financiamento dos imóveis. A empresa já oferece também soluções de locação para investidores, cujo primeiro empreendimento a receber esta funcionalidade é o Moov Brás, em parceria com a startup NOMAH.

O CEO da Gafisa Viver Bem, Fabio Romano, explica que a ideia da plataforma é que o consumidor – seja ele investidor ou público final – encontre em um só local a solução para todas as suas necessidades. “Se a pessoa quer comprar um novo apartamento, por exemplo, mas ela está na dependência de vender o seu antigo para concretizar o seu desejo, nós podemos alienar o seu imóvel e custeamos a entrada do novo”, exemplifica o executivo.

A Gafisa Viver Bem também mira atingir a todos os clientes de sua carteira que já compraram unidades nestes 66 anos de atuação da Gafisa. “Para estes casos, podemos realizar um retrofit nos prédios, reformar os apartamentos e efetuar a administração condominial. Se o morador quiser vender e comprar um novo imóvel, também o apoiaremos neste processo”, completa Romano.

Como passo seguinte, a Gafisa Viver Bem pretende não só incluir na plataforma imóveis de dentro de casa, como também atuar com imóveis de terceiros. “Queremos deixar de ser a empresa de táxi imobiliário para nos tornarmos a Uber do setor”, sinaliza o CEO.

O objetivo é que todas as funcionalidades da plataforma estejam ativas até o fim de 2022.

Preço médio do aluguel ultrapassa R$ 1,4 mil em Curitiba, segundo Imovelweb

O relatório do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, mostra que em abril o preço médio do aluguel de um apartamento padrão (65 m², 2 quartos e 1 vaga na garagem) em Curitiba chegou a R$ 1.406/mês, ultrapassando pela primeira vez a marca dos R$ 1,4 mil na capital paranaense. No mês, o preço de locação valorizou 0,9% e acumula uma alta de 6,9% em um ano.

Em algumas regiões da cidade o preço do aluguel aumentou de forma mais acentuada entre abril de 2020 e abril de 2021. Este é o caso de Santa Cândida (R$ 1.225/mês), Santa Felicidade (R$ 1.299/mês) e Seminário (R$ 1.267/mês), onde o valor de locação subiu 18,3%, 19,4% e 19,5%, respectivamente.

Por outro lado, também houve queda mais significativa nos preços dos aluguéis em São Braz (R$ 1.342/mês), Pilarzinho (R$ 959/mês) e Campina Siqueira (R$ 1.395/mês), com -8,6%, -11,3% e -13,4% no valor.

A tabela abaixo mostra os bairros de Curitiba com os maiores e menores valores de aluguel:      

Mais baratos (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Campo de Santana (Pinheirinho)843-1,34%5,70%
Pilarzinho (Boa Vista)959-8,33%-11,29%
Tatuquara (Pinheirinho)9642,68%-5,95%
Mais caros (R$/mês)Variação MensalVariação Anual
Tarumã (Boa Vista)2.1593,91%S/D
Hugo Lange (Matriz)2.171S/D4,55%
Santo Inácio (Santa Felicidade)2.2949,28%S/D

M² sobe mais de 10% em um ano

O relatório de abril do Imovelweb também mostra que o m² na capital paranaense está em torno de R$ 6.938, o que representa um aumento de 1,1% no mês e de 10,1% nos últimos 12 meses. Com esse valor, um apartamento padrão (65 m², 2 quartos e 1 vaga na garagem) na cidade custa, em média, R$ 430.923.

Nos últimos 12 meses, os bairros que mais registraram queda no preço do imóvel foram Bom Retiro (R$ 4.907/m², -11,7%), São João (R$ 4.428/m², -8,9%) e Novo Mundo (R$ 5.327/m², -7,5%). Já os maiores aumentos ocorreram em Capão da Imbuia (R$ 5.035/m², +17,2%), Tarumã (R$ 5.513/m², +17,6%) e Boqueirão (R$ 4.785/m², +18,0%).
Confira a tabela com os bairros mais baratos e mais caros para comprar um imóvel em Curitiba:

Mais baratos (R$/m²)Variação MensalVariação Anual
Campo de Santana (Pinheirinho)2.943-0,26%0,80%
Cachoeira (Boa Vista)2.9520,40%4,01%
Augusta (Cidade Industrial de Curitiba)2.996Estabilidade4,10%
Mais baratos (R$/m²)Variação MensalVariação Anual
Juvevê (Matriz)8.9682,39%9,16%
Campina do Siqueira (Santa Felicidade)9.3613,94%S/D
Batel (Matriz)10.1150,02%2,91%

Rentabilidade

O índice de rentabilidade imobiliária relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de abril, o índice foi de 4,18% bruto anual. Dessa forma, são necessários 24 anos de aluguel para obter o valor investido no imóvel, 2,6% a menos que há um ano.


Confira os bairros mais rentáveis e menos rentáveis de Curitiba:

Menos rentáveis
Ahu2,6%
Pilarzinho2,6%
Cabral2,7%
Mais rentáveis
Santa Cândida6,5%
Tarumã7,2%
Lindia7,7%

Cresce a procura por imóveis no interior paulista

De acordo com o Painel do Mercado Imobiliário (PMI) a venda de imóveis usados cresceu 84,77% no primeiro trimestre do ano no Estado de São Paulo, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, foram fechados 6.417 novos negócios, diante de 3.473 no primeiro trimestre do ano anterior, entre vendas e locações.

No interior paulista, por exemplo, as vendas no setor tiveram um aumento de 80,35%, partindo de 799 negócios, para 1.441. Nos empreendimentos residenciais, o levantamento apontou um crescimento de 74,65% na preferência do consumidor por imóveis localizados no interior paulista. De acordo com os dados, as pessoas estão buscando viver em locais mais afastados dos grandes centros urbanos em busca de melhor qualidade de vida.

A pandemia trouxe uma necessidade para o consumidor que está em busca de mais conforto e tranquilidade, por isso as cidades do interior estão no topo das escolhas na hora de procurar um imóvel. E pensando nisso, a Danpris construtora da grande São Paulo, oferece um condomínio clube no município de Itu, cidade a 50 km da capital.

O empreendimento Maxim Home Club possui mais de 18 mil m², oito torres e um total de 752 unidades com metragens que variam entre 45 m² e 56 m². As áreas comuns totalizando cinco quadras de esportes multimodalidades, pista de cooper e de bicicleta, piscinas – aquecida coberta e descoberta com toboágua – salão de festas equipado, churrasqueira, coworking, pet place, bicicletário, salão de jogos, espaço zen, e com a vantagem de estar enquadrado no Programa Casa Verde e Amarela.

“Morar próximo a São Paulo é um motivador para quem quer viver numa cidade mais calma e precisa trabalhar na capital. Itu oferece segurança e a tranquilidade que muita gente busca. A Danpris oferece empreendimentos enquadrados no Casa Verde e Amarela com condições e descontos especiais” – explica Dante Seferian, CEO da Construtora.
As obras já começaram e a entrega está prevista para 2025.

Mercado de imóveis usados cresce 84,77% no trimestre no Estado de São Paulo

Dados compilados pelo Kenlo mostram aumento nos contratos de aluguel e venda de usados nos primeiros três meses do ano

Dados compilados pelo PMI (Painel do Mercado Imobiliário), produzido pela Kenlo, revelam que o movimento do mercado de imóveis usados registrado na plataforma apresentou crescimento de 84,77% no estado de São Paulo, no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2020. Em 2021, foram fechados 6.417 negócios, ante 3.473 no primeiro trimestre do ano anterior, entre vendas e locações.

Tanto capital quanto interior apresentaram crescimento alto, tendo no primeiro caso apresentado um crescimento de 86,08%, saltando de 2.674 negócios para 4.976. Já no interior, o crescimento foi de 80,35%, indo de 799 negócios, para 1.441.

Quando isolamos apenas imóveis voltados à habitação, como casas e apartamentos, o quadro se inverte. Nessa situação, verifica-se um crescimento de 74,65% de crescimento no interior, com volume de negócios de 3.992 no primeiro trimestre, ante 2.286 em igual período de 2020, enquanto na capital o crescimento foi de 60,11%, com 1.156 negócios em 2021, contra 722 em 2020. “Isso demonstra que as famílias têm buscado cada vez mais imóveis mais afastados da capital e, com relação a tipologia dos imóveis, a preferência de casas à apartamentos apesar dos valores atraentes destes.”, explica Denise Ghiu, especialista de mercado da área de inteligência do Kenlo.

PMI

O Painel do Mercado Imobiliário (PMI), criado pelo Kenlo, é uma iniciativa pioneira no Brasil e que proporciona o acompanhamento do mercado de imóveis usados com base em dados obtidos em tempo real, a partir de um ecossistema que contempla 7,2 mil imobiliárias e 44 mil corretores conectados à plataforma, de todas as regiões do país e que atendem a mais de um milhão de proprietários de imóveis. O PMI reúne uma amostragem do mercado imobiliário secundário de treze estados brasileiros nas cinco regiões. Mais detalhes sobre o PMI podem ser obtidos no site .

HSI Ativos Financeiros dobra de tamanho após 2ª captação

A Hemisfério Sul Investimentos (HSI) – líder em investimentos e gestão no mercado imobiliário e crédito estruturado – praticamente dobrou o tamanho do HSI Ativos Financeiros – Fundo de Investimento Imobiliário. “A oferta de R$ 70 milhões foi restrita a investidores profissionais e aos cotistas atuais. Devido à forte demanda, aumentamos a oferta em 20% e encerramos a captação com um volume total de R$ 84 milhões”, afirma Fernando Gadelho, diretor responsável pela estratégia.

De acordo com o executivo, este é um motivo de orgulho para a gestora. “Essa captação mostra a confiança dos cotistas e é fruto do resultado do trabalho realizado desde o IPO do fundo”, destaca.

Gadelho também celebra a estratégia da HSI de focar em investidores locais, por meio dos FIIs listados, que se iniciou em 2019. Gestora com larga experiência em Real Estate Private Equity, a HSI realizou primeiro IPO de FII sob gestão da empresa com o HSI Malls.

Já o HSAF, que tem como característica o foco em investimento em CRIs possuindo uma alocação tática também em FIIs, levantou R$ 90 milhões em seu IPO durante o ano passado. Além destes dois fundos, a gestora conta, hoje, com o HSI Logística e o HSI Renda Imobiliária em seu portfólio.

Pesquisa Sinduscon-MG: Custo da construção civil tem maior alta em 26 anos

Pelo décimo mês consecutivo, aumento dos preços dos materiais de construção eleva o custo do setor

Construir em Belo Horizonte ficou 1,64% mais caro no mês de maio, maior aumento para o mês nos últimos 26 anos. É o que aponta a pesquisa referente ao Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N), calculado e divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Pelo décimo mês consecutivo, o gasto com material pressionou fortemente o custo da construção, apresentando alta de 3,54% em maio.

Nos primeiro cinco meses do ano, o custo com os insumos básicos registrou elevação de 17,54%. Em maio, os produtos que tiveram o maior aumento em seus preços foram: emulsão asfáltica impermeabilizante (11,43%), aço CA 50 10mm (9,56%), tubo de ferro galvanizado (8,95%), chapa compensado plastificado (7,22%), telha de fibrocimento ondulada 6mm (5,67%) e porta interna semioca para pintura (4,17%). 

No acumulado de 12 meses, encerrados em maio de 2021, o custo com materiais de construção aumentou 38,24%, maior alta para o período de 12 meses, encerrados em maio, desde 1996. Nesse período, alguns materiais registraram aumentos expressivos como o aço CA 50-10mm: 127,76%, o fio de cobre: 108,42% e o cimento 48,52%. Só nos primeiros cinco meses de 2021, o aço CA-50 10mm já aumentou inacreditáveis 54,97%.

O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamentos. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sinduscon-MG, de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a norma técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Avaliação geral

– O aumento do custo com materiais de construção segue registrando recordes. A alta acumulada no período de janeiro a maio/21 (17,54%) demonstra a falta de previsibilidade para a solução desse problema, que tem provocado o menor ritmo de atividades da construção em todo o país.

– O aumento no custo dos insumos tem levado os empresários do mercado imobiliário a adiar lançamentos. Apesar das vendas registrarem tendência de alta, os lançamentos apresentam tendência de queda, o que compromete o mercado, que já possui um estoque disponível para comercialização no menor patamar histórico. Nos últimos 12 meses encerrados em março/21, as cidades de Belo Horizonte e Nova Lima venderam 4.615 apartamentos novos, enquanto os lançamentos totalizaram 3.266 unidades.

– Considerando a média de vendas do 1o trimestre de 2021 (cerca de 400 unidades), o escoamento do estoque será de 6,46 meses. Isso significa que, se os lançamentos não aumentarem de forma consistente nos próximos meses, pode vir a faltar imóvel novo para venda.

– Esse movimento reflete no mercado de trabalho, e contribui para resultados menos expressivos na geração de vagas. A média de geração de 44.327 novos empregos formais na construção civil no Brasil, registrada no primeiro bimestre do ano, caiu para 23.215 nos meses de março e abril. Isso significa que o setor reduziu em quase 50% o ritmo de criação de vagas.

– Em Minas Gerais, o número de geração de novos postos de trabalho com carteira assinada na construção, em abril, foi de 2.340, o menor patamar do ano. Esse também é um reflexo do incremento expressivo no custo dos insumos.

Sinergia e integração em favor da cadeia de valor do cimento e da construção

Em 2020 a indústria brasileira do cimento, através de suas entidades ABCP e SNIC, assinou um convênio histórico com a Universidade de São Paulo (USP) com o objetivo de desenvolvimento de inovações em materiais, processos, produtos e sistemas construtivos.

O Convênio formalizado contempla uma série de atividades: a construção de um laboratório digital, o desenvolvimento de um espaço de coworking para startups e participantes de projetos, cátedra que a cada ano traz um pesquisador internacional para troca de experiências, bolsas para alunos de mestrados e doutorados, além de atividade de ensino.
A iniciativa ocorre em um momento especial do Brasil e do mundo. A necessidade de mudança está sendo impulsionada por variáveis tão diversas como a sustentabilidade, o desenvolvimento de novos materiais, a necessidade de aumentar a competitividade, a inteligência artificial, os novos modelos de negócios, os aplicativos, a indústria 4.0, a busca por cidades melhores.

Com a perspectiva de continuar sendo protagonista da construção, a indústria do cimento avalia essas tendências como oportunidades de reforçar sua liderança na oferta das melhores soluções para os players e clientes do setor.
Desse convênio e parceria foi lançado o HubIC, o hub de Inovação e Construção Digital que, já na partida, congrega cerca de 30 destacadas e importantes empresas da cadeia produtiva da construção que irão trabalhar de forma colaborativa no desenvolvimento de projetos que resolvam as “dores” do setor.

O objeto de trabalho do HubIC é a inovação hard tech, ou seja, inovações que demandam laboratório, engenharia, indústria e arquitetura. A percepção é que o potencial desse tipo de inovação praticamente ainda não foi explorado no Brasil e que as competências dos profissionais e empresas envolvidos potencializam resultados significativos para nosso setor.

A meta para este ano de 2021 é que os primeiros trabalhos com as empresas que aderiram ao HubIC permitam a construção de uma carteira de projetos colaborativos capazes de impactar o mercado.

Brasil é o 5º país do mundo com maior número de certificações de edifícios sustentáveis

Gestão de recursos naturais e tecnologias que se conectam com a natureza se tornou tendência e estão mais presentes nas casas dos brasileiros

Não é de hoje que o tema sustentabilidade aparece em alta no mercado da construção civil. As mudanças de padrões, aliadas a um público mais exigente e informado, vem transformando o setor e promovendo uma melhora construtiva na busca por práticas e ações que aproveitam melhor os recursos naturais e preservam o ecossistema.

Dados de 2020 do United States Green Building Council (USGBC), criador do sistema LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental, em português) de classificação de edifícios sustentáveis, afirmam que o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de sustentabilidade, do qual fazem parte 180 países. Atualmente o Brasil possui mais de 1.500 construções sustentáveis, sendo que 641 são certificadas e 50 milhões de metros quadrados ainda buscam a certificação Green Building Council Brasil.

A Certificação GBC Brasil Condomínio® foi desenvolvida pelo Green Building Council Brasil, com intenção de fornecer ferramentas necessárias para projetar, construir e operar condomínios residenciais que possuam alto desempenho e práticas sustentáveis. Busca-se fomentar o setor industrial em prol da sustentabilidade e transformação do ambiente construído, através da educação e disseminação das práticas necessárias para que a construção seja, de fato, sustentável.

Segundo Raul Penteado, Presidente do Green Bouilding Council Brasil, em editorial publicado no Anuário GBC Brasil 2020, o valor total de vendas das unidades familiares em edificações registradas ou certificadas GBC Casa&Condomínio somavam 4 bilhões em 2020. “Esses empreendimentos aliam desenvolvimento econômico com a redução média de 25% em energia, 40% a 60% em água, desviam mais de 80% dos resíduos de aterros sanitários e impactam positivamente a saúde e o bem-estar das pessoas”.

De acordo com o caderno Construção Verde: Desenvolvimento com Sustentabilidade, publicado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expansão urbana do país é inevitável no cenário de crescimento populacional e de acesso à moradia, por isso, deve ser delineada sob o primado da sustentabilidade. As necessidades habitacionais do Brasil projetam a construção de quase 24 milhões de novas moradias entre 2009 e 2022. Considerando residências com 60 m² de área privativa em média, esse volume de edificações acarreta a construção de 2,1 bilhões de m². Por esse alto volume, a ocupação de novos espaços e a preservação ambiental devem ser harmonizadas, pautadas pelo equilíbrio entre as necessidades do homem e a natureza.

Segundo João Vitor Gallo, sócio da Petinelli Consultoria e Engenharia – empresa especializada em Green Building e 1ª empresa do mundo com o selo LEED Zero, da U.S. Green Building Council (USGBC)– o futuro das construções sustentáveis é muito promissor e nem um pouco distante da realidade atual. “Estamos numa era onde os recursos naturais estão cada vez mais escassos e a demanda por energia só cresce, contribuindo para o aumento do custo ao usuário final. Nesse cenário, construir melhor, gastando menos recursos, economizando dinheiro do usuário e trazendo um espaço mais saudável é um caminho sem volta. Em alguns estados norte americanos já é lei certificar prédios públicos e no Brasil isso está se tornando um padrão de mercado. Assim como os selos que encontramos em equipamentos eletroeletrônicos, a certificação de edifícios sustentáveis torna-se, cada vez mais, um requisito obrigatório para o comprador”, explica.

Garantias de sustentabilidade

Seguindo essa premissa, um conjunto de ações apoiam o desenvolvimento sustentável na construção civil, entre eles as certificações ambientais para edificações fornecidas pelo Green Building Council Brasil e divididas nas categorias Verde, Prata, Ouro e Platina. Eles determinam parâmetros para avalizar o impacto ambiental dos edifícios, tanto na sua construção quando no seu uso. Inspirada nessa condição, a GT Building, uma das principais incorporadoras imobiliárias do Paraná, é consciente sobre a limitação dos recursos do planeta e, por isso, criou um Conceito de Sustentabilidade que já está sendo adotado em boa parte de seus empreendimentos.

Para adequar seus empreendimentos a padrões internacionais de sustentabilidade a incorporadora conta com a expertise da Petinelli Consultoria e Engenharia. “Trabalhamos em parceria com a GT Building sugerindo novas possibilidades para edifícios mais sustentáveis, com o objetivo de conquistar certificações ambientais nacionais e internacionais. Nossa consultoria para a incorporadora é muito focada em estar em linha com as inovações do mercado e conceitos de sustentabilidade, validados por softwares especializados em entregar uma visualização assertiva do resultado final dos projetos antes do início da obra, facilitando a adequação dos empreendimentos desde a sua concepção”, afirma Gallo.

Trabalhar com práticas sustentáveis tem o objetivo de demonstrar à sociedade a preocupação com o meio ambiente, assim como valorizar a moradia e bem-estar dos condôminos. “A ideia de sustentabilidade impulsiona a inovação e estimula a busca por novas tecnologias. É por isso que a GT trabalha com extrema preocupação com a eficiência energética, uso racional da água, segurança e saúde de seus operários, pontos de carregamento de carros elétricos, tratamento de ruídos, utilização de materiais de fornecedores certificados, além dos estudos de viabilidade e cuidados com a vizinhança e com o bairro. Isso é importante para o planeta como um todo, mas também para os moradores, que enxergam valor nessas ações e ainda vivem em um ambiente sustentável e saudável. Tudo isso valida o Conceito em nossos empreendimentos”, afirma João Thomé, diretor da GT Building.

Os certificados ambientais são uma chancela de qualidade para os edifícios sustentáveis, que por seguirem padrões internacionais de qualidade também são mais confortáveis, uma vez que tem melhor aproveitamento térmico e utilizam de forma mais inteligente a iluminação natural. “Os edifícios da GT Building são edifícios sustentáveis chancelados por uma certificação nacional que confirma o uso adequado e racional dos recursos naturais”, conclui Gallo.

Curitiba em destaque

Para o especialista, Curitiba é uma cidade que há muito tempo se destaca na questão de sustentabilidade no Brasil e o mercado da cidade adotou a certificação como padrão de referência, o que tem sido confirmado com os novos lançamentos na capital. “Essa vanguarda é comprovada pelo pioneirismo em várias áreas como a coleta seletiva de lixo e a implantação de áreas verdes que recebem a drenagem de chuva da cidade. Quando analisamos o m² construído de novos edifícios, comparando Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, a capital paranaense tem, proporcionalmente, mais m² quadrados certificados do que as outras grandes cidades do Brasil”, compara.

Bosco Centrale, lançamento da GT Building em parceria com a Gadens Incorporadora e a Teig Empreendimentos Imobiliários, carrega em seu nome aquilo que realmente é: o primeiro edifício com bosque vertical em Curitiba, que ficará localizado no Centro, e onde todos os moradores podem usufruir da vista verde na fachada. Todo o projeto foi pensado e desenvolvido para que este seja um edifício verde e sustentável, desde a construção com o uso de materiais recicláveis até o aproveitamento de recursos naturais. Além da etiqueta própria, a empresa busca a certificação GBC Condomínio, que atesta a sustentabilidade do Bosco Centrale.

Já o edifício Casa Milano, alia luxo e sustentabilidade e também busca a certificação GBC Condomínio com diferenciais adotados desde a sua concepção como: placas solares para geração de energia atendendo uma demanda de até 20% do consumo das áreas comuns, sistema de ventilação das garagens (DVC) controlado pela leitura de CO2, utilização de água pluvial para alimentar a área comum, sistema de irrigação eficiente com sensor de umidade, utilização de materiais certificados de acordo com a ISO 14024 (Selo Verde), reuso de água nos vasos sanitários das áreas comuns e utilização de materiais de baixo impacto ambiental, social e econômico visando reduzir as emissões de CO2 e a extração de recursos naturais não renováveis.

Em processo de certificação pelo selo GBG Brasil Condomínio, o Denmark também abraça o meio ambiente. Cada detalhe deste empreendimento foi pensado para priorizar o conforto dos moradores, inspirado no Hygge Dinamarquês trazendo para o Brasil o conceito Hug House, ou casa que abraça, ao mesmo tempo que garante a sustentabilidade do planeta.

O projeto conta com aproveitamento inteligente de luz natural, reaproveitamento de água pluvial, redução de resíduos com correta destinação e utilização de materiais locais e recicláveis.

Fórum Econômico Mundial desenvolve cenário para o futuro do real estate

Por Christian Ulbrich

Há anos, muitos de nós, da comunidade imobiliária, reconhecemos a necessidade urgente de mudança. A pandemia de COVID-19 acelerou certas tendências e afetou muitos dos motores de demanda subjacentes da indústria.

A convergência de múltiplas crises – saúde pública, social, econômica e planetária – tem servido para levar para casa a urgência de nossos esforços em identificar alguns imperativos simples e criar um conjunto de placas de sinalização que poderiam ajudar a indústria a se “reconstruir da melhor forma”.

Em nosso relatório – A Framework for the Future of Real Estate (conteúdo em inglês) – desenvolvemos uma visão para um futuro no qual os edifícios nos proporcionam conforto, são equipados para os mais inéditos eventos, sustentam nossa saúde e o planeta e são acessíveis e de baixo custo para toda a sociedade.Decidimos que os imóveis devem ser habitáveis, criando habitats adequados para uma existência rica e culturalmente vibrante.

Normalmente, nas principais cidades do mundo, as pessoas passam cerca de 90% do dia dentro de casa, o que torna os edifícios fundamentais para garantir a habitabilidade. Uma combinação de fatores contribui para uma boa qualidade de vida, incluindo edifícios bem desenvolvidos e design centrado no ser humano, de maneira inclusiva.

Chegamos à conclusão de que os imóveis devem ser sustentáveis, otimizados para a produção zero de carbono em todos os aspectos, desde a construção até as operações. O impacto ambiental dos ativos imobiliários é destacado pelo fato de que os edifícios são responsáveis por 40% das emissões globais de gases de efeito estufa, 50% do consumo mundial de energia e 40% das matérias-primas.

Se quisermos cumprir metas líquidas de carbono zero, precisamos acelerar a ação; ação que exigirá retrofits energéticos em larga escala de edifícios existentes mais antigos e, crucialmente, a reforma ou a redefinição de edifícios em vez de demolição.Os imóveis também devem ser resilientes, capazes de se adaptar a quaisquer exigências que possam surgir, mitigando os efeitos de eventos naturais e causados pelo homem, como clima, crises financeiras e de saúde, e para preservar a identidade cultural das comunidades.

Os ativos precisam suportar uma variedade de choques imprevisíveis e serem flexíveis para se adaptar às mudanças de padrões de trabalho e vida ao longo de todo o seu ciclo de vida.E os imóveis devem ser acessíveis, com habitação, transporte e serviços essenciais disponíveis para todos. A oferta de acesso justo ao espaço de qualidade para viver e fazer negócios é essencial para a saúde geral da sociedade.

A acessibilidade deve incluir tanto o acesso financeiro (aluguéis acessíveis, baixas barreiras à propriedade residencial), quanto o acesso ao padrão adequado de ativos em termos de espaço, saúde, localização e a serviços básicos.
Perceber essa visão e entregar edifícios que sejam habitáveis, sustentáveis, resilientes e acessíveis exigirão o uso de cinco facilitadores críticos:Digitalização e inovaçãoMarcos regulatórios robustosTalento e conhecimentoProva de valorEngajamento das partes interessadas

pilares chave

Um cenário para a mudança

Estamos convictos de que a visão apresentada em A Framework for the Future of Real Estate (conteúdo em inglês) é do interesse de todos os stakeholders. Nossa indústria tem que se concentrar em abordagens ganha-ganha. Por todo o seu escopo e detalhe, só será acionável uma vez que tenha alcançado todos os decisores políticos, representantes eleitos e líderes corporativos que estão melhor posicionados para dar vida às suas propostas.Essa é uma oportunidade única e um mandato claro para a indústria fazer a transição para um futuro onde os edifícios sejam habitáveis, sustentáveis, resilientes e acessíveis.

Adaptado de um artigo de Christian Ulbrich publicado pela primeira vez no blog Agenda do Fórum Econômico Mundial em 23 de abril de 2021.
Christian Ulbrich, CEO Global da JLL, co-presidente da comunidade do setor imobiliário do Fórum Econômico Mundial e um dos principais contribuintes para “Uma Estrutura para o Futuro dos Imóveis”, produzido pelo Fórum Econômico Mundial.