Mercado de imóveis usados cresce 73,78% no Rio Grande do Sul no primeiro semestre

Dados compilados pela Kenlo mostram aumento nos contratos de aluguel e venda de usados no estado nos primeiros seis meses do ano

Dados compilados no PMI (Painel do Mercado Imobiliário) produzido pela Kenlo revelam que o mercado de imóveis usados registrou crescimento de 73,78% no Rio Grande do Sul no primeiro semestre ante igual período de 2020.

O crescimento dos negócios no estado é ainda maior do que o apurado no fechamento de 2020, que foi 36,55% maior do que em 2019. O número de propostas também apresentou alta de 28,67% nos primeiros seis meses do ano, comparado ao mesmo período do ano passado.

“Verificamos que o mercado de usados do Rio Grande do Sul apresentou um bom resultado no semestre. O segundo trimestre teve um aumento de 11,9% no número de fechamentos de negócios em relação ao primeiro. O número de propostas também foi positivo, com aumento de 5,6% no mesmo período. Para o número de visitas registradas, que é um indicador importante para os negócios futuros, no entanto, percebemos uma queda de 10,3%, que pode ser explicada pelo início de um cenário inflacionário, quando as famílias tendem a ser mais cautelosas no momento de escolha do seu novo lar.”  explica Denise Ghiu, especialista de mercado da área de inteligência da Kenlo”,  explica Denise Ghiu, especialista de mercado da área de inteligência da Kenlo.

PMI

O Painel do Mercado Imobiliário (PMI), criado pelo Kenlo, é uma iniciativa pioneira no Brasil e que proporciona o acompanhamento do mercado de imóveis usados com base em dados obtidos em tempo real, a partir de um ecossistema que contempla 7,2 mil imobiliárias e 44 mil corretores, de todas as regiões do país e que atendem a mais de um milhão de proprietários de imóveis. O PMI reúne uma amostragem do mercado imobiliário secundário de treze estados brasileiros nas cinco regiões. Mais detalhes sobre o PMI podem ser obtidos no site.

ECOS 2021 apresenta construções sustentáveis e flexíveis

Foto: Felipe Savassi

A construção modular surgiu com a proposta de tornar a construção civil mais dinâmica e sustentável, aumentando a eficiência, rapidez e flexibilidade das edificações. Trata-se de um tipo de construção que reduz em até 5 vezes o desperdício de materiais, o que contribui, e muito, no impacto ambiental gerado por uma obra. É também o tipo de construção que elimina a demolição permitindo a realocação com perdas mínimas, além de mais economia com água e energia elétrica. 

Entre os dias 15 e 18 de setembro de 2021, a cidade de São Paulo sedia a Expo Construção OffSite (ex-Expo Container City), uma feira que apresenta aos visitantes as novidades do setor de Construção Modular. O evento chega a sua segunda edição mostrando as inovações da construção off-site (processo no qual um edifício, ou parte dele, é construído fora do canteiro de obra de forma modular). Nesta edição, além dos containers transformados, a feira apresenta também empresas do setor modular, produtos que são utilizados na produção dos módulos, serviços de profissionais de legalização, além de fabricantes de containers in natura e de arquitetura especializada.

Ocupando uma área de 15 mil m², a Expo Construção OffSite traz para o Expo Mart mais de 60 expositores com projetos arrojados e prontos para trabalhar ou morar. Os destaques desta edição ficam com as mini moradias e casas flutuantes


Fotos: Breno Lima

Espaços criativos para resolução de desafios futuros nas áreas urbanas, as mini moradias oferecerem conforto e segurança, e podem ser transportadas para locais diversos como praia, campo ou para algum grande centro comercial. Nesta edição do evento, o público poderá visitar o projeto Tiny Box, uma casa de 20m² desenvolvida por Breno Lima, um jovem arquiteto paulistano de apenas 23 anos. Outro destaque é a casa Minimal Mood, desenvolvida pelo experiente arquiteto Felipe Savassi. O projeto de 40m² é composto de módulo único em estrutura metálica que pode ser aumentado ou diminuído de acordo com a demanda do comprador.

A Casa Flutuante, projeto da arquiteta Isabela Arroyo e construção da CMC Módulos Construtivos (empresa do Grupo Lafaete), também se destaca nesta edição. Construída de forma industrial, o flutuante de 84m² possui uma casa de 28,8 m² com quarto de casal, sala, banheiro, cozinha integrada à sala, uma área externa com um deck frontal de 30m² e ainda toda infraestrutura de placa solar, biodigestor, gerador e mobiliário. Segundo Arroyo, a Casa Flutuante pode ser colocada em rios, lagoas ou mar desde que sejam lugares de águas abrigadas. 


Fotos: Isabela Arroyo

A Ekoinnovation (Empresa do grupo Ekontainers), outra gigante do setor de Construção Modular, também está no evento. Especializada na fabricação de casas modulares inteligentes, os projetos da empresa contam com dispositivos que auxiliam na preservação do meio ambiente: captação, armazenamento e utilização da água da chuva; aquecedores solares; painéis fotovoltaicos; iluminação inteligente etc. A amostra executada especialmente para Expo Construção Offsite foi concluída em 30 dias e transportada com 98% da obra pronta, faltando apenas os acabamentos e decoração que serão finalizadas já na exposição. Construída em um container de 40 pés HC (reciclado), a casa de 30 m² contém duas suítes totalmente equipadas; uma delas segue um design mais industrial e a outra é mais clean e sofisticada. Vale salientar que a industrialização das casas da Ekoinnovation inibe desperdícios e não gera nem 5% dos resíduos sólidos e líquidos que a construção convencional acumula.

A feira também apresenta ao visitante uma réplica de 60m² da Casa Cantareira, obra que está em andamento no Parque Itaguaçu, Serra da Cantareira, zona norte de São Paulo. A residência de alto padrão, que será construída numa área de 1.380 m² em apenas 100 dias, foi idealizada pelo arquiteto Marcos Bueno, CEO da Expo Construção OffSite, e contará com sistema de capitação e reaproveitamento de água, energia solar, ventilação cruzada e aproveitamento total do declive do terreno.

Outras estruturas sofisticadas para escritórios, cozinhas industriais, bares, restaurantes, barbearias, banheiros, enfermarias entre outros projetos, todos construídos com o que há de mais moderno no setor modular, também estarão nesta edição da Expo Construção OffSite.

Da mesma forma como em 2019, o evento realiza um fórum com grandes especialistas e nomes importantes do setor. O “FOCOS” – Fórum da Construção Off-Site, foi desenvolvido para atender a demanda dos interessados neste mercado. Toda a programação foi elaborada para abastecer os visitantes com informações sobre o setor e metodologias de trabalho, além de proporcionar boas oportunidades de negócios e o networking entre empresários e profissionais de todo o país e da América Latina.

A Escola Expo OffSite também é outra novidade, trata-se de um espaço que visa fornecer conhecimento prático e teórico de aprendizado aos interessados nos diversos sistemas construtivos. Entre os cursos oferecidos estão: Introdução à Construção Modular e Construção Modular na Prática. Os cursos serão ministrados por profissionais qualificados durante o evento, e os participantes receberão o certificado de participação emitido pelo Instituto de Tecnologias de Industrialização das Edificações – ITIE.

A Expo Construção OffSite chega em 2021 com mais expositores e mais soluções não apenas para a construção civil, mas também aos interessados em construir com mais responsabilidade ambiental e rapidez. 

PROGRAMAÇÃO FOCOS

15/09

14h15 – Profº Gilberto de Freitas.

Tema: Expansão do mercado de construção off-site e os reflexos na cadeia produtiva.

15h15 – Engº Edson Tateishi

Tema: Novos desafios da indústria de produção de edificações.

Intervalo

17h – Margarete da Silva Correia – Secretária de saúde de São José dos Campos.

Tema: Hospital Retaguarda – Inovação do Setor Público

18h -Alexandre Hiroaki Takara

Tema: Há mercado para construção Offsite?

16/09

14h15 – Ewelina Wozniak-Szpakiewicz –

Tema: Arquitetura Offsite

15h15 – William Moraes

Terma: A compatibilização de projetos de arquitetura para edificações modulares.

Intervalo

17h – Arq. Felipe Savassi

Tema: Arquitetura Modular

18h – Cleandro Nilson  

Tema: A Tecnologia BIM aplicada a Construção Modular.

17/09

14h15 – Engº Alan Dias – DFMA

Tema: Projeto de Fabricação e Montagem

15h15 – Engº Alan Dias – DFMA

Tema: Inteligência Multiconstrutiva

Normas Brasileiras de Light Steel e Wood Framing e a nova fase destes sistemas construtivos.

Intervalo

17h – Engº Ralph Tavares – R&S Tavares Associates, Inc. –

Tema: Edifícios de Múltiplos Pavimentos em Construção

18h – Engº Rafael Motta Kessler

Tema: Os Processos de Produção Offsite e Soluções em Logística.

18/09

14h15 – José Márcio Fernandes

Tema: Industrialização em Light Wood Framing para HIS.

15h15 – Engº Ricardo Matheus

Tema: Industrialização em Sistemas Estruturais Metálicos.

Intervalo

17h – Astra

Tema: Sistemas Hidrosanitários e Elétricos Industrializados.

18h – ITIE

Tema: Rede Offsite de Empreendedorismo.

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ECOS 2021 – Expo Construção OffSite

Realização: 15 a 18 de setembro de 2021 – 13h às 20h

Local: Mart Center / Rua Chico Pontes, 1500 – Vila Guilherme – São Paulo.

Credenciamento e informações sobre palestras e cursos acesse: www.expoconstrucaooffsite.com.br

Entrada: Grátis

Estacionamento: R$ 30,00

Tegra Incorporadora é certificada como Empreendedor AQUA

Consolidando suas práticas socioambientais, a Tegra Incorporadora foi reconhecida neste mês como Empreendedor AQUA, um dos mais importantes selos de sustentabilidade disponíveis para empresas do mercado imobiliário brasileiro. A certificação, concedida pela Fundação Vanzolini, reconhece boas práticas implementadas pelas incorporadoras e construtoras em todas as fases de desenvolvimento e execução das edificações, do pré-projeto à entrega das unidades.  

A Tegra iniciou as ações para se alinhar à certificação AQUA-HQE em agosto de 2020 como um novo passo para suas práticas de sustentabilidade, reforçadas internamente desde 2017. Nos meses de adaptação aos parâmetros do selo, a empresa fez uma série de treinamentos com as equipes das áreas de projeto, obras, desenvolvimento de produto, suprimentos e até com fornecedores. O trabalho integrou a etapa preliminar de certificação e foi orientado pela consultoria de sustentabilidade Inovatech Engenharia, que formulou um plano estratégico customizado.  

Segundo Luiz Henrique Ferreira, CEO da Inovatech Engenharia, o trabalho de consultoria foi desenhado para medir e tangibilizar os benefícios da sustentabilidade para todos os stakeholders. “O resultado disso foi um sistema de gestão robusto que permite a certificação de todos os empreendimentos da Tegra, colocando a empresa num patamar diferenciado de um mercado onde muitos buscam reportar ações ESG com credibilidade”, reforça Ferreira. 

Compromisso produtivo 

O período de adequações nos processos produtivos representou uma experiência de ajustes finos para a Tegra porque a empresa já realizava uma série de boas práticas ambientais. Ela compensa 100% das emissões de carbono nas suas obras, inclusive considerando o impacto de fornecedores, e recicla mais de 90% dos resíduos gerados nos canteiros. “Todos os nossos projetos privilegiam a economia de água e energia e promovem soluções para elevar o conforto acústico, térmico, visual e olfativo dos usuários. Além disso, realizamos iniciativas de transparência, que envolvem desde a instalação de painéis socioambientais nos tapumes até um relatório de sustentabilidade auditado por uma consultoria internacional”, ressalta a diretora executiva de construção da companhia, Patricia Domingues. 

Quatro empreendimentos foram auditados pela Fundação Vanzolini para a certificação da Tegra como Empreendedor AQUA e receberam o selo AQUA-HQE na fase de pré-projeto: os condomínios Square Garden Campo Belo, Neo Brooklin e TEG Vila Carrão, em São Paulo; e o residencial Home Boutique by Tegra, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Nos próximos meses, acompanhando a evolução das obras, outras auditorias serão realizadas pela entidade para validar os projetos executivos e, por fim, as práticas construtivas empregadas nos canteiros de obra. 

A Tegra comprometeu-se a submeter à certificação AQUA-HQE todos os empreendimentos incorporados e construídos pela companhia a partir de 2021, o que inclui os lançamentos Gravura Perdizes, na capital paulista, e TEG Mansões Santo Antônio e Alenza Cambuí, em Campinas, além dos pré-lançamentos já anunciados Ária Higienópolis, Ode Perdizes e Soma Perdizes, em São Paulo, e Yard Cambuí, em Campinas.  

Certificação 

O selo Empreendedor AQUA deriva da certificação AQUA-HQE. Ela avalia os empreendimentos imobiliários em 14 categorias, com critérios de desempenho em qualidade de vida, incluindo conforto e saúde no ambiente construído, desempenho ambiental e economias de água, energia e manutenção e conservação. De acordo com a Fundação Vanzolini, o enfoque da certificação privilegia a qualidade sócio-econômico-ambiental de projeto e de execução das obras, a promoção de canteiros sustentáveis, a melhoria do entorno dos empreendimentos e as condições ideais para as práticas de eficiência energética, economia, saúde e conforto para os usuários.  

“A certificação Empreendedor AQUA significa que a Tegra, decidindo incluir na sua estratégia empresarial, de modo consistente, as práticas de sustentabilidade no planejamento, projeto e construção dos empreendimentos imobiliários, teve esse importante posicionamento avalizado pela Fundação Vanzolini. A certificação fortalece o compromisso da Tegra Incorporadora com a sustentabilidade, em aderência com o seu posicionamento estratégico de promover o bem-estar, respeitando o meio ambiente e a igualdade social”, diz Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo da certificação AQUA-HQE.  

DataZAP+ revela aumento do interesse por casas, em todas as zonas da capital paulista

Entre as várias mudanças comportamentais impulsionadas pela pandemia está a busca por mais conforto no lar. Com o home office, muitas pessoas passaram a dar atenção ainda maior ao ambiente em que moram. Na capital paulista, houve um aumento no interesse do público por casas em todas as localidades analisadas pela DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, entre junho de 2021 e junho de 2020.

Segundo os dados dos portais, a procura por esse tipo de habitação cresceu, tanto para venda, quanto para locação; no entanto, apesar do aumento, a predominância ainda é por apartamentos, exceto na zona Norte para locação. “Muitas famílias na pandemia passaram a buscar casas que atendessem às suas necessidades. Destaque para a zona Oeste da capital, que registrou o maior aumento relativo da demanda por casas para a compra e também aluguel”, comenta Danilo Igliori, VP Economista-chefe da OLX Brasil.

O estudo levou em consideração a participação da demanda percentual do mercado no que se refere à casa e apartamentos, em cada uma das zonas da cidade de São Paulo, por tipo de transação. Os dados mostram que a demanda por apartamentos é em geral maior em relação às casas. O Centro da capital continua sendo o campeão por procura de imóveis verticais, com 96% para locação, e 95% para venda.

Apesar dos números indicarem preferência por apartamentos, há uma alteração de comportamento quanto à procura por casas, em todas as zonas da capital paulista – um crescimento interessante alavancado na pandemia.

A zona Oeste registrou o maior aumento relativo da demanda por casas (5,79 p.p.) para locação e para venda (2,38 p.p.). Outro destaque é que as variações na transação de aluguel são maiores em relação às de venda.

Dexco anuncia investimento de R$ 15 milhões na Noah

Com o segundo investimento do DX Ventures, companhia impulsionará a construtech focada no desenvolvimento imobiliário de edifícios de madeira engenheirada

A Dexco, por meio do DX Ventures, seu fundo de Corporate Venture Capital, anuncia investimento de R$ 15 milhões na Noah | Wood Building Design. Trata-se de uma construtech que tem a proposta de levar a sustentabilidade para a construção civil, por meio da utilização de madeira engenheirada em um processo construtivo industrializado.

A Noah atua no desenvolvimento de negócios imobiliários para construção de edifícios comerciais e, em breve, residenciais. A companhia criou um novo produto imobiliário: sustentável, com foco em design e qualidade, por meio de um método construtivo inovador. O design, corte e montagem preliminar da edificação contam com tecnologia e precisão, compondo o processo industrializado que reduz boa parte do que aconteceria num canteiro de obras e levando para as fábricas.

Com o uso de tecnologia e da madeira engenheirada – CLT (sigla em inglês para cross laminated timber) e MLC (madeira lamelada colada), a empresa traz para o mercado brasileiro um produto mais sustentável. Os projetos buscam reduzir drasticamente a emissão de CO2 e podem chegar a ser carbono negativo, além da redução de desperdício de material – que numa construção tradicional chega em até 25%. Com o processo fabril chega-se perto do zero.

Segundo o CEO da empresa, Nicolaos Theodorakis, a Noah vinha se preparando para o momento de receber capital. “Primeiramente, a entrada de uma empresa como a Dexco, valida muito do nosso trabalho até aqui. Nos abre um mundo de possibilidades dentro da indústria da construção e ajuda a acelerar nosso processo de desenvolvimento e nosso plano de negócios. Além, é claro, de ter muita sinergia com os produtos”, completa.

A Dexco acredita que com este investimento conseguirá desenvolver ainda mais a cadeia de valor da madeira engenheirada e novas tecnologias para fomentar a inovação do setor da construção civil. Segundo Daniel Franco, Diretor de TI, Desenvolvimento de Negócios e Inovação da Dexco, a Noah abre para a companhia oportunidade para um rápido desenvolvimento destas inovações. “Esse investimento permitirá que a Dexco avance com rapidez e destreza no mercado da construção industrializada, estando, ao mesmo tempo, alinhada como o que há de mais moderno e sustentável no mundo e atendendo todos os critérios de ESG”, finaliza o executivo.

DataZAP+ revela redução no interesse do público por imóveis com um dormitório na capital paulista

Com a pandemia, muitas pessoas estão repensando o espaço de suas moradias e como ele deixou de atender às suas necessidades. Enquanto que, anteriormente, a tendência era por apartamentos cada vez menores, agora aumenta a busca pelos imóveis de dois ou três quartos na capital paulista, tanto para venda, quanto locação. É o que revela levantamento da DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, que usou como base comparativa junho de 2020 e junho de 2021.

Segundo Danilo Igliori, VP Economista-chefe da OLX Brasil, o estudo sugere que “o home office influenciou na procura por outras configurações de imóveis na cidade, uma vez que as pessoas passaram a dar atenção maior ao lar na pandemia. Os resultados obtidos indicam a redução do público de imóveis com menos dormitórios, em relação ao mesmo período do ano passado, quando estávamos no início do enfrentamento ao Covid-19″.

O levantamento verificou o comportamento da demanda por apartamentos, considerando as zonas da cidade de São Paulo, e com o recorte tipológico do número de dormitórios. Para cada um dos períodos (junho de 2021 e junho de 2020), foi calculada a participação da demanda percentual do mercado, considerando o número de quartos em cada uma das localidades, por tipo de transação (locação ou venda).

Em comparação às demais zonas, o centro se destaca pela forte procura por imóveis de um dormitório, que representam 33% da demanda de venda nesta área. Ainda assim, para esse tipo de transação, a predominância é de unidades com dois dormitórios. A única exceção é a zona oeste, onde ocorre uma alta procura por três dormitórios (42%).

*Participação de leads por número de dormitórios e zonas da cidade de São Paulo em junho de 2021, Venda .

Para locação, o cenário é bem parecido com o da compra. A preferência do consumidor é por unidades que tenham dois dormitórios, com destaque para as zonas norte e leste – 60% e 56% da procura, respectivamente, nessas localidades. Apenas na região central da capital é que essa realidade muda. A DataZAP+, aponta que, nessa localidade, as buscas por imóveis com um dormitório são maiores: 57% da demanda corresponde a esse tipo de tipologia.

*Participação de leads por número de dormitórios e zonas da cidade de São Paulo em junho de 2021, Locação .

A DataZAP+ também calculou a diferença, em pontos percentuais, sobre a participação de demanda entre os dois períodos analisados (Gráficos 3 e 4), com o objetivo de avaliar como a procura relativa por número de dormitórios se alterou.

Nesse sentido, os resultados sugerem que houve uma redução no interesse do público por imóveis com um dormitório, em todas as zonas da capital paulista para locação. Nas transações de venda, destaque para o Centro e a zona Oeste, localidades que registram as maiores quedas relativas da demanda por imóveis acima de um quarto (-6,60 p.p. e -3,03 p.p.).

Variação em pontos percentuais (jun/21 versus jun/20) da participação de share de leads por número de dormitórios e zonas da cidade de São Paulo, Venda .

*Variação em pontos percentuais (jun/21 versus jun/20) da participação de share de leads por número de dormitórios e zonas da cidade de São Paulo, Locação .

MPD Engenharia investe em startup para aumentar o controle de qualidade do concreto em suas obras

A plataforma digital Concresystem garante a rastreabilidade do concreto, desde a produção até o laboratório de ensaio, aumentando a produtividade em obras

Uma das mais importantes fases de uma obra, a concretagem é a construção de elementos estruturais do projeto, com o lançamento do concreto sobre estruturas como lajes, vigas e pilares. Nesse processo é preciso seguir um planejamento rigoroso para garantir a qualidade do trabalho e a segurança de todos os envolvidos, além do material em si, já que diferentes composições e misturas de concreto são utilizadas.

Com isso em mente, a MPD Engenharia investiu no desenvolvimento do projeto Concresystem, que tem como finalidade garantir a rastreabilidade do concreto, desde a sua produção pela concreteira, passando pela sua aplicação em obra, chegando até o laboratório de ensaio, o qual verifica se a resistência do material está conforme o projetado. A plataforma digital integra e centraliza as informações inerentes à rastreabilidade do produto para todas as partes envolvidas, padroniza o processo de acordo com as melhores práticas da MPD e monitora o controle de perdas, trazendo, assim, mais economia e diminuição de desperdícios. Isso tudo aumentando a produtividade nas obras, com as equipes fazendo um trabalho mais eficaz e em menor tempo.

Já disponível e em uso em todos os canteiros da MPD em concretagem na região metropolitana de São Paulo e em expansão, o Concresystem teve seu desenvolvimento em 2020 e 2021, a partir do projeto vencedor do Prêmio MPD de Inovação, em 2019, sendo a primeira plataforma do gênero elaborado pela companhia. Com 39 anos de história, esse é mais um exemplo da inovação que sempre permeou as ações da construtora e incorporadora. A plataforma funciona como uma startup interna, com a mentalidade ágil e característica desse tipo de iniciativa. Esse desafio da MPD foi idealizado pelo colaborador Everton Costa e contou com a mentoria de Afonso Caetano, Diretor de TI, Processos e Inovação da companhia. Atualmente, mais projetos dessa natureza já estão sendo desenvolvidos, de maneira interdisciplinar, na empresa, como outros vencedores do Prêmio MPD de Inovação e as ideias surgidas no Fábrica de Talentos, o programa de estágio da empresa.

“Nesse sistema, a MPD funciona como uma patrocinadora desses projetos, assumindo um papel de ‘cliente anjo’ dependendo da viabilidade de cada um deles”, explica Afonso Caetano. “O Concresystem funcionou como um primeiro teste para nós ao desenvolvermos uma solução que imitasse o funcionamento de uma startup, com os seus recursos, direcionamento e equipe mantendo-se separados dos outros times funcionais da empresa. E com as lições aprendidas até aqui, poderemos definir de maneira mais individualizada qual será a melhor estratégia da MPD para cada uma das futuras soluções em desenvolvimento”.

Com pouco tempo de uso, o Concresystem já demonstrou que o investimento nesse tipo de inovação gera resultados importantes e perceptíveis. O aumento significativo de produtividade nos canteiros da empresa já se dá com a integração da informação de concretagem em um único local, a economia direta de insumos e maior segurança com a digitalização do controle e medição dos ensaios laboratoriais. Além disso, pode-se tomar decisões mais ágeis em casos de não conformidade e seguir monitorando o desperdício nas obras atuais, o que serve como parâmetro de especificação de concreto em obras futuras, para gerar diminuição dos custos nos canteiros.

Inter lança linha de crédito que financia até 100% da construção de casas residenciais em condomínios

Produto chega ao mercado para atender demanda dos brasileiros que querem mais qualidade de vida

O Inter anuncia o lançamento de uma nova linha de crédito para quem busca realizar o sonho da casa própria. O novo produto chega ao mercado imobiliário para atender a uma demanda reprimida de proprietários de terrenos que buscam financiamento para construir o imóvel dos seus sonhos.

A novidade é voltada para donos de terrenos que tenham o lote 100% quitado em condomínios residenciais fechados. Com taxas a partir de 9% ao ano mais Taxa Referencial (TR), a linha de crédito pode cobrir até 100% do valor da obra, com pagamentos divididos em até 360 meses (30 anos) a partir da data de início da construção.

“Acreditamos muito nesse produto, especialmente porque já observamos uma demanda consistente no mercado. Muitas vezes as pessoas usam outro produto nosso, o Home Equity, que é o empréstimo com a garantia de um imóvel, para levantar recursos para a construção. A partir desta percepção e observando a alto volume de construção nos condomínios residenciais, entendemos que seria possível oferecer um produto específico com a finalidade de construção. Não existem muitos bancos atuando neste mercado e, como é um setor que vem forte nos últimos anos, aliado ao movimento de busca por qualidade de vida gerado pela pandemia, acreditamos que isto vai continuar em expansão”, explicou Victor Botelho, superintendente de Produtos de Crédito Imobiliário do Inter.

Tão logo a residência fique pronta, a linha de financiamento prevê que a construção seja averbada com o Habite-se, fazendo parte, junto com o terreno, da garantia ao crédito concedido. Cada contrato está segurado nos pontos referentes ao MIP (todo o contrato), Risco de Engenharia (construção) e DFI (imóvel pronto). São elegíveis ao crédito pessoas físicas com terrenos/lotes já quitados, com alvará e projeto executivo aprovados pela prefeitura local.

Victor Botelho acrescenta que o Inter não vai parar por aí quando o assunto é crédito imobiliário para quem quer construir. “Estamos estudando outros produtos que ainda serão lançados, ampliando o público elegível para contratação”, completa o superintendente.

Outras opções

O Inter também uma linha de financiamento imobiliário voltada para clientes que planejam comprar um imóvel. Nessa modalidade o cliente pode financiar até 70% do valor em no máximo 30 anos. Para essa linha estão disponíveis contratos com TR, IPCA e Poupança. Já o Home Equity (Empréstimo com Garantia de Imóvel) é indicado para clientes que já possuem imóvel próprio e necessitam de um crédito cujo valor pode ser usado para qualquer finalidade. O cliente pode obter um crédito de R$ 30 mil até 50% do valor do imóvel, para pagar em até 240 meses. Outra opção é a portabilidade, que permite ao cliente trazer seus contratos de financiamento ou Home Equity de outro banco para o Inter, reduzindo as suas parcelas mensais.

Soteropolitanos preferem apartamento a casa, segundo Imovelweb

O Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, divulga o perfil de buscas por imóveis em Salvador. De acordo com os dados, 80% dos soteropolitanos procuram por apartamentos na cidade, enquanto apenas 20% têm preferência por casa. Além disso, 68% das buscas são por imóveis para a venda e 32% de imóveis para locação.

Os dados também mostram que a maior parte das buscas (33%) são por imóveis de três dormitórios. De acordo com Angélica Quintela, gerente de marketing do Imovelweb, essa é uma tendência que cresceu com o isolamento social. “Nós percebemos que as famílias estão à procura de imóveis maiores, com mais espaço para os filhos e um quarto a mais que possa se tornar um escritório”, explica a especialista.

Além disso, 31% das buscas no portal foram por imóveis com dois dormitórios, enquanto 17% procuravam por um dormitório, 14% por quatro ou mais dormitórios e 5% por imóveis do tipo kitnet/studio.

 Quanto aos preços, 45% das buscas eram por imóveis até R$ 300 mil, 28% por imóveis de até R$ 500 mil, 21% por residência que custam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão e 7% por imóveis acima de R$ 1 milhão.

Preferência por espaços maiores

Uma pesquisa do Imovelweb feita recentemente com 1485 pessoas de diversas partes do Brasil mostrou que a busca por imóveis maiores é prioridade para os entrevistados: quando perguntados sobre a principal prioridade ao comprar um novo imóvel, 45% querem casa com quintal ou terraço, 32% que tenha varanda, 29% buscam mais m², 25% querem mais ambientes, 20% procuram uma propriedade em um bairro fechado, 20% que tenha um jardim e 4% que seja na periferia da cidade.

Já 40% dos que querem mudar de imóvel afirmaram que querem um lugar com espaço livre e 25% apontaram que o espaço atual é pequeno.

IPTU: como um avião é fundamental para calcular impostos

Fotografias aéreas auxiliam prefeituras no registro de casas e edifícios, possibilitando a cobrança adequada e a atualização de bancos de dados

Uma grande metrópole, como São Paulo, sofre transformações constantemente. A cada mês surgem novos prédios, casas passam por modificações e terrenos são divididos ou unificados. Além das mudanças enquanto paisagens, essas transformações envolvem um lado burocrático: como fica o cálculo do IPTU? Estimativas apontam que os registros municipais diferem-se, em média, 50% da realidade dos seus territórios. E para acompanhar essa metamorfose constante, as cidades têm uma resposta tecnológica: o uso de aviões.

“Este processo é realizado por meio das técnicas de aerofotogrametria e laser, direcionadas para a atualização do cadastro urbano, que é o banco de dados de cada município. Ele contém as informações necessárias para o cálculo de diversos impostos, como o IPTU”,  explica Luis Lima, CTO da Fototerra (https://fototerra.com.br), empresa especializada em tecnologia de geoinformação. 

“Aerofotogrametria é um método de mapeamento da superfície terrestre, que conta com aeronaves equipadas com uma câmera especial utilizada para cobrir toda a área a ser mapeada. Basicamente, cada avião faz um voo fotogramétrico, gerando arquivos com precisão métrica dos objetos visualizados nas fotos, permitindo assim a correta medição das parcelas dos lotes, casas, praças, edifícios, prédios públicos e assim comparar as informações obtidas com o registro municipal e desta forma atualizar as bases de dados das prefeituras”. 

Além do uso para o cadastro urbano, essa tecnologia também pode auxiliar os municípios na atualização da cartografia da região, na regularização fundiária urbana ou rural, na implantação de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) ou mesmo na criação de uma base de dados geográficos compartilhada, a ser usada para tomadas de decisões em diversas áreas da administração pública, tais como transporte público, saúde, educação, segurança pública entre outras.

Em paralelo com os aviões, os drones também aparecem como veículos para a aerofotogrametria. Entretanto, por conta de suas características enquanto aeronaves portáteis, seu uso não é o mais adaptado em levantamentos de grandes áreas, onde o rendimento das aeronaves tripuladas é bem superior.

“Os drones estão sendo difundidos como uma solução neste tipo de mapeamento, mas existem algumas limitações tecnológicas. Se a área a ser monitorada é um pequeno território, eles apresentam um bom custo-benefício. Agora, quando estamos falando de metrópoles, como São Paulo, que possui 1.700 km², o município levaria um tempo considerável para sobrevoar com os drones”, afirma Lima.

Para a realização deste tipo de monitoramento, a Fototerra conta com cinco aviões próprios e certificados – três do modelo Seneca II e um do modelo EMB 110 P1, desenvolvidos pela Embraer, e um Cessna 206. Todas as aeronaves foram adaptadas e modernizadas pela Fototerra, para uso em aerofotogrametria e outros procedimentos de geoinformação.

“A aerofotogrametria é uma tecnologia que permite aos gestores municipais literalmente conhecerem a realidade das cidades em que governam. É um mapeamento que não impacta só a área tributária, mas pode ser utilizado também na gestão de políticas públicas, como a análise de terrenos e concepção de novos espaços de lazer, e auxiliar na implementação de ferramentas de gestão. Além disso, há o benefício ao munícipe que, com o uso de uma tecnologia precisa, vai pagar o imposto justo, sem acréscimos”, detalha Lima.