Aluguéis no Rio: dez bairros estão com valores mais altos, sobretudo na Zona Sul

Os proprietários de imóveis resolveram arriscar um aumento de preços nas ofertas de locação no Rio de Janeiro em março. De acordo com levantamento feito pela APSA – líder em gestão de propriedades urbanas – 87% dos bairros da Zona Sul e 50% dos bairros da Zona Norte analisados registraram aumento de preço no metro quadrado do aluguel.

ZONA SUL

Entre os oito principais bairros da Zona Sul, sete tiveram aumento que variam de 0,1 a 8,04%. Leme foi o destaque com o maior percentual na comparação com fevereiro, passando o metro quadrado médio de R$ 39,04 para 42,18. Catete registrou alta de 6,62%, indo de R$ 34,01 a R$ 36,26 o valor do m². Laranjeiras, com acréscimo de 4,43%, subiu de R$ 32,30 para R$ 33,73. A redução foi verificada apenas em Ipanema, com queda de 3,03% em março, caindo de R$ 65,03 para R$ 63,06.

Esse movimento parece um risco, já que a vacância dos imóveis – a quantidade média de imóveis vazios disponíveis para aluguel na Zona Sul segue alta em quase todos os bairros desde o início da pandemia e chegou a 18,2% em março, maior taxa nos últimos dozes meses.

Confira por bairro – Mas cada bairro tem a sua taxa de imóveis vazios. Leblon está em 22,3%, Copacabana 20,3%, Botafogo 17,8%, Ipanema 17,5%, Leme 12,2% e Flamengo 11,5%. A taxa ideal é de no máximo 10%. O Catete está na faixa ideal, em 8,6% e Laranjeiras, em 5,2%, está em ótimo nível.

Vale destacar que a vacância é um importante indicador para cálculo do valor de aluguel, além de outros fatores que impactam o preço, como localização, tipologia do imóvel, área, tempo de construção, valor do condomínio, localização, altura, sol da manhã, comércio e serviços próximos, segurança, conservação, entre outros fatores.

ZONA NORTE

Entre os seis bairros analisados, três tiveram subida de valores. O maior destaque foi para o Rio Comprido, com 8,11%, e m² a 19,47, Vila Isabel (2,25%) e preços em R$ 22,27, e Maracanã (2,23%), com alugueis médios em R$ 24,25 por m². Os três bairros que tiveram queda nos valores anunciados são Tijuca (-0,38%), com o metro quadrado saindo a R$ 23,70, Grajaú (-7,12%), a R$ 20,75, Méier (-4,93%), a R$ 17,76 o m². A vacância da Tijuca chega a 18,1%, Grajau, 16,9%, e Maracanã a 17,6%.

A Barra da Tijuca teve queda de -2,83% frente a fevereiro, chegando a R$ 40,17.

O Centro teve queda de 2,20% % com relação a janeiro e hoje custa em média R$ 28,48 por metro quadrado. Em comparação a março de 2020, quando se iniciou a desocupação de escritórios comerciais na região, a queda é de -6,25%. A taxa de vacância no bairro segue em escalada, passando de 18% em abril de 2020 para 34,5% em março desse ano.

A vacância média dos imóveis voltados para aluguel residencial no Rio de Janeiro é de 18,2%. Antes da pandemia, em março, era de 14%.

Para esse estudo foram analisadas 17.800 ofertas de locação de apartamentos de 1 a 3 dormitórios.

“Os aluguéis no Rio baixaram bastante nos últimos 5 anos. Com a pandemia, muitos proprietários tiveram que dar descontos. Hoje, ainda verifica-se aumentos em alguns bairros por diversos fatores. Alguns são porque estão com pouca oferta, outros são porque os proprietários ainda tentam recompor as perdas. E temos nesse momento uma oferta maior de imóveis para aluguel, até porque muitos desistiram de alugar por temporada com a queda no turismo por causa da pandemia e estão retornando para o aluguel tradicional. Aliás esse aumento da oferta de imóveis para locação tradicional também é um fator que está gerando a manutenção das taxas de vacâncias mais altas. No ano passado, tivemos maior oferta pelas desocupações em função da perda de renda. Agora temos mais por imóveis que estavam focados no turismo, além de imóveis de famílias que estão indo viver em locais mais distantes por causa do home office”, informa o gerente de Imóveis da APSA, Jean Carvalho.

Volume de locações – Em março, o volume de unidades alugadas teve aumento de 7,3% com relação a março de 2020. Com relação a fevereiro de 2021, o aumento foi de 40,5%.

Tempo para alugar – Os imóveis têm sido alugados com mais rapidez. Em Copacabana, por exemplo, em 2020, entre janeiro e março, um imóvel residencial levava em média 87 dias para ser locado. Já comparando o mesmo período nesse ano a média foi de 43 dias.

“Entre os fatores que podem estar impulsionando estão o uso de novas tecnologias aproximando inquilinos, locadores e imobiliárias, facilidades digitais para se fechar contratos e fazer visitas virtuais, além da queda que os aluguéis tiveram nos últimos anos no Rio de Janeiro. Fora isso, há também outras facilidades, como crescimento do uso de seguro fiança, titulo de capitalização”, explica.

Sobre a APSA – Este ano a APSA está completando 90 anos. Criada em 1931, a APSA é referência e uma das maiores empresas do Brasil em soluções para o viver bem em propriedades urbanas. Líder no mercado nacional de administração de condomínios, conta com uma carteira de mais de 100 mil imóveis distribuídos em mais de 3 mil condomínios. Em locação, são cerca de 9 mil imóveis administrados. A APSA também atua com compra e venda de imóveis. É a primeira administradora nacional digital, além de possuir rede de atendimento espalhada por várias capitais do país – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Maceió.