A reforma tributária na industria do cimento

A estrutura tributária brasileira é considerada obsoleta, complexa e dispendiosa para o setor produtivo, trazendo enorme prejuízo à competitividade e ao desenvolvimento econômico do Brasil. Uma reforma tributária que desonere o setor produtivo é primordial para melhoria das condições e aos incentivos, principalmente, a cadeira produtiva do cimento. 

Com alto investimento inicial, elevada demanda energética e de recursos minerais, longo prazo de maturação para início de operação – entre outras características -, a indústria brasileira do cimento tem a capacidade de desenvolver regiões inteiras por meio da sua cadeia de valor e de suprimentos gerando milhares de empregos e movimentando a economia. 

Almejando rápida recuperação econômica e de consumo, a indústria cimenteira não merece, para não dizer não pode, enfrentar gargalos e pressões sobre os preços do produto e, consequentemente, das obras, necessitando de políticas públicas cujas diretrizes reduzam o risco de destruição de sua capacidade produtiva, já tão impactada pela crise dos últimos anos. 

Em relação aos projetos da Reforma Tributária que tramitam no Congresso Nacional, recentemente foi entregue a proposta do executivo que em uma primeira fase propõe a unificação de PIS/Cofins em um único e novo tributo, o CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços, que eleva substancialmente, para determinados serviços, a alíquota de 3,5% para 12%. Apresentadas no ano passado, as outras propostas – PEC 45 na Câmara e PEC 110 no Senado – apresentam como pontos essenciais, a extinção de vários impostos existentes (IPI, por exemplo) sob bens e serviços por um único imposto, o IBS, Imposto sobre Bens e Serviços e o fim da substituição tributária com a anulação do ICMS, que devem determinar um aumento significativo da carga tributária e com isso vai afetar diretamente o setor cimenteiro do Brasil. 

A indústria brasileira do cimento é responsável por mais de 70 mil empregos, gerando uma renda de R﹩ 26,4 bilhões ao ano e uma arrecadação líquida anual de R﹩ 3 bilhões em tributos. O setor é muito sensível ao cenário macroeconômico e aos estímulos governamentais. Por isso, a indústria do cimento, acompanha de perto a elaboração da Reforma Tributária tão necessária para alavancar o crescimento econômico e melhorar a segurança jurídica no nosso país. 

Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland

Estudo do Imovelweb sinaliza o perfil dos escritórios do futuro

Após vivermos uma mudança de hábitos em todos os ambientes que frequentamos, existe uma dúvida de como serão os locais de trabalho daqui para frente. Com intuito de entender o que os profissionais do mercado imobiliários pensam sobre o assunto, o Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, lançou uma pesquisa com seus clientes, para saber suas projeções sobre o futuro dos locais empresariais. 

Nessa amostra, 51% são imobiliárias45% corretores autônomos e 4% são construtoras ou incorporadoras. Na visão de 90% desses executivos, a pandemia acelerou os processos de transformação digital no setor imobiliário. Para 81% deles, os escritórios passarão por mudanças após a pandemia; 15% acreditam que as alterações serão momentâneas. 

Muitos dizem que as empresas terão menos espaços físicos de trabalho do que tinham anteriormente, pois a maioria dos colaboradores estará em home office ou trabalhará em turnos alternados (74%). Outros avaliam que as companhias vão buscar novos espaços de trabalho para distribuir melhor os funcionários (15%). 

Sobre as principais mudanças que devem acontecer nos espaços de escritório, 46% dos entrevistados entendem que haverá adaptações em todas as áreas; 41% supõem que haverá alteração somente em locais onde os funcionários costumavam trabalhar a uma distância inferior à recomendada atualmente, gerando assim, uma redistribuição de lugares. Outros 13% enxergam alterações apenas nas áreas comuns a todos os funcionários. 

Para adaptar os espaços colaborativos à situação atual, 28% acreditam que os espaços serão reduzidos. Para27% dos clientes ouvidos, os coworkings vão ganhar mais força. Alguns entendem que as empresas buscarão salas mais amplas e com melhor ventilação (19%). Outros 10% dos entrevistados acreditam que será muito comum a instalação de divisórias entre as mesas dos funcionários para criar uma barreira protetora. 

Como serão os escritórios no futuro? Segundo 54% dos clientes que participaram da amostra, a utilização de coworking e horários flexíveis deverão permanecer, mesmo após a situação se normalizar. Outros 36% creem que, por um período, o trabalho remoto será uma realidade, porém, com a situação normalizada, as empresas voltarão a ocupar espaços físicos como antes. Outros 5% veem a volta do trabalho em cubículos individuais e separados dos demais funcionários, e 4% acham que as empresas ampliarão os ambientes para redistribuir funcionários. 

Dentre as percepções de como serão os novos ambientes de trabalho, 47% dos entrevistados avaliam que os locais serão mais arejados; 17% acreditam que se tornarão mais amplos; 16% dizem que poderão ser mais aconchegantes, enquanto 14% apostam em salas de reuniões menores.