Summit visa apontar perspectivas sobre o futuro do setor imobiliário no pós-pandemia

O futuro do setor imobiliário pós-pandemia é o tema que norteará o debate online entre cerca de 30 profissionais especialistas do setor que acontece de 7 a 9 de julho, das 16 às 18 horas. Serão nove painéis que abordarão assuntos ligados ao ramo imobiliário como tendências, inovação, novas tecnologias, vendas e marketing digital, investimento imobiliário dentro do novo cenário econômico, entre outros assuntos. O Summit Novo Mercado Imobiliário é uma realização da Terravista, em parceria com o grupo formado pelas empresas Bild Desenvolvimento Imobiliário e Vitta Residencial Construtora e Incorporadora, Felí (correspondente bancário) e Datastore. O evento terá transmissão online e gratuito.

Fernanda Machado, diretora da Felí, também uma das palestrantes no painel sobre crédito imobiliário, explica que a pandemia do coronavírus (Covid-19), que chegou ao Brasil em março deste ano, pegou todos os mercados de surpresa. Com isso, planos e estratégias empresariais foram readaptadas, bem como uma nova adequação ao mundo digital. “Após três meses atuando em home-office, grande parte das empresas está operando praticamente de forma digital. Alguns trabalhos que antes eram tão tradicionais e até arcaicos, estão sendo substituídos por plataformas online e facilitando a rotina de muitas pessoas”, explica. Segundo ela, é essa mudança e avanço tão rápido do universo digital que o encontro irá discutir.

“O summit vai tratar dos novos costumes pós-pandemia, através do compartilhamento de informações com um olhar para o futuro, lembrando que esse futuro é uma nova projeção para o final de 2020 e início de 2021”, alerta Fernanda Machado. Adiantando um pouco sobre as expectativas do setor imobiliário, a executiva esclarece que este “novo” mundo que se desenha precisará ser reconfigurado com base nos preceitos do cooperativismo, através de uma desconstrução da concorrência e da desburocratização do mercado imobiliário.

O CEO da Terravista, Fabio Matsunaka, alerta que o mercado imobiliário está em um momento de grande mudança. “Apesar da resistência ao uso da tecnologia, a pandemia trouxe uma urgência pela modernização para manter a competitividade. Por isso, precisamos de boas práticas tendo a tecnologia como um forte aliado e discutir como será esse mercado”, destaca.

Curiosidades, projeções, dicas de como poupar e saber o momento certo da compra de imóveis, além de análises de mercado e ações digitais fazem parte das discussões durante os três dias de evento.

Especialistas e profissionais de algumas das principais empresas e startups do mercado imobiliário confirmaram presença no encontro digital, entre eles: Rodrigo Villas Boas, fundador das empresas Bild e Vitta; Fernanda Machado, diretora da Felí; Kim Morise, head Bild e Vitta; Carlos Moreira, executivo Próxima Porta; Ricardo Reis, apresentador do canal Infomoney; Alexandre Speziali, diretor da MRV; Marcus Araújo, fundador da Datastore; Fernando Pruner, gerente de Inovação da Docol; Rafael Batista, diretor de incorporação da Perplan; João Paulo Geroldo, especialista em tecnologia e inovação; Fabio Matsunaka, fundador Terravista; Rodrigo Werneck, consultor especialista em marketing imobiliário; Marcelo Dadian, diretor de imóveis da OLX Brasil; Thiago Fernandes, especialista em empreendedorismo digital; Ricardo Telles, CEO Perplan; Guilherme Brino, CEO Homeland; Guilherme Ávila, da XP Investimentos; Monica Saccarelli, CEO Grão, entre outros especialistas que, juntos, abordarão o novo mercado imobiliário.

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo site: https://materiais.queroterravista.com.br/novo-mercado-imobiliario-summit. O link de acesso ao summit será encaminhado a cada participante por e-mail.

Serviço

O que: Summit Novo Mercado Imobiliário

Data: 7 a 9 de julho

Horário: 16 às 18 horas

Evento online com transmissão aberta e gratuita, mediante a inscrição prévia

Inscrições:https://materiais.queroterravista.com.br/novo-mercado-imobiliario-summit

A resposta do setor imobiliário ao Covid-19

Contra todas as expectativas, alguns setores da economia não só têm sobrevivido, mas têm crescido durante a pandemia do coronavírus. Claro que a maioria faz parte dos segmentos chamados de essenciais. Entretanto vários deles que estão fora desse eixo vão muito bem, obrigado, como a tecnologia da informação e os deliveres, por exemplo. A boa novidade está no mercado imobiliário. Embora trabalhando com produtos de altos valores, pressuposto de sérias dificuldades em tempos de desemprego em alta, foi reativado pela resiliência de seus agentes, Corretores e Imobiliárias. 

Para o Sistema Cofeci-Creci não houve surpresa. Sempre acreditamos na continuidade das vendas, porque sabemos do potencial de inovação e superação de nossos profissionais e empresários. O isolamento social forçou, e o mercado respondeu. Atualmente, quase a totalidade das vendas imobiliárias são realizadas com apoio da internet, com pouquíssima interação presencial. Corretores e Imobiliárias não perderam o elã. Foram à luta e se atualizaram. Hoje, utilizam-se de toda a gama de produtos tecnológicos disponível no mercado. 

No início do isolamento social compulsório, de fato, houve abrupta queda nas vendas. Mais em decorrência da brusca interrupção do modus vivendi latino-americano (olho no olho, abraços, apertos de mão) do que de fatores econômicos. No entanto, passado o solavanco, a rápida e surpreendente absorção da nova realidade reascendeu o mercado. O índice FipeZap informa crescimento nas vendas de 0,18% em março, 0,20% em abril e 0,23% em maio. Ótima notícia! A indústria imobiliária também evoluiu e está pronta para o “novo amanhã”. 

Os fatores econômicos têm contribuído. A SELIC, a 2,25%, o menor índice desde sua instituição, tem derrubado as taxas bancárias. Recentemente, o Banco Santander, que praticava juros imobiliários de 7,3% ao ano, anunciou rebaixa para 6,99%, com seis meses de carência. Outros o seguirão. A Caixa já pratica crédito de até 30 anos com prestações fixas. O governo federal não tem medido esforços para prover empresas e profissionais de meios financeiros que lhes permita serena retomada das atividades. 

A questão é saber quando o vírus será definitivamente derrotado. Mas a imprensa internacional já anunciou que a vacina está quase pronta. Logo estará disponível para o mundo. O desemprego ainda preocupa. Mas é preciso lembrar que o mercado de trabalho, mais tecnológico, demandará mão de obra mais qualificada, disponível justamente na classe média, que é a maior compradora de imóveis. Infelizmente, a população mais afetada é a de baixa renda, que dependerá de subsídios. 

As palavras de ordem são adaptação e tecnologia. As vendas remotas vieram para ficar. E o home office também. A prática mostrou que eles podem ser até mais eficientes e baratos do que o trabalho presencial. Isso implica renovação não apenas na forma de negociar, mas também na de viver. Casas e apartamentos, que antes se minimizavam, agora terão de ter espaço reservado para o trabalho, separado da interferência familiar. Provavelmente, haverá significativo afastamento das aglomerações urbanas. 

Vivalisto assina a primeira escritura 100% eletrônica de compra e venda de imóvel em Alphaville (SP)

A Vivalisto Proptech, startup nacional criadora de uma plataforma com soluções inovadoras para o setor imobiliário, acaba de fechar a primeira escritura 100% eletrônica da região de Alphaville, no Cartório da Aldeia de Barueri, em São Paulo. Trata-se da escritura de compra e venda de um imóvel em Alphaville Tamboré, com 700 m2 de área total, no valor de R$ 2.850.000,00.

“É uma grande conquista para nós, que fomos a primeira empresa a solicitar à Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo (CGJ-SP) a regulamentação emergencial da alternativa de oferecer serviços notariais e registrais com assinatura eletrônica”, comemora a Dra. Aline Bueno, diretora Jurídica da Vivalisto. Segundo ela, ao fechar os novos contratos de compra e venda de forma totalmente eletrônica, o mercado imobiliário ganha maior agilidade e eficiência em suas operações, com total segurança digital e jurídica, além de oferecer agora uma experiência ainda mais satisfatória aos clientes.

Todo o processo de compra e venda foi feito digitalmente, desde a assinatura da carta de intenções, o envio dos documentos, realização de pagamentos até a aprovação e assinatura do Contrato Particular de Compra e Venda seguindo para a lavratura e assinatura eletrônica da escritura Pública do imóvel. “Nossa primeira escritura 100% online foi fechada em minutos com as partes localizadas em regiões totalmente diferentes. Uma pessoa estava na capital paulista, outra em Tamboré e outra no interior de SP. Com isto, resolvemos em minutos um processo que antes demoravam dias e as vezes semanas”, detalha a advogada.

A Vivalisto é a primeira empresa a viabilizar a lavratura de escrituras 100% eletrônicas na região de Alphaville e agora pode, desde a sua sede em Barueri (SP), viabilizar negócios em todo o País, de forma rápida, eficaz e totalmente segura. “Agora, muitas pessoas que deixavam de fazer ou adiavam o momento de lavrar suas escrituras de imóveis devido à incompatibilidade de agenda com os outros envolvidos estão nos procurando para regularizar a documentação de suas propriedades e a tendência é que este movimento cresça consideravelmente nos próximos meses”, reforça a Dra. Aline. 

De acordo Aline, a possibilidade de realização dos atos notariais online vem ao encontro do propósito empresarial da Vivalisto que é facilitar e agilizar a viabilização dos negócios, contribuindo para a transformação digital do setor imobiliário. “Nós já temos cinco novas escrituras que serão lavradas totalmente online esta semana e acredito que a partir deste mês de julho, 50% de todos os processos de compras e vendas que participamos serão 100% online”, completa a advogada.

A Vivalisto tem como objetivo principal empacotar e se encarregar de todas as questões operacionais envolvidas em uma negociação de venda e compra ou locação de imóveis, após a condição comercial fechada entre as partes. Desta maneira, a startup libera corretores e imobiliárias para manterem o foco em seu negócio principal – o comercial e o relacionamento com os clientes. Sua plataforma de serviços possibilita a contratação simples, rápida e prática, com base em tecnologia e metodologia de trabalho ágeis e modernos.

Os serviços da Vivalisto incluem na locação a validação das propostas; análises cadastrais com a due diligence(certidões) dos locatários; seguros e garantias; vistorias profissionais; contratos e coordenação da entrega de chaves, entre outros. Nos contratos de compra e venda, a Vivalisto valida as propostas; realiza a due diligence das partes e do imóvel envolvido; faz os contratos, promove as assinaturas eletrônicas e coordena toda fase dos trâmites junto aos cartórios, sejam os notariais com as escrituras públicas e os registrais com a averbação na matrícula.

Atos notariais e registros online

A Vivalisto desencadeou a publicação em 26/05/2020 do provimento 100/2020 do Corregedoria Nacional de Justiça, de abrangência nacional, que regula a prática de atos notariais eletrônicos, utilizando o e-Notariado, plataforma digital para a prestação de serviços notariais eletrônicos, e criando a Matrícula Notarial Eletrônica-MNE, entre outras providências. O e-Notariado tem como grande vantagem o fato dos envolvidos poderem emitir o Certificado Digital e-notariado de forma gratuita expedido pelo próprio Cartório de Notas.

O pedido da Vivalisto se baseou no artigo 10, parágrafo 2º, da Medida Provisória nº 2.200-2/2001, que autoriza a implementação de medidas para a prática remota das atividades cartoriais. “Com esta decisão da Corregedoria Nacional de Justiça, as pessoas agora podem optar entre obter estes serviços presencialmente diante de um Tabelião ou eletronicamente, por meio da implementação de sistemas de certificação capazes de validar a autoria de assinatura eletrônica e segurança jurídica para a transação. Com o e-Notariado, aliado à Central de Registradores de Imóveis, as escrituras públicas e demais transações imobiliárias, podem ser assinadas à distância pelas partes, respeitando as exigências já previstas nas Normas da Corregedoria, como identificação segura das partes.

44% vão preferir comprar uma casa ao invés de apartamento após pandemia, aponta pesquisa

O terceiro levantamento exclusivo feito pela DataZAP, braço de inteligência imobiliária do Grupo ZAP, sobre o mercado imobiliário e os efeitos do coronavírus no setor, revela que, por causa da pandemia, morar em uma casa ao invés de um apartamento passou a ser considerado como importante ou muito importante para 44% dos consumidores que desejam comprar um imóvel e para 32% dos que desejam alugar. O estudo foi realizado com 3.469 entrevistados. 

A pesquisa “A Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário” mostra que, entre os atributos que as pessoas passaram a julgar como importantes ou muito importantes na compra de um imóvel após a pandemia estão: em primeiro lugar ter vista/visão desimpedida (65%), em segundo ter varanda (64%) e em terceiro estar localizado em uma vizinhança com mais comércios e serviços (63%). 

Para Deborah Seabra, economista do Grupo ZAP, a importância de imóveis maiores, com mais dormitórios, mais banheiros, vista livre, varanda e em um condomínio com área de lazer é mais percebida pelo público com interesse em compra. “Já a proximidade ao trabalho e a vizinhança com mais comércios é mais mencionada pelos que desejam alugar um imóvel”, explica a economista. 

Visitas presenciais ao imóvel desejado 

No estudo foi perguntado aos consumidores que, supondo que a quarentena acabasse hoje, em quanto tempo ele voltaria a realizar visitas presenciais nos imóveis que está buscando (incluindo visitas a stands de vendas). Para 38% dos consumidores, as visitas presenciais aos imóveis voltariam a ser feitas em até 30 dias após o fim da quarentena. Além disso, 1 em cada 5 dos entrevistados informou já estar realizando visitas presenciais nesse momento. 

“Dentre os que voltarão a realizar visitas presenciais aos imóveis em 1 semana, é também significante a diferença entre os perfis de consumidores (11% para compra e 19% para locação)”, finaliza Seabra.